Carlos Moedas, presidente da Câmara Municipal de Lisboa, chegou à sede do Observador pouco antes das 9h da manhã desta quarta-feira e vinha com o tempo contado: tinha outro compromisso marcado às 9h30. Mas não era longe, por isso a entrevista que marca a inauguração dos novos estúdios da Rádio Observador pôde prolongar-se mais um pouco.

Na entrevista conduzida por Carla Jorge de Carvalho, Júlio Magalhães e Paulo Ferreira, o presidente da Câmara falou diz que há dias um presidente da junta do PS lhe cobrou promessas que Medina tinha feito no valor de um milhão de euros.

Carlos Moedas envia ainda algumas indiretas a Rui Rio, ao dizer que as eleições diretas lhe permitem ter “esperança num PSD mais dinâmico, num PSD como uma alternativa verdadeira ao PS.” O autarca está a trabalhar no sentido de eliminar a ciclovia da Almirante Reis — como prometeu na campanha, mas recusa-se a apontar uma data.

Tomou posse a 18 de outubro e foi um momento muito notado pela transição institucional saudável — mas, quando entrou pela primeira vez no gabinete da Câmara e pegou nos dossiers, ficou surpreendido com alguma coisa? Qual foi a sua maior novidade com o confronto com a realidade?
Fiquei surpreendido pela positiva e, obviamente, também tive surpresas negativas, como penso que é normal nestes momentos. Mas penso que a transição foi feita com muita dignidade — isso foi reconhecido por todos — e acho que demos também uma lição sobre a importância de os políticos fazerem transições com uma serenidade a que não estávamos habituados. Portanto, eu deixo isso com uma nota daquilo que foi feito. Agora, obviamente, quando cheguei à Câmara Municipal encontrei algumas surpresas negativas que estou a tratar delas e que acho que devo manter naquilo que é o foro da minha competência.

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Não podemos saber quais são?
Penso que não é isso que vai mudar as coisas. Penso que devemos manter essa institucionalidade. Obviamente que me chegaram muitos comprometimentos que não estavam escritos, de pessoas que tinham promessas que queriam ver cumprir e, portanto, vamos ter que avaliar.

Mas isso põe em causa alguma das promessas que fez durante a campanha para candidato à Câmara e no seu discurso da tomada de posse? Compromete alguma coisa daquilo que disse?
Espero que não. Estamos a fazer essas contas. Posso contar-vos uma surpresa: há dois dias tive um presidente da junta de freguesia, que é do Partido Socialista, que me veio pedir aquilo que são promessas que lhe foram feitas e que valiam mais de um milhão de euros. Portanto, isso tem que ser visto, tem que ser analisado, tem que se ver se há dinheiro e, se houver dinheiro, realmente elas podem ser cumpridas, se elas são contratualizadas. Portanto isso acontece e estamos aqui para reagir. As promessas que eu tenho, essas são para cumprir. Vamos ter que as cumprir, vamos ter que encontrar espaço no orçamento da Câmara, que é um orçamento de mil milhões de euros. E, como disse, as promessas que tenho pela frente são promessas que quantifiquei, que estou a trabalhar e que vamos mesmo ter que cumprir. Pode acontecer, e isso eu espero que não, é que a oposição não deixe que essa governação seja possível. E aqui é um ponto importante: eu ganhei as eleições, o nosso projeto ganhou as eleições e é o projeto que os lisboetas querem. Por isso é importante que a oposição tenha também essa consciência e, talvez, mais do que as surpresas negativas (que existem), há toda uma passagem daquele que é um ritual de uma oposição que estava habituada a estar no poder há 14 anos, e isso demora também o seu tempo.

Já sentiu essa dificuldade?
Todos os dias.

Tem o orçamento já em curso para o próximo ano? Está a negociar já com partidos da oposição?
Ainda não a negociar com os partidos da oposição, mas estamos a trabalhar com os serviços para ter exatamente o que é que é o orçamento que hoje tínhamos, quais são os compromissos que a oposição tinha e que são compromissos que eu quero manter, porque há muitas coisas no passado que são para manter para o futuro, mas depois incluir aquilo que são as grandes promessas que fizemos: os transportes públicos gratuitos para os mais novos e para os mais velhos, que estou a trabalhar com a Carris, a falar com o Metro, a falar com os serviços para conseguirmos incluir essa que é uma das principais promessas que temos em cima da mesa.

Já para o próximo orçamento?
Sem dúvida. É isso que estamos a trabalhar. E depois vai ser, realmente, essa negociação, que tem de ser feita com a oposição. Portanto, esperemos que, em medidas como essas, que são medidas para os lisboetas, para aquele que é o bem estar dos lisboetas, que a oposição esteja aberta, não só a negociar, mas a aceitar. São medidas boas para a descarbonização, são medidas necessárias.

Nessa relação com a oposição, para já, há um sinal interessante, que foi ter aceitado a proposta do vereador do PCP, João Ferreira, sobre repensar a reavaliação da linha circular do Metro. Este tipo de relação vai continuar? Vê condições para isso?
Sem dúvida, porque eu, realmente nesse aspeto, sou um político diferente. Eu não estive naquele dia a pensar se aquilo era uma proposta do PCP ou não. É uma proposta que eu estou de acordo. Nessa reunião de Câmara, quando eu passo a palavra a João Ferreira e depois era o momento do meu comentário, eu disse que estava de acordo com tudo aquilo que João Ferreira tinha dito. Mas não é por ele ser do Partido Comunista, é porque, realmente, temos ali um problema gravíssimo para as pessoas. Que é que as pessoas hoje que vêm do lado de Odivelas ou de Telheiras vão ter de fazer um transbordo que lhes vai mudar a vida, que vai demorar mais 15/20 minutos no dia delas e isso não pode acontecer. E, portanto, a pressão que temos de pôr no Metro para que aquela linha não seja circular, mas seja em laço, ou seja, quem vem de Odivelas pode continuar e não parar no Campo Grande. Quem vem de Telheiras também pode continuar e não parar no Campo Grande, é para os lisboetas. Nunca me vão ver como Presidente da Câmara com uma atitude partidária, mas sim com uma atitude daquilo que é bom para os lisboetas.

Vai conseguir ganhar esse braço de ferro?
Eu não acho que seja um braço de ferro. Nós temos aqui uma geometria variável, em que muitas vezes terei que estar com o Partido Comunista Português, outras vezes com o Partido Socialista e espero que do lado deles, eles também tenham essa visão, que não estamos aqui para os partidos. Eu não estou aqui para governar em relação a nenhum partido, estou para os lisboetas. Penso que temos que retirar, quando estamos na governação, essa ideia dos partidos, temos é que resolver os problemas às pessoas.

Neste dossier concreto do metro, o Governo, que é parte essencial para esta obra, já respondeu. O que é que acha da resposta do ministro Matos Fernandes que disse que, basicamente, não ia mudar nada?
Eu vou estar com o senhor ministro esta semana e também com o presidente do metro, vamos ter um encontro e vamos falar sobre isso. Penso que essa resposta pode ter sido uma resposta mediática. Nós temos que falar, temos que olhar e, portanto, temos que olhar para o dossier no seu concreto e temos que ter argumentos concretos. Aquilo que estamos aqui a falar é, tecnicamente, de muitos engenheiros, de colegas meus que hoje estão na Ordem dos Engenheiros, que trabalham e que são de vários partidos políticos, não há aqui nada de partidário, que olham para a solução e dizem “isto não é bom para os lisboetas”. E penso que o Governo vai ter que ouvir isso e vai ouvir isso, não só de Carlos Moedas, mas de todos aqueles que, tecnicamente, estão a estudar o assunto. Eu vou estudar sempre os assuntos tecnicamente, apresentá-los, defendê-los sempre para os lisboetas. Isso pode acontecer com o Partido Comunista, pode acontecer com o Partido Socialista, com o Bloco de Esquerda ou com algum vereador independente.

Carlos Moedas: “Já sei em quem vou votar nas diretas do PSD. Autárquicas deram esperança de partido mais dinâmico”

Acha que um futuro Governo saído das eleições legislativas pode ajudar a desbloquear essa divergência, que neste momento existe, entre o Governo em funções e a Câmara de Lisboa?
Isso é uma pergunta para um analista político, que eu não sou. O que eu acho é que, realmente, estamos num momento de mudança, que essa mudança vem das eleições autárquicas e que há uma esperança nos portugueses, uma esperança de mudança. E essa esperança de mudança é aquilo que eu vejo quando na rua falo com as pessoas e que essa esperança nasceu, de certa forma, nas autárquicas e, portanto, é interessante ver esse movimento, mas, como Presidente da Câmara, não tenho qualquer comentário.

Queremos ouvi-lo sobre esse ciclo de esperança de que está aqui a falar, mas no tempo que temos, olhemos para algumas das bandeiras da sua campanha. Uma delas foi o urbanismo, até perante suspeita de corrupção, Carlos Moedas disse que o seu dever era auditar para melhorar e depois saber o que fazer, em que fase é que está desta promessa?
Primeiro estamos a olhar para as equipas. As mudanças que são necessárias nas equipas, nas várias direções das equipas e, portanto, eu sou um gestor, estamos primeiro nessa fase. Depois vamos olhar para os projetos e vamos ver aqueles em que há incerteza, em que decisões foram tomadas que causam alguma incerteza. Aliás, levamos à primeira reunião de câmara, aquilo que nunca tinha acontecido, muitos projetos que estavam num monte – uma surpresa também negativa — que de certa forma não respeitavam a lei, mas não iam a reunião de câmara, portanto não eram indeferidos. Ou seja, a Câmara não tinha tomado uma decisão e a primeira coisa que fizemos foi agarrar naquele molho de projetos e ver: respeita ou não respeita a lei em relação ao alojamento local, em relação ao urbanismo. Aqui está, vamos à reunião de câmara. E assim fizemos na primeira reunião de câmara, para despachar uma série de coisas. Aquilo que quero mesmo no urbanismo, e que estamos a trabalhar, é digitalmente uma pessoa, qualquer que ela seja – não precisa ter um conhecimento na Câmara – quando vai à internet pode saber onde está o seu processo e saber se está há três meses em cima da mesa de uma determinada pessoa ou de outra pessoa. Acredito profundamente que o melhor combate à corrupção que podemos fazer é o digital, porque a transparência que o digital nos traz, ela é um combate extraordinário à corrupção. E, por isso é isso que nós estamos a trabalhar, a parte digital do urbanismo, as mudanças que estamos a fazer, obviamente em termos de pessoas, umas estão a sair porque é normal nestas transições, mas o recrutamento de pessoas tecnicamente muito capazes para fazer estas mudanças.

A perceção que tem da corrupção é assim tão grande? E a pergunta vem porque sentiu necessidade de criar um pelouro preocupado com a transparência e combate à corrupção. É uma perceção tão grande que mereça um pelouro concreto para esta área?
Acho que merece, sobretudo nos dias de hoje, naquilo que vivemos. Há uma perceção das pessoas que nós temos de combater através dessa transparência. E aquilo que nós sentimos não é uma questão de avaliação, porque isso só o sistema judicial o pode fazer, mas há uma perceção das pessoas que os processo ficam parados. e esses processo parados levam a essas perceções da pequena corrupção, de corrupção de incerteza e nós não podemos deixar os lisboetas sempre com esta perceção de que uns são filhos e outros são enteados e, aquilo que eu gostava, e hoje muitas vezes recebo muitas mensagens de pessoas, deste ou daquele, e eu digo “mas não é aquele que tem acesso ao presidente da câmara. Todos têm o direito de saber onde está o processo, porque é que o processo deles não avançou.” Eu quero, e não vou descansar, até ao dia em que todas as pessoas possam ter esse acesso através dos sistemas de internet para ver onde é que estão. Porque, se não, nós vamos ter sempre esta dificuldade, até como político, que somos bombardeados por milhares de pessoas que dizem “eu estive com o Presidente da Câmara, veja lá se o meu processo…”. Isso não faz sentido nenhum num país democrático.

Uma coisa é mudar para o futuro, outra coisa é avaliar aquilo do passado e que recebe como herança autárquica. Vai, de alguma forma, fazer uma auditoria formal à área do urbanismo na Câmara de Lisboa?
Estamos a avaliar como é que essa auditoria pode ser feita. Uma auditoria formal a todo o urbanismo seria algo impensável e que nos ia consumir todos os recursos e, portanto, estamos a ver quais são os processos que merecem um olhar mais atento. E, portanto, temos que, de certa forma, olhar aqui num 80/20, porque olhar para todos os processos da câmara, isso seria fisicamente impossível. Mas vamos olhar para aqueles em que há dúvida, em que há incerteza, em que há decisões que foram tomadas que criam essa dúvida. Isso é importante olhar e, portanto, a vereadora do urbanismo tem esse dossier e vai atuar sobre ele e vai olhar para esse passado, que também é importante. É importante, realmente, auditar, para que os lisboetas se sintam seguros. Nós recebemos, obviamente, muitas queixas durante estes tempos e, portanto, vamos olhar para essas queixas, vamos olhar para aqueles que sentem que foram injustiçados, vamos olhar para esses processos. Agora, não conseguimos olhar – para uma câmara como Lisboa – para tudo, portanto, vamos ter que fazer uma seleção daquilo que olhamos, mas vamos, sem dúvida, olhar para aqueles em que pensamos que há alguma incerteza jurídica, em que há incerteza nas decisões que foram tomadas.

Outra promessa de campanha: quando é que vai acabar com a ciclovia da Almirante Reis?
Ponto número um: disse, reafirmo que a Almirante Reis, a situação da ciclovia, é má para a cidade. Aquela ciclovia não foi bem pensada. Aliás, é interessante ver e analisar que a maior parte das ciclovias eram contratadas à empresa pública municipal EMEL, mas que aquela não foi contratada a essa empresa pública. Cá está, uma surpresa, porque quase todas eram tratadas pela EMEL e aquela não foi, porque foi, no fundo, um pop up. Foi uma ideia que surgiu durante a pandemia. Portanto, aquilo que eu vou fazer e que estou a estudar é criar uma alternativa e, assim que tivermos uma alternativa, retiramos obviamente a Almirante Reis.

Que poderá ser por onde?
Estamos a estudar com engenheiros, também engenheiros de vários partidos, eu não quero que seja nada partidário, agora o que eu quero é que olhem de maneira técnica e me digam se esta ciclovia não está aqui, onde é que ela pode estar. Assim que tivermos uma alternativa, a ciclovia vai ter que ser retirada. Espero que seja o mais depressa possível, mas não lhe vou dar uma data nem um dia, porque prefiro fazer bem feito, do que estar a prometer que para a semana ou daqui a três semanas. Não vou fazer isso.

Mas olhando para a rede de ciclovias em Lisboa, essa é o ponto negro, de facto, e as outras já estão avaliadas e estão seguras?
É o ponto dramático. Eu, por semana, já passo uma vez para ver. É uma ciclovia que cria um problema enorme às ambulâncias, às ambulâncias que vão para o Hospital de São José. É um eixo central da cidade e aqui há um ponto importante: eu gosto de bicicletas, eu gosto de ciclovias, mas gosto de ciclovias bem feitas e, se falar com a polícia, se falar com os bombeiros como eu tenho falado, pergunte a esses que estão na rua todos os dias o que é que eles pensam dessa ciclovia. Não aqueles que se vão manifestar partidariamente a favor das ciclovias, mas aqueles que estão na Almirante Reis. Eu subo a Almirante Reis, falo com as pessoas e as pessoas dizem-me “quando é que vai cumprir a sua promessa?”. E, portanto, a promessa é, obviamente, para cumprir.

Falando de promessas ainda, e nós também temos que acelerar aqui. Daquilo que foram as suas principais bandeiras na campanha eleitoral, já disse que vai avançar rapidamente com os transportes gratuitos, falta falar da devolução de 5% do IRS – basicamente para saber se avança já no orçamento camarário de 2022 – a redução do estacionamento em 50% para residentes e o plano de saúde para idosos. O que é que vai caber no orçamento do próximo ano?
O plano de saúde para idosos é para avançar imediatamente. Obviamente, eu tenho de ser realista, a medida sobre a devolução do IRS, eu quero incluí-la e eu disse no meu discurso de tomada de posse, exatamente porque conheço a posição da oposição em relação a essa medida, que ela pode ser progressiva e, por isso, estou a abrir aqui um espaço de discussão exatamente para não ser da parte da oposição um “não” rotundo a algo que eu penso que é importante, mas para dar algum espaço de negociação se o podemos fazer de forma progressiva. Porque tenho a consciência pragmática, não vale a pena, não estou aqui agora a fazer jogos políticos, que é das medidas mais complicadas para a oposição de aceitar. portanto, vamos tentar, pelo menos, de uma maneira progressiva – porque acho que é importante para os lisboetas que isso seja feito – para chegarmos então aquele que é a minha ambição. Mas lá está, estou aberto – disse ontem na Assembleia Municipal – a ouvir, a mudar, mas para concretizar aquilo que foram as nossas propostas para Lisboa. É muito importante para os Lisboetas.

Já sabe em quem é que vai votar no próximo sábado?
Isso é uma pergunta que eu não posso responder, como Presidente da Câmara Municipal de Lisboa.

Mas como social-democrata?
Como social-democrata, obviamente, sei em quem vou votar. Penso que são umas eleições muito importantes para o meu partido, para o PSD. Foi também um momento que se abriu aqui, a seguir às eleições autárquicas, de muita esperança e eu penso que até sábado vai haver uma luta muito digna entre estes dois candidatos, mas eu não me posso pronunciar sobre isso.

Porquê?
Porque sou presidente da câmara.

Mas há tantos autarcas diretamente envolvidos nas candidaturas de Rangel e de Rio.
Mas eu sou o Carlos Moedas e é a minha maneira de funcionar. Como presidente da câmara estou focalizado nos problemas dos lisboetas. Não tenho mesmo tempo. As discussões que está a haver hoje no PSD, eu não tenho tempo, não tenho tempo sequer para as acompanhar.

Sente que há alguma lealdade com Rui Rio por ter partido dele o convite para a corrida à Câmara de Lisboa?
Ponto número um: eu penso que, entre estes dois candidatos, são dois candidatos que eu conheço muito bem, são dois candidatos que merecem estar na linha da frente deste combate. E tenho uma amizade muito grande com Paulo Rangel de há muitos anos e, obviamente, Rui Rio foi aquele que me escolheu, de certa forma, mas eu penso que essa escolha é uma escolha que também é minha porque fui eu que aceitei. E, portanto, são dois candidatos muito fortes e que eu não vou aqui decidir para um ou para outro, porque não quero.

Mas essa onda de esperança das autárquicas não se quebrou com a luta interna a que assistimos nas últimas semanas?
Eu penso que não, penso que não. Penso que há, realmente, uma esperança num PSD mais dinâmico, num PSD, de certa forma, como uma alternativa verdadeira ao PS. E essa esperança está aí para todos nós.

Deve ser uma alternativa verdadeira ao PS este PSD?
Com certeza. Não tenho dúvidas.

Como sabe, eu venho do Porto e volto para o Porto. Tem alguma varinha mágica para acabar com o inferno do trânsito em Lisboa? Demoro mais tempo a chegar da entrada de Lisboa ao centro do a vir do Porto a Lisboa.
Os parques dissuasores. Nós não podemos deixar tantos carros entrar em Lisboa e é importante que esses carros tenham parques para que as pessoas possam tomar os transportes públicos.