Um bom decisor de políticas públicas deve ter “uma formação técnica de base de elevada qualidade”, ser “altamente motivado para o bem comum” e ter “capacidades de gestão ao melhor nível”. O resumo é de Pedro Vicente, professor da Nova School of Business and Economics (Nova SBE). “Além disso, deve ser uma pessoa treinada para fundamentar cientificamente as suas decisões.” Foi a pensar neste perfil ideal de liderança que a Nova SBE — localizada em Carcavelos — criou o novo mestrado em Desenvolvimento Internacional e Políticas Públicas, que arranca já em setembro. As candidaturas estão prestes a fechar: decorrem até segunda-feira, dia 31 de maio, e são feitas online, através do site da instituição.
O coordenador do curso é precisamente Pedro Vicente, que está à procura de alunos já licenciados — em gestão, ciências sociais, relações internacionais ou engenharias —, com ou sem experiência profissional. O importante é terem “paixão pelo bem comum” e “pelos grandes desafios do desenvolvimento, da educação, da saúde de qualidade, do ambiente e da sustentabilidade”, afirma o coordenador.
Candidaturas ao mestrado
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Com o intuito de formar os novos líderes do amanhã, a Nova SBE criou o mestrado em Desenvolvimento Internacional e Políticas Públicas. O programa do curso pretende dar uma resposta sustentável às necessidades dos futuros decisores, proporcionando-lhes a competência analíticas, consciência e o desenvolvimento pessoal necessários para o melhor desempenho em organizações governamentais e não governamentais. As inscrições podem ser feitas online, até 31 de maio, próxima segunda-feira:
Candidatura: site da Nova SBE
Data final de candidatura: 31 de maio
“O objetivo é usarmos a capacidade que temos, nas áreas em que somos de facto bons, para a formação de líderes. A capacidade da Nova SBE é não só em termos de programas letivos, mas também de investigação económica nas áreas de interesse nas políticas públicas”, sublinha Pedro Vicente. “Estes serão os líderes de amanhã e terão uma influência grande na prossecução dos grandes desígnios de desenvolvimento sustentável que todos subscrevemos. Em última instância, é esta a missão da nossa escola.”
A importância da formação de um líder
Mas, afinal, que peso têm as políticas públicas na vida do cidadão comum, das empresas e das instituições? E quais são os pontos fortes e fracos dos atuais decisores públicos? “As políticas públicas são todas aquelas que têm como objetivo o bem-estar comum”, começa por sintetizar o professor da Nova SBE. “Normalmente, são associadas ao Estado, mas podem ser prosseguidas por empresas, organizações não-governamentais, etc. Se falarmos de educação, saúde ou ambiente, o peso das políticas públicas na vida do cidadão comum é incontornável.”
Qualidades imprescindíveis para um bom decisor
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Pedro Vicente, coordenador do mestrado em Desenvolvimento Internacional e Políticas Públicas, da Nova SBE, salienta quatro qualidades que os líderes de políticas públicas devem ter:
- Formação técnica de base de elevada qualidade;
- Motivação para o bem comum;
- Capacidade de gestão;
- Poder para fundamentar cientificamente as suas decisões.
Pedro Vicente entende que os decisores na esfera do Estado “são hoje mais qualificados do que eram há algumas décadas”, sem bem que “estão ainda pouco habituados a fundamentar as suas decisões em evidência sistemática e rigorosa”. Isto porque “existe ainda uma grande confusão entre política e políticas públicas no sentido de policy. A maior parte das decisões dos decisores públicos é de policy. A policy deve ser fundamentada tecnicamente com o melhor conhecimento existente, que é o científico”, explica.
“Mãos na massa” para resolver problemas reais e práticos
A resposta da Nova SBE perante este diagnóstico é o mestrado em Desenvolvimento Internacional e Políticas Públicas. Trata-se, segundo o coordenador, de um curso que junta a “capacidade de analisar políticas públicas com profundidade, nomeadamente com uma boa formação de economia e de análise dados quantitativos, com uma formação na área de gestão de grande qualidade”.
O mestrado segue a tradição das escolas de public policy das melhores universidades americanas, cujo conceito inspirou a criação de escolas semelhantes em universidades europeias de topo, como Oxford, a London School of Economics ou a Universidade Luigi Bocconi. Os professores são formados ao nível do doutoramento em universidades de credibilidade mundial e têm experiência de investigação aplicada ao estudo das políticas públicas, o que leva Pedro Vicente a falar num “corpo docente altamente qualificado do ponto de vista científico e pedagógico”, que é “o garante de qualidade na escolha dos conteúdos letivos e na supervisão de projetos aplicados”.
De facto, as teses finais dos estudantes consistirão em projetos elaborados no contexto de parcerias com entidades externas à Nova SBE. “A ideia é pôr os nossos alunos com as ‘mãos na massa’ na resposta a problemas reais e práticos”, indica o coordenador do mestrado, razão pela qual estão a ser criados protocolos com organizações de Estado, nacionais e internacionais, consultoras e empresas.
A nível dos mestrados, o perfil dos estudantes de mestrado da Nova SBE é maioritariamente estrangeiro e é esse mesmo perfil que deverá manter-se neste novo curso, com provável adesão de alunos de países do hemisfério sul, além dos portugueses.