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Filipa Godinho, pró-reitora para o desporto da Universidade de Coimbra, Ricardo José, ex-presidente da Federação Portuguesa de Atividades Subaquáticas, e Daniel Monteiro, antigo líder da Federação Académica do Desporto Universitário, são os três candidatos à presidência da Confederação do Desporto de Portugal
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Filipa Godinho, pró-reitora para o desporto da Universidade de Coimbra, Ricardo José, ex-presidente da Federação Portuguesa de Atividades Subaquáticas, e Daniel Monteiro, antigo líder da Federação Académica do Desporto Universitário, são os três candidatos à presidência da Confederação do Desporto de Portugal

Filipa Godinho, pró-reitora para o desporto da Universidade de Coimbra, Ricardo José, ex-presidente da Federação Portuguesa de Atividades Subaquáticas, e Daniel Monteiro, antigo líder da Federação Académica do Desporto Universitário, são os três candidatos à presidência da Confederação do Desporto de Portugal

Eleições da Confederação do Desporto de Portugal: quem são, o que querem e que ideias apresentam os três candidatos à presidência

Após mais de duas décadas com Carlos Paula Cardoso na liderança, Confederação do Desporto de Portugal (CDP) elege esta segunda-feira um novo líder entre Daniel Monteiro, Filipa Godinho e Ricardo José.

Após mais de duas décadas sob liderança de Carlos Paula Cardoso, a Confederação do Desporto de Portugal irá eleger esta segunda-feira o seu próximo presidente com três candidatos a número 1 do órgão: Daniel Monteiro, antigo presidente da Federação Académica do Desporto Universitário; Filipa Godinho, pró-reitora para o desporto da Universidade de Coimbra; e Ricardo José, antigo presidente da Federação Portuguesa de Atividades Subaquáticas. Na antecâmara do sufrágio que se irá realizar na sede do órgão, em Algés, com a participação de 52 federações desportivas com direito a voto, o Observador deixou algumas questões aos três líderes de projetos entre os motivos que levaram à candidatura, as diferenças em relação aos adversários, o papel que a Confederação deve ter no desporto nacional e o balanço dos últimos 21 anos.

Daniel Monteiro: “Confederação deve estar na discussão do contrato de concessão da RTP”

Daniel Monteiro, de 32 anos, volta a candidatar-se à liderança da Confederação do Desporto de Portugal após a derrota por apenas um voto contra Carlos Paula Cardoso em 2019. Ex-presidente da Federação Académica de Desporto Universitário em dois mandatos, esteve também no Conselho Nacional do Desporto entre 2015 e 2019. Apresenta como líder da Mesa da Assembleia Geral Miguel Teixeira, presidente do Clube Rugby São Miguel, e como número 1 do Conselho Fiscal, presidente da Federação Nacional de Squash de Portugal, tendo Luís Paulo Relógio, especialista em Direito Desportivo, para o Conselho Jurídico.

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“Não sou candidato com um motivo pessoal, nem tenho respostas ao ‘porquê’ de ser candidato. Tenho sim ao ‘para quê’ que sou candidato. E sou para implementar um projeto de reforço institucional e político para a CDP, que resulte no fim do vazio político que existe no desporto nacional. Este vazio existe muito porque a Confederação não se tem dedicado a uma presença institucional forte, mediática e reivindicativa. O que acontece globalmente no setor? São as famílias que pagam o desporto nacional por via do que investem em jogos de sorte ou azar e por via do que investem para que os seus filhos possam aceder à prática do desporto. O problema é crónico e mantém-se: o Estado central não investe um euro do seu orçamento próprio no Desporto e a CDP não tem uma palavra para isso”, começa por destacar Daniel Monteiro.

“O que distingue esta candidatura das restantes é o facto de apresentar um projeto com ideias concretas, possíveis de auditar e avaliar durante o mandato. Não se trata de meras intenções ou boas ideias. Apresentamos dez propostas de ação muito claras, divididas em três eixos: político, tendo como prioridade a revisão do modelo de financiamento do desporto nacional e a construção do Atlas do Desporto português, que é uma radiografia desportiva do país, município a município; social, através da valorização do papel social do desporto e do aumento de notoriedade das federações e das modalidades; e desportivo, modernizando a gestão do desporto nacional numa lógica de serviços partilhados, facilitando o dia a dia das federações desportivas. Há um ponto consensual entre os três projetos: todos os candidatos consideram que a Confederação precisa de ganhar preponderância, utilidade e peso institucional e político. Sou o único  que nunca estive comprometido com o rumo seguido pela CDP nos últimos anos”, ressalva.

Entre as críticas ao papel da Confederação do Desporto de Portugal nos últimos anos, o antigo presidente da FADU apresenta também medidas que considera importantes para a viragem de ciclo. “A CDP desapareceu do radar dos decisores políticos nos momentos de tomada de decisão. E isso tem várias razões. Não se permitiu modernizar na sua abordagem, cristalizou-se, concentrou toda a sua ação na Gala do Desporto de Portugal e a vender seguros às federações desportivas. O que a CDP devia fazer é perceber que resultado quer da sua ação e, depois sim, conduzir os projetos que permitem atingir esse resultado. Há grande diferença entre um programa de coisas que se fazem porque sempre se fizeram, e um programa de coisas que se fazem porque têm um objetivo concreto. A Confederação tem de ser a autoridade nacional em matéria desportiva e o parceiro social do Estado, por natureza, na área do desporto. A abordagem que proponho é concretizar este desígnio e oferecer já, no meu programa, dez ações muito claras, divididas em três eixos”.

“Há duas medidas urgentes tendo em conta o momento que o desporto vive. Uma é a introdução de um novo modelo de financiamento do desporto em Portugal, que preveja uma participação direta e efetiva do Estado central no financiamento do setor. O desporto está em modo de sobrevivência, a resistir à custa do trabalho voluntário de dirigentes e técnicos e do investimento daquele que é o maior financiador do nosso desporto: as famílias portuguesas. O atual modelo de financiamento cinge-se a uma relação direta da percentagem dos lucros dos jogos sociais da Santa Casa da Misericórdia de Lisboa com a dotação anualmente disponível para o setor, não existindo verbas próprias do Orçamento do Estado atribuídas ao desporto. Este subfinanciamento faz com que os clubes de base local se vejam obrigados a recorrer ao financiamento das famílias para que crianças e jovens possam aceder à prática desportiva, elitizando o acesso e pondo em causa a democratização da frequência desportiva. Em consequência, Portugal continua a cimentar o seu lugar como um dos piores países da União Europeia no que respeita aos índices de atividade física e desportiva, ainda que os resultados desportivos vão pontualmente aparecendo, muito mais como resultado do talento e prestação dos agentes desportivos envolvidos do que pela política de desenvolvimento desportivo.

"Apresentamos dez propostas de ação muito claras, divididas em três eixos: político, tendo como prioridade a revisão do modelo de financiamento do desporto e a construção do Atlas do Desporto português, que é uma radiografia desportiva do país, município a município; social, através da valorização do papel social do desporto e do aumento de notoriedade das federações e das modalidades; e desportivo, modernizando a gestão do desporto nacional numa lógica de serviços partilhados, facilitando o dia a dia das federações desportivas."
Daniel Monteiro, candidato da lista A à presidência da Confederação do Desporto de Portugal

“Depois, deve haver o reforço do desporto na grelha da rádio e televisão pública, a RTP. O desporto tem de beneficiar de um espaço próprio e digno na grelha da rádio e televisão pública, com a responsabilização da RTP para a promoção e valorização de um bem público, como é o desporto. É fundamental que o trabalho diário dos clubes e federações seja conhecido, chegue a casa dos portugueses e conquiste mais pessoas para a nossa causa. Estando em discussão um novo contrato de concessão para os próximos anos da RTP, a Confederação tem de dizer presente e exigir ser ouvida nas negociações”, frisa, entre críticas ao legado de Carlos Paula Cardoso: “Entendo que os últimos mandatos da Confederação deveriam ter tido muito melhores resultados. Se assim não fosse, não me teria candidatado há quatro anos e não estaria agora a candidatar-me. Eu e, já agora, os meus adversários, que embora tenham feito parte das últimas direções da Confederação entendem, com certeza, que se tinha de ter feito mais pelo desporto português”.

Filipa Godinho: “Há um quadrado estratégico. O desporto não pode ser só um sobrevivente”

Filipa Godinho, de 34 anos, doutorada em Ciências do Desporto, é a atual pró-reitora para o Desporto na Universidade de Coimbra. Membro do Conselho Nacional do Desporto desde 2014, integrou a Direção da Confederação nos últimos oito anos e é vice-presidente da European Non-Governmental Sport Organisation (ENGSO), tendo também liderado a Federação Académica do Desporto Universitário (FADU) entre 2013 e 2015. Apresenta como líder à Assembleia Geral o presidente cessante, Carlos Paula Cardoso, tendo Anabela Reis como número 1 do Conselho Fiscal e Sofia Silva e Sousa para o Conselho Jurídico.

“O que me motiva é intervir na qualificação, na valorização e na melhoria constante do desporto português, promovendo uma ação e um diálogo mais próximo das federações, e liderar, num quadro de grande diálogo e unidade, a reflexão sobre o desporto nacional, fazendo tudo para lhe dar o sentido de centralidade e de essencialidade que deve ter na sociedade. Proponho-me fazê-lo com uma equipa capaz e experiente, avaliando o que de bom e menos bom foi feito e colocando a trabalhar, lado-a-lado, experiência, inovação, conhecimento e irreverência. O meu perfil de diálogo, sereno e construtivo, dá confiança e garantias para governar a Confederação. Sou uma pessoa de consensos e com grande sentido institucional. Comigo não há jogos de poder, nem noutras lógicas que nada servem ao desporto português”, salienta Filipa Godinho.

“A maior força desta candidatura é não ser a minha candidatura mas antes a nossa candidatura, a candidatura de um coletivo experiente, de uma equipa de mulheres e homens muito competentes e com grande experiência na gestão dos mais variados contextos desportivos. Ter uma boa equipa é fundamental. Mas não desvalorizo o papel da liderança, que entendo fundamental. Nessa perspetiva, a minha relação de proximidade e o trabalho profícuo que venho desde há vários anos, realizando com a grande maioria dos protagonistas e stakeholders do desporto nacional, a que se soma o meu conhecimento muito abrangente e alargado do desporto português por via do meu percurso desportivo, dirigente, académico e cívico que tenho vindo a acumular, falam por si”, prossegue, antes de detalhar os pontos chave do programa.

“Há um quadrado estratégico verdadeiramente fundamental: financiamento, batalhando por um novo framework de financiamento num quadro temporal mais alargado que dê estabilidade financeira às federações e lhes permita planear a sua atividade a médio e longo prazo, e apresentando uma solução de fundo solidário direcionado a todas as federações desportivas; tributação, pensando num regime tributário que atribua ao desporto uma discriminação positiva em termos de impostos, reconhecendo o papel social benévolo e fundamental que o desporto tem para a construção de um país mais saudável; enquadramento legal, reconhecendo o papel do dirigente desportivo benévolo através, por exemplo, da atribuição de um benefício fiscais às dezenas de milhares de pessoas que voluntariamente se entregam ao desporto, sem salário, e que merecem o devido reconhecimento; e modernização, dando resposta às alterações climáticas e à necessária transformação digital através do Observatório do Desporto, uma estrutura que terá como vocação recolher, tratar e analisar dados que ilustrem o real valor e o impacto na sociedade”, detalha a pró-Reitora para o Desporto na Universidade de Coimbra que esteve na Direção da Confederação desde 2015.

“Este mandato, para além das atividades mais conhecidas, preocupou-se em discutir e apresentar propostas para o setor, atendendo, especialmente, ao período conturbado que o mundo atravessou com a pandemia da Covid-19. Logo nos primeiros tempos do mandato, realizou-se uma Reunião Plenária de Presidentes da qual resultou um documento estratégico para a recuperação e capacitação do desporto. Seguiram-se um conjunto de cimeiras, realizadas em conjunto com o Comité Olímpico e Paralímpico, debates, o primeiro Congresso do Desporto, assim como se realizou uma reunião com mais de 40 presidentes de Federação, algo inédito para o setor. Por vezes não soubemos tirar o devido proveito de iniciativas de valor. Nos próximos quatro anos, a Confederação deve comprometer-se com um plano de ação e valorização do desporto, concretizando com uma nova identidade de gestão a vocação central da Confederação representar e reivindicar junto da tutela por melhores políticas públicas para o desporto”, destaca ainda Filipa Godinho.

"Há um quadrado estratégico fundamental: financiamento, batalhando por um novo framework de financiamento num quadro temporal mais alargado que dê estabilidade financeira às federações e lhes permita planear a sua atividade a médio e longo prazo; tributação, pensando num regime tributário que atribua ao desporto uma discriminação positiva em termos de impostos; enquadramento legal, reconhecendo o papel do dirigente desportivo benévolo através, por exemplo, da atribuição de um benefício fiscais às dezenas de milhares de pessoas que voluntariamente se entregam ao desporto; e modernização, dando resposta às alterações climáticas e à necessária transformação digital através do Observatório do Desporto"
Filipa Godinho, candidato da lista B à presidência da Confederação do Desporto de Portugal

Perante o quadro de “problemas graves de sustentabilidade dos clubes de base local e regional face à generalidade dos países europeus, além indicadores de desenvolvimento desportivo preocupantes”, e mesmo assumindo que o desporto se trata de “um setor que resiste e persiste”, a candidata fala num desporto que “não pode ser só um sobrevivente”. “Será necessário impulsionar um desporto plural e equilibrado, chegando a todos sem limitações e com uma oferta transversal e de livre escolha com base, apenas, no gosto e na apetência, sendo a escola o local privilegiado para este acesso. Deve chegar a todo o território nacional, numa base estruturada e sustentada nos clubes, passando de um estado de mera sobrevivência a agente transformador, impulsionador e catalisador fundamental das transformações. É preciso investir mais no desporto porque isso é investir numa sociedade mais equilibrada e saudável, que coloca menos pressão nos serviços de públicos de saúde. Comparativamente, o desporto recebe cerca de 60% menos que a média dos países europeus. Há fatores que impossibilitam gerar os resultados que lhe são devidos por falta de recursos”, sustenta, falando do líder cessante, Carlos Paula Cardoso, como alguém que “cumpriu bem o seu papel”: “Agora é chegado o tempo de uma liderança mais interventiva, dinâmica e audaz”.

Ricardo José: “A Confederação terá de agir e não apenas reagir, ser proativa e construtiva”

Ricardo José, de 48 anos, licenciado em Educação Física e Desporto e doutorando em Sociologia e Gestão Desporto, liderou a Federação Portuguesa de Atividades Subaquáticas durante 12 anos, foi membro da Confederação Mundial de Atividades Subaquáticas e é ainda vice-presidente da União Ibero Americana de Atividades Subaquáticas e integra a direção da Agência Independente do Desporto e do Mar. Antigo praticante de atletismo e de pesca submarina, o empresário foi também treinador e dirigente na natação. Tem na sua lista como candidato à presidência da Assembleia Geral Alexandre Mestre, ex-Secretário de Estado do Desporto e Juventude, além de Adélio Costa para número 1 do Conselho Fiscal e de José Fanha Vieira, antigo vice-presidente do Instituto do Desporto de Portugal, para liderar o Conselho Jurídico.

“A importância deste ato eleitoral é enorme porque surge numa altura decisiva para o desporto nacional. Com a atual situação política adivinha-se um ciclo de mudanças. É fundamental termos na Confederação uma entidade com capacidade de representar, negociar, influenciar, sugerir, reivindicar. Não podemos, não pode o desporto, não podem as federações, não pode a Confederação limitar-se a ter uma postura meramente reativa, ou, pior que isso, apenas contemplativa. Tem de adotar uma postura proativa, construtiva, de marcar a discussão. Com a nossa equipa a Confederação irá mudar ação, conteúdo e estilo. Irá mudar o posicionamento, a intervenção, o reconhecimento, a valorização e o facto de a Confederação passar a contar com uma verdadeira equipa de trabalho, com competência, com muitas horas de voo, com gente com provas dadas, motivada e capaz. A Confederação também tem de ter a responsabilidade de fortalecer e representar, mais e melhor, as federações e o desporto nacional”, explica Ricardo José sobre a candidatura.

“O que nos diferencia é contarmos com uma equipa repleta de pessoas com provas dadas, com muitas horas de voo. Irei colocar ao serviço da Confederação e do desporto nacional mais de 30 anos de experiência desportiva, académica, associativa e profissional. Tenho no meu currículo um passado de atleta, de treinador de formação e de alto rendimento, de dirigente associativo ao nível nacional e internacional, de presidente de uma federação desportiva. Cada elemento da nossa equipa foi escolhido para cumprir um propósito específico em função da sua formação, da sua competência e da sua experiência, tendo em vista aquelas que são as atribuições e a missão da Confederação e as necessidades das federações desportivas nacionais e do desporto português”, acrescenta o o ex-presidente da Federação de Atividades Subaquáticas.

Em paralelo, nas respostas ao Observador, Ricardo José manteve o ênfase na necessidade de haver uma Confederação “que não se limite a ter um papel meramente contemplativo ou, no limite, reativo perante a realidade em que está inserida”. “É imperioso que seja uma estrutura viva, que represente as federações desportivas nacionais e que tenha uma ação proativa. O desporto em Portugal tem continuado uma longa história de fazer mais com menos. Importa alterar esta história e escrever um capítulo, onde todos façamos ainda mais, mas com mais. Mais meios, apoios, reconhecimento”, frisa. “Há um desporto com muitas assimetrias mas cheio de heróis, com necessidades sem fim mas que mesmo assim se supera. Temos um desporto em que o Estado tem transferido para os jogos sociais através da Santa Casa o papel de principal financiador. É este paradigma, este modelo de financiamento que importa transformar. Só se o Estado perceber que é fundamental, estruturante, alocar verbas do Orçamento para o desporto poderemos dizer que é um investimento que trará muitos dividendos a Portugal no imediato e a médio e longo prazo”, acrescenta.

"É imperioso que a Confederação seja uma estrutura viva, que represente as federações desportivas e que tenha uma ação proativa. O desporto em Portugal tem continuado uma longa história de fazer mais com menos. Importa alterar esta história e escrever um capítulo, onde todos façamos ainda mais, mas com mais. Mais meios, apoios, reconhecimento (...) Temos um desporto em que o Estado tem transferido para os jogos sociais através da Santa Casa o papel de principal financiador. É este paradigma, este modelo de financiamento que importa transformar."
Ricardo José, candidato da lista C à presidência da Confederação do Desporto de Portugal

“Essa valorização só será materializada quando colocarmos a carteira onde já estão as palavras, quando colocarmos os meios, onde, para já, apenas têm sido colocadas as intenções. Não podemos, enquanto sociedade, enquanto Estado, termos como meta o aumento da taxa de prática desportiva, termos como objetivo a promoção de um estilo de vida ativa e saudável, e depois não alocarmos verbas do Orçamento Geral do Estado para o desporto. O desporto, em termos económicos, tem um efeito multiplicador e cabe também à Confederação ter um papel muito ativo nesta questão. Deve ter uma postura de encontrar soluções, apontar caminhos no sentido de ajudar a transformar o status quo atual”, salienta Ricardo José.

Por fim, o candidato fala de um legado de duas décadas de Carlos Paula Cardoso que “deve ser avaliado pelos seus diferentes contextos”. “O desporto nacional mudou muito ao longo destes 21 anos. Em alguns momentos a liderança de Carlos Paula Cardoso soube dar resposta ao que de si era pedido, noutros momentos não foi capaz de ser tão relevante, presente e efetivo quanto deveria ter sido. O desporto nacional exige uma postura muito mais ativa, a liderança terá de ser experiente e reconhecida, conhecedora e determinada. Terá de ser capaz de reivindicar mas dialogar. Terá de agir e não apenas reagir, ser proativa e construtiva”, refere.

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