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JOÃO PORFÍRIO/OBSERVADOR

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Matay, de Chelas para o Festival da Canção: "Pensei: bolas, porque não posso também licenciar-me, fugir à corrente?”

Matay foi o mais votado da primeira semifinal do Festival da Canção. Numa entrevista "carpool" com o Observador, viajou pela Marvila em que cresceu, cantou Dulce Pontes e assumiu: quer ir à Eurovisão.

Tem 32 anos, nasceu em Chelas (Marvila) e foi aí que viveu toda a sua vida. No sábado passado, dia 16 de fevereiro, foi o candidato mais votado da primeira semifinal do Festival da Canção, combinando votos de júri e público. Rúben Matay Leal de Sousa está confiante na qualidade do tema “Perfeito”, da autoria do compositor Tiago Machado e com letra escrita por Boss AC. Quer levar a canção a Israel e ao Festival Eurovisão da Canção: “Acreditamos mesmo que a canção é boa e que nos pode voltar a posicionar nos lugares em que Portugal merece e está habituado a estar”, afirma em entrevista ao Observador.

Numa conversa que decorreu durante uma viagem de carro — ou carpool — por alguns sítios que mais o marcaram na cidade em que nasceu e cresceu, o finalista do concurso de canções promovido pela RTP cantou “Lusitana Paixão” de Dulce Pontes, falou dos restantes (fortes) candidatos Calema e Conan Osiris, do “sonho de representar Portugal” e da “seriedade, qualidade e responsabilidade” que o concurso impõe.

O cantor de “O Que Tu Dás”, que interpretou também “Queria Dizer Que Não” com Dengaz, falou do seu trabalho de ação social no Bairro da Boavista, que faz há mais de uma década. Recordou ainda como percebeu no râguebi que era possível “fugir à corrente”, licenciar-se e ter uma “vida diferente”, assumiu que participar no Festival da Canção era um desejo antigo e atirou: “Este tema é uma coisa séria porque o Festival da Canção tem uma história e nós temos uma responsabilidade, pelos artistas que já elevaram tantas vezes o nome de Portugal”.

[Veja o vídeo com o “best of” do carpool, com Matay a cantar o tema do Festival da Canção e “Lusitana Paixão” de Dulce Pontes:]

“Este tema é uma coisa séria porque o Festival da Canção tem uma história”

O que é que lhe veio à cabeça quando foi anunciado que era o candidato mais votado na primeira semifinal do Festival da Canção?
É uma sensação para a qual não existe preparação. Uma pessoa nunca sabe como é que poderá reagir, nunca sabe quais são verdadeiramente as hipóteses de se ficar numa posição destas. É uma emoção muito grande, naturalmente. Começa tudo num sonho, depois traça-se um objetivo e naquele momento percebemos que passo a passo o sonho começa a ganhar a forma. Foi isso que senti: bolas, isto aconteceu mesmo, vamos a Portimão. É ótimo, maravilhoso, agora vamos lá continuar a trabalhar para fazer melhor.

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Sentiu-se logo confiante que a passagem à final era possível ou provável, assim que acabou de cantar na semifinal?
Acreditei, porque tínhamos uma fórmula pensada que passava por ensaiar e trabalhar muito o tema. Não é um tema muito fácil de cantar. Sabia que se conseguíssemos fazer aquilo que tínhamos pensado e projetado teríamos condições para avançar. Quando terminei de cantar, senti que consegui fazer aquilo que era suposto, aquilo para que trabalhámos. Esse foi o sentimento. Entreguei nas mãos de Deus e pensei: ok, agora decida.

O Conan Osiris foi o segundo candidato mais votado na sua semifinal e foi o mais votado pelo público. É um candidato forte?
Todos os que passaram comigo podem sê-lo, aliás são mesmo, por isso é que passaram para a final. Quer o Conan quer os Calema são concorrentes naturalmente fortes porque todos tivemos o apoio de alguém — júri ou público. Naturalmente que o trabalho que eles já mostraram coloca-os nessa posição.

Isto é para representar Portugal. Tudo aquilo que representa Portugal -- as seleções, por exemplo -- tem seriedade à mistura e tem de ter qualidade. É assim que Portugal se posiciona, há uma responsabilidade aqui. Acho que este tema tem isso: é uma coisa séria porque o Festival da Canção tem uma história."

O que é que acha que fez com o que fosse o mais votado da sua semifinal: a composição do tema, a letra ou a sua interpretação?
Acredito que tenha sido a junção das coisas, a qualidade do tema. A composição está maravilhosa, a letra está especial e acho que a minha interpretação foi boa. Isto é para representar Portugal. Se olharmos para o universo, tudo aquilo que representa Portugal — as seleções, por exemplo — tem seriedade à mistura e tem de ter qualidade. É assim que Portugal se posiciona, há uma responsabilidade aqui. Acho que este tema tem isso: é uma coisa séria porque o Festival da Canção tem uma história e nós temos também uma responsabilidade com tudo isto, pelas pessoas que já fizeram tanto, pelos artistas que já elevaram tantas vezes o nome de Portugal com esta força, com esta forma de estar e cantar. Acho que temos responsabilidade de dar continuidade a isso, é assim que vejo o Festival da Canção.

O ano passado Portugal organizou a Eurovisão e o resultado não foi o esperado. Isso não lhe deu receio de participar?
Não, acho que não é por aí. O Tiago [Machado] fez uma composição incrível e o [Boss] AC escreveu maravilhosamente. Acreditamos mesmo que a canção é boa, que nos pode voltar a posicionar nos lugares em que Portugal merece estar e está habituado a estar. Não sinto esse receio, até porque quando se faz música… o tema “Perfeito” fala de sentimento e de um amor incondicional. A carga emocional que este tema tem põe-nos logo num posicionamento fantástico, portanto não há esse receio. Naturalmente está dependente do gosto e isso não podemos controlar, as pessoas gostam ou não gostam, votam ou não votam, mas o nosso trabalho está feito e acho que é de qualidade.

O ambiente entre candidatos foi tão bom quanto pareceu na transmissão da RTP [da primeira semifinal]?
Sem dúvida, sem dúvida. Toda a gente estava com espírito de grupo e de união. Não senti ali individualismos ou competição, não ouvi troca de galhardetes, os concorrentes estiveram conectados uns com os outros. Estávamos sempre todos juntos no backstage, não havia aquela coisa de estar cada um no seu cantinho. Até nos vestíamos nos mesmos sítios: partilhei o espaço para trocar de roupa com o Conan e os Calema. Não senti competição entre concorrentes. Acho que a competição é feita lá fora, cá dentro não vejo isso.

Criou alguma amizade maior com algum dos candidatos?
As amizades constroem-se com mais tempo. Deu para conhecer um bocadinho mais dos concorrentes e fiquei positivamente surpreendido com todos, porque toda a gente estava com uma postura descontraída, cantámos as músicas uns dos outros… As amizades hão-de ser uma coisa de futuro, por agora ficou uma relação positiva que poderá transformar-se em amizades.

Matay junto ao carro do Observador, antes do início de um carpool que arrancou perto dos estúdios da RTP (@ João Porfírio/Observador)

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Quantas vezes já imaginou a atuação na final em Portimão?
Todas, todas… Comecei por querer concretizar um sonho, neste momento tracei um objetivo: quero, junto da minha equipa, chegar o mais longe possível. Acreditamos que podemos ter condições para o fazer. O aspeto de competição é difícil. No meio disto, ou os candidatos conseguem abstrair-se da informação que passa e daquilo que se diz e ouve para ficarem concentrados em cantar, ou então é muito difícil. Entre nós não há competição, ela está a acontecer é cá fora. Quem me conhece sabe, mas quero que quem não conhece também saiba: estou nisto de alma e corpo. E não é pela competição, é pelo prazer de poder estar no festival e pelo sonho de poder representar Portugal.

Quem é que vai ter consigo na final, a apoiá-lo?
Vou ter a minha família, naturalmente, vou ter Marvila e vou ter o Bairro da Boavista [na freguesia de Benfica, distrito de Lisboa, onde trabalha].

“Fiz a festa do meu casamento na minha escola secundária. O meu padrinho é professor”

Estamos aqui a aproximarmo-nos…
Estamos em Chelas! Em Marvila. Aproveito para agradecer a Marvila pelo apoio e por todo o carinho que me tem prestado.

Viveu sempre nesta zona?
Vivi, vivi. Vivi aqui em cima na antiga Quinta dos Cravos, na zona J. Vivi também no bairro do Armador, foi aí que passei praticamente toda a minha infância. Continuo a viver em Chelas, é a minha zona. Marvila viu-me nascer.

Quando é que se começou a interessar pela música e por cantar?
A maior responsável por ter música na minha vida é a minha mãe. A minha mãe cantava em casa, por isso desde sempre tive uma proximidade com a música. Dei os primeiros passos a cantar através do gospel e atualmente já vejo a música não só como uma paixão, mas também como uma questão profissional.

Há um momento importante no seu percurso: o tema “Dizer Que Não”, que cantou com Dengaz.
Sem dúvida. O “Dizer Que Não” é o tema que marca uma mudança e modifica a minha perspetiva em relação à música. Até aí a música era outra coisa para mim. Cantava num conjunto de vozes de gospel. O “Dizer Que Não” trouxe-me individualidade, trouxe o Matay enquanto pessoa única e não enquanto corpo de um coro de gospel.

“Vamos matar isso”. Foi o que propôs ao Dengaz, não foi?
Exatamente [risos]. Já fazia parte da banda do Dengaz. Ele tinha-me convidado para entrar no projeto, esteve aqui em Marvila, mostrou-me canções e perguntou-me se queria cantar com ele. Disse-lhe: ok, gostei daquilo que ouvi. E seguimos para essa aventura.

Porque é que esta viagem passou pelo Parque da Bela Vista?
Era onde passávamos os fins-de-semana, praticamente, onde vínhamos jogar à bola. Nunca fui um grande jogador de futebol [risos], nem perto disso, mas gostava muito de vir para aqui com amigos. É um parque incrível, que recebe o Rock in Rio. Há um sentimento de pertença e orgulho das pessoas que aqui vivem em relação a este parque que tantos eventos recebe e promove, que faz parte da nossa história. É o parque do nosso bairro, é o parque de Marvila. Quem vive aqui passou uma vida neste parque.

Chelas teve fama de ser um bairro problemático, em parte graças a um filme que marcou uma geração, o “Zona J”. Como foi crescer em Chelas?
O lado positivo [do filme] foi que Chelas ganhou visibilidade e acabou ter uma história para contar. A parte menos positiva foi a conotação negativa que ficou associada a Chelas e à Zona J. Havia coisas que se viam naquele filme que não correspondiam à realidade. Chelas ganhou logo um rótulo de ‘bairro perigoso com miúdos que têm uma vida ligada ao crime’, um bairro em que não se podia entrar. Não era assim. Os problemas sociais existem, estão aqui, mas no filme foram mostrados a uma escala maior.

Crescer em Chelas influenciou de alguma forma a sua decisão de se licenciar em animação socio-cultural e trabalhar em ação social?
Sem dúvida. A maior dificuldade neste meio é promover a mudança. Todos nós vivemos situações difíceis, ou sentimo-las na pele ou observamos e sentimo-las como nossas. O difícil é olhar para aquilo, pensar em soluções e depois materializar essas soluções. Desde miúdo que pensei: bolas, é preciso fazer alguma coisa, não podemos só dizer que dói e continuar no mesmo sítio a levar pancada. Não podemos ficar à espera que passe, é preciso ir procurar ajuda, ir procurar alguém que nos tire a dor.

"Toda a gente do râguebi tinha o objetivo de concorrer ao ensino superior e isso era algo que não se falava no meu grupo de amigos. Foi nessa altura que pensei: bolas, porque é que não posso ser também uma pessoa licenciada, porque é que não posso fazer alguma coisa para fugir à corrente?"

Sei que jogou râguebi vários anos no Clube de Râguebi do Técnico. O que é que o râguebi lhe deu?
O râguebi deu-me estrutura, mostrou-me uma vida diferente. Venho de Marvila e a dada altura o meu grupo de amigos entrou na fase de decidir se é para continuar na escola, ir trabalhar ou não fazer mais nada. É nessa altura que chego ao râguebi. A primeira coisa que reparo é que em termos de condições de vida e de disponibilidade financeira os meus colegas do râguebi estavam num patamar acima do meu e dos meus colegas — e grande parte não desistiu da escola, ou eram licenciados ou estavam a tirar uma licenciatura.

Toda a gente do râguebi tinha o objetivo de concorrer ao ensino superior e isso era algo que não se falava no meu grupo de amigos. Foi nessa altura que pensei: bolas, porque é que não posso ser também uma pessoa licenciada, porque é que não posso fazer alguma coisa para fugir à corrente? Como diz o [Boss] AC, “nado de lado para não ser apanhado pela corrente”. Foi isso que fiz, nadei de lado e percebi que poderia fazer isto, que poderia ter uma vida diferente se começasse a fazer alguma coisa para mudar isso. Comecei a pensar em estudar mais e a motivar os meus amigos e os meus brothers a fazê-lo. Houve uns que conseguiram, tal como eu, outros escolheram caminhos diferentes. O râguebi é um desporto que tem uma camaradagem incrível, toda a gente se sacrifica e ‘deixa a pele em campo’ pelo objetivo. Incutiu-me um espírito de sacrifício que me rege até hoje.

No Festival da Canção, tal como no râguebi, também tem uma equipa: o Tiago Machado que é o autor da composição e o Boss AC que é o autor da letra. Como é que se juntaram os três?
Isso é engraçado [risos]. O Tiago Machado recebeu o convite da RTP para voltar a participar no Festival da Canção. Já tinha recebido noutros anos, mas por algum motivo não pôde participar. Este ano disse que participava se eu participasse com ele. Pediu o meu número de telefone ao [Boss] AC, de cuja banda ele é diretor musical e que era um amigo em comum. Ligou-me, fez-me a proposta e eu disse-lhe: ok. Os meus olhos brilharam logo, porque o Festival da Canção já fazia parte dos meus planos há algum tempo. Pedi-lhe para me mostrar a melodia mas disse-lhe que queria entrar nessa aventura.

Dois dias depois de o Tiago me convidar, ligou-me o AC a fazer a mesma proposta. Eu disse-lhe: brother, já estou no festival, o teu amigo Tiago ligou-me a fazer a mesma proposta. Ele: ‘aquele gajo, que sacana, pediu-me o teu número, eu dei-lho, ele não me disse para que era, pelos vistos era para te fazer o convite… se me tivesse dito, tinha-lhe dito que queria fazer o mesmo!’ Entretanto falei com o Tiago, contei-lhe e acabámos por convidar o AC para escrever a letra — e o resultado é este.

Disse-me que a participação no Festival da Canção já fazia parte dos seus planos “há algum tempo”. Quando é que começou a ter vontade de concorrer?
Tenho vivido coisas muito engraçadas ao nível da música e todas estão relacionadas com o desejo. Tenho pensado nas coisas e elas têm acontecido, têm vindo até mim. Lembro-me de passear na zona do Parque das Nações e pensar que um dia queria cantar ali — e no ano passado cantei no Altice Arena. Houve um dia que estava a ver o Festival da Canção e disse: um dia quero cantar aqui. Hoje faço parte de um grupo de concorrentes que está no Festival da Canção.

Que memórias marcantes tem do festival?
A memória mais recente é a do Salvador [Sobral]. Lembro-me da Filipa Azevedo [vencedora do festival em 2010], lembro-me do TC [Tó Cruz], do grande brother TC, que para mim é uma das vozes mais incríveis de Portugal. E há uma música que marcou a minha adolescência: a “Lusitana Paixão” da Dulce Pontes. É assim o meu guilty pleasure [risos].

"Faço parte daquele grupo de pessoas que gosta da escola -- e gosto tanto que a festa do meu casamento foi no interior da Eça de Queirós. O meu padrinho de casamento é um professor, o professor Acúrcio Domingos. Dá para perceber o quão feliz fui nessa escola."

Estudou na escola secundária Eça de Queirós, nos Olivais — acabámos de passar por ela. Esta escola também esteve ligada ao seu casamento, certo?
Sem dúvida. Faço parte daquele grupo de pessoas que gosta da escola — e gosto tanto que a festa do meu casamento foi no interior da Eça de Queirós. O meu padrinho de casamento é um professor, o professor Acúrcio Domingos. Dá para perceber o quão feliz fui nessa escola. À semelhança do que o râguebi fez por mim, também a Eça de Queirós foi muito importante.

Foi fácil convencer a noiva de que o copo de água deveria ser na escola?
Foi, foi. Ela já sabia o quão importante esta escola foi e é para mim. Antes de nos casarmos fui com ela a uma daquelas celebrações anuais que as escolas fazem: dia do patrono, jantar de Natal, por aí. Ela foi comigo ver o que era ser ex-aluno da escola secundária Eça de Queirós e acabou por ganhar também um sentimento especial pela escola, mesmo não tendo estudado lá.

Tem dois filhos [Vicente e Santiago]. Como é que eles reagiram a esta participação no Festival da Canção?
A Maria, minha mulher, é um bocado mais terra a terra do que eu, gosta de ter a certeza das coisas antes de avançar para elas. Até perceber que isto do Festival da Canção estava a acontecer, ela estava um bocado cética, desconfiada, dizia-me para ir com calma, para não me entusiasmar demasiado e não me deixar levar pela emoção. A minha vontade era mergulhar de cabeça no festival. Ela tem tido um papel muito importante a ajudar-me a balizar esta emoção, a manter os pés assentes no chão.

Matay quer levar o tema "Perfeito" ao Festival Eurovisão da Canção, em Israel

JOÃO PORFÍRIO/OBSERVADOR

Trabalha no Centro Social Polivalente do Bairro da Boavista [pertence à Santa Casa da Misericórdia] há 12 anos. O que é que faz ao certo, diariamente?
Passo aqui muitas horas do dia com os miúdos [do bairro]. Trabalho como animador socio-cultural, faço ação social. Temos um pavilhão onde os miúdos fazem natação, jui-jitsu, ténis de mesa, basquete. Não havendo aulas, às terças-feiras e quintas-feiras estou no pavilhão com os miúdos da parte da tarde.

Se os compromissores relativos à música aumentarem, vai continuar a trabalhar neste centro social? Ou poderá ser impossível conciliar?
Existe naturalmente o sonho e o objetivo de viver da música, desejo isso para a minha vida. Mas a ação social também faz parte de mim. Mesmo se e quando a música passar a ser a minha ação diária, terei sempre contacto com a ação social. Nunca será uma despedida total, será sempre uma ação parcial porque isto faz parte de mim.

Obrigado, Matay. Boa sorte para a final.
God bless. Obrigado eu.

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