909kWh poupados com a
i

A opção Dark Mode permite-lhe poupar até 30% de bateria.

Reduza a sua pegada ecológica.
Saiba mais

Enfermeiros dos centros de vacinação queixam-se de falta de organização e coordenação da task force nos auto agendamentos
i

Enfermeiros dos centros de vacinação queixam-se de falta de organização e coordenação da task force nos auto agendamentos

Rui Oliveira/Observador

Enfermeiros dos centros de vacinação queixam-se de falta de organização e coordenação da task force nos auto agendamentos

Rui Oliveira/Observador

Enfermeiros exaustos, falhas informáticas e pouca coordenação com a task force. As queixas de quem trabalha nos centros de vacinação

Gerem vacinas, recursos humanos e expectativas, mas estão “cansados”. Enfermeiros explicam atrasos e lamentam a pouca adesão. "Durmo e acordo a pensar em vacinas", desabafa uma profissional de saúde.

    Índice

    Índice

Enfermeiros “exaustos”, limitação de espaço nas zonas de espera e no recobro, falhas informáticas no registo das vacinas, pouca coordenação com a task force — que não se revê nas críticas — no que respeita aos autoagendamentos e utentes que confirmam a presença, mas que não aparecem. Estas são algumas das queixas apontadas por quem trabalha nos centros de vacinação, desde o início do ano.

Marco Patinha da Costa é enfermeiro-chefe de um centro de vacinação na Maia, aberto desde o dia 19 de abril. No Pavilhão Municipal de Gueifães são realizadas 1100 inoculações por dia, de segunda a sábado, entre as 8h e as 20h, mas o profissional queixa-se da falta de espaço e de profissionais de saúde. “A pressão é grande e as pessoas esquecem-se que os enfermeiros dormem cá e trabalham 12 horas por dia. Estamos exaustos”, começa por dizer ao Observador, enquanto rejeita chamadas telefónicas “não urgentes” e volta a colocar o telemóvel no bolso.

Neste centro trabalham a tempo inteiro 13 enfermeiros contratados pelos Agrupamento de Centros de Saúde (ACES) Maia/Valongo e aguarda-se a chegada de mais dez contratados pela autarquia “ainda este mês”. “Com o alargamento do horário de funcionamento para as 22h, tenho colegas que já querem ir embora, as pessoas têm família e filhos”, justifica o enfermeiro, que admite ter dias “muito maus” em que não é possível “ter capacidade de resposta”, apesar de semanalmente receber cinco a seis mil vacinas.

Há oito postos de vacinação no pavilhão, mas apenas seis estão a funcionar “por falta de pessoal”. Marco Patinha da Costa garante já ter pedido ao município a cedência do pavilhão vizinho para alargar a lotação de 60 a 70 pessoas da sala de espera e da zona de recobro, mas a câmara municipal alega necessitar do espaço para dar apoio a uma escola secundária.

PUB • CONTINUE A LER A SEGUIR

Com o alargamento do horário por cada turno, há enfermeiros na Maia a recusar trabalho. A falta de espaço para recobro é outra problema apontado

Rui Oliveira/Observador

Os utentes chegam aos centros de vacinação por três vias possíveis: o autoagendamento, feito online e gerido pela task force, o agendamento feito pelo ACES local, ou ainda através da modalidade “Porta Aberta”, onde os maiores de 50 anos podem ser vacinados sem agendamento prévio, tendo apenas de se identificar. Há ainda utentes dependentes e respetivos cuidadores que são vacinados ao domicílio e cujas doses são preparadas nos centros.

Na Maia, as pessoas podem esperar pela sua vez mais de 40 minutos e o enfermeiro-chefe conta que a comunicação com a task force nem sempre é fácil e eficaz. “Já aconteceu ficarmos sem vacinas devido ao autoagendamento gerido pela task force. Tento salvaguardar ao máximo, mas esta falta de organização e coordenação dificulta muito o nosso trabalho. Quem está lá fora e quer ser atendido não sabe disto e insulta-nos.”

Uma queixa partilhada por Maribel Fernandes, enfermeira coordenadora do centro de vacinação de Gondomar, de portas abertas desde fevereiro. O trabalho dos Serviços Partilhados do Ministério da Saúde, organismo responsável pelo autoagendamento da vacinação, é a principal dor de cabeça da enfermeira, que admite sentir dificuldades em gerir tanto a equipa como as vacinas disponíveis.

“Neste momento, damos-lhes a parte da manhã para programarem os auto agendamentos, numa capacidade de 600 pessoas, e assim ficamos com as segundas doses e tudo o resto para o período da tarde. Eles misturam os dois horários e é uma confusão”, revela ao Observador, dando mesmo exemplos concretos. “Na semana passada tinha uma programação de 650 pessoas e no turno da tarde atendeu 989. Este acréscimo é um stress, não tenho a equipa adaptada para este número e há um desmoronamento de todo o planeamento semanal traçado. A gestão disto é complicadíssima, não há coordenação”, acusa.

Por outro lado, existe o fenómeno da falta de comparência dos utentes. “Por vezes tenho 400 pessoas auto agendadas, mas faltam 170. As pessoas percebem que 28 dias depois da primeira dose estão de férias e não vão poder tomar a segunda, por isso acabam por faltar.”

Em Gondomar, são raras as filas de espera, mas nem assim a enfermeira-chefe poupa críticas à coordenação com a task force

Rui Oliveira/Observador

Ao Pavilhão Multiusos chegam 5500 vacinas todas as semanas e nos 16 postos de vacinação disponíveis são efetuadas cerca de mil inoculações diárias. “Temos neste momento 30 enfermeiros a trabalhar, 12 dos quais contratados pela Administração Regional de Saúde (ARS) do Norte, os restantes são colaboradores das unidades de saúde.” Maribel Fernandes não tem a expectativa que o número de profissionais de saúde aumente e acredita que a partir de outubro a vacinação migre para os centros de saúde. “A partir de agora vamos começar a vacinar pessoas com uma mobilidade maior e tudo será mais célere. Acredito que a partir de outubro passaremos para as nossas instalações.

O desafio nos últimos meses é grande e o cansaço já se faz notar. “Não tenho fins de semana, durmo e acordo a pensar em vacinas. Em dois ou três minutos, tenho umas 50 mensagens recebidas”, afirma, fazendo questão de mostrar o telemóvel a vibrar constantemente.

“Isto é uma mais valia para todos e as pessoas não estão a aderir como deveriam”

No centro de vacinação do Cerco, no Porto, aberto desde abril, a realidade é semelhante e apesar de existir uma “equipa motivada”, lamenta-se a falta de adesão da população à vacinação. “Sabemos que, do agendamento por SMS, cerca de 35% das pessoas faltam, confirmam e não vêm ou não confirmam de todo. Isto acontece por infoexclusão ou porque recusam mesmo a toma da vacina”, afirmou há uma semana ao Observador Dulce Pinto, a então diretora executiva do ACES – Porto Oriental, antes de apresentar a sua demissão após a polémica com a vacinação indevida a jovens com mais de 18 anos — medida que terá tomado para colmatar esta falta de adesão.

Vacinação indevida no Cerco a jovens de 18 anos: o que aconteceu e como se chegou à demissão da diretora do centro?

O espaço, onde funcionava uma antiga escola, conta agora com 12 enfermeiros, contratados pela ARS do Norte, a trabalhar a tempo inteiro, e todos os dias realizam-se mil inoculações nos 10 postos de vacinação montados pela autarquia. Apesar da capacidade instalada, muitos não aproveitam a oportunidade: “No último fim de semana esteve um tempo espetacular e tivemos apenas 25% da agenda preenchida. Temos muitos faltosos e as consequências são nossas porque temos meios, recursos, vacinas e enfermeiros, mas perdemos oportunidades de vacinação”, lamentou Dulce Pinto.

O centro gere apenas 20% da agenda e encarrega-se de preencher os espaços livres, contactando utentes do ACES para serem vacinados. “Nós não convocámos ninguém a vacinar, utiliza-se mal o termo convocar, pois ao recebermos uma convocatória temos obrigatoriamente que nos apresentar. Aqui não, convidámos e a pessoa é livre de vir ou não”, esclarece a enfermeira, acrescentando que muitas vezes o horário é alargado das 20h às 23h. “Enquanto não se vacinar toda a gente, não vai ninguém embora”, garantiu.

No Porto, lamenta-se a falta de comparência de vários utentes confirmados para vacinação

Rui Oliveira/Observador

O objetivo é simples: “Vacinar o maior número de pessoas no menor tempo possível”, no entanto, esta é uma tarefa que pode demorar tempo. No Cerco, há frequentemente filas de três horas de espera, uma consequência do “overbooking” que acontece “centenas de vezes”. “As vacinas salvam vidas e estamos aqui para salvar vidas, mas isso demora tempo”, sublinhou Dulce Pinto.

Além do “overbooking” no agendamento, há outros fatores que podem explicar o atraso na vacinação no Cerco, como o facto de o edifício não ter fibra ótica e a internet só funcionar graças a dois routers colocados nas janelas. “Basta uma quebra no sinal para o que o sistema pare e atrase tudo”, explicou a enfermeira, acrescentando que o tempo que cada utente permanece no posto de vacinação também pode ser variável. “A inoculação demora três minutos, mas há pessoas que estão meia hora numa box com o enfermeiro, porque têm dúvidas, não conhecem as regras ou apresentam quadros de ansiedade.”

A este centro de vacinação no Porto chegam cinco a seis mil vacinas por semana, todas são preparadas no local e o trabalho de equipa, distribuído entre as salas de espera, os postos de vacinação e a zona de recobro, exige “treino, comunicação e muito esforço”. “O controlo de stocks é permanente, não podemos pecar por excesso nem por defeito”, enfatizou a responsável.

Luísa Rodrigues, enfermeira chefe no centro de vacinação de Vila Nova de Gaia, partilha a mesma preocupação: gerir vacinas, agendamentos, horários e escalas de profissionais faz agora parte da sua rotina de trabalho. No Pavilhão Municipal das Pedras fazem-se 1600 inoculações todos os dias, pelas mãos de 36 enfermeiros, 24 dos quais foram contratados pela autarquia em março passado.

Em Vila Nova de Gaia, as vacinas são guardadas a cadeado e a sala de preparação não está identificada como tal

Rui Oliveira/Observador

O pavilhão tem 14 boxes de vacinação, o circuito é comum para quem vai tomar a primeira ou a segunda dose e as longas filas de espera fazem crer que o espaço é pouco para tanta gente. “Não interessa ter muitos enfermeiros para vacinar, se depois não temos espaço suficiente para o período de recobro”, alerta Luísa Rodrigues ao Observador, acrescentando que há pessoas nas filas que não estão à espera de serem vacinadas. “Muitos chegam aqui para fazer perguntas, outros para pedirem a segunda via do cartão onde têm registado a data da segunda dose. Há vários casos assim.”

Segundo a enfermeira, a equipa “está motivada”, apesar da frustração que sente quando alguém falta. “Tivemos 611 faltas no último fim de semana, é muito mau. Isto é uma mais valia para todos e as pessoas não estão a aderir como deveriam. Tinha uma equipa reforçada de enfermeiros nesses dias, ligámos a 80 pessoas para virem no dia e só duas apareceram.” A profissional lamenta ainda a atitude inflexível de alguns utentes. “Um senhor disse-me ao telefone que era reformado e não entendia porque o chamávamos para vir ser vacinado a um fim de semana, altura em que tinha mais coisas para fazer.”

A este centro de vacinação em Vila Nova de Gaia chegam 12 mil vacinas por semana, todas as caixas são armazenadas em frigoríficos fechados a cadeado e na porta do local onde são preparadas pode ler-se: “Sala de isolamento”. Não se trata de um erro, mas de uma clara estratégia de comunicação. “Não identificámos esta sala propositadamente. Ouvimos várias notícias de roubo de vacinas, pessoas que aproveitam frascos para depois venderem, todo o cuidado é pouco”, justifica Luísa Rodrigues.

“O clima de desconfiança instalado não facilita um processo de vacinação como este”

O centro de vacinação de Matosinhos está a funcionar desde fevereiro e em média faz 2000 inoculações diárias. As vacinas chegam aos serviços farmacêuticos do Hospital Pedro Hispano duas vezes por semana, à segunda e à quinta-feira, num total de 7 a 8 mil doses, que diariamente são transportadas para o centro, onde depois são preparadas e distribuídas.

Renato Barros, enfermeiro chefe, afirma ao Observador estar satisfeito com a evolução da vacinação no concelho e partilha o panorama geral: “Já administrámos 84 mil doses, sendo que 46.500 pessoas têm a vacinação completa e 37500 que aguardam pela segunda dose.” Apesar dos números, não esconde as dificuldades provocadas por um “clima de desconfiança” que “influencia o estado de espírito das pessoas” relativamente a todo o processo. “O clima de desconfiança instalado não facilita um processo de vacinação como este”, garante, sublinhando casos em que os utentes foram vacinados indevidamente ou a falta de informação generalizada.

Em Matosinhos a vacinação decorre a um bom ritmo, mas no ar sente-se um "clima de desconfiança" que dificulta o processo

Rui Oliveira/Observador

O espaço conta 20 postos de vacinação instalados e 34 enfermeiros ao serviço, provenientes de centros de saúde e do Hospital Pedro Hispano, 18 dos quais a tempo inteiro. “Os enfermeiros que aqui trabalham são da Unidade Local de Saúde de Matosinhos (ULS) e não foram contratados especificamente para isto. É uma das vantagens de seremos uma ULS, podemos gerir os nossos recursos humanos, independentemente do local onde estejam a trabalhar, seja nos centros de saúde ou no hospital”, refere, acrescentando que graças à pouca pressão hospitalar, não houve necessidade de reforçar a equipa. “Não sentimos necessidade de contratar mais ninguém porque a pressão associada à Covid-19 diminuiu no hospital e libertou alguns recursos humanos para aqui.”

O centro de Matosinhos opera todos os dias, entre as 8h e as 20h, sendo que entre as 14h as 19h o período é dedicado ao “Porta Aberta”, o programa que permite a utentes com mais de 50 anos serem vacinados sem agendamento prévio. “Por vezes o horário é prolongado quando temos doses sobrantes, nessa altura temos de chamar novos utentes, mas nunca desperdiçámos nenhuma dose”, assegura Renato Barros, enfermeiro chefe, revelando que a equipa que gere é também responsável pela vacinação de utentes dependentes ao domicílio e utentes elegíveis que estejam internados no Hospital Pedro Hispano.

Devido aos autoagendamentos, geridos pela task force, o enfermeiro admite que sobra “pouca margem” para o ACES de Matosinhos convocar utentes novos. “Recebemos a lista dos autoagendamentos com cinco dias de antecedência e está a funcionar bem, dá fluidez ao processo. Nesses casos, as pessoas não precisam de passar pelo nosso secretariado e tudo é mais automático. Este regime coloca na nossa agenda 1500 inoculações, ficámos com pouca margem para convocar primeiras doses pela nossa iniciativa.”

Ainda assim, quando a convocação acontece, as prioridades já estão bem definidas. “Neste momento, chamamos pessoas com idades mais avançadas e as que necessitam de tomar segundas doses, identificadas nos centros de saúde ou no internamento hospitalar. Quando alguém não aparece, telefonamos para tentar perceber a razão de não ter vindo.

A falta de comparência dos utentes à chamada da vacinação é um dos problemas identificados, assim como a sobreposição de agendamentos em determinadas horários, ainda assim, as filas enormes não são uma constante em Matosinhos, garante o enfermeiro Renato Barros. “Estamos a falar de um processo dinâmico, que está sempre em construção, e podem sempre ocorrer erros. Já nos aconteceu há três dias termos uma sobreposição de agendamentos em determinados horários, o que criou um atraso na vacinação, mas nada de especial. O normal é não termos grandes filas”, revela.

Renato Barros, enfermeiro chefe, acredita que com a vacinação das faixas etárias mais ativas no futuro próximo irá tornar o processo mais rápido e dinâmico

Rui Oliveira/Observador

Programa informático de registo de vacinação consome “horas preciosas”

Nos centros de vacinação de Lisboa e Vale do Tejo não faltam vacinas, não há registo de atrasos ou entregas em falta, mas o programa informático onde são colocadas todas as vacinas administradas — que se chama, precisamente, ‘vacinas’ — falha várias vezes ao longo do dia e atrasa todo o trabalho.

No centro de vacinação de Sintra já aconteceu acabar de inocular às 20h e ficar até à meia-noite só a inserir registo de vacinas que tinham ficado “pendurados” ao longo do dia, nas várias falhas que o sistema tem. No dia em que o Observador esteve naquele centro, numa altura de maior afluência à vacinação, no período da manhã, seis enfermeiros desesperavam com o sistema, que não estava a funcionar. “Estou sem sistema, estou sem sistema”, ouvia-se logo no corredor antes do acesso à box de vacinação.

A única solução é ficar com os dados em papel e, mais tarde, quando já não houver ninguém na fila de espera para ser vacinado começar a fazer esses registos. “Ontem [quarta-feira] saímos daqui já passava da meia-noite, tínhamos vários registos pendentes. O problema é que hoje às 7h já aqui estávamos, porque somos os mesmos. O desgaste é muito e todo o tempo é preciso, estas falhas não ajudam em nada”, explica ao Observador a enfermeira responsável no Centro de Vacinação de Sintra.

Falhas no sistema informático que regista as vacinas é a maior dor de cabeça para quem trabalha no centro de vacinação em Sintra

TOMÁS SILVA/OBSERVADOR

Já no que diz respeito à logística, o reforço da Administração Regional de Saúde de Lisboa e Vale do Tejo chegou há cerca de um mês, já com a vacinação a um ritmo acelerado e em número pequeno. Cerca de três ou quatro enfermeiros por cada Centro de Vacinação Covid. Numa coisa todos estão de acordo: Não fosse o reforço feito pelas autarquias e seria impossível vacinar a este ritmo. É que para ter os enfermeiros nos centros de vacinação estes têm de sair das unidades de saúde onde prestam diariamente serviço. As horas extra não seriam suficientes para manter os centros de vacinação em pleno funcionamento.

Com a “luz ao fundo do túnel” que já se vislumbra, à medida que a faixa etária a vacinar desce, o cansaço acumulado ao longo dos últimos meses atenua-se um pouco, mas a exaustão de quem está horas a fio num trabalho repetitivo de vacinação é visível.

Falta de enfermeiros no SNS obriga câmaras a gastar milhões no privado em contratações para centros de vacinação

Numa das salas de preparação de vacinas há uns pensos rápidos colados na parede e uma frase escrita à mão: “Os enfermeiros são como estes pensos: rápidos e descartáveis” — cerca de metade dos enfermeiros em cada centro de vacinação na ARS de Lisboa e Vale do Tejo está em regime de prestação de serviços através de empresas externas que foram contratadas pelas autarquias. Uma vez esgotada a necessidade de recursos para vacinar continuarão, muitos deles, sem ter um lugar nos quadros do Estado.

Ordem dos Enfermeiros não recebeu queixas formais e task force diz não se rever nas críticas

Ao Observador, a Ordem dos Enfermeiros revela que não recebeu qualquer queixa formal ou por escrito relativamente ao trabalho que se faz nos centros de vacinação. “A bastonária tem avisado, recentemente, da situação de cansaço extremo dos enfermeiros já que muitos não têm férias desde o ano passado. Temos noção de que haverá casos de cansaço e daí a nossa alerta pública, mas até agora não temos conhecimento de casos concretos”, adianta fonte oficial da Ordem.

Em resposta ao Observador, fonte oficial task force para a vacinação contra a Covid-19 afirma não se rever nas críticas apontadas pelos enfermeiros. “Há um planeamento semanal, não temos conhecimento de falta de vacinação nem da existência de um overbooking em centros de vacinação”, revela fonte oficial.

Ofereça este artigo a um amigo

Enquanto assinante, tem para partilhar este mês.

A enviar artigo...

Artigo oferecido com sucesso

Ainda tem para partilhar este mês.

O seu amigo vai receber, nos próximos minutos, um e-mail com uma ligação para ler este artigo gratuitamente.

Ofereça até artigos por mês ao ser assinante do Observador

Partilhe os seus artigos preferidos com os seus amigos.
Quem recebe só precisa de iniciar a sessão na conta Observador e poderá ler o artigo, mesmo que não seja assinante.

Este artigo foi-lhe oferecido pelo nosso assinante . Assine o Observador hoje, e tenha acesso ilimitado a todo o nosso conteúdo. Veja aqui as suas opções.

Atingiu o limite de artigos que pode oferecer

Já ofereceu artigos este mês.
A partir de 1 de poderá oferecer mais artigos aos seus amigos.

Aconteceu um erro

Por favor tente mais tarde.

Atenção

Para ler este artigo grátis, registe-se gratuitamente no Observador com o mesmo email com o qual recebeu esta oferta.

Caso já tenha uma conta, faça login aqui.