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Bettmann Archive

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Getty Images: a vertigem da fotografia num arquivo com vista para o mundo

Foi há 25 anos que Mark Getty e Jonathan Kline fundaram o arquivo digital que preserva 350 milhões de imagens, um baú com os momentos mais icónicos da história e uma porta aberta para o futuro.

O pai não ligava a críquete até ao dia em que deixou a América por Londres e conheceu o vocalista dos Rolling Stones, corria o ano de 1972. “Mick Jagger era vizinho. Costumava aparecer a falar sobre o jogo, discutindo a história e as suas excentricidades. Em pouco tempo ficou apanhado por aquilo”, contava Mark, filho de John Paul Getty Jr, em 2005, num artigo para o The Observer, em mais uma episódio que valia uma ótima foto. Na verdade, a história da dinastia a que pertence não só dava um incrível álbum de família como se encontra boa parte dela preservada no acervo digital que Mark fundou com Jonathan Kline há 25 anos. Lançada em março de 1995, a Getty Images reúne hoje mais de 350 milhões de imagens, muitas das quais nos levam aos primórdios da fotografia.

Aquele que é um dos maiores e mais antigos arquivos privados do mundo, com parcerias fechadas ao longo dos anos com o arquivo da LIFE, Gamma-Rapho, Paris Match, Condé Nast, entre outros, guarda registos como uma das horas de almoço mais famosas e vertiginosas da história. Tirada no 69º andar do prédio da RCA, no Rockefeller Center, em 1932, pouco se sabe sobre o fotógrafo ou os fotografados mas o mistério, de cortar o fôlego, em nada impediu que este clique “de otimismo e ambição americana” se tornasse um dos mais replicados do século XX, pelo contrário — à época, o edifício era o maior espaço de trabalho de todo o mundo. A placa de vidro original está catalogada como parte do arquivo histórico de Bettmann, guardado numa instituição perto de Pittsburgh, nos EUA.

Do entretenimento ao desporto, tudo cabe neste armazém. Aqui, Mick Jagger, em Londres, em maio de 1972 © Michael Putland/Getty Images

Getty Images

Mas nos anos 90, ainda a relativa distância do apogeu das selfies e redes sociais, e de um mundo contemporâneo saturado de imagens, o propósito da dupla era reunir um muito fragmentado e disperso mercado da fotografia, modernizando o seu funcionamento e fazendo a sua ponte com a indústria. Indústria essa que lidaria a partir de agora com ferramentas online — a Getty foi a primeira empresa a licenciar uma imagem na internet, continuando hoje a apostar na gestão dos meios digitais. Do vídeo à música, sem esquecer os conteúdos multimédia, detém ainda marcas como iStock© e Thinkstock©. Dos media ao cinema, estão presentes em mais de 100 países, sendo que um dos primeiros mapas que interessa para esta história é o do clã fundador.

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Como Mark Getty (re) descobriu o petróleo

“Sou uma daquelas pessoas que toda a gente detesta porque tive uma infância idílica”, confessava em 2019 o filho do filantropo britânico John Paul Getty Jr. (1932 – 2006), e neto daquele que foi em tempos o homem mais rico do mundo, J Paul Getty Sir, barão do petróleo. Talvez a memória seja avivada com o recente “All the Money in the World”, a fita de Ridley Scott que narra o rapto, em 1973 de um dos netos do patriarca pela máfia calabresa, que acabaria por enviar-lhe a orelha do refém em resposta à recusa em pagar o resgate. Mark tinha apenas 13 anos quando o episódio envolvendo o seu irmão mais velho abalou a família, mas mantém a toada. “Não tenho esqueletos no armário. Até do colégio interno gostei”.

O homem forte da Getty Oil, J. Paul Getty (1892-1976) com o milionário grego Aristotle Onassis (1906-1975) na biblioteca da mansão de Getty, em Surrey

Getty Images

Das raízes norte-americanas de Oklahoma para o contryside britânico, sempre com Itália, o berço de Mark, a correr no sangue dos Getty. Mesmo depois do divórcio dos pais, em 1964, continuou a dividir os dias entre os arredores de Siena e Roma, onde mantém residência. — aos 25 anos, levava o seu primeiro cavalo ao famoso Palio, uma das corridas mais épicas. E largas décadas depois das bem sucedidas movimentações de J. Paul Getty nos negócios, não tem dúvidas sobre o ouro negro dos nossos dias, traçando um paralelismo com o setor explorado pelo avô. “A propriedade intelectual é o petróleo do século XXI”, defendeu à Economist no ano 2000. “Olhem para os homens mais ricos de há cem anos: todos eles fizeram dinheiro através da extração de recursos naturais ou em seu redor. Todos os homens ricos de hoje enriqueceram através da propriedade intelectual”, continuou, recordando o momento libertador que constituiu a venda da Getty Oil em 1984 — não tinha mais que seguir o mesmo ramo da casa, podendo atirar-se à criação de uma das maiores agências. Ou, como sublinhou o The Times, “se há algo vagamente interessante do ponto de vista noticioso a acontecer no mundo, é provável que a Getty Images lá esteja”.

O empresário com passaporte irlandês viu a família ser objeto de um documentário da BBC em 2018, e é conhecido por deter uma vasta propriedade em Buckinghamshire, onde não falta sequer uma réplica de um campo de críquete e uma eclética coleção de obras de artes, dos antigos mestres ao misterioso Banksy, para não falar de raridades literárias saídas da pena de Shakespeare. A verdade é que para lá da tragédia que marcou o clã, Mark, nascido em 1960, não se deu mal, e em apenas um quarto de século ergueu um novo império — para não falar que em 2003 herdava 200 milhões de libras da fortuna paterna.

Foi ainda em 1993 que começou a reunir capital para lançar a Getty Images, 20 milhões de libras recolhidas junto de três quartos dos Getty: o pai, dois tios e 13 dos seus 18 primos. Uma empreitada que se seguiu aos estudos de política e filosofia em Oxford e aos bancos de investimento. Trabalhava para a Hambros, em Londres, quando se deu a epifania com Jonathan Klein: a ideia de uma agência de imagens, que se impôs no mercado com uma série de aquisições. Em 1996, recorda o The Sunday Times, já a dupla convertera uma modesta biblioteca num arquivo digital.

Os fundadores da Getty Images: Jonathan Klein (à esq.) e Mark Getty, no International Center of Photography, em 2005

Getty Images

Quanto a Klein, também da colheita de 1960, natural de Joanesburgo, também passara pelo Direito e pela banca, já durante a vida em Inglaterra, até “decidir fazer algo meu”, e o seu nome terá sido sido decisivo na estratégia de consolidação e na entrada de cada uma das preciosas coleções que foi reforçando a oferta. “O meu pai era o CEO de uma empresa sul africana mas nunca foi grande empreendedor. Trabalho para a mesma firma toda a sua vida. Começou como engenheiro e acabou a geri-la. Crescemos a ouvir falar de negócios à mesa do jantar. Tenho dois irmãos mais velho. Um tornou-se CEO aos 24 anos e outro sempre teve as suas empresas”, descrevia em 2013 ao The New York Times, hoje estabelecido em Nova Iorque

Em 2008, o sucesso do negócio da licenças na Getty Images atrairia atenções, com o negócio a passar para as mãos da Hellman & Friedman, sendo comprado quatro anos mais tarde pela Carlyle. Mas a experiência dos fundos privados, narrava o Finantial Times, não foi inteiramente um sucesso para a Getty. Outrora único player no mercado, passaram a dividir o bolo com Shutterstock e Adobe Stock. Em 2015, Jonathan Kleine trocava a cadeira de CEO pela de chairman. Em setembro de 2019, o apelido Getty recuperava o controlo da empresa, num investimento que terá rondado os 3 mil milhões de dólares.

Entre a viagem do elefante e a realeza, passando pelo arquivo Hulton

Das ilustrações às cartas, cartões, mapas e outro tipo de referências com valor histórico, há vários registos para descobrir para além das fotos, como uma gravura de Giovanni Battista Grassi (1854-1925), o zoólogo italiano cujo trabalho ajudou a estabelecer que a malária é transmitida pelo mosquito Anopheles, memória que nos dias que correm parece mais atualizada que nunca. E que dizer daquela célebre primeiro rinoceronte desde a Antiguidade que em maio de 1515 alcançava a Europa são e salvo, chegando à cidade de Lisboa? No arquivo surge cristalizado nesta reprodução de 1906 da xilografia de Albrecht Dürer, que simboliza a glória do trajeto de Hanno,com os seus 120 dias de viagem, e essa expetativa da oferta ao papa Leão X pelo rei D. Manuel I.

São várias as reproduções da xilografia de Albrech Dürer de 1515, testemunho da chegada ao porto de Lisboa de um rinoceronte indiano, depois da sua longa viagem

Heritage Art/Heritage Images via

Para mais um recuo no tempo, agora até ao dia 11 de julho de 1897, podemos passar os olhos pela derradeira imagem de Salomon-Auguste Andree (1854-1897), o engenheiro sueco aqui ladeado pela equipa que o acompanharia nessa fatal expedição ao Polo Norte — os seus restos mortais seriam encontrados 33 anos mais tarde a leste de Spitsbergen. O que sobrou dos aventureiros, vive para sempre numa foto da Universal History Archive, parte do acervo da Getty Images. Para uma toada mais leve, e recente, que dizer desse momento que paralisou a internet quando Brad Pitt e Jennifer Aniston se reencontraram numa cerimónia de entrega de prémios? Sim, estava lá um fotógrafo da agência.

Bom, e é impossível contornar um dos mais ricos acervos detidos pela Getty, o Hulton Arquive, um impressionante depósito dos movimentos políticos da década de 30 ou da cultura Pop da década de 60, abrangendo desde imagens históricas criadas no início do século XIX até fotografias contemporâneas da década de 1990, e que garantiu um enorme fôlego no arranque da Getty Images. Matthew Butson, o nome ao leme desta coleção (que correspondia ao antigo arquivo da revista de fotojornalismo Picture Post, reunindo a nata do setor), estreou-se em funções quando o acervo se chamava simplesmente Hulton e era propriedade da BBC. Continuou a ocupar o cargo quando essa antiga Hulton Press Library (nome original) passou para as mãos de Brian Deutsch, em 1988, e por fim quando foi comprado pela Getty em 1996 — em 2000, acomodaria ainda a aquisição do Archive Photos of New York e afirmar-se-ia então como a nova subsidiária Hulton Arquive. Enquanto chefe do arquivo, Matthew tem uma visão privilegiada de múltiplas gerações da família real britânica, provavelmente uma das mais representadas no conjunto de fotos, e cuja relação com a imagem também se transformou ao longo das décadas, desde 1854.

“Tal como qualquer pessoa sob o olhar do público, a fotografia é fulcral para gerir a imagem pública, e nesse sentido a realeza não é diferente, quando comparada, por exemplo, com uma celebridade do mundo do entretenimento”, acredita Butson. “Desde a explosão dos meios digitais e da internet — e portanto do acesso imediato e global à distribuição das imagens — a fotografia define cada vez vez mais a forma como o grande público vê a família real. Essa imagem vale por mil palavras e transcende todas as barreiras linguísticas”, continua em conversa com a Tatler.

A rainha Isabel II (à esquerda), com a sua mãe (ao centro) e a avó, no funeral do seu pai, o rei Jorge VI, em 1952. © Ron Case/Getty Images)

Getty Images

Com uma visão de conjunto mais apurada que qualquer olhar plebeu, o chefe de arquivo destaca um momento menos óbvio, em 1952, e nem por isso menos impactante. Trata-se de uma foto assinada por Ron Case para a Keystone Agency, no funeral de Jorge VI. Chama-lhe “As três rainhas”, ou esse instante em que as figuras da rainha Mary, da rainha mãe e da atual rainha Isabel II surgem juntas, vestidas de negro, nas traseiras de Clarence House, o lado oposto à localização habitual da imprensa, o que valeu ao fotojornalista um cliché para a posteridade.

A gestão dessas imagens é naturalmente apertada, ainda que o gosto pessoal de Kate Middleton pela fotografia, por exemplo, tenha introduzido uma nota de frescura nesta relação com a forma como a realeza é retratada. No fim de contas, reconhece Button, estas figuras quererão ser fotografadas da forma mais positiva possível, “num equilíbrio permanente entre chegarem ao público e zelarem pela sua privacidade”.

Pelo acervo da Getty é possível encontrar o trabalho de mais de 260 mil fotojornalistas profissionais. Nos últimos 15 anos, há um nome em concreto no encalço permanente de rostos como Carlos, Camilla, William, Harry e outros elementos: Chris Jackson, o fotógrafo oficial da família real britânica, o homem presente em casa casamento, batizado, funeral e demais eventos da agenda oficial, e que não passa ao lado do papel desempenhado pelas redes sociais, um advento incontornável e uma “plataforma incrível para comunicarem diretamente com o público”, defendeu à Tatler. “A realeza abraça este poder incrível das celebridades e redes sociais. Lembro-me de o príncipe Harry fazer dupla com Rihanna (que tem mais de 100 milhões de seguidores) para passar uma mensagem sobre a Sida e a importância dos testes. Isto permitiu que a mensagem chegasse além dos fãs reais”, sublinha Chris, que destaca ainda o fascínio permanente com Isabel II e o instante em que captou o peculiar momento em que a soberana, com a sua “aura incrível”, deu uma banana a comer a um elefante no Whipsnade Animal park.

Do século XIX à explosão do digital, a evolução da foto

Falando de tecnologia, e tendo em conta que a história deste arquivo começa em 1854, com a coleção de J. Paul Getty, é óbvio que muito mudou em mais de 165 anos de história, com escalas decisivas na emergência das agências de notícias e na chegada da internet. Vale a pena lembrar que boa parte do acervo mais pré-histórico da Getty Images, recuando aos primórdios do século XX, alude a uma era movida a placas de vidro, disparos limitadíssimos e resultados obtidos vários dias, se não semanas, depois dos eventos. A introdução do filme e das agências nas décadas de 20 e 30 mudaram as feições do mercado mas mesmo na década da 50, já com imagens a cores, a demora fazia parte da rotina, para não falar das limitações ao nível da reprodução.

Mark Zuckerberg e Dustin Moscovitz, os estudantes de Harvard que tinham acabado de criar o Facebook, em 2004. © Justine Hunt/The Boston Globe via Getty Images

Boston Globe via Getty Images

Se hoje a Getty cria, licencia e distribui milhões de conteúdos para cerca de um milhão de consumidores por ano, distribuídos por mais de 100 países, mantendo escritórios pelos quatro cantos do globo e empregando cerca de 1800 pessoas, é importante lembrar que mais de 400 desses rostos estão sediados em Seattle, onde se encontra  80% da capacidade tecnológica da empresa.

Em bom rigor, boa parte da força de trabalho e organização encontra-se nos EUA praticamente desde o arranque do arquivo. Se em 1995 era fundada em Londres a Getty Investments LLC , com Mark Getty como chairman, em setembro de 1997 a Getty Communications, como era designada à época, fundiu-se com a PhotoDisc, Inc, formando assim a Getty Images. Dois anos depois, a empresa mudar-se-ia para Seattle, para a esperada expansão em solo norte-americano. Por volta de 2000 já empregava 2 mil pessoas. Três anos mais tarde, surgia a parceria com a agência France Presse, e em 2007, comprava uma espécie de santo graal na área da fotografia de música, o Michael Ochs Archives, só para citar alguns passos que nos falam ainda de um mundo analógico, a relativa distância das iniciais mais sonantes nos processos atuais: UGC, ou user generated content, como a capacidade de gerar conteúdos encontra-se hoje nas mãos, e no smartphone com a sua super câmara de megapixels, de cada um de nós.

Craig Peters, o atual CEO da Getty Images, é o primeiro a reconhecer que o mercado deixou de ser dominado pela lógica de há duas décadas, “um pequeno grupo de fotógrafos a fornecer um pequeno grupo de clientes por preços relativamente elevados”, assinalou ao Seattle Times, lembrando ainda como no último quarto de século a empresa pagou mais de 4 mil milhões de dólares em direitos e financiou numerosas causas e comunidades.

Donald Trump em 1980, depois da notícia da aprovação de um plano de corte de impostos sobre o imobiliário em 40 anos. Em breve, renovaria o histórico Commodore Hotel © Bettmann Archive/Getty Images

Bettmann Archive

“Muito mudou com a ascensão dos smartphones e a proliferação das redes sociais: hoje, os conteúdos visuais são a linguagem do nosso tempo. Mas algumas coisas não mudam — os clientes continuam a procurar por conteúdo visual que dê três garantias: que iluminem assuntos que são cruciais, que consigam comunicar com rapidez e de forma criativa conceitos essenciais, e que provoquem a comunidade global no sentido da mudança. Ninguém como a Getty Images consegue fornecer conteúdos”, confia Mark Getty, na mensagem que assinou a propósito da efeméride dos 25 anos.

Os novos desafios e as polémicas

Em 2000, a Getty Images tornava-se a Agência Fotográfica Oficial do Comité Olímpico Internacional. Em 2018, a agência oficial da Met Gala, um dos eventos do calendário que é puro mel para as objetivas de qualquer fotógrafo. Entre o editorial e os rasgos mais criativos, as polémicas não deixaram de atropelar a tranquilidade na evolução, mesmo para aquela se afigura com a maior agência do mundo, ligada a um conjunto de premiadíssimos fotojornalistas, com um acervo que parece não ter fim e lucros anuais na casa de mil milhões.

As críticas estendem-se ao facto de a Getty cobrar direitos por fotos que pertencem ao domínio público, ou à política agresssiva de copyright, ou ainda à queda no retorno para os fotógrafos. Com mais de metade das suas receitas ancoradas nos bancos de imagens genéricas, destinadas a panfletos, sites ou publicidade, e num mercado onde tem que medir forças com Adobe ou Shutterstock, baixar os preços é prática corrente. No final de 2019, anunciava os seus planos de avançar para um modelo “royalty-free” para tornar esses bancos de imagens ainda mais acessíveis para os clientes — o que significa menos dinheiro para quem fotografa.

Uma das controvérsias mais mediáticas remonta a 2010 e envolve o fotojornalista Daniel Morel, depois de ter publicado no seu Twitter fotos do terramoto no Haiti. Quando a Getty Images e a France Presse publicaram aquelas imagens sem o seu consentimento, Morel levou o caso a tribunal, naquele que haveria de ser um moroso processo mas cujo desfecho revelou-se um marco para as agências de notícias online e media digitais e que valeu uma recompensa de 1.2 milhões de dólares ao fotógrafo por danos.

Northern Italy In The Grip Of Covid-19 Coronavirus

Uma mulher de máscara num transporte público de Milão. Uma imagem de fevereiro que poderá ser norma no futuro próximo, um pouco por todo o mundo ©Marco di Lauro/Getty Images

Getty Images

Como o futuro não pode esperar, a empresa acaba de lançar o seu Visual GPS, uma pioneira plataforma de pesquisa que pretende aproximar marcas e clientes da forma mais eficaz possível. Por outras palavras, a ferramenta pretende reforçar a ligação com o público e detetar os seus interesses e prioridades. “O Visual GPS mostra-nos que a sustentabilidade é uma preocupação universal e transversal a todas as gerações, géneros e regiões — o potencial para uma ação positiva é imenso mas os consumidores não se irão ligar a isto se os conteúdos visuais associados a estes temas não forem autênticos”, explica Rebecca Swift, diretora criativa global na Getty Images, que aponta quatro forças-chave que orientam o público e condicionam a sua decisão final: tecnologia, sustentabilidade, realismo e bem estar. Sempre, claro está, com as notícias de última hora em pano de fundo.

Alguns dos ecos mais recentes chegam de Wuhan, na China, o epicentro da pandemia de Covid-19, e um desafio colocado a fotógrafos que se movimentam em países onde a liberdade de expressão nem sempre sai bem na fotografia. Não por acaso, a identidade de muitos destes profissionais tem sido protegida. E, naturalmente, a procura por imagens com a etiqueta Covid-19 dominará a atualidade. E se o novo coronavírus tem deixado muitas objetivas com excesso de trabalho, ou pelo menos redirecionado a sua atenção, também tem apelado à criatividade dos utilizadores. À semelhança de outros museus pelo mundo, o Getty Museum, que concentra o espólio de J. Paul Getty, em Malibu, Califórnia, desafia o público a recriar com objetos domésticos as pinturas, esculturas desenhos e fotos mais icónicas da sua coleção, sendo que cerca de 2 milhões dessas imagens estão incluídas no arquivo digital da Getty Images, podendo assim servir de referência aos amadores em confinamento.

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