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Eleitores vão eleger os representantes de doze comunidades autónomas, duas cidades (Ceuta e Melilla) e mais de 8.000 municípios
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Eleitores vão eleger os representantes de doze comunidades autónomas, duas cidades (Ceuta e Melilla) e mais de 8.000 municípios

Eleitores vão eleger os representantes de doze comunidades autónomas, duas cidades (Ceuta e Melilla) e mais de 8.000 municípios

Eleições regionais em Espanha. Direita espera desferir golpe em Sánchez, esquerda quer manter a hegemonia

Servindo como antecâmara às eleições gerais, as regionais vão medir popularidade de Sánchez e capacidades da direita para chegar ao poder. VOX testa estagnação, Unidas Podemos tem prova de vida.

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Espanha vai a votos no domingo, mas já a pensar nas eleições gerais de dezembro. Os eleitores vão eleger os representantes de doze comunidades autónomas, duas cidades (Ceuta e Melilla) e mais de 8.000 municípios. O chefe de governo, o socialista Pedro Sánchez, vai ter um verdadeiro teste à sua popularidade e vai aferir as hipóteses de ser reeleito. A direita, na oposição desde 2018, sonha terminar com a hegemonia da esquerda na política espanhola. Galvanizado com um novo líder, o galego Alberto Núñez Feijóo, o Partido Popular (PP) sonha aplicar a primeira — antes da derradeira — derrota ao sanchismo.

“Espanha está cansada do sanchismo e da divisão absoluta do Governo”, afirmou Alberto Núñez Feijóo, que se assume como líder de um “partido centrista e moderado”. Por seu turno, Pedro Sánchez garantiu que a direita, que “insulta e suja a campanha”, não vai ser capaz de “parar” a esquerda e as políticas sociais que têm sido aplicadas pelo PSOE nos últimos anos.

Com um regime que tendia a favorecer o bipartidarismo entre populares e socialistas, estas eleições deverão confirmar um cenário — o de que os dois partidos espanhóis tradicionalmente mais votados já não conseguem governar sozinhos. O PSOE, que formou governo com partidos à sua esquerda em 2018, deverá necessitar do apoio do Unidas Podemos e de forças regionalistas em várias regiões, enquanto o PP deverá precisar do VOX.

epa09875188 Spanish Prime Minister Pedro Sanchez (L) receives Popular Party leader Alberto Nunez Feijoo (R) before their meeting held at Moncloa Palace in Madrid, Spain, 07 April 2022. This is their first meeting after Feijoo become leader of the main oposition party.  EPA/Chema Moya

Pedro Sánchez e Alberto Núñez Feijóo

Chema Moya/EPA

À direita, as alianças são mais complexas. O PP tem mantido o secretismo sobre se coligará com o VOX em vários parlamentos autónomos e Pedro Sánchez tem aproveitado para colar os populares à força partidária de extrema-direita. Mais à esquerda, o Unidas Podemos tem sofrido um forte processo de erosão, principalmente após a saída de Pablo Iglesias e depois de Yolanda Díaz, atual vice-líder do governo espanhol e outrora uma estrela em ascensão no partido, ter criado a sua formação partidária resultante de uma coligação de vários partidos de esquerda: o Sumar.

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Assumindo atualmente nove de doze parlamentos regionais, a esquerda parte em vantagem com a economia a mostrar números animadores, ainda que a campanha tenha sido manchada por várias polémicas — como a compra de votos ou a inclusão de condenados por homicídio (com um passado ligado à ETA) nas listas do País Basco. Por sua parte, o PP continua sem assumir uma posição concreta no que diz respeito ao VOX, mas espera que o eleitorado aposte no rotativismo político.

PSOE. A força de Sánchez e o futuro dos socialistas

epa10379180 Spain's Prime Minister Pedro Sanchez addresses a press conference after the last Cabinet meeting of the year to evaluate the political and economical year and to explain the new anti-crisis package worth 45 billion euros approved by the Government, in Madrid, Spain, 27 December 2022.  EPA/JUAN CARLOS HIDALGO

JUAN CARLOS HIDALGO/EPA

  • Comunidades autónomas que gere: Aragão, Astúrias, Baleares, Canárias, Castilla-La Mancha, Estremadura, La Rioja, Navarra e Comunidade Valenciana.
  • Comunidades autónomas que pode perder: Aragão, Baleares, Canárias, Castilla-La Mancha, La Rioja e Comunidade Valenciana.

Dominando a composição da maioria dos parlamentos autónomos, o PSOE é o partido que mais tem a perder se as eleições correrem mal. Os socialistas estão empenhados em tentar manter os bons resultados, alcançados em 2019, numa fase em que a esquerda atravessava um momento positivo com um governo recente e com uma coligação entre PSOE e Unidas Podemos que, apesar das divergências, acabou por funcionar.

Passados cinco anos, esse efeito novidade perdeu-se. Os dois partidos continuam juntos a governar Espanha, mas a coligação já sofreu altos e baixos, estando por isso mais frágil do que em 2019. O PSOE mantém-se como principal força política, mas à sua esquerda assistiu-se a uma fragmentação. Isso representa um pau de dois bicos para os socialistas: por um lado, podem angariar os votos dos antigos parceiros, por outro, torna mais difícil o estabelecimento de acordos.

Nestas regionais, e de acordo com as sondagens, as Astúrias deverão continuar a manter-se à esquerda, com a coligação entre PSOE, Unidas Podemos e Esquerda Unida a repetir-se. Na Estremadura, os socialistas deverão novamente obter um bom resultado, se bem que não seja claro se vão conseguir repetir a maioria absoluta de 2019. Através de acordo com forças regionais, o PSOE deverá ainda manter o controlo de Navarra. Cantábria, controlada por partidos locais, também poderá ser conquistada pelos socialistas.

Sánchez e o ex-líder do Unidas Podemos, Pablo Iglesias

AFP via Getty Images

Estas quatro comunidades autónomas são vitórias praticamente asseguradas para o PSOE. Em contrapartida, as sondagens mostram que a Madrid e Múrcia deverão manter-se à direita. A capital não é, ainda assim, um terreno completamente perdido para os socialistas. Não no que diz respeito à comunidade (que deve voltar a ser ganha por Isabel Díaz Ayuso), mas sim relativamente ao município. 

A candidata do PSOE ao município de Madrid, María Reyes Maroto, ex-ministra da Indústria, Comércio e Turismo do governo de Pedro Sánchez, deverá ficar muito longe de ganhar, ficando, de acordo com as sondagens, em terceiro lugar, atrás do PP e do Más Madrid, uma coligação de esquerda. Ainda assim, se os populares não conseguirem maioria, pode ser uma oportunidade para a esquerda formar uma gerigonça.

De resto, a vitória nas restantes comunidades autónomas (Aragão, Baleares, Canárias, Castilla-La Mancha, La Rioja e Comunidade Valenciana) estão longe de estar garantidas — e nem em coligações será fácil para o PSOE. O PP deverá ganhar em Aragão, Baleares e em La Rioja, mas longe da maioria absoluta, o que pode facilitar a formação de uma gerigonça de esquerda. Nas Canárias, deve vencer um partido regional — a Coligação Canária — de centro-direita (o que facilita acordos com os populares), ao passo que o PSOE ficará em segundo. Em Castilla-La Mancha, os socialistas deverão continuar à frente, mas os partidos de direita podem coligar-se.

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A candidata do PSOE ao município de Madrid, María Reyes Maroto

Getty Images

Como uma das maiores em Espanha, muitas das atenções no domingo estarão voltadas para a Comunidade Valenciana. O PP aparece à frente das sondagens e, aliando-se ao VOX, poderá chegar à maioria. Ainda assim, não é certo que isso aconteça — e a esquerda pode unir-se para conseguir manter o poder.

Na melhor das hipóteses, o PSOE manter-se-á à frente nas seis comunidades autónomas e esperará uma reviravolta no município de Madrid. A confirmar-se o cenário mais otimista, e numa eleições que funcionam como antecâmara das gerais, Pedro Sánchez ganhará um novo ímpeto político, aumentando as chances de ser reeleito em dezembro.

Porém — se apenas mantiver as Astúrias, a Estremadura e Navarra —, o sanchismo poderá sofrer um duro golpe, ficando ferido de morte. Como salienta o El Mundo, Pedro Sánchez monopolizou a campanha ao seu redor com as eleições a serem encaradas como um “referendo” à sua aprovação política. Em vários comícios um pouco por toda a Espanha, o chefe do governo assumia o protagonismo, anunciando várias medidas económicas e sociais pelo caminho.

Pedro Sánchez monopolizou a campanha ao seu redor com as eleições a serem encaradas como um "referendo" à sua aprovação política. Em vários comícios um pouco por toda a Espanha, o chefe do governo assumia o protagonismo, anunciando várias medidas económicas e sociais pelo caminho

No quartel-general do PSOE, há o receio da mobilização dos eleitores de direita nestas eleições. “Mobilizar contra — neste caso o Governo — é mais fácil”, reforçou fonte próxima de Pedro Sánchez ao El Mundo. Com um vitória do PP no domingo, os socialistas sabem que isso poderá representar uma vantagem para dezembro e ser o primeiro passo para Espanha virar à direita.

Mesmo tentando ser uma figura central, Pedro Sánchez não se conseguiu livrar de alguns escândalos durante a campanha. A que mais repercussão negativa teve foi a que aconteceu nos municípios do País Basco. É que, apesar da liderança da comunidade autónoma não ser disputada no domingo, haverá na mesma eleições para decidir quem serão os autarcas. E aqui residiu o problema: a coligação Eh-Bildu (parceira no governo de Pedro Sánchez) colocou nas listas eleitorais antigos membros da organização terrorista ETA (44 foram condenados pela Justiça, sete dos quais declarados culpados por homicídio).

A direita aproveitou o momento e desfez-se em ataques contra os partidos de esquerda, acusando-os de implicitamente apoiarem as forças independentistas bascas e de não respeitaram a memória das vítimas da ETA. “És mais generoso com os carrascos do que com as vítimas”, chegou a atirar o líder da oposição a Pedro Sánchez.

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Candidatos do Eh-Bildu condenados por homicídio renunciaram

Europa Press via Getty Images

Num compromisso difícil para os socialistas, Pedro Sánchez argumentou que a inclusão da lista de ex-membros da ETA era “legal”, ainda que, sublinhou, não seja eticamente decente. O chefe do governo espanhol não tomou, contudo, qualquer atitude sobre o assunto, o que irritou inclusivamente alguns barões do PSOE.

Para tentar diminuir o impacto da polémica — que teve um alcance nacional —, foram os sete candidatos condenados por homicídio que anunciaram que vão manter os seus nomes nas listas eleitorais, mas que, caso sejam eleitos, renunciarão ao cargo e não tomarão posse. A esquerda aplaudiu a decisão dos sete candidatos — o PSOE classificou como “positiva” a ação dos signatários da carta, sublinhando que cria uma clima mais tranquilo na campanha.

Mesmo assim, a inação de Pedro Sánchez, juntamente com o facto de não recusar colaborar com o Eh-Bildu, poderá ficar na memória de muitos eleitores no domingo, que temem o regresso do terrorismo e de uma radicalização da política espanhola.

PP. A vitória anunciada de Ayuso e o sonho de chegar ao poder

President of PP Alberto Nunez Feijoo speaks during the first day of the Political Assembly of the European People's Party in Lisbon, Portugal, 17 November 2022. The EPP Political Assembly is organized by the European People's Party (EPP), the political family of the Christian Democrats in Europe, and takes place in Lisbon from 17 to 18 November 2022. MANUEL DE ALMEIDA/LUSA

MANUEL DE ALMEIDA/LUSA

  • Comunidades autónomas que gere: Madrid e Múrcia.
  • Comunidades autónomas que pode ganhar: Aragão, Baleares, Canárias, Castilla-La Mancha, La Rioja e Comunidade Valenciana.

Após uma série de maus resultados, o PP quer virar a página e voltar a um papel hegemónico na política espanhola. Em 2019, tendo saído derrotados das eleições gerais um ano antes e com a saída de Mariano Rajoy, os populares ficaram fragilizados, num ciclo político desfavorável que durou mais do que esperado e que já contou com dois líderes: Pablo Casado e Alberto Núñez Feijóo.

Com um novo presidente, o PP sente que estas eleições são vitais para acelerar o passo — e voltar ao poder em dezembro. Tal como o seu rival, Alberto Núñez Feijóo esteve igualmente presente, segundo o próprio, do “primeiro ao último dia da campanha”, repetindo por várias vezes o lema destas eleições: “Derrotar o sanchismo”. O líder popular diz que “chegou o momento” para aquele que acredita ser o primeiro ato da alternância da política espanhola.

Em termos concretos, o PP deverá manter o controlo da comunidade autónoma de Madrid. Isabel Díaz Ayuso espera voltar a repetir o resultado arrasador de 2021. Assegurando a vitória da direita, não é certo que a popular consiga atingir a maioria absoluta, podendo precisar do apoio do VOX. Nesse caso, já assegurou que firmará um acordo com a força de extrema-direita.

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Isabel Díaz Ayuso deverá voltar a vencer as eleições

Anadolu Agency via Getty Images

A perda do município de Madrid poderá, ainda assim, representar um duro revés quer para Ayuso, quer para Feijoó. Longe da popularidade da líder autónoma, José Luis Martínez-Almeida não tem a reeleição garantida, havendo a possibilidade de surgir uma gerigonça de esquerda. Mesmo assim, o autarca vê como possível obter uma “grande alegria” no domingo. “A derrota de domingo será a derrota de Pedro Sánchez”, vaticinou.

Fora da capital, as sondagens dão vantagem à esquerda e às forças regionais nas Astúrias, Cantábria, Estremadura e Navarra, sendo complicado para o PP assumir os governos autónomos. Em sentido inverso, Múrcia deverá continuar a situar-se à direita, registando-se uma subida considerável do VOX, que poderá ser essencial para assegurar a governação.

Há, mostram as sondagens, seis comunidades autónomas (Aragão, Baleares, Canárias, Castilla-La Mancha, La Rioja e Comunidade Valenciana) que os populares podem conseguir conquistar à esquerda, mas não é líquido que o consigam fazer, nem em que molde serão os acordos governamentais com o VOX.

Relativamente aos parceiros à direita, é inegável que o PP parte com uma vantagem. Fruto do quase desaparecimento do Ciudadanos da cena política espanhola, deverá assistir-se a uma transferência dos eleitores que votaram naquele partido centrista para os populares. No entanto, isso também reduz o VOX ao único partido com o qual o PP se poderá coligar.

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Santiago Abascal, líder do VOX, e o galego Alberto Núñez Feijóo, líder do Partido Popular (PP)

Getty Images

Tentando por várias vezes distanciar-se do VOX, Alberto Núñez Feijóo terá de quebrar o “muro de gelo”, como lhe chama o jornal El Confidencial, se quiser que a direita chegue ao poder em algumas comunidades autónomas e municípios. De acordo com o El País, o líder popular conjetura não apoiar a formação de um governo com o apoio da força de extrema-direita, se o PP não for o partido mais votado, preferindo encetar conversações com os socialistas.

Sob ataques contínuos da esquerda, diferentes dirigentes do PP — à exceção de Isabel Díaz Ayuso — nunca responderam categoricamente se se coligariam com o VOX, deixando sempre em aberto essa possibilidade. O líder do partido de extrema-direita, Santiago Abascal, acusou Alberto Núñez Feijóo de ter uma atitude de “superioridade”. “Imaginemos que o Partido Socialista em Sevilha ganha, mas há uma maioria para poder tirar [os socialistas] de lá. Está a condenar-se os sevilhanos a continuarem a ter um governo de socialistas?”, questionou-se Abascal sobre a proposta do PP.

No melhor cenário possível para estas eleições, o Partido Popular consegue governar sozinho e recupera várias comunidades autónomas, colocando-se como inegável favorito para as eleições de dezembro e infligindo um golpe ao sanchismo. Na hipótese mais provável, o PP poderá ter de se ver obrigado a aliar-se ao VOX em várias localidades (o que já acontece em Castela e Leão), podendo representar um tubo de ensaio para uma possível coligação em dezembro.

Na hipótese mais provável, o PP poderá ter de se ver obrigado a aliar-se ao VOX em várias localidades (o que já acontece em Castela e Leão), podendo representar um primeiro ensaio para uma possível coligação

No sentido oposto, se o PSOE se mantiver como força hegemónica após estas eleições, o PP poderá enfrentar dificuldades em impor-se nas próximas eleições gerais e até poder colocar em perigo o futuro do líder recém-eleito, Alberto Núñez Feijóo.

Vox. O teste à estagnação e alianças com o PP

AFP/Getty Images

Longe de conseguir ganhar qualquer comunidade autónoma mas podendo triunfar em alguns municípios, o VOX vai aferir nas urnas se os seus resultados eleitorais estagnaram, ou se ainda tem algum potencial para crescer.

No cenário mais provável, porém, o VOX, se quiser entrar em alguns governos regionais, vai ter de se conformar com coligações ou com apoios parlamentares ao PP, mas para isso terá de ultrapassar as divergências com os populares.

Santiago Abascal garantiu que não passará um “cheque em branco” ao PP. “Os votos que receberemos não serão mal gastos nem entregues a outra força política para que sejamos traídos”, avisou o líder do VOX na passada quarta-feira. Para um apoio parlamentar ou coligação, será necessário o respeito pela “convicções” e uma vigilância ativa ao governo.

"Os votos que recebemos não serão mal gastos nem entregues a outra força política para que sejamos traídos"
Santiago Abascal

Apostando na ideia de que o VOX é a única “alternativa” para os eleitores que querem ver uma mudança efetiva, durante a campanha eleitoral, Santiago Abascal tem criticado duramente a esquerda, mas também os popularescolocando-os ao mesmo nível que os socialistas. “Por que é que não se apresentam juntos às eleições se estão em acordo no essencial?”, chegou a questionar.

Unidas Podemos. Um partido prestes a dividir-se

A woman waving a flag during a rally of Unidas Podemos party

LightRocket via Getty Images

À esquerda, o Unidas Podemos está a braços com uma crise interna com a saída de Yolanda Díaz, que formou uma nova força política. Para estas eleições, ainda assim, a vice-líder do governo espanhol adiantou que vai apoiar o partido a que pertencera em quase todos os municípios e comunidades autónomas.

Embora o apoio de Yolanda Díaz seja importante, já que evita uma maior dispersão dos partidos à esquerda do PSOE, o Unidas Podemos enfrenta um inevitável processo de desgaste, como nota a revista Grand Continent, podendo sair de vários governos autónomos e municípios. O partido foi perdendo força junto dos eleitores ao longo dos anos, aliás, foi no rescaldo da derrota nas eleições para a comunidade de Madrid, realizadas em 2021, que Pablo Iglesias, o antigo líder partidário, acabou por abandonar a vida política.

Querendo evitar o desfecho do Ciudadanos, o Unidas Podemos enfrenta uma prova de vida nestas eleições. Com uma alternativa à esquerda muito idêntica ideologicamente nas próximas eleições gerais — o Sumar — um mau resultado eleitoral pode representar o princípio do fim do partido. Se os resultados forem positivos, o Unidas Podemos pode ganhar fôlego e força para combater a alternativa oferecida por Yolanda Díaz — e igualmente para as próximas eleições gerais.

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