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EN2: Descobrir Portugal pela estrada fora

A EN2 completa 76 anos de existência a ligar o país de norte a sul. O triatleta Filipe Marques e a mulher, Marlene Santos, percorreram-na de bicicleta... desde Chaves até Faro.

Uma das mais extensas estradas do mundo, apenas superada pela Route 66, nos EUA, e pela Ruta 40, na Argentina, a Estrada Nacional 2 foi idealizada por Salazar, que desejava um percurso que unisse o país de norte a sul. Para tal, pegou em vários troços já existentes, reabilitou-os e uniu-os, dando origem a este percurso de surpreendente diversidade geográfica, monumental e cultural que este pequeno país, em forma de retângulo, encerra.

“A EN2 é uma estrada incrível. Em quatro dias, passámos pelos verdes das serras, pelas fantásticas paisagens do Douro, pelas praias fluviais da zona centro e pelas barragens no Alentejo. No Algarve, o aproximar do mar é a melhor forma de terminar esta aventura”, conta Filipe Marques, triatleta do Estoril Praia Credibom, com o entusiasmo de quem acabou de chegar de uma experiência que deixará memórias para a vida: percorrer toda a Nacional 2 de bicicleta.

“A EN2 é uma estrada incrível. Em quatro dias, passámos pelos verdes das serras, pelas fantásticas paisagens do Douro, pelas praias fluviais da zona centro e pelas barragens no Alentejo. No Algarve, o aproximar do mar é a melhor forma de terminar esta aventura”
Filipe Marques, triatleta do Estoril Praia Credibom

A EN2 tem uma extensão total de 739 km, atravessando o país longitudinalmente, pelo seu interior, revelando segredos de algumas das áreas que mais sofreram com a desertificação — consequência da migração dos seus habitantes em busca de melhores oportunidades noutras geografias. São 35 concelhos, desde Chaves até Faro, que desvendam a riqueza que um país tão pequeno como Portugal reúne.

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Clique na infografia para aproximar:

Infografia: Vasco Avillez

EN2 a norte

A porção situada na região norte do país liga Chaves a Lamego, e é um deslumbrante serpentear por entre as montanhas transmontanas, uma região particularmente rica em águas termais, cujos benefícios terapêuticos já eram bem conhecidos dos romanos. Depois de passar pela cidade de Vila Real, a estrada mergulha numa outra paisagem icónica, classificada como património mundial pela UNESCO: o Douro Vinhateiro. A não perder, uma visita ao Museu do Douro, em Peso da Régua. Depois de atravessar o rio Douro, a estrada passa por Lamego e a sua Sé, que merece uma paragem para ser apreciada.

Da zona centro até ao sul

Já na zona centro, o percurso inclui cidades como Viseu — onde é indispensável uma visita à sua catedral — Tondela, Penacova, Poiares e Vila de Rei. É neste último concelho, mais concretamente no Picoto da Melriça, que se encontra o centro geodésico de Portugal, de onde se pode apreciar uma das mais deslumbrantes vistas desta região do país.

Depois de passar Abrantes, a EN2 entra na sua porção alentejana, na vila de Ponte de Sor. Aqui, as paisagens alteram-se novamente para as extensas planícies douradas e de calor intenso, quando percorridas no auge do verão. Terras do Cante Alentejano e de um ritmo próprio merecem tempo para serem contempladas. O que pode logo acontecer no troço entre Ponte de Sor e Mora, que acompanha o espelho de água da plácida Barragem de Montargil. Logo a seguir, a praia fluvial do Gameiro, mesmo ao lado do Fluviário de Mora, convida a uma pausa para retemperar forças, já que, mais abaixo, esperam-nos as 365 curvas da Serra do Caldeirão até entrar no último troço da estrada: o Algarve. Vale a pena parar no Miradouro da Serra do Caldeirão e observar a sua impressionante vastidão. Antes do final, a estrada ainda passa por São Brás de Alportel, uma vila entre a serra e o mar, riquíssima em património histórico. Finalmente, Faro, a capital da região algarvia e o local do quilómetro 739 da EN2, recebe os aventureiros, brindando cada viajante com a imensidão do oceano, a convidar a um merecido mergulho como forma de celebração pela conclusão de tamanha jornada.

Passaporte EN2

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O Passaporte EN2 nasceu de uma iniciativa da Associação de Municípios da Estrada Nacional 2. Como o nome indica, trata-se de um pequeno caderno, no qual o viajante pode carimbar os locais por onde vai passando. Inclui a rota bem definida do percurso, com a identificação dos 35 municípios que a estrada atravessa e os locais onde pode ser carimbado.

Uma iniciativa para registo de memória futura deste inesquecível passeio.

O meio de transporte

Os 739 quilómetros da EN2 podem ser percorridos das mais variadas formas, dependendo do gosto e motivação de cada um. Para Filipe, como seria de esperar, a bicicleta foi o meio de transporte eleito. Para quem ambicione pedalar pela EN2 fora, como este triatleta do Estoril Praia Credibom, Filipe deixa alguns conselhos: “Sendo atleta de triatlo, a preparação para este tipo de desafios é algo que faz parte da minha rotina. É fundamental existir conhecimento sobre as limitações de cada um e elaborar um esquema de preparação rigoroso para quem queira fazer o percurso de bicicleta.” Um dos aspetos a considerar é, sem dúvida, a distância de cada etapa.

“É muito importante sabermos quanto vamos conseguir aguentar fisicamente em cada dia, perceber se os quilómetros a que nos estamos a propor são viáveis para nós” 
Filipe Marques, triatleta do Estoril Praia Credibom

É preciso ter em atenção não apenas os quilómetros, mas também a intensidade das subidas, por exemplo. “É muito importante sabermos quanto vamos conseguir aguentar fisicamente em cada dia, perceber se os quilómetros a que nos estamos a propor são viáveis para nós” diz-nos Filipe. “Isto tudo, idealmente, assegurado por um check-up médico antes da partida.” Prevenir é também fundamental para se aproveitar o que de melhor nos pode oferecer a viagem.

Planeamento: o melhor amigo para quem vai percorrer a EN2

“Em termos turísticos, notamos que muitos hotéis e alojamentos se voltaram para a experiência da EN2. São também muitos os cafés e zonas pelas quais passámos que estão bem identificadas e acolhem calorosamente os viajantes,” conta Filipe que, em conjunto com Marlene, já planeavam esta aventura há cerca de dois anos. Encontraram no último verão o tempo certo para o fazer. A partir daqui, estudaram a melhor maneira de se coordenarem e apoiarem mutuamente. O resultado foi percorrerem a EN2 juntos de duas formas distintas: enquanto Filipe pedalava, Marlene seguia de carro. Uma dinâmica original que lhes permitiu também uma forma única de experimentar a viagem. “Para nos organizarmos entre os dois, no final de cada dia, fazíamos a análise do percurso para o dia seguinte. Assim identificávamos os principais pontos de referência e pontos de paragem. Já na estrada, a Marlene ia avançando e parando, sempre a acompanhar o meu ritmo. Quando ela passava, eu aproveitava para lhe pedir algo que eventualmente necessitasse,” explica Filipe.

Uma estrada de afetos

Além da paisagem e da monumentalidade, a EN2 oferece ainda uma profunda experiência humana. Filipe e Marlene encontraram, de norte a sul, um enorme carinho na forma como foram acolhidos pelos locais onde passaram e em cada paragem que fizeram. Inesquecível foi também o espírito de solidariedade vivido na estrada, entre viajantes. “Lembro-me de um casal numa carrinha VW antiga que, durante o 1.º dia, se cruzou connosco várias vezes. No dia seguinte de manhã, ao pequeno-almoço, descobrimos que tínhamos ficado todos alojados no mesmo hotel. Foi uma festa. Este episódio ilustra bem o espírito da EN2. A viagem, seja ela de carro, mota, bicicleta ou outro meio de transporte, transforma-se numa troca de acenos, cumprimentos e outras formas de encorajamento e solidariedade, revelados também pelo respeito com que cada um, independentemente do meio de transporte, utiliza a estrada. É realmente uma estrada de todos e para todos.”

"A viagem, seja ela de carro, mota, bicicleta ou outro meio de transporte, transforma-se numa troca de acenos, cumprimentos e outras formas de encorajamento e solidariedade, revelados também pelo respeito com que cada um, independentemente do meio de transporte, utiliza a estrada. É realmente uma estrada de todos e para todos”
Filipe Marques, triatleta do Estoril Praia Credibom

EN2: uma montra de Portugal

É este o espírito da EN2, uma estrada que une a diversidade de um país ao longo de mais de 700 quilómetros. Percorrê-la é mergulhar nesta variedade de paisagens, sentimentos, gentes e emoções. E, para isso, não importa se se vai de bicicleta, de moto, de carro ou, até mesmo, a pé. É também indiferente se tem um orçamento mais ou menos alargado, porque em qualquer circunstância, encontra no Banco Credibom um sólido parceiro. Especialista em crédito pessoal e seguros, o Banco Credibom pode ajudar a encontrar a solução ideal para uma viagem sem sobressaltos. São várias as opções que encontra, entre elas a possibilidade de um crédito pessoal para férias ou a subscrição de seguro automóvel — para uma viagem ainda mais segura. Tudo de forma simples e flexível, facilmente adaptado às suas necessidades.

“No meio de tanto pensar e planear, sem dúvida fundamentais para que tudo corra bem e possamos tirar o maior partido da aventura, o mais importante mesmo é ganhar coragem, marcar as datas e dizer que não há volta a dar. Só nos resta mesmo ir”
Filipe Marques, triatleta do Estoril Praia Credibom

O que importa mesmo é ir, como concluem Filipe e Marlene: “No meio de tanto pensar e planear, sem dúvida fundamentais para que tudo corra bem e possamos tirar o maior partido da aventura, o mais importante mesmo é ganhar coragem, marcar as datas e dizer que não há volta a dar. Só nos resta mesmo ir.”

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