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Lojas com dimensões mais pequenas, até 200 metros quadrados, vão reabrir a partir da próxima segunda-feira. Setor fez várias recomendações de boas práticas
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Lojas com dimensões mais pequenas, até 200 metros quadrados, vão reabrir a partir da próxima segunda-feira. Setor fez várias recomendações de boas práticas

Horacio Villalobos#Corbis/Corbis via Getty Images

Lojas com dimensões mais pequenas, até 200 metros quadrados, vão reabrir a partir da próxima segunda-feira. Setor fez várias recomendações de boas práticas

Horacio Villalobos#Corbis/Corbis via Getty Images

Menos provadores, peças desinfetadas ou em quarentena. As propostas para reabrir as lojas em Portugal

Enquanto esperam ordens do Governo, as lojas já desenham manuais de boas práticas. Haverá menos clientes e menos provadores. Peças devolvidas podem ser desinfetadas ou ficam em quarentena.

Dia 4 de maio assinala a primeira fase de retoma das atividades económicas. Na próxima segunda-feira, lojas até 200 metros quadrados, cabeleireiros, livrarias e stands de automóveis reabrem após semanas de portas fechadas na sequência do estado de emergência decretado a 18 de março — o qual foi estendido por duas vezes. Agora, a preocupação gira em torno das medidas de segurança e higiene a adotar pelos diferentes estabelecimentos.

Ao Observador, a Confederação do Comércio e Serviços de Portugal, CCP, adianta algumas das medidas elaboradas em conjunto com os seus associados, que vão ser recomendadas às empresas na sequência de um protocolo a ser assinado entre CCP e Governo já esta quinta-feira. À partida, são apenas recomendações e não têm carácter vinculativo, sendo que o “manual de boas práticas” é independente da legislação que o Governo vai produzir.

Em cima da mesa está, então, um código de boas práticas mais genérico, mas também “códigos mais sectoriais que já foram feitos pelas associações e que amanhã estarão disponíveis”.

Distância entre clientes, limpeza dos espaços e quarentena de peças devolvidas

Entre as normas genéricas, destacam-se as que impõem limites no número de clientes por loja, na desinfeção de equipamentos e no que fazer com as compras devolvidas. Estas são as foram reveladas ao Observador.

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Espaços:

  • distância mínima de dois metros entre as pessoas;
  • apenas quatro pessoas dentro da loja ao mesmo tempo por cada 100 metros quadrados;
  • reoganização do mobiliário para facilitar entradas e saídas;
  • gel desinfetante à disposição dos clientes.

Trabalhadores:

  • higiene das mãos e dos equipamentos;
  • evitar a utilização do mesmo equipamento (como a caixa registadora, por exemplo) por mais que um funcionário;
  • todos devem usar máscaras.

Pronto-a-vestir:

  • poucos provadores para evitar aglomeração de clientes;
  • limpeza dos provadores depois de cada utilização;
  • peças devolvidas devem ficar em quarentena (período de tempo não foi definido);
  • não se sabe ainda se o mesmo vai ser feito com as peças experimentadas na loja.

O manual de boas práticas terá muitos outros detalhes que serão conhecido apenas depois de o Governo assinar o protocolo com o setor e anunciar as regras específicas para a reabertura.

Na próxima segunda-feira, lojas até 200 metros quadrados, cabeleireiros, livrarias e stands de automóveis reabrem após semanas de portas fechadas

Pedro Fiúza/NurPhoto via Getty Images

Jóias desinfetadas com luz ultravioleta e máscaras para os clientes

A Associação Nacional do Comércio e Valorização do Bem Usado (ANUSA), que diz sobretudo respeito a joalharias e relojoarias, explicou ao Observador que também está a concluir um plano de prevenção e de contingência que será posteriormente distribuído aos mais de 100 associados (são quase meio milhar de estabelecimentos espalhados pelo país). “Não vamos distribuir essa informação antes de ter conhecimento do que o Governo vai legislar”, garantiu Augusto Folque, secretário-geral.

A proposta da ANUSA tem por base as medidas já antes estabelecidas pela DGS, que remetem para a etiqueta respiratória, distanciamento, higienização frequente e auto-vigilância entre os trabalhadores, mas também o uso de luz ultravioleta para desinfetar as peças que, à partida, têm metais preciosos.

A proposta da ANUSA tem por base as medidas já antes estabelecidas pela DGS, que remetem para a etiqueta respiratória, distanciamento, higienização frequente e auto-vigilância entre os trabalhadores, mas também o uso de luz ultravioleta para desinfetar as peças que, à partida, têm metais preciosos.

Há associados que vão fornecer máscaras aos clientes, no pressuposto de que o cliente faça a troca no estabelecimento, de modo permitir a captação de imagens. Trata-se de uma iniciativa de âmbito individual que não consta no plano de contingência e que tem por base uma medida de vigilância — nestes estabelecimentos, é obrigatória a recolha de imagens das entradas e saídas. Augusto Folque admite ainda que alguns lojistas possam oferecer máscaras a clientes que não as estejam a usar de todo. O que será obrigatório, diz, é o distanciamento social.

Até nota em contrário, também a União de Associações de Comércio e Serviços está a passar “as regras básicas de segurança” aos associados, como a entrada condicionada nos estabelecimentos, o distanciamento social ou a higienização das superfícies. Em Lisboa, a UACS cobre 75 a 80% do comércio de proximidade, o que inclui espaços de moda, drogarias, floristas, mercados, ourivesarias ou lavandarias, por exemplo. Medidas específicas de segurança e prevenção, garante a presidente Lurdes Fonseca, “só na quinta-feira”. “Somos muito transversais, temos várias áreas”, diz, esclarecendo que cabe às autoridades de saúde definir as regras de funcionamento para os vários sectores.

O mesmo garante o presidente da Associação de Comerciantes do Porto, Joel Azevedo. “Não nos substituímos às autoridades de saúde. Vamos cumprir à risca o que as autoridades de saúde e o Governo recomendarem.”

"Somos muito transversais, temos várias áreas", diz Lurdes Fonseca, esclarecendo que cabe às autoridades de saúde definir as regras de funcionamento para os vários sectores.
Lurdes Fonseca, presidente da União de Associações de Comércio e Serviços

Como aconteceu lá fora? Peças desinfetadas com ozono, turnos de limpeza e medição de temperatura dos clientes

Em Espanha, o fim “gradual” do confinamento acontece a partir do próximo dia 4 de maio, ainda que o estado de emergência tenha sido prolongado para além de 9 de maio. A estratégia do governo, assente em quatro fases, prevê primeiramente a abertura de pequenas lojas por marcação. Na tarde de terça-feira, 28 de abril, Pedro Sánchez explicava à nação espanhola que o “pequeno comércio” vai abrir “sob condições estritas de segurança”.

Enquanto isso não acontece, as lojas de rua preparam-se para o regresso à normalidade possível. Exemplo disso é a Acotex, a Associação Empresarial de Comércio e Complementos, que recomendou determinados processos de limpeza e desinfeção aos estabelecimentos que lhe estão associados. Medidas que incluem a distância de segurança de 1,5 metros entre as pessoas, a utilização, por parte dos funcionários, de equipamentos de proteção facial e  de luvas, e ainda a disponibilização de luvas e gel desinfetante aos clientes, tal como escreve o El Español. Para evitar aglomerados nas lojas, as entradas e saídas serão controladas.

A Acotex recomenda ainda que os provadores sejam devidamente desinfetados. Em relação às trocas e devoluções, as práticas de cada estabelecimento serão mantidas, com o acrescento de que as peças devolvidas terão de passar por um processo de desinfeção que inclui uma quarentena de 48 horas. A marca Mango é uma das que está a aplicar esta medida, esclarece o La Vanguardia, nas lojas que já abriram na Áustria e na Holanda. A principal preocupação no que diz respeito aos estabelecimentos de roupa tem a ver precisamente com as peças usadas e não compradas pelos clientes. As empresas do grupo têxtil catalão Modacc, com mais de 140 associados, estão a estudar opções que incluem submeter as roupas usadas a tratamentos de desinfeção através do uso de luz ultravioleta ou ozono.

Espanha. Saída do confinamento terá quatro fases e será “gradual, assimétrica e diferenciada”

Numa altura em que Angela Merkel falava no perigo de uma segunda vaga, a Alemanha abria, a 20 de abril, algumas lojas: livrarias, floristas, lojas de moda, bicicletas e stands de automóveis, entre outros negócios, espaços com menos de 800 metros quadrados (a data não é estanque para todos os estados e cidades do país). Agora, aos clientes é pedido que mantenham uma distância de 1,5 metros, sendo que seguranças privados poderão estar à entrada de algumas lojas de maneira a monitorizar o número de pessoas que entram e saem. De acordo com o site DW, o uso de máscaras não é obrigatório, mas “altamente recomendado”. Tanto o distanciamento social como as regras de higiene podem, segundo o ministro da Saúde alemão, “durar meses”.

Ao fim de cinco semanas de quarentena, algumas lojas abriram em Itália, incluindo livrarias

Carlo Hermann/KONTROLAB/LightRocket via Getty Images

Na Áustria está prevista a reabertura de todas as lojas a partir do dia 1 de maio, centros comerciais incluídos, mas a 14 de abril já milhares de lojas com menos de 400 metros quadrados tinham aberto ao público sob restritas regras de distanciamento social — ao fazê-lo, tornou-se num dos primeiros países europeus a decretar o fim de algumas das medidas impostas. A utilização de máscaras e a distância social nas lojas são medidas obrigatórias.

Já em Itália, cujo confinamento deverá acabar a 4 de maio, um número limitado de lojas e negócios recebeu permissão em meados de abril para voltar a funcionar, enquanto algumas das regiões mais afetadas, incluindo a Lombardia, decidiram manter as restrições. Entre as lojas reabertas, ao fim de cinco semanas de quarentena, estão livrarias, papelarias e lojas que vendem roupas para bebés e crianças. Considerando as quatro maiores cadeias de livrarias no país, todas procederam a uma limpeza profunda das respetivas lojas antes de receber qualquer cliente, além de optarem por mais turnos de limpeza durante o horário de venda ao público. Três delas obrigaram os funcionários a usar máscaras e a oferecê-las também aos clientes se necessário, escreve a Quartz.

Na Suíça, o comércio de pequena e média dimensão, incluindo fisioterapeutas, centros de massagem e floristas, entre outros, voltou a funcionar no início desta semana, a 27 de abril, ainda que com algumas medidas de segurança em vigor, como o distanciamento social. Na República Checa algumas lojas não essenciais começaram por reabrir a 9 de abril com a obrigação de providenciar gel desinfetante para as mãos à entrada dos estabelecimentos e o uso de luvas. A 20 do mesmo mês mais negócios retomaram e, na passada segunda-feira, foi a vez das lojas de até 2.500 metros quadrados de superfície regressarem ao ativo, com os checos a poderem aderir ainda a ginásios, jardins zoológicos, parques botânicos e até escolas de condução. Os centros comerciais estão previstos reabrir a 11 de maio.

Nos EUA, a maior operadora de centros comerciais no país pondera abrir 49 propriedades entre sexta e segunda-feira. Para isso, a Simon Property Group vai adotar um conjunto de medidas, como horários de funcionamento mais reduzidos ou higienização regular das zonas mais frequentemente tocadas, como mesas, escadas ou maçanetas. 

Em França, o confinamento mantém-se até 11 de maio — as lojas estão previstas reabrir durante o próximo mês, à exceção dos centros comerciais —, enquanto na Grécia a redução gradual do confinamento está marcada para a próxima segunda-feira, com a reabertura do pequeno comércio, como livrarias e lojas de desporto, mas também de cabeleireiros e salões de beleza. O resto do setor reinicia a atividade a partir de 11 de maio, com a vez dos centros comerciais a chegar a 1 junho.

Eliminar novos casos em vez de achatar curva fez Nova Zelândia vencer o vírus. “Vencemos esta batalha”

À meia-noite de segunda-feira, dia 27 de abril, 400 mil pessoas na Nova Zelândia — cuja primeira-ministra Jacinda Ardern decretou um dos confinamentos mais rígidos mundo a 26 de março — puderam voltar ao trabalho, ainda que as lojas permaneçam fechadas. Na Austrália, alguns retalhistas estão a abrir as portas sem pôr de lado a necessidade de distanciamento social. Martin Matthews, CEO da Brand Collective, casa líder de marcas no país, assegurou recentemente à publicação 9News que medidas extras vão ser consideradas, como a desinfeção de todas superfícies e o acesso a gel desinfetante por parte do staff e dos clientes. A regra de uma pessoa por quatro metros quadrados será ampliada para 1 pessoa por 10 metros quadrados.

Na cidade do Quebec, Canadá, alguns negócios retomam nas próxima semanas, como parte do plano do governo para restaurar gradualmente a economia. Em maio abrem as lojas que não estão inseridas em centros comerciais e os negócios na área da construção civil, entre outros. As medidas de proteção a serem adotadas incluem distanciamento social.

Nos EUA, a maior operadora de centros comerciais no país pondera abrir 49 propriedades entre sexta e segunda-feira. Para isso, a Simon Property Group vai adotar um conjunto de medidas, como horários de funcionamento mais reduzidos ou higienização regular das zonas mais frequentemente tocadas, como mesas, escadas ou maçanetas. O grupo vai ainda tomar medidas para que os compradores possam, de forma gratuita, medir a temperatura nos centros comerciais.

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