Não é a distância de uma chamada, em tempos de pandemia, que deixa Isaltino Morais menos enérgico e expressivo numa entrevista. Quando o tema é Oeiras, dispara “propaganda” e ainda nem começou a campanha, quando o tema é o PSD, não poupa a análises estratégicas e ajustes de contas mais antigos, quando a questão é a pandemia, poupa o Governo, mas atira-se à gestão da vacinação dos políticos e aos que se recusam a ser vacinados de forma prioritária. Como autarca também poderia ser mas… recusa-se.

Aquele que já foi considerado o autarca-modelo do PSD — numa história que acabou quando Isaltino foi condenado por fraude fiscal e branqueamento de capitais (cumpriu pena de um ano de prisão) — voltou a dirigir o seu concelho e já tomou até decisão sobre se ali pretende continuar. Só diz claramente nesta entrevista no programa Vichyssoise, da rádio Observador, que não tem “intenção” de voltar a filiar-se num partido. Mas “neste momento”.

Já foi vacinado contra a Covid-19?
Não, ainda não e não sei quando serei. Também tenho ideia muito própria sobre esta matéria: os políticos em Portugal são muito politicamente corretos e pela polémica que tem havido já vi alguns, sobretudo deputados dizerem que não querem a vacina e que a passam de bom grado aos enfermeiros, médicos, aos bombeiros, etc. Eu não passo a minha a ninguém.

Concorda que deve ser prioritária a vacinação dos políticos?
Acho que o Presidente da República e o primeiro-ministro deviam ser os primeiros a ser vacinados. Neste país dá a impressão que se o Presidente da República morrer de Covid não faz falta nenhuma ou, pelo menos, faz menos falta do que um bombeiro ou um enfermeiro, com o devido respeito. Esta polémica é absolutamente ridícula porque o Presidente e o primeiro-ministro já deviam estar vacinados há muito tempo.

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Mas deve ser tão alargado o leque de políticos vacinados de forma prioritária? Esta semana já havia uma lista de 50 deputados.
Admito que seja um exagero. Depois dos dois primeiros deviam ser os ministros, particularmente aqueles que de alguma forma estão mais relacionados com o combate à pandemia. Como também os presidentes de Câmara, que presidem a órgãos executivos. Eu, por exemplo, esta semana recebi do SNS, no dia 29, um pedido para instalar um centro de vacinação em massa em Oeiras. Na segunda-feira está a vacinar. Pediram seis postos de vacinação, eu vou pôr 12. Pediram equipamento informático, mobiliários, enfermeiros, pessoal, etc, a câmara contrata tudo. Somos extraordinários no improviso. O planeamento da vacinação não está a correr bem porque tudo isto já devia estar programado, de qualquer maneira na segunda-feira já estará tudo pronto. Os presidentes de Câmara são responsáveis pela proteção civil dos seus concelhos, de maneira que deviam ter prioridade na vacinação.

Concorda, portanto, com o despacho do primeiro-ministro nesse ponto.
Concordo mas veio tarde. Perante a polémica que aí vai, gerou-se uma discussão em que uns são mais importantes do que outros, por isso também prescindo da minha vacina. Neste momento também não aceito, mas não dou o meu lugar a ninguém, não sei se está a ver. Serei vacinado quando chegar a minha vez como cidadão.

Quando acha que teria sido certo começar?
No momento em que se fez a programação da vacinação devia ter sido definida a prioridade, seja dos que estão na linha da frente, seja dos políticos com responsabilidade nesse processo. Na realidade era preciso definir o que era a linha da frente. Ninguém duvida que médicos e enfermeiros são linha da frente, mas como presidente da Câmara tenho de ter grande respeito pelos que limpam o lixo todos os dias, pelos que recolhem o lixo e que estão na linha da frente também. É que caso contrário teríamos outro tipo de epidemia. Criam-se determinados mitos neste país, tudo funciona no politicamente correto e os políticos abandalham-se todos. Tratam-se os políticos abaixo de cão, ninguém tem respeito por eles e eles deixam isso tudo. Quando se discute que o Presidente da República ou o primeiro-ministro deve ser prioritário na vacinação, está tudo dito.

É demagogia quem recusa a vacina?
Claro que é, sobretudo aqueles políticos que não têm importância nenhuma para o país. que não têm qualquer responsabilidade no combate à pandemia, como um deputado por exemplo, vir dizer que dispensa e que a passa para um enfermeiro ou bombeiro. É pura demagogia. Naturalmente que essas pessoas nunca deviam estar na lista.

Em outubro, o seu concelho foi um dos mais afectados como outros na área da grande Lisboa. A gestão da pandemia foi o momento mais difícil que enfrentou como autarca?
Sim, é indiscutível. Este é um combate em várias frentes, é uma situação que está fora do nosso controlo e por isso tenho alguma tolerância ao Governo, em relação a alguns aspetos. Não tenho sobre outros. Temos de medir as situações.

Está a falar de que aspetos concretos?
Para qualquer presidente de câmara é um sobressalto extraordinário e uma situação única. Naturalmente que o que tenho procurado fazer é que não falte nada os cidadãos de Oeiras. Já distribuímos mais de 400 mil refeições, atendemos ao próprio SNS com a entrega de ventiladores, apoiamos os profissionais da linha da frente, temos hotéis reservados que desde o início da pandemia estão a ser utilizados por médicos, enfermeiros, polícias, etc. Em várias frentes, o municípios de Oeiras tem procurado que não falte nada aos idosos, às instituições de solidariedade social, seja com equipamentos, comida, refeições confecionadas. Temos procurado que não falte nada.

O Governo não tem feito isso?
Não sinto nenhuma frustração em relação àquilo que a câmara municipal tem feito pelos seus munícipes. Se alguma frustração há é porque não temos condições de vencer rapidamente esta pandemia porque não depende de nós nem deste Governo. Se o Governo podia fazer mais? Entendo que não é esta a altura para estar a fazer censuras ao Governo. Depois da pandemia se fará a avaliação.

Quase parece Rui Rio… a democracia está suspensa?
Há situações em que devemos ter alguma tolerância com o Governo porque não é fácil. A situação é muito grave, os hospitais estão numa situação de quase colapso e não podemos ficar indiferentes. Mas não podemos deixar de criticar o que pode ser criticado. Por exemplo, o planeamento. Ouvi a ministra da Saúde queixar-se no Parlamento, com alguma agressividade até, das pessoas que a criticavam por causa disso. Julgo que esse tem sido o calcanhar de Aquiles do Governo: tem havido ausência de planeamento. Por exemplo, o problema da vacinação. Como podemos combater a pandemia? Com vacinação em massa. Portanto, têm de ser criadas condições para que as pessoas sejam vacinadas o mais rapidamente possível.

Estamos a gravar esta entrevista na quinta-feira, daqui a umas horas há reunião do plenário da concelhia do PSD de Oeiras para aprovar um perfil do candidato e, segundo apurámos no Observador, o perfil encaixa no seu. Como é que vê esta posição?
Eu já saí do PSD em 2005, antigamente estava muito a par das coisas que se passavam no PSD, agora não.

Não acredito que não sabe.
Não faço ideia, já lá vão 16 anos.

Mas está disposto a ser candidato pelo PSD?
Não, não, não estou disposto a nada, neste momento ainda nem sequer decidi se sou candidato a presidente da Câmara, estamos em fevereiro e aquilo que sempre disse quando as coisas estão muito ansiosas é que me deixem trabalhar, parafraseando o Cavaco Silva há uns anos. Portanto, se eu anuncio… eu tenho a minha decisão tomada, mas se digo que sou candidato a campanha começa no dia em que sou candidato. Ainda estamos muito longe, acho é que os partidos políticos e a começar pelo PSD estão todos atrasados, já deviam ter candidatos a presidentes de câmara, sobretudo nas câmaras onde não são poder.

Então porque é que não anuncia já a sua candidatura, diz que não é tempo de anunciar a sua candidatura e que os partidos já deviam ter anunciado.
Não porque eu não sou um partido político. Já se devem ter apercebido que eu não sou politicamente correto e, por isso, posso dizer sempre a verdade. Eu enquanto presidente de câmara não tenho nenhum interesse em anunciar a minha candidatura porque se anuncio candidatura a campanha eleitoral começa a seguir e a mim não me interessa que a campanha eleitoral comece já, a mim só me interessa que comece em agosto.

Mas admite ser candidato nas listas do PSD?
Não, admito é que os partidos políticos, seja o PS, seja o PS… Por exemplo, o Chega, não é preciso ser analista político, nem comentador, nem cientista da política para chegar à conclusão que o Chega e a Iniciativa Liberal, à direita, vão pescar no PSD. Todos aqueles militantes do PSD que gostavam de ser candidatos a presidentes de câmara ou freguesias… vai ser um alfobre para o Chega e para a Iniciativa Liberal.

O PSD está a aproximar-se dessa decisão, de si. 
Eu aproveito esta entrevista para dar um aviso aos partidos políticos, como funcionam muito com os aparelhos, às secções políticas dos partidos também não lhes interessa que sejam escolhidos candidatos muito cedo porque quanto mais tarde os partidos decidirem escolher os candidatos, a dada altura chegam a abril ou maio, não têm candidatos e as comissões políticas e os presidentes dizem ‘ou escolhem um candidato nacional ou sou eu’. E nessa altura já não têm alternativa, são os aparelharelhistas que são candidatos e o Chega e a Iniciativa Liberal vão buscar as pessoas com mérito que os partidos rejeitaram.

É mais ser candidato neste PSD do que no de Passos Coelho?
Não, o PSD de Passos Coelho às urtigas com as autárquicas, o dr. Passos Coelho estava-se marimbando para as autárquicas e por isso teve o pior resultado de sempre, o pior resultado do PSD em autárquicas foi com o dr. Passos Coelho, em que o PSD bateu no fundo.

Com Rui Rio é mais fácil?
O PSD não podia ter batido mais no fundo do que bateu com Passos Coelho, até pensava que já não podia bater mais, mas os resultados de 2017 que o PSD teve foi uma desgraça.

Rui Rio quer melhorar e precisa de si para isso, eventualmente.
Isso é um problema do dr. Rui Rio, não é um problema meu.

Mas disse ‘dessa água não beberei’.
Naturalmente.

E agora também não exclui, não é?
Não, não me pronuncio sobre essa matéria.

Mas vê o PSD mais próximo de si?
Até lhe digo uma coisa, este PSD, posso não concordar com a estratégia do dr. Rui Rio, com a tática dele, com a maneira como às vezes se expressa, como se expresso na noite das eleições Presidenciais, por exemplo, mas do ponto de vista ideológico acho que Rui Rio pôs o PSD nos trilhos. O PSD é o Partido Social Democrata e não é por acaso que o Chega, a Iniciativa Liberal de alguma forma nasceram por cisão com o PSD de Rui Rio, justamente porque evoluiu ao centro e havia muita gente que pretendia que o PSD evoluísse à direita. Não é por acaso que hoje em dia muita gente diz que o dr. Passos Coelho pode voltar para federar a direita. Eu considera que quem raciocina assim está a ver o filme completamente ao contrário, porque à direita do PSD só há sete deputados – cinco do CDS, um do Chega e da IL. Ora bem, se o PSD quiser ir para o Governo com estes sete deputados nunca chegará ao Governo, vamos ter o PS por 20 anos. Temos um dilema, o PS se vai para o dr. Pedro Nuno Santos perde as eleições porque perde o eleitorado do centro, de maneira que o Costa, coitado, corre o risco de ficar lá mais dez anos. Se o PSD, através do Rui Rio não se vira para o centro, ganhar votos que hoje são do PS, deputados que hoje são do PS, nunca chegará a primeiro-ministro. É fundamental que o PSD conquiste votos ao centro de maneira a tirar votos ao PS, deputados ao PS, porque os sete deputados à direita do PSD não são suficientes. Pode-se dizer ‘mas o Chega vai crescer’. Ai vai vai, não tenho dúvidas, à custa do PSD.

Já concorda com Rui Rio, também se dá muito bem com Salvador Malheiro, até esteve lá no Dia de Ovar… 
Eu já disse que do ponto de vista ideológico acho que o Rui Rio fez bem em recentrar o partido, do ponto de vista estratégico, naturalmente que o dr. Rui Rio podia ser mais agressivo, mais acutilante, podia começar por apresentar algumas propostas, mas isso, cada um é como é. Dizem que ele é um bocado alemão, tem assim uma formação um bocado alemã. Eu sou um social-democrata de gema, sabe que hoje até me considero um perigoso esquerdista porque eu não mudei de posição, sou social-democrata como era há 30 anos, continuo a defender políticas sociais, a considerar que é preciso fazer habitação social para os pobres, para as famílias que têm necessidade, continuo a entender que deve haver um serviço público de saúde e um serviço privado de saúde, que deve haver educação privada e pública, não tenho preconceitos, tudo isto é compatível.

Tem falado com Rui Rio?
Não, não, não falo com nenhum líder partidário.

Fala com Salvador Malheiro, então?
Sou amigo do Salvador Malheiro há muito tempo, ele teve a amabilidade de me convidar para ir ao aniversário do município em Ovar, foi uma simpatia, tive muito gosto, mas isso não tem a ver com questões de natureza política.

Assinava uma nova ficha de militante se tivesse como proponente Salvador Malheiro?
Não, com o devido respeito por vocês e pela vossa curiosidade, mas não tenho, neste momento, qualquer intenção de me filiar em qualquer partido e sou muito franco, fui eleito como movimento independente aqui por Oeiras e sou um presidente de câmara que faz propaganda todos os dias, faço campanha eleitoral todos os dias, não é só o professor Marcelo Rebelo de Sousa, que no dia da eleição foi ao restaurante, com um saquinho de plástico buscar o bife e o ovo a cavalo já depois de ter sido eleito, podia ter utilizado um Uber ou outra coisa qualquer, mas não. Começou a campanha exatamente no momento em que foi eleito. Ora bem, eu sempre fiz isso, sou eleito e a minha campanha começa logo nesse momento, a campanha seguinte. Como é que começa? Trabalhando, concretizando o meu programa, etc. E, portanto, qual é a situação? Se eu fosse candidato por um partido, fosse ele qual fosse, eu perdia votos, pelo que eu conheço do eleitorado de Oeiras e não se esqueçam de um pormenor, Oeiras teve a taxa de abstenção mais baixa de Portugal, tem um eleitorado muito esclarecido, muito participativo e, portanto, não tenho  qualquer dúvida em dizer que votam em mim pessoas da extrema-esquerda à extrema-direita, de maneira que eu ser candidato por um partido era redutor.

Mas a sua relação com Rio…
Tenho uma melhor relação com o PSD de Rui Rio do que tinha com o de Passos Coelho? Tenho, indiscutivelmente, tenho muito melhor relação com este PSD do que tinha com o outro. E porquê? Porque eu sou um social-democrata, sou por uma distribuição equitativa da riqueza, acho que as famílias mais pobres devem ser ajudadas, sou por políticas de habitação, porque realmente são necessárias, há famílias que precisam e não me revia nas políticas do dr. Passos Coelho.

Em matéria de curiosidades, sei que o voto é secreto, mas votou em Marcelo Rebelo de Sousa?
O professor Marcelo Rebelo de Sousa, e tenho uma relação com ele desde os meus tempos da Faculdade de Direito de Lisboa, tinha uma relação muito próxima com Marcelo Rebelo de Sousa e depois desde 2005, por razões óbvias, houve um certo afastamento, mas é indiscutível que nestas eleições, não tenho dúvidas a dizer que votei no professor Marcelo Rebelo de Sousa. Mas votei não quer dizer que tenha votado muito satisfeito, votei nele porque também não aprecio alguns excessos que ele tem, mas é indiscutível que é um homem moderado, é um bloco central puro, neste momento acho que o país está a precisar de um bloco central, não estou a falar que PSD e PS se juntem, isso é o que acusam Rui Rio. O que quero dizer é que há reformas neste país que são preciso ser feitas, que é preciso o envolvimento do Presidente da República, do primeiro-ministro, do PS e do PSD. Como é que chegam a essas reformas, eles que se entendam, agora só se se entenderem é que o país sai do marasmo em que se encontra.

E André Ventura? O que acha de André Ventura?
O que eu quero dizer é que reformas neste país que é preciso ser feitas, com o envolvimento do Presidente da República, do primeiro-ministro, do PS e do PSD. Como é que chegam a essas reformas, eles que se entendam. Só se eles se entenderem é que o país sai deste marasmo em que se encontra.

Há pouco falava no Chega…
Votei no professor Marcelo Rebelo de Sousa exatamente porque considerei que tinha de ter uma votação muito expressiva.

Mas para combater o Chega?
E porque, apesar de tudo, faço uma avaliação positiva. Uma coisa são os excessos, alguns excessos comunicacionais do professor Marcelo Rebelo de Sousa, outra coisa é aquilo que foi a sua atitude durante este governo. Muitos criticaram porque estava a apoiar António Costa. Vamos lá a ver o que acontece daqui para a frente. Se o segundo mandato de Marcelo Rebelo de Sousa é igual ao primeiro. Eu não acredito, acho que vai ser mais imperativo. Achei que merecia o voto e votei nele, mas indiscutivelmente também pretendia, não escondo, que o Chega não crescesse muito. Quantos mais votos o Marcelo tivesse menos votos teria o Chega. E quem diz o Chega diz a Ana Gomes. É um bocadinho farinha do mesmo saco, não há assim grandes diferenças.

Estamos mesmo a chegar ao fim, para não deixar aqui os munícipes sem algo relacionado com o concelho, queria perguntar-lhe sobre uma das promessas: o regresso do SATU. Em agosto de 2020 foi aprovado o metro de superfície, uma alternativa, durante a campanha de 2017, disse ao Observador que consigo em 2021 iria ser concluído até ao TagusPark. Pode dizer que cumpre esta promessa?
 Vou cumpri-la. Não no tempo em que pensava, porque aquilo que encontrámos foi uma situação absolutamente abandonada e foi necessário fazer uma auditoria. A auditoria está feita e o que lhe posso dizer neste momento é que o SATU vai ser uma realidade, não só o SATU mas também o elétrico rápido da zona de Algés, Linda-a-Velha, Miraflores. Acontece é que estamos, neste momento, justamente a discutir o modelo do transporte. Se será como estava em modelo de elevador deitado ou um sistema mecânico. Há um problema entre Paço de Arcos e Oeiras Parque pelo declive que tem pode exigir um sistema de cabo. É um sistema que começou há 15 anos e foi fechado em 2015. Já está uma equipa a trabalhar nesse projeto e espero que até ao fim do ano tenha luz verde sobre qual vai ser o modo de transporte. Quer se chame SATU ou outro nome qualquer é para ir até ao TagusPark e ao Cacém, em Sintra.

Agora perguntas de resposta rápida. Quem gostaria que o recebesse em audiência em Belém em 2026? O Presidente Marques Mendes ou o Presidente Paulo Portas?
Entre os dois, o diabo que escolha. Julgo que não seria nenhum deles, mas apesar de tudo preferia o Paulo Portas.

Quem convidava para fumar um charuto no seu gabinete: António Costa ou Rui Rio?
Mais facilmente António Costa, acho que Rui Rio não fuma.

António Costa também parece que já deixou.
Não sei se não fumará às escondidas. Mário Soares também gostava de fumar charuto, mas nunca fumou em público.

Quem gostava de iniciar na maçonaria: Pedro Passos Coelho ou Marcelo Rebelo de Sousa?
Acho que Pedro Passos Coelho tinha mais vocação. Marcelo Rebelo de Sousa é muito indisciplinado, duvido que se mantivesse em silêncio quando é necessário manter o silêncio e o aprendiz tem que estar em silêncio durante muito tempo. Acho que Passos Coelho é mais disciplinado.

Ficava melhor de avental…
Sim, ficava melhor. Desde que não saiba cozinhar acho que o avental lhe ia ficar bem.

Para terminar. Quem convidaria para vice-presidente da Câmara: Teresa Zambujo ou Paulo Vistas?
Isso já tinham. Gosto de regressar onde fui feliz, recomendo sempre aos outros que não o façam, de maneira que o Paulo Vistas e a Teresa Zambujo já foram felizes aqui na Câmara, não voltem.