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Cotrim Figueiredo deixou liderança da IL e espaço para as candidaturas de Rui Rocha e Carla Castro
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Cotrim Figueiredo deixou liderança da IL e espaço para as candidaturas de Rui Rocha e Carla Castro

Cotrim Figueiredo deixou liderança da IL e espaço para as candidaturas de Rui Rocha e Carla Castro

IL em campanha. Os dois candidatos do "partido do Twitter" apostam no contacto (informal) nas ruas

Em menos de um mês a IL passou de andar pelo país à conquista de votos para uma campanha interna a dois que levou os candidatos para a estrada e para o contacto cara a cara com os membros liberais.

O partido que quis deixar de ter o selo do Twitter vai a votos e aposta nas relações olhos nos olhos para escolher o sucessor de João Cotrim Figueiredo, mas não abdica das redes sociais para espalhar a mensagem e para tentar diferenciar duas candidaturas que saem da mesma Comissão Executiva, do mesmo grupo parlamentar e que faziam parte da equipa que trabalhava diretamente com o presidente demissionário da IL.

Rui Rocha e Carla Castro são, até agora, os únicos candidatos à presidência dos liberais. Pouco mais de um mês depois de anunciarem a decisão e a menos de um mês da Convenção eletiva, têm as equipas na estrada (sem que sejam ainda conhecidas na totalidade) e estão a realizar um périplo pelos núcleos do país. O trunfo é claro e usado pelos dois: informalidade.

Ambos viajam de carro e costumam ir acompanhados pelos respetivos diretores de campanha. Rui Rocha conta com Rui Ribeiro, que já foi responsável pela campanha das legislativas no Porto (em que Carlos Guimarães Pinto e Patrícia Gilvaz foram eleitos deputados) e pela campanha das eleições autárquicas em Vila Nova de Gaia. Além de ser coordenador deste núcleo e membro da Comissão Executiva demissionária, Rui Ribeiro lidera a área de negócio de comunicações e redes empresariais da NOS.

Já Carla Castro segue ao lado de Paulo Carmona, que se tornou o seu braço-direito neste desafio. O fundador do MEL (Movimento Europa e Liberdade) foi candidato da IL à Câmara Municipal de Sintra nas eleições autárquicas e passou a fazer parte do gabinete parlamentar dos liberais depois da eleição de oito deputados. Quando se tornou o número dois de Carla Castro e o responsável pela campanha da ex-coordenadora do gabinete de estudos decidiu abandonar o cargo na Assembleia da República.

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As campanhas no terreno são idênticas: ambos apostam no contacto cara a cara com os membros dos núcleos, em eventos pequenos, alguns quase intimistas e que acontecem em jeito de almoços, jantares ou pequenos encontros em cafés. As apresentações dos candidatos e o posicionamento no que toca às opções internas para o partido e às escolhas para o país são a prioridade, principalmente tendo em conta a luta interna num partido recente e que estava muito focado na linha de Cotrim Figueiredo.

Pouco conhecido do grande público e dos próprios liberais até se tornar deputado, o candidato à liderança do partido, Rui Rocha, investe não só no contacto presencial, mas também nos apoios que tem de quem segue a corrente de Cotrim Figueiredo (que o apoiou) e de alguns dos nomes mais conhecidos do partido. Os deputados, que maioritariamente apoiam o candidato de Braga, são exemplo disso, como foi o caso de Bernardo Blanco e Joana Cordeiro, que se juntaram à campanha durante o último fim de semana.

Durante os eventos, que a campanha pretende que decorram com a “maior informalidade possível”, evitando-se os tradicionais comícios que normalmente acontecem em tempo de campanha interna, Rui Rocha opta por se apresentar, fala sobre os desafios, aquilo que o levou a candidatar-se e coloca-se à disposição dos membros. Com núcleos pequenos em várias partes do país, os momentos fluem dependendo daquilo que os membros pretendem — com temas como a saúde, os profissionais liberais e as opções internas do partido a serem prioritários para os liberais que têm vindo a ser escutados.

Carla Castro, que como ex-coordenadora do gabinete de estudos conhece grande parte das bases da IL, não dispensa a volta a nível nacional. Além da “equipa nuclear” que é responsável por construir toda a estratégia e comunicação, fonte da campanha explica ao Observador que Carla Castro tem um pivot” em cada núcleo para organizar a chegada e o evento. O objetivo é “discutir política” e responder às preocupações dos liberais sobre o futuro do partido e do país — com a necessidade de distanciamento tanto da corrente de Cotrim Figueiredo como da sucessão apresentada em nome de Rui Rocha.

Seja onde for, Carla Castro procura locais “flexíveis em tempo e em termos financeiros”, para que todos possam participar e onde seja possível acolher crianças, com as famílias monoparentais em mente e por acreditar que estes pais “não podem ficar de fora da participação política”. Sem que ainda seja conhecida a moção estratégica com que vai a votos internamente, a candidata faz questão de mostrar o seu posicionamento a nível social, depois de ter sido vista como a candidata preferencial da linha da ala mais conservadora do partido.

Entre a continuidade e a rutura: a divisão interna que leva dois deputados a disputar a liderança da IL

As redes sociais que os liberais não abandonam (e ainda inovam)

Na primeira campanha interna em que há mais do que um candidato, a Iniciativa Liberal, que chegou a ser conhecida como o partido do Twitter, não descura o uso das redes sociais. As equipas são muito focadas na comunicação — não fosse esse o grande ás do partido — e cada passo dado, em qualquer que seja a zona do país, costuma ser partilhado do Instagram ao Twitter.

“Domingo a Norte, cada visita com a sua história e com os seus ícones. E não podia deixar de falar das suas pessoas! Um belíssimo acolhimento no meio de ‘tertúlias’, desafios e olhos postos no futuro. Muita energia que serve de (mais) inspiração para a caminhada para juntos tornar”, escreveu Carla Castro numa das últimas publicações onde surgem imagens de eventos em Vila do Conde, Póvoa de Varzim, Guimarães e Barcelos.

Poucos dias antes, Rui Rocha partilhava uma iniciativa em Castelo Branco, “um belíssimo magusto”, onde escreveu ter existido uma “conversa muito produtiva” em que o sistema eleitoral português foi tema.

Porém, a campanha de Rui Rocha apostou ainda num formato diferente no WhatsApp, onde foi criado um canal que pode ser subscrito por qualquer pessoa e onde os interessados recebem a agenda, as propostas e as notícias sobre a campanha do candidato como se de uma mensagem se tratasse — este é um método muito usado no Brasil, nas últimas eleições presidenciais por exemplo, mas a rede social não costuma ser utilizada com esse intuito a nível nacional.

Os caminhos de Portugal: da conquista do país à luta interna

Em pouco mais um mês a IL  mudou radicalmente e as ruas do país que eram para conquistar (com o intuito de os liberais deixarem de ter poder apenas nas áreas urbanas) passaram a ser as ruas de uma campanha interna.

Depois das eleições legislativas em que o partido elegeu oito deputados, João Cotrim Figueiredo deixou de ser deputado único e passou a ter tempo para se focar na vida interna da IL. Com os olhos postos no futuro, andava pelos distritos nas chamadas Rotas Liberais a mostrar-se pelo país, a apresentar as ideias liberais e a procurar uma implementação nacional — passou por Braga; Leiria; Torres Vedras; Monção, Viana do Castelo e Ponte de Lima; Vila do Conde e Póvoa de Varzim; Viseu e Cascais.

Agora, são os dois candidatos a sucessores que o fazem, com o intuito de conquistar o partido. O périplo não dura há muito tempo, mas o foco está na visita a todos ou praticamente todos os núcleos, independentemente do tamanho e dos membros interessados nas conversas com os candidatos. E ambos optam em viagens mais próximas de Lisboa durante a semana, devido ao trabalho parlamentar, e rotas mais longas ao fim de semana.

Até agora, Carla Castro já passou por 16: Amadora, Loures, Odivelas, Cascais, Oeiras, Póvoa do Varzim, Vila do Conde, Vila Nova de Gaia, Barcelos, Guimarães, Coimbra, Montijo, Santa Maria da Feira, Caldas da Rainha, Pombal e Viseu. E vai intensificar a campanha ao passar por mais oito núcleos nos próximos dias.

Rui Rocha também já visitou Castelo Branco, Bragança, Vila Real, Guarda, Portalegre, Guimarães, Vila Nova de Famalicão, Póvoa de Varzim e Vila do Conde, Viana do Castelo, Ponte de Lima, Vila Verde e Barcelos, Paredes, Felgueiras, Paços de Ferreira e Trofa. Nos próximos dias estará em mais 11 núcleos.

Os dois candidatos à sucessão de Cotrim Figueiredo ainda não apresentaram as equipas candidatas à Comissão Executiva nem as moções estratégicas com que vão a votos na Convenção dos dias 21 e 22 de janeiro, mas convergem na ideia de que é nas ruas que precisam de estar, a darem-se a conhecer e a mostrarem o que pretendem para o país.

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