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Joe Raedle/Getty Images

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Hillary Clinton podia (mesmo) ser presa?

O FBI disse que não há razões para levar Hillary Clinton a tribunal no caso "Emailgate", mas muitos republicanos querem vê-la na prisão. Terá a candidata democrata um problema de desonestidade?

Donald Trump não inventou a pólvora e muito menos o seu slogan de campanha, “Make America Great Again”, que na verdade foi utilizado pela primeira vez nas eleições de 1980 por Ronald Reagan, hoje em dia um deus entre os homens e mulheres do Partido Republicano. Ainda assim, é a Donald Trump que cabe grande parte do mérito de popularizar aquelas quatro palavras, que hoje figuram em t-shirts, bonés e em grande parte dos discursos que marcaram a Convenção do Partido Republicano, que decorreu entre 18 e 21 de julho em Cleveland, no Ohio.

No entanto, houve outro slogan que teve, de longe, a melhor receção entre as cerca de 50 mil pessoas que estiveram presentes durante aqueles quatro dias na Quicken Loans Arena, enquanto o Partido Republicano, a meio de uma séria crise de identidade, tentava passar a imagem de que estava unido. Mais do que “Vamos Tornar a América Grande De Novo” e muito mais do que “Construam o muro” ou “A América Primeiro”, houve uma frase que foi repetida ad eternum: “Fechem-na à chave!”.

Era essa frase que ecoava naquelas quatro paredes sempre que o nome de Hillary Clinton era referido — e não foi poucas vezes que isso aconteceu. Mas não foi só da plateia que esses pedidos surgiram. A maior parte das vezes, foi do púlpito, de maneiras mais ou menos elaboradas.

Chris Christie (à esquerda) tem sido um dos políticos mais próximos de Donald Trump desde que este o derrotou nas eleições primárias. Na convenção, fez um dos discursos mais agressivos para Hillary.

Spencer Platt/Getty Images

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A primeira pessoa a fazê-lo foi Pat Smith, mãe de um dos quatro norte-americanos que morreram na invasão do consulado norte-americana em Benghazi, na Líbia, em 2012. “É isso, Hillary para a prisão!”, gritou. “Ela merece estar vestida às riscas.”

Depois, foi a vez de o governador do Wisconsin, Scott Walker, apontar no mesmo sentido. “A verdade é que os liberais insiders de Washington criaram os nossos problemas e a Hillary Clinton é a maior liberal insider de Washington”, disse, para depois completar com um trocadilho com as palavra insider e inside. “Se ela estivesse ainda mais dentro [inside] de Washington, estaria na prisão.” O público reagiu gritando “Fechem-na à chave!”.

Coisa que também fez quando a procuradora da Flórida, Pam Bondi, falou de Hillary Clinton. “‘Fechem-na à chave’…”, repetiu, com um sorriso na cara. “Adoro isso.”

Chris Christie, governador do New Jersey, puxou dos seus galões de ex-procurador daquele estado, e fez um discurso onde enumerava vários erros ou falhas de Hillary Clinton, pedindo no final de cada um o veredicto do público, ao estilo de um tribunal popular. Este, respondeu-lhe sempre: “Culpada”. E, claro, continuava com “Fechem-na à chave”.

hdr22@clintonemail.com, o endereço da controvérsia

hdr22@clintonemail.com. É esta a razão pela qual milhares de pessoas pediram a prisão de Hillary Clinton aos berros — e esta história começa em janeiro de 2009, quando ex-primeira-dama aceitou o convite de Barack Obama para ser Secretária de Estado dos EUA, passando assim a liderar toda a diplomacia e política externa de Washington D.C.. Como é normal para qualquer pessoa que dá um novo passo na sua carreira e começa um novo emprego, Hillary Clinton abriu uma conta de e-mail para esse fim. Neste caso, aquela que era — e continua a ser — uma das pessoas mais influentes do mundo podia ser contactada através do endereço de correio eletrónico hdr22@clintonemail.com. HDR de Hillary Diane Rodham, que é mais conhecida pelo apelido Clinton, que adotou do casamento com o 42.º Presidente dos EUA, Bill Clinton.

A particularidade desta conta de e-mail — chamar-lhe um “pequeno detalhe” seria um erro — é que ele estava alojado no servidor privado localizado na casa da família Clinton, em Chappaqua, no estado de Nova Iorque. A ponta do véu começou a ser levantada apenas no final de 2012, quando foi criada uma comissão de inquérito na Câmara dos Representantes em torno da invasão do consulado dos EUA em Benghazi, na Líbia, a 11 de setembro daquele ano por radicais islamistas. O incidente ficou marcado pela morte de quatro norte-americanos, incluindo o embaixador. A atuação de Hillary Clinton e da sua equipa foi posta em causa, restando muitas dúvidas sobre o que poderia ter sido feito para evitar a tragédia.

A investigação do FBI em torno da conta de e-mail de Hillary Clinton remete ao período de 2009-2013, em que foi Secretária de Estado no primeiro mandato de Barack Obama

ADRIAN DENNIS/AFP/Getty Images

No decurso da investigação, Hillary Clinton foi instada a partilhar a sua correspondência eletrónica com a comissão de inquérito. Foi assim que se ficou a saber que, durante os quatro anos em que liderou a diplomacia norte-americana, Hillary Clinton usou uma conta de e-mail privada e não uma oficial, mais segura de intromissões de hackers que pudessem estar à procura de informações privilegiadas ou secretas. Entre os 30 mil e-mails que Hillary Clinton partilhou com as autoridades para a investigação deste caso, encontraram-se oito conversas com informação top secret, 36 emails levavam o selo de secret e mais de 2 mil foram classificados como confidential, o nível mais baixo para as informações secretas.

De "confidencial" a "top secret"

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O FBI analisou mais de 30 mil e-mails enviados e recebidos por Hillary Clinton. Entre estes encontrou oito conversas que continham informações top secret, isto é, o nível máximo para informações secretas. Entre estas, sete já estavam classificadas como tal na altura em que foram partilhadas e uma recebeu esse grau mais tarde. Além disso, o FBI encontrou menções a 36 informações com o nível secret (intermédio) e 8 confidential (baixo). A este último grau, foram acrescentadas posteriormente 2 mil informações referidas nos emails de Hillary Clinton.

O caso passou a ser investigado por cerca de 150 inspetores do FBI e levou a uma comissão de inquérito — outra — no Congresso. Quando foi chamada a depor no edifício do Capitólio, em Washington D.C., Hillary Clinton foi apanhada em falta, tendo dado respostas que não correspondiam à verdade, conforme a investigação do FBI mais tarde veio a confirmar. Uma das desculpas que apresentou frequentemente foi a de que não tinha conhecimento de estar a falar de informação classificada como secreta. No entanto, não foi possível apurar se a ex-Secretária de Estado mentiu de propósito ou se apenas o fez sem intenção.

Até há pouco tempo, apesar de improvável, não era de todo descartada a possibilidade de Hillary Clinton ser constituída arguida a propósito do caso entretanto cunhado como Emailgate. A perspetiva desse cenário levantou questões. Caso fosse arguida, deveria Hillary Clinton continuar a sua campanha e remar contra uma maré ainda mais forte de críticas, ou desistir da sua corrida à Casa Branca? Seria esse o derradeiro empurrão para o socialista Bernie Sanders, ou deveria o Partido Democrata juntar-se em torno de um nome mais moderado, como o vice-Presidente Joe Biden? Ou, acima de tudo, seria Donald Trump quem melhor saberia tomar partido de tudo isso e assim tornar-se no 45.º Presidente dos EUA?

FBI: “Há provas de que Clinton foi extremamente descuidada”

Todas estas questões perderam validade a 5 de julho, quando o diretor do FBI, James B. Comey, deu uma conferência de imprensa para divulgar as conclusões da investigação em torno do uso de um endereço de e-mail privado e não-seguro por parte de Hillary Clinton durante os seus anos à frente da diplomacia norte-americana. Mais importante, James B. Comey, como é norma, terminaria a intervenção com uma recomendação dirigida à Procuradoria Geral dos EUA e como esta deveria agir neste caso. Dias antes, Loretta Lynch, a procuradora-geral, anunciou que iria adotar a recomendação do FBI. Esta declaração foi feita pouco tempo depois de estar sob um coro de críticas e suspeições, por ter mantido uma conversa em privado com Bill Clinton num aeroporto em Phoenix, no Arizona. Mais tarde, disse que foi o ex-Presidente quem solicitou o contacto, mas garantiu que a conversa de 20 minutos foi “informal” e que em vez de falarem sobre o Emailgate, os dois falaram sobre os seus netos.

No início da sua intervenção, James B. Comey, do FBI, avisou que ia “incluir mais detalhes sobre o nosso processo do que normalmente incluiria, porque acho que o povo americano merece conhecer os detalhes num caso que tem atraído tanto interesse público”.

“Embora não tenhamos encontrado provas de que a Secretária Clinton e os seus colegas violaram intencionalmente leis que dizem respeito ao modo de lidar com informação classificada, há provas de que eles foram extremamente descuidados na maneira como lidaram com informação sensível e altamente classificada”
James B. Comey, diretor do FBI

O FBI teve pouco ou nada de simpático para dizer da atuação de Hillary Clinton respeitante ao Emailgate. A investigação, explicou, recaiu sobre a possibilidade de haver “provas de que informação classificada foi indevidamente alojada ou transmitida nesse sistema pessoal, em violação do estatuto federal que constitui um crime o tratamento indevido de informação classificada seja de forma intencional ou altamente negligente”.

Mais à frente, James B. Comey enumerou algumas das conclusões a que chegou durante a investigação do Emailgate. A certa altura, disse que Hillary Clinton e a sua equipa foram “extremamente descuidados”: “Embora não tenhamos encontrado provas de que a Secretária Clinton e os seus colegas violaram intencionalmente leis que dizem respeito ao modo de lidar com informação classificada, há provas de que eles foram extremamente descuidados na maneira como lidaram com informação sensível e altamente classificada”.

Mais à frente, disse haver “provas de que qualquer pessoa razoável que estivesse na posição da Secretária Clinton, ou na posição dos funcionários governamentais com que ela se correspondia sobre estes assuntos, devia saber que um sistema desclassificado não é o local certo para aquelas conversas”.

O diretor do FBI, James B. Comey, disse que Hillary Clinton e os seus funcionários "foram extremamente descuidados" ao trocarem informações classificadas em contas de email não seguras

Alex Wong/Getty Images

O rumo daquela conferência de imprensa não parecia ser favorável a Hillary Clinton e à sua equipa. Mas, quando chegou a altura de fazer a sua recomendação à Procuradoria Geral, o diretor do FBI foi brando. “Embora haja provas de potenciais violações de estatutos referentes ao tratamento de informação classificada, a nossa conclusão aponta para que nenhum procurador razoável levantaria este caso”, disse, fundamentando a sua decisão com aquilo que foi feito em processos anteriores.

“Olhando para as outras inestigações que fizemos em relação a um mau tratamento ou eliminação de informação classificada, não encontrámos nenhum caso que sustentasse o levantamento de acusações criminais baseadas nestes factos”, referiu. “Todos os casos que resultaram na constituição de um arguido envolviam combinações de um tratamento indevido de informação classificada de forma claramente intencional; ou vastas quantidades de materiais expostos de maneira a sustentar a dedução de má conduta intencional; ou indicações de deslealdade com os Estados Unidos; ou um esforço para obstruir a justiça”, enumerou. “Nós não vimos nada disto neste caso.”

Foi este o veredicto do diretor do FBI — do qual, segundo uma sondagem ABC/Washington Post, 56% dos norte-americanos discordam, contra 35% que concordam e 9% que não têm opinião.

Mas, em Cleveland, a conclusão foi bem diferente. No julgamento popular de Chris Christie, o governador de New Jersey que fez um dos discursos mais marcantes da Convenção do Partido Republicano, o último caso apresentado à audiência foi o Emailgate. “Uma das suas primeiras decisões enquanto Secretária de Estado foi o de montar um servidor de e-mail na sua cave, violando a nossa segurança nacional”, disse. “Hillary Clinton preocupou-se mais com proteger os seus segredos do que se preocupou com proteger os segredos da América.” E, enfim, lançou a questão ao público: “Hillary Clinton mentiu ao povo americano sobre o seu comportamento incrivelmente egoísta que tornou os nossos segredos vulneráveis. Qual é o vosso veredicto: culpada ou não culpada?”.

Novamente, e com renovado entusiasmo, a multidão tornou a gritar “culpada!”. E continuou o bruaá, com as palavras de ordem: “Fechem-na à chave! Fechem-na à chave!”.

“A China comunista faz julgamentos populares. Nós não”

Ao que tudo indica, os desejos daqueles que esperam que Hillary Clinton venha um dia a ser fechada atrás das grades estão longe de ser correspondidos pela realidade. No entanto, também há uma certeza: o caso do Emailgate tem prejudicado a percepção pública de Hillary Clinton, colando-lhe uma imagem de desonestidade.

Desonesta? O que dizem as sondagens

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67% dos inquiridos de uma sondagem CBS/The New York Times disseram que não confiam em Hillary Clinton. Entre democratas, 37% partilham essa opinião. Depois, seguem-se os independentes, dos quais 74% acham que Hillary Clinton é desonesta. Nos republicanos, uma maioria de 93% acha o mesmo.

De acordo com uma sondagem CBS/The New York Times, feita entre 8 e 12 de julho, ou seja, poucos dias depois do anúncio do diretor do FBI, 67% dos inquiridos disseram que achavam Hillary Clinton desonesta e que não merecia a sua confiança — um aumento de 5% em relação ao mês anterior, antes de serem apresentadas as conclusões da investigação do FBI. Só 28% disseram confiar em Hillary Clinton. (Os números são ligeiramente melhores, mas nem por isso bons, para Donald Trump, com 62% a classificarem-no de desonesto e 33% a dizerem que confiam nele.)

O julgamento popular liderado por Chris Christie na Convenção do Partido Republicano desta semana não é representativo de um país. Analisando friamente o que ali se passou, o que se viu em Cleveland foi um grupo de pessoas específico — delegados de um partido político — entusiasmadamente agarrados a uma das poucas coisas que atualmente os unem: o ódio a Hillary Clinton. O gesto não caiu bem em vários setores da opinião publicada norte-americana — nem naqueles que alinham à direita e pelo lado do conservadorismo.

Jeniffer Rubin, colunista conservadora do Washington Post, escreveu que “‘fechem-na à chave!’ é o cântico de uma república das bananas”. “Não é assim que normalmente nós discutimos as nossas diferenças na América”, apontou. “Neste país nós não falamos em criminalizar maus juízos políticos ou políticas falhadas. É isso que nos separa — ou tem separado até agora — da Rússia de Vladimir Putin ou da Venezuela de Hugo Chávez. A China comunista faz julgamentos populares. Nós não.”

"Trump substitui os compromissos bíblicos por um ethos de gladiador. Tudo está disposto em torno da conquista, do sucesso, da supremacia e da dominação. Assim foi a convenção do 'fechem-na à chave'."
David Brooks, The New York Times

No site da revista conservadora Weekly Standard, Jonathan V. Last classificou a intervenção de Chris Christie de “estranha, até assustadora” e que pode reforçar a ideia de Donald Trump ser “um aspirante a homem forte com impulsos autoritaristas que lidera um culto de personalidade formado por gente desagradável e furiosa”.

Foi essa a leitura que fez David Brooks, colunista conservador do The New York Times e crítico de Donald Trump, quando escreveu sobre a Convenção do Partido Republicano. “Trump substitui os compromissos bíblicos por um ethos de gladiador. Tudo está disposto em torno da conquista, do sucesso, da supremacia e da dominação. Assim foi a convenção do ‘fechem-na à chave'”, escreveu.

Será que Hillary Clinton é de confiança?

Mas nada disto apaga o facto de que Hillary Clinton passa, cada vez mais, por uma candidata desonesta. Para algumas pessoas — como a sondagem CBS/The New York Times deixou claro — até mais do que Donald Trump, mesmo que o respeitado site Politifact, vencedor de um Pulitzer especializado em fact-checking, diga que apenas 14% das afirmações do magnata nova-iorquino sejam “verdadeiras” ou “maioritariamente verdadeiras”, comparado com 51% no caso da ex-Secretária de Estado.

Já nos anos de Bill Clinton, em que foi primeira-dama, Hillary Clinton era acusada de ser desonesta

TIM SLOAN/AFP/Getty Images

Um dos maiores desafios que Hillary Clinton terá pela frente quando entrar pelas portas do Wells Fargo Center, em Filadélfia, para falar na Convenção do Partido Democrata (de segunda-feira, 25, a quinta-feira, 28) será o de unir o partido depois de umas primárias em que Bernie Sanders lhe deu luta até ao fim — tudo ao mesmo tempo que procura contrariar a narrativa de que é uma mulher desonesta.

Esse tem sido o seu problema ao longo décadas de vida pública. Uma prova disso é, por exemplo, uma coluna escrita por William Safire no The New York Times em 1996, cujo título era “Uma avalanche de mentiras”. O tom geral do texto era deixado logo no seu início, onde se escrevia que Hillary Clinton é “uma mentirosa congénita”.

"Americanos de todas as tendências políticas têm-se apercebido da triste realidade de que a nossa primeira-dama - uma mulher com inquestionáveis talentos enquanto referência para muitos da sua geração - é uma mentirosa congénita."
William Safire, The New York Times, em 1996

Isto passou-se em 1996. Há 20 anos, apesar de não caber no perfil-tipo de primeira-dama, Hillary Clinton agia na sombra do seu marido, que liderou os EUA de 1993 a 2001. Desde então, a fama de desonesta nunca lhe saiu da pele. No entanto, e apesar disso, em 2001 foi eleita para o cargo de senadora por Nova Iorque, tendo conseguido a reeleição em 2006; em 2008 esteve perto de vencer Barack Obama nas primárias do Partido Democrata mais renhidas de que há memória; e em 2009 assumiu a liderança da diplomacia norte-americana e foi, mais ainda do que Joe Biden, o verdadeiro braço direito do primeiro Presidente negro dos EUA.

Agora, prepara-se para aceitar a nomeação do Partido Democrata como sua candidata às eleições presidenciais. E isso, pelo menos, não é mentira.

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