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“Podemos olhar para qualquer imagem e dizer: ‘Isto é uma fotografia do Helmut Newton’. Não há muito fotógrafos sobre os quais se possa dizer isto”. As palavras são da omnipotente Anna Wintour em “Helmut Newton: The Bad and the Beautiful”, documentário lançado este verão, exibido apenas em cinemas virtuais.
Depois de uns quantos coffee table books, é lógico ver a obra (e a vida) do fotógrafo chegar ao grande ecrã. Ao mesmo tempo que foi, durante décadas, um talento itinerante, Newton, nascido na Alemanha, criou a sua própria linguagem, um tom inequívoco que fascinou o mundo da moda, mas igualmente capaz de provocar choque e suscitar reprovação.
Trabalhou quase exclusivamente em torno do corpo feminino. Se o degradou ou não, as opiniões dividem-se, embora o veredito de grande parte das mulheres que fotografou, muitas vezes nuas, prostradas e no papel de implacáveis dominadoras (noutras ocasiões eram humildes dominadas), seja de um empoderamento difícil de igualar. Helmut Newton amava-as mais do que tudo, ao ponto de fazer da figura masculina um mero acessório cénico.
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