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Pedro Marques visitou a Santa Casa da Misericórdia de Bragança. Quando disse ao que vinha, esta senhora jurou-lhe ser PS
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Pedro Marques visitou a Santa Casa da Misericórdia de Bragança. Quando disse ao que vinha, esta senhora jurou-lhe ser PS

ANDRÉ DIAS NOBRE / OBSERVADOR

Pedro Marques visitou a Santa Casa da Misericórdia de Bragança. Quando disse ao que vinha, esta senhora jurou-lhe ser PS

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Medo da rua? "Vão ao meu Facebook de campanha", diz "Pedro Martins". Ops, Marques

Socialista Pedro Marques ataca Rangel por ter "falta de paciência com pessoas" e garante ter campanha de rua. Hoje foi dentro de portas, na Santa Casa de Bragança. Terça e quarta tem reforço de peso.

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Artigo em atualização ao longo do dia

Narciso Pires levantou-se, para fazer as honras da Santa Casa de Misericórdia de Bragança que, nesta manhã de segunda-feira, recebeu o candidato socialista às Europeias. “Caro Dr. Pedro Martins”. E já arrancava na prosa quando o interrompem: “Marques, Marques”. O presidente do conselho fiscal, ali em representação do Provedor, corrigiu e seguiu. Depois ouviu Pedro Marques falar do seu “património político”, o Programa de Alargamento da Rede de Equipamentos Sociais (PARES) que fez no Governo, e no final  deu-lhe uma medalha da Santa Casa, mas o elogio maior foi para o “apoio” à construção da unidade de cuidados continuados dado pelo ex-governador civil e atual deputado do PS Jorge Gomes. Também ali presente.

A popularidade não é propriamente um forte do candidato que recusa, no entanto, essa crítica e também a de se esconder da rua. Um ataque de Paulo Rangel para o qual Pedro Marques tem resposta: “Tenho sido tão bem recebido nas ruas. Faço o convite. Vão ao meu facebook de campanha, quem faz esse tipo de críticas, para não dizer coisas disparatadas, vão ver o meu facebook de campanha. A campanha de rua tem sido uma campanha muito forte e tem sido até positiva”.

Pedro Marques entre o deputado Jorge Gomes e Narciso Pires, da Santa Casa de Bragança ANDRÉ DIAS NOBRE/OBSERVADOR

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A “maledicência de Rangel”, que “tem um problema com a verdade”

A agenda de campanha do socialista faz-se sobretudo de visitas a instituições sociais e empresas, almoços ou jantares comício. O primeiro contacto de rua previsto é na próxima sexta-feira, a meio do período de campanha oficial, em Coimbra.

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Mas Pedro Marques garante que tem já três meses de estrada em pré-campanha (o Observador acompanhou um dia). “Levo três meses de trabalho a esclarecer as pessoas, a pedir às pessoas que votem e tenho encontrado muita confiança em nós, porque as pessoas têm mais emprego, porque aumentámos as pensões, porque criámos aquela medida dos passes sociais para todo o país e tudo isso tem sido reconhecido nos encontros com milhares de portugueses.”, diz aos jornalistas em reação à crítica que vem do adversário social-democrata que acusa de “maledicência” de ter “talvez um problema com a verdade”. E até escreveu, entretanto, um recado via Twitter:

Certo é que, para já, a volta oficial de Pedro Marques não conta com contactos de rua além de Coimbra, Porto, Lisboa e Montijo (a sua terra). E esta segunda-feira ainda não passa por nenhum desses locais. Foi dia de puxar o lustro ao “património político”, expressão que o candidato usa para se referir ao que fez enquanto secretário de Estado da Segurança Social (entre 2005 e 2011) do Governo de José Sócrates. Uma herança pesada esta ligação ao antigo primeiro-ministro acusado pela justiça? “A direita quando não tem mais nada para dizer diz ‘Sócrates’. É o habitual na direita. Eu tenho um orgulho enorme no meu trabalho, em toda a minha vida política”.

E em “particular neste setor social”, afirmou ainda, dizendo ter “um património” que fala por si e que elencou: “PARES, Complemento Solidário para Idosos, rede de cuidados continuados”. Garante ser conhecido nas “misericórdias” e nas IPSS e que “através do capital político”, espera convencer pessoas a confiarem-lhe o voto nestas Europeias. “Não tenho sentido nem falta de notoriedade nem falta de simpatia das pessoas para comigo”, sublinha.

Pedro Marques garante que o seu trabalho é conhecido no setor social, por ter sido secretário de Estado com este pelouro ANDRÉ DIAS NOBRE/OBSERVADOR

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E afinal, diz para voltar a contrariar as avaliações de falta de popularidade e de campanha de salas e salões, “é preciso conhecer o país e esta realidade, aqui estive a falar com pessoas concretas, com pessoas que merecem apoio social e a nossa atenção. Não tenho nenhum problema de empatia nem de falta de paciência para falar com as pessoas como tem Paulo Rangel“. Por ali, no edifício sede da Santa Casa da Misericórdia de Bragança e na Unidade de Cuidados Continuados (com 60 camas do sistema), o socialista circulou com paciência e dedicação aos idosos que encontrava. Mão sempre por cima dos ombros ou mão na mão, beijos e dois dedos de conversa. Ou um pouco mais, para esclarecer o que anda por ali a fazer.

Quando explicou quem era — “Vou para a Europa defender os portugueses” — a uma das utentes curiosa com o aparato, ouviu-a atirar de volta: “Ah, muito bem, eu não sou é dos comunistas”. “O meu trabalho, no passado foi apoiar instituições como esta”, continuou o candidato para a senhora que lhe pedia que não se esquecesse de quem ali ficava. Prometeu que não e deixou o alerta a quem o ouvia na sala de que “é preciso votar para a Europa”. Pelos corredores tirava os seu cartões com notas do bolso direito do peito do casaco para dar uma espreitadela ao que tinha para dizer, no fim da visita, à comunicação social.

Estamos a falar com as pessoas, muito confortáveis, milhares e milhares com quem falámos, e temos tido muita facilidade a falar com as pessoas, muita empatia, paciência a falar e vamos continuar a fazê-lo com um objetivo: pedir às pessoas que vão votar. Isso é muito, muito importante”

Aos jornalistas voltou a referir o seu “património”, que acredita ser conhecido. “Tenho muito trabalho feito em todo o meu percurso político e acho que essa deve ser a medida que os portugueses também devem ter para olhar para este cabeça de lista do PS e comparar com a falta de trabalho com os cabeças de lista da direita“, disse. Mais uma bicada para o lado de lá e um puxar de galões a seis anos na Segurança Social, com o ministro Vieira da Silva, e mais três como ministro das Infraestruturas. E aqui, a deixa para outro ponto de ataque à direita: “Tirámos um quadro comunitário que estava na estagnação e hoje tem mais de 2 mil milhões de euros de fundos pagos às empresas, e tem uma reprogramação que permite apoiar mais 5 mil milhões de euros de investimento”. Acusando ainda o Tenho muita pena que o governo “cortado 70% dos fundos destinados ao apoio à construção de equipamentos sociais”.

Muito me tarda a minha amiga na Guarda: a ajuda de Marília Raimundo

Na visita à Fundação João Bento Raimundo, na Guarda, Pedro Marques visitou as instalações da creche

ANDRÉ DIAS NOBRE / OBSERVADOR

E continuou à tarde, com a visita à Fundação João Bento Raimundo, na Guarda, onde Pedro Marques continuou o discurso de quanto o Governo PSD/CDS dificultou a vida destas entidades e também para dizer como “cortou 30% do investimento em qualificações”. Ouviu elogios rasgados da presidente do Conselho de Administração da Fundação, Marília Raimundo, e voltou a visitar salas e salinhas, agora com idosos, mas também com crianças do pré-escolar.

Houve tempo para ouvir canções ensaiadas, em português e em inglês, e ver o candidato baixar-se sempre que tinha na frente um interlocutor de palmo e meio. “Chamas-te Alice? A sério? Eu tenho uma filha Alice” e logo a seguir:

“E quem tem cinco anos? A idade dos meus gémeos?”. “E quem gosta da escolinha? Ena tantos! Que fixe”.

A fundação tem cerca de 500 utentes e além da creche e do pré-escolar, tem um lar residencial para deficientes, um centro de estudos, o centro de atividades ocupacionais para deficientes, o centro social, estrutura residencial para pessoas idosas, residência de estudantes e uma escola profissional. Tudo na Guarda. E Marília Raimundo diz ter “muitos planos” e que, para isso, conta com Pedro Marques, como já contou com ele quando foi secretário de Estado da Segurança Social. “Na Guarda não esquecemos os amigos, os amigos são para as ocasiões”, disse ao candidato socialista ao Parlamento Europeu. O seu marido, João Bento Raimundo, ainda acrescentou: “Não se esqueça de nós”. “Não esqueço não senhor”, prometeu o socialista que Marília garante ser uma cara familiar por ali porque já visitou a Fundação muitas vezes. Ao exagero: “Os utentes conhecem-no a ele como me conhecem a mim”.

A anfitriã do candidato socialista carregava mesmo nas tintas da popularidade, um dos pontos sensíveis para Pedro Marques nesta campanha e recordava a ajuda com o autocarro para a instituição, quando o socialista foi secretário de Estado”foi a única pessoa” a dar-nos resposta.

Rangel que “pergunte a Álvaro Amaro para saber o que ele pensa do meu trabalho” como ministro

Antes desta visita, no almoço com autarcas, Pedro Marques tinha insistido no discurso para o interior do país, que visitou esta segunda-feira. E tinha uma carta na manga para deitar à direita quando ali chegasse e falasse da requalificação das ferrovias da Beira Alta e da Beira Baixa. O projeto foi elogiado, no passado, pelo então presidente da Câmara da Guarda Álvaro Amaro, que é hoje o número cinco da lista do PSD às Europeias.

Na Guarda almoçou com autarcas do interior para jurar dedicação europeia a essa frente

ANDRÉ DIAS NOBRE / OBSERVADOR

Na audiência estavam os autarcas socialistas de Fornos de Algodres e Trancoso. O vice-presidente da Câmara de Aguiar da Beira. Vereadores socialistas da Guarda, Vila Nova de Foz Coa, Sabugal, Gouveia e também presidentes de juntas de freguesias da região. Pedro Marques aproveitou para falar do projeto ferroviário e ao mesmo tempo atirar ao “duo Rangel e Melo que passa o tempo a dizer mal de tudo em particular do PS”. Foi aí que aconselhou Rangel a falar com o “quinto elemento da sua lista”: “Os nossos adversários dizem que não aconteceu. Mas Paulo Rangel não precisa de vir cá à Guarda ou à Covilhã. Basta que telefone a Álvaro Amaro e lhe pergunte. Ele que fale com Álvaro Amaro para saber o que ele pensa do meu trabalho” como ministro do Planeamento e das Infraestruturas.

E desta deixa saiu ainda a referência ao “elogio de Carlos Moedas ao Governo socialista. Só Paulo Rangel diz mal de tudo, diz mal de mim e do PS e só não acusou ainda de sermos responsáveis pelo falhanço do acordo entre Donald Trump e a Coreia do Norte, porque tudo o resto é culpa do PS“.

Terça e quarta-feira, o candidato socialista vai voltar a ter reforço de peso da sua volta pelo país. Depois de ter estado em Mangualde no domingo, o líder socialista António Costa volta à campanha de Pedro Marques para o comício de Faro e para o jantar-comício em Almeirim.

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