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Kerry Brown. "Um confronto direto entre EUA e China seria a III Guerra Mundial"

Kerry Brown é professor especializado na China e foi diplomata no país. Retrata Xi Jinping como "um comunista renascido" e destaca o seu nacionalismo. Taiwan, diz, pode ser um problema real no futuro.

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Kerry Brown passou a vida a estudar a China. Com mais de 20 livros sobre o tema, publicados em menos de 20 anos, este britânico é especialista a traduzir para uma audiência ocidental como pensa e age a República Popular Chinesa desde a Revolução de 1949. Professor da King’s College, em Londres, tem, porém, experiência para lá da academia: trabalhou como diplomata durante sete anos, a maioria dos quais em Pequim.

Ao longo das últimas duas décadas, o professor Brown especializou-se numa das figuras políticas mundiais mais omnipresentes, mas menos conhecidas: Xi Jinping. Fluente em mandarim e visita regular à China, Kerry Brown continua a acompanhar de perto cada passo dado pelo Presidente chinês e pelo Partido Comunista Chinês — que, como sublinha repetidamente no seu novo livro Xi — Uma História de Poder (Ed. Casa das Letras) — é o órgão de onde emana o verdadeiro poder no país.

Quando Kerry Brown falou com o Observador, o Congresso do Partido tinha ocorrido há menos de uma semana. Na mente de todos ainda estavam frescas as imagens do antigo Presidente Hu Jintao a ser escoltado para fora da reunião, um evento que o professor classifica como “dramático” e que escapou ao controlo do PCC. “Hu Jintao está doente há muito tempo, pode ter demência. Mas também pode ter ficado chateado com o facto de os líderes nomeados por Xi não terem sido, talvez, os mais qualificados”, arrisca.

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São possíveis sinais de uma China onde Xi Jinping é cada vez mais poderoso, como se viu pela nomeação inédita para um terceiro mandato, também no Congresso. Mas que nem por isso irá além do Partido, garante Kerry Brown, que apelida o atual Presidente de “comunista renascido”: “Ele é firme nas suas convicções sobre o Partido, porque o Partido o testou e ele passou no teste, continua a ser um homem de fé”, diz, referindo-se ao passado de Xi Jinping, cujo pai esteve preso na sequência de uma purga interna.

Para além das figuras, há o contexto. Com uma situação económica periclitante, agravada pela Covid-19, a China de hoje em dia carrega na retórica nacionalista, a par de uma maior repressão interna, que Brown apelida de “contraproducente”. No palco internacional, a ideia de uma China cada vez mais “assertiva” promete trazer problemas, diz, sobretudo na relação com os Estados Unidos. “O melhor que podemos esperar daqui para a frente é uma convivência pragmática. O pior seria um colapso total do diálogo e, possivelmente, um conflito”, afirma, dizendo que tal representaria “a III Guerra Mundial”. E há algum tema mais sensível que possa ser o rastilho? Taiwan, é claro, diz.

“Se Xi ficar incapaz de governar, tudo colapsa”

Diz no seu livro que Xi Jinping só é tão forte quanto o Partido Comunista Chinês lhe permite ser, que a verdadeira força do líder vem do partido. Vimos neste último Congresso um líder que vai ter um terceiro mandato inédito. Xi ainda está limitado pelo Partido ou está a tentar ir para além dele?
Aquilo que penso que está a acontecer é que Xi Jinping está a tornar-se a imagem do partido e está a tentar provar que a sua visão para o Partido é a correta. Mas sem o Partido ele não é nada. É certo que neste Congresso não vimos nenhum sinal de alguém que lhe possa suceder e as pessoas têm tendência a dizer “É porque ele quer ter poder eterno”. É verdade que não ter poder num sistema destes é assustador, porque se fica vulnerável, mas ele não tem saída neste momento. Aquilo que não entendo é o que pode acontecer se ele adoecer ou morrer, porque aí abre-se uma crise a sério. Por isso, isto é um problema tanto para ele como para o Partido.

Presidnet Xi Jinping Meets Visiting Armenian President Serzh Sargsyan

Xi Jinping foi o primeiro líder do Partido Comunista Chinês a ser eleito para um terceiro mandato à frente do Partido

Getty Images

De certa forma aconteceu o mesmo com Mao Tsé-Tung, ele nunca conseguiu dar a volta a isto. Com Xi Jinping há um problema semelhante: não há saída. Se ele ficar incapaz de governar, tudo colapsa. E é óbvio que diferentes grupos dentro do Partido começarão lutas internas, mesmo que agora não consigamos ver isso. O Partido neste momento é conduzido por uma visão altamente nacionalista e popular, que agrada às pessoas. Com a atual liderança consegue convencer diferentes grupos e fações. Mas, sem isso, tudo se pode complicar muito rapidamente. E, de uma forma estranha, acho que Xi Jinping é tão prisioneiro desta situação como os outros.

É interessante que Xi, que tem um passado complicado com o Partido [ordenou a prisão do seu pai numa purga interna], se tenha tornado num crente tão fervoroso. O que acha que o fez entregar-se a uma organização com a qual a sua família teve problemas no passado?
É um fenómeno quase religioso, [ele acha que] o Partido foi misericordioso com ele e com a sua família. Eles foram colocados em prisão domiciliária, o pai foi detido, mas não foram mortos. Muitos foram, mas eles sobreviveram. É como se fosse um teste de fé, do qual ele saiu ainda mais forte na sua crença. Xi Jinping é um comunista renascido. Ninguém tem mais fé do que alguém que foi castigado e, mesmo assim, ainda acredita. Ele é firme nas suas convicções sobre o Partido, porque o Partido o testou e ele passou no teste, continua a ser um homem de fé — é algo que o distingue. Tem esta fé profunda no Partido, uma missão que faz lembrar a de um homem dedicado ao catolicismo, por exemplo. É o líder desta grande organização e a organização é que importa. Xi Jinping como pessoa, como indivíduo, pouco importa. De certa forma o que importa é a sua fé e o seu sentido de missão para com o Partido.

"Com Mao Tsé-Tung, esse passado era visto como algo negativo, como um fardo. Agora isso foi transformado numa vantagem poderosa. A liderança de Xi Jinping é nacionalista, é centrada na identidade. O poder é cultural, não é económico."

Escreve a certa altura no livro que o Partido não é “um regresso ao futuro, mas um regresso ao passado”. Pode explicar um pouco melhor essa ideia?
O centésimo aniversário do Partido foi uma oportunidade para Xi Jinping celebrar a tradição, a História e o sucesso do Partido. Tem uma narrativa histórica e uma identidade muito específicas. Mas, com Xi Jinping, acentuou-se a ideia de que a cultura tradicional e a História da própria China são os seus maiores recursos: de que é um país com uma História extraordinária e com um legado enorme. Ninguém tinha isso antes dele. Com Mao Tsé-Tung, esse passado era visto como algo negativo, como um fardo. Agora isso foi transformado numa vantagem poderosa. A liderança de Xi Jinping é nacionalista, é centrada na identidade. O poder é cultural, não é económico. E esta liderança é muito política, a economia só lhe interessa do ponto de vista político. Estão interessados numa ideia quase mítica de uma China poderosa como a que existiu durante vários séculos e que está agora a rejuvenescer — na linguagem que usam dizem rejuvenescer em vez de criar. Era algo que já existia e que está a ser ressuscitado e a prosperar, não é uma criação, é uma recriação. Isso mostra como a História e o passado são importantes para o Partido.

Quase numa lógica de “Tornar a China grandiosa outra vez”?
Sem dúvida! Voltar a tornar a China grandiosa, é isso.

Xi é um ortodoxo e um crente no Partido. Mas é também um bom comunicador, frisa muito a ideia de que ele é um contador de histórias, por exemplo. Fazem-se muitas comparações entre ele e Mao Tsé-Tung… Essa é uma das diferenças entre eles?
Não há dúvidas de que comunicar a importância da missão nacionalista que defende é muito importante para ele. E o Partido percebeu que a sua mensagem nos tempos de Hu Jintao era fraca, tanto interna como externamente, e que precisavam de contar uma história melhor. É frequente Xi Jinping falar de forma mais direta, referir-se a literatura… Coisas que Hu Jintao não fazia. Mao Tsé-Tung também era um bom comunicador. Acho que a diferença não está tanto na capacidade de contar histórias, mas no facto de que a China agora tem uma história mais poderosa para contar. A China de hoje em dia é radicalmente diferente da China de há 40, 30, até 20 anos, seja em termos económicos, seja em termos militares, geopolíticos ou sociais. E a liderança de Xi explorou esta vantagem enorme. Falar de uma China que se tornou a maior economia do mundo é algo que Mao Tsé-Tung não podia fazer, porque liderava uma China muito mais fraca, mais pequena e mais marginal.

“O Congresso é sobre controlo e [incidente com Hu Jintao] não parece muito controlado”

A propósito da comunicação e de Hu Jintao. Qual acha que é a mensagem por trás daquilo que aconteceu no Congresso, com Hu Jintao a ser convidado a sair?
O Congresso é tão encenado e organizado, que assistir a algo assim foi uma verdadeira surpresa. É claro que isto chamou muito a atenção e há grande debate sobre se foi deliberado ou não. Suspeito que não, porque o Congresso é essencialmente sobre controlo e isto não pareceu muito controlado. Deu a muita gente a oportunidade para especular sobre as verdadeiras intenções do Partido e um Partido que quer tanto controlar a mensagem não conseguiu, de todo, fazê-lo aqui. Agora, terá aquilo sido um sinal de discordância? É possível. Hu Jintao está doente há muito tempo, pode ter demência. Mas também pode ter ficado chateado com o facto de os líderes nomeados por Xi não terem sido, talvez, os mais qualificados. Wang Yang, por exemplo, é um político muito experiente e talvez fosse uma das pessoas que Hu Jintao achasse mais qualificadas para ocupar uma daquelas posições. Não descarto essa possibilidade. Mas foi um acontecimento tão dramático que pode haver outras coisas a acontecer. Certo é que Xi Jinping não pareceu muito incomodado e rapidamente surgiram as notícias a dizer que Hu Jintao estava doente. Provavelmente nunca saberemos. Mas será interessante ver se Hu Jintao aparece nos próximos eventos.

Closing Ceremony Of The 20th National Congress Of The Communist Party Of China

A retirada de Hu Jintao marcou o último Congresso do PCC

Getty Images

O discurso de Xi no Congresso focou-se muito na gestão do país da Covid-19. Afirma que no Ocidente tendemos a ver a política de tolerância zero como algo que não correu bem e que criou ressentimento na sociedade, mas que, na verdade, foi mais positiva para as autoridades chinesas do que pensamos. Como é que estamos a avaliar mal essa reação?
Bem, a pandemia ainda está a decorrer na China e acho que neste último ano a gestão deles foi mais problemática, com os confinamentos muito duros. Acho que inicialmente a China achou que isto iria ser uma repetição da pandemia de SARS, em 2003, e a gestão das autoridades chinesas com o SARS foi muito, muito diferente. Não havia confinamento — lembro-me de estar lá e caminhar pelas ruas e as pessoas simplesmente evitavam sair de casa, mas não era tão duro como agora. Só que essa epidemia ficou confinada à Ásia e desta vez é global. Acho que a China viu outros países em dificuldades, como o Reino Unido, a Europa, os Estados Unidos, e sentiu que não precisava de pedir tantas desculpas pela forma como geria a pandemia. Estava a conseguir controlar o número de mortes e hospitalizações e isso era positivo.

"A China ainda pode vir a provar que estava certa e que talvez haja algo sobre a Covid que o resto do mundo não está a ver... Mas, neste momento, o impacto económico que isto está a ter na China é muito negativo."

Portanto, diria que até ao final do ano passado, eles geriram a coisa à sua maneira e achavam que o estavam a fazer de forma competente. Este ano, porém, decidiram adotar uma política de tolerância zero, que mais ninguém no mundo está a aplicar, e não é claro o que pretendem com isto. Está a tornar-se menos popular, as pessoas não estão satisfeitas, portanto já não é assim tão simples como foi antes. Agora é problemático. A China ainda pode vir a provar que estava certa e que talvez haja algo sobre a Covid que o resto do mundo não está a ver… Mas, neste momento, o impacto económico que isto está a ter na China é muito negativo.

“A coerção vai acabar por se destruir a si mesma”

E socialmente pode estar a criar ressentimento. Combinado com uma maior repressão, este tipo de políticas pode estar a colocar em causa o contrato social? Até aqui a maioria pensava “Vivemos bem sem democracia, porque vivemos melhor do que alguma vez os nossos avós e até pais viveram”. Isso está a mudar?
O tipo de política de Xi é uma política nacionalista, o que lhe dá muito apoio popular, mas também é muito controladora. Há algo que acho estranho: a China tem uma sociedade dinâmica e complexa, cada vez mais diversa, com uma classe média crescente e uma população cada vez mais urbana, mas a política não está a acompanhar isso. Veja-se o Politburo que emergiu deste último Congresso: são todos homens, apesar do Comité Central ter 211 mulheres, é estranho, é pior do que nunca em termos de representação para as mulheres. São todos homens na casa dos 60 anos. São todos de etnia han. Não há qualquer diversidade e isso é um grande problema.

"A certa altura, as pessoas vão ficar ansiosas em relação às suas vidas materiais. Vão querer salários decentes, empregos decentes, um ambiente decente. Estas coisas vão ser importantes. E se não as conseguirem obter, provavelmente a sua lealdade vai começar a ser equacionada."

Se a economia piorar, a liderança vai ter de mobilizar as pessoas, mas parece muito distante delas. Não sei se vão ser capazes de guiar a sociedade pelos desafios muito complexos que a China enfrenta em termos económicos. E nem sequer digo que isso só resultaria com um modelo ocidental, não acho que seja o caso. Mas esta elite política não representa a China e só estão a conseguir convencer e persuadir as pessoas a segui-los com uma dose de coerção enorme, que a certa altura se vai tornar contraproducente, demasiado cara e que se destruirá a si mesma. Esta é a grande questão. Como disse, Xi Jinping é um nacionalista muito poderoso e a narrativa nacionalista tem captado as pessoas. Mas, a certa altura, as pessoas vão ficar ansiosas em relação às suas vidas materiais. Vão querer salários decentes, empregos decentes, um ambiente decente. Estas coisas vão ser importantes. E se não as conseguirem obter, provavelmente a sua lealdade vai começar a ser equacionada.

New CPC Leaders Meet Press

Os novos membros do Politburo são todos homens, na casa dos 60 e de etnia han

Getty Images

Mas essa lealdade está ligada à situação económica. Enquanto for estável, Xi Jinping está seguro?
Sim, acho que ainda falta muito até à situação se tornar perigosa para ele. Mas não é impossível, uma quebra económica da China pode tornar-se politicamente muito problemática e até derrotar a liderança de Xi. Dito isto, acho ainda mais estranho que este novo Politburo esteja cheio de pessoas sem experiência económica. São sobretudo políticos. E isso é estranho, porque os maiores problemas que a China enfrenta neste momento são económicos.

“A invasão da Rússia talvez tenha tornado a China mais cautelosa”

O que pode criar um problema também na forma como a China se projeta no mundo, já que isso está intrinsecamente ligado ao seu poderio económico, como se vê por exemplo com a Rota da Seda. Xi e o Politburo estão preocupados com isso?
O papel da China no mundo neste momento é muito complicado. Acho que este Congresso reconheceu que o novo normal será o de uma China que não se dá bem com a América. E não falo apenas de Taiwan. Sim, estão de acordo em relação ao ambiente, mas pouco mais. Não concordam em termos políticos, não concordam em termos económicos, não concordam em quase nada. Uma economia em queda na China vai levar a um aumento do nacionalismo e isso pode ser bem recebido dentro da China, mas uma China tão assertiva vai ser problemática fora de portas.

"Se se perder o controlo sobre o tema Taiwan, os Estados Unidos e a China podem entrar em confronto direto e isso seria a III Guerra Mundial. Não há nada que seja apaziguador num cenário destes, devia mesmo preocupar-nos."

Os últimos anos já nos mostraram uma China assertiva, insistente, talvez até ameaçadora. Portanto uma China com problemas económicos traz problemas para a China, mas também para o resto do mundo. E numa altura em que é claro que em problemas como a pandemia, o ambiente, a economia, precisam que o mundo tenha uma postura colaborativa — ou resolvemos os problemas juntos ou não os resolvemos de todo. E continua a existir um desalinhamento extraordinário entre a China e os Estados Unidos. O melhor que podemos esperar daqui para a frente é uma convivência pragmática. O pior seria um colapso total do diálogo e, possivelmente, um conflito.

Acha que essa possibilidade é real? Em relação a Taiwan, por exemplo?
A possibilidade existe, sim. Seria uma catástrofe, mas é possível, porque há políticos na América, na China e na Europa que estão a brincar com este assunto. Se se perder o controlo sobre o tema Taiwan, os Estados Unidos e a China podem entrar em confronto direto e isso seria a III Guerra Mundial. Não há nada que seja apaziguador num cenário destes, devia mesmo preocupar-nos.

Como é que acha que a guerra na Ucrânia tem influenciado a postura da China no palco mundial? Há muita especulação sobre o desagrado da China em relação à Rússia. 
Não acho que as comparações do caso China-Taiwan com a Rússia e a Ucrânia sejam úteis. Uma é uma guerra terrestre, a outra exigira um desembarque naval. Acho também que o poder de Vladimir Putin e o poder de Xi Jinping são muito diferentes. Agora, creio que a China está provavelmente surpreendida com o quão mal a Rússia se tem saído. E é óbvio que a China não gosta das ameaças russas sobre armas nucleares. Portanto, talvez a invasão russa da Ucrânia tenha tornado a China mais cautelosa. Porque ajudou a lembrar que qualquer intervenção militar é arriscada, as coisas podem correr mal. E uma intervenção militar chinesa em Taiwan seria extremamente complicada, porque há centenas de quilómetros de água a separar Taiwan da China. É uma situação muito diferente.

Hong Kong Special Administrative Region Establishment Day

A possibilidade de um conflito militar entre a China e os Estados Unidos existe, sobretudo no que diz respeito a Taiwan

Getty Images

Agora, isso não significa que a China não o fará. Se, por exemplo, os EUA reconhecerem a independência de Taiwan. É uma loucura, mas não é impossível, um Presidente futuro pode fazê-lo. E, se isso acontecer, a China não irá reagir de forma racional. Vai simplesmente dizer “Vocês atravessaram uma linha vermelha e temos de fazer algo”. Por isso, não devemos estar relaxados e devemos fazer tudo para evitar isto. Porque seria um desastre.

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