775kWh poupados com a
i

A opção Dark Mode permite-lhe poupar até 30% de bateria.

Reduza a sua pegada ecológica.
Saiba mais

A fotografia oficial do governador-geral de Moçambique, Baltazar Rebelo de Sousa
i

A fotografia oficial do governador-geral de Moçambique, Baltazar Rebelo de Sousa

D.R.

A fotografia oficial do governador-geral de Moçambique, Baltazar Rebelo de Sousa

D.R.

Moçambique: o roteiro da saudade de Marcelo 50 anos depois

O filho do ex-governador de Moçambique regressa à sua segunda pátria, onde apareceu em 1970 com uma barbicha. Será uma viagem de Estado mas também de afetos. São memórias quase com 50 anos

Foi em Lourenço Marques que Marcelo Rebelo de Sousa fez o primeiro discurso público e oficial da sua vida, em 1969. Tinha 21 anos, uma barbicha nova a despontar no queixo, estava de férias de verão junto dos pais e foi levado pela família de António Almeida Santos — futuro socialista e opositor do regime — a uma palestra no Rotary Club na capital moçambicana. O jovem filho do então governador-geral havia de crescer e, quase 50 anos depois, chegaria a Presidente da República Portuguesa. Na visita de Estado que inicia esta terça-feira a Moçambique poderá fazer outros discursos com a primeira vez na mente.

Estiveram cerca de 50 pessoas a ouvir o estudante Marcelo Nuno, que falou sobre o Direito e o Desenvolvimento Económico e Social. Era o filho mais velho do então governador-geral de Moçambique, Baltazar Rebelo de Sousa, mas nos dois anos em que o pai esteve em funções Marcelo só lá foi nas férias, de verão e de Natal. Quando Baltazar foi nomeado para o cargo, em 1968, o jovem estava no segundo ano do curso de Direito e ficou decidido que ficaria em Lisboa, a prosseguir os estudos. Baltazar pediu então a Marcello Caetano — velho amigo, quase padrinho de Marcelo Nuno e mestre do jovem na faculdade — que olhasse pelo seu primogénito. O rapaz ficaria com a avó Joaquina na casa da família na Estrela, em Lisboa. Dois meses depois, Caetano assumia as funções de presidente do Conselho, substituindo Salazar.

Moçambique acabou por se tornar num marco para Marcelo Rebelo de Sousa, ainda que por via indireta. Marcou-lhe a entrada na vida adulta, a conquista da autonomia e os primeiros passos na arena política a sério. Afinal, todas as semanas, sentado à mesa de jantar do novíssimo Presidente do Conselho, Marcelo conversava com Marcello. A política era, claro, prato forte, com Caetano a deixar escapar comentários sobre decisões políticas ou apreciações sobre a sua equipa. Marcelo acompanhava o país político na primeira fila. No entanto, apesar de todas as recordações — e, já agora, afetos — que esta visita de Estado lhe deverá trazer, Marcelo disse ao Expresso que “não será uma viagem conduzida pelo passado”.

50 anos depois da primeira vez

Quase cinquenta anos depois destes tempos, Marcelo volta a ter uma primeira vez neste país, onde diz que viveria se não residisse em Portugal: é o destino da sua primeira visita de Estado como Presidente da República. O caminho para chegar a Maputo será bem mais curto do que o voo de 1968, então para Lourenço Marques. Em julho desse ano, sem voos diretos, a família Rebelo de Sousa teve de fazer escala de um dia em Luanda e dali viajariam, também de avião, para a Beira. Já em Moçambique, ficava ainda a faltar uma etapa: uma assustadora viagem até à capital a bordo de um pequeno avião a hélice. Esta segunda-feira será tudo diferente, a começar pelo voo direto, que aliás Marcelo conhece bem, já que tantas vezes o usou nos últimos anos, para as idas até Maputo onde dava aulas na universidade.

PUB • CONTINUE A LER A SEGUIR

Na residência oficial, o Palácio da Ponta Vermelha, Baltazar tinha dois frigoríficos para não misturar bens públicos com privados: um era para os gastos oficiais e o outro para uso da família.

A ligação com o país é forte. Ainda em janeiro, numa entrevista ao semanário Sol durante a campanha eleitoral, o então candidato respondia a uma pergunta sobre que viagem mais tinha gostado: “As viagens em Moçambique”, confessou. Desta vez ficará por Maputo, que conhece bem e onde pôs os pés pela primeira vez nesse verão de 1968, acompanhando a família que se iria instalar no Palácio da Ponta Vermelha, para ali viver durante o tempo em que Baltazar fosse governador.

A antiga casa habitada pelos Rebelo de Sousa é hoje a residência oficial do Presidente moçambicano (e onde Marcelo vai estar nesta visita). Filipe Nyusi é um amigo político de Marcelo e foi um dos dois chefes de Estado convidados para a tomada de posse como Presidente da República (o outro foi o rei de Espanha). A visita, que vai estender-se até ao próximo sábado, dia 7, ficou logo aí traçada, com o atual embaixador de Portugal em Moçambique (em fim de mandato), José Augusto Duarte, a tratar da organização, num papel-duplo: também é o assessor diplomático de Marcelo.

As ligações ao país africano são imensas e começaram naquele julho de 1968. Os primeiros tempos de Marcelo em Lourenço Marques foram passados a estudar. Como era seu hábito, tinha deixado uma cadeira para setembro, Teoria Geral do Direito Civil, o que o levou a longas temporadas de estudo na biblioteca do tribunal da Relação de Lourenço Marques durante as férias de verão.

Ainda assim, o jovem estudante teve oportunidade de tirar duas conclusões sobre as principais diferenças entre Lourenço Marques — muito influenciada pelo mundo anglo-saxónico — face a Luanda: mais organização e mais disciplina. A formalidade reinante forçou Marcelo a outra estreia. Foi em Moçambique que mandou fazer o seu primeiro smoking branco, para as noites de gala e festas na capital da antiga colónia portuguesa. O pai era rigoroso com os filhos relativamente às relações que estabeleciam no país e, para evitar eventuais pressões, proibiu festas na residência ou convites a amigos para a piscina da casa. Havia outras regras na vida dos Rebelo de Sousa em Lourenço Marques, contadas mais tarde por Marcelo, como por exemplo a existência de dois frigoríficos: um era abastecido com o que era para gastos oficiais, outro para uso privado da família.

Marcelo em Moçambique quando o pai era Governador

Marcelo dança com a mãe, Maria das Neves, numa receção oficial, em Lourenço Marques, em finais de 1968.

A “política-espectáculo” de Rebelo de Sousa, o pai

Baltazar tinha ido para Maputo depois de um intenso debate familiar, com uma missão clara que lhe foi explicada numa “longa conversa com Salazar”, de “quase três horas”, detalha Marcelo Rebelo de Sousa na fotobiografia do pai — que ele próprio escreveu. Os temas da conversa foram descritos pelo filho: “Luta militar mas atenção à economia e à promoção social; língua e cultura portuguesa antes e acima de tudo; quanto ao mais — o desfecho político do processo de integração social e de participação política dos africanos –, não é possível fixar prazos: será um dia, daí a umas largas décadas, quem sabe se um século…”, recordou Marcelo. Baltazar aceitou ir. África entusiasmava-o “desde miúdo”. O regime acelerava a sua decadência depois da fase inicial do marcelismo, um processo que o pai de Marcelo acompanharia à distância de quase 8 mil quilómetros.

Nas viagens que Marcelo voltou a fazer a Moçambique já depois de o pai ter deixado o cargo (em 1970), Baltazar era recordado como “o último governador-geral”, apesar de ainda terem existido dois depois dele. Joaquim Chissano consentira fazer dele o “colonizador bom”. Foi, para Marcelo, “o seu melhor lugar de uma longa carreira política”. No mesmo livro, registou que a mãe, Maria das Neves, deixou uma marca social no país e que o seu nome “nunca foi retirado das creches que criara, por ordem de Samora Machel”. A mulher de Baltazar dedicou-se às causas sociais e à educação.

Sobre o pai e a sua relação com Moçambique, Marcelo usa a palavra “paixão”. Tratava-se do espírito “mais afetivo do que racional” de Baltazar. Um traço que o agora Presidente da República parece querer recuperar para o exercício do seu mandato em Belém. Tal como Marcelo, também o seu pai tentou pautar, em Lourenço Marques, a sua ação pela proximidade. Tinha uma vantagem nesse sentido, era o primeiro governador-geral não militar na colónia portuguesa desde 1939. Por ser um civil, voltou a usar a farda de governador nas visitas pelo interior do país: “Foi um sucesso nos meios populares e suscitou reparos, críticas e ironias nos meios políticos. (…) À sua maneira, prezava alguma política-espetáculo”, recorda Marcelo.

Marcelo em Moçambique quando o pai era Governador

A família a comemorar o dia 1 de janeiro de 1969, na Ilha de Moçambique

Baltazar levava uma ambição elevada: um projeto de peso que queria deixar como legado em Moçambique, a barragem de Cahora Bassa. Aliás, antes de partir para Moçambique, essa foi uma condição que quis ter garantida da parte de Salazar: de que existia vontade política de avançar com o projeto. Foi descansado, depois de ouvir o presidente do Conselho dizer num debate ministerial que “ou se faz agora, neste preciso momento, ou nunca mais se faz”. O Governo de Salazar estava tão dividido quanto ao projeto, que o próprio ministro da Economia se demitiu quando Salazar deu luz verde a Baltazar.

Foi Rebelo de Sousa que lançou a obra, o maior investimento no ultramar, que foi a “menina dos seus olhos” naqueles quase dois anos em Moçambique e a ligação continuou na família: em 1976 Marcelo seria jurista da Hidroelétrica de Cahora Bassa e o seu irmão António “teria papel destacado na solução do complexo contencioso de Cahora Bassa”, nota o filho mais velho na fotobiografia do pai.

Mas o processo não foi simples e a obra só arrancou depois de ter estado em risco, por um longo e sinuoso processo de concessão para a construção e exploração da barragem. Baltazar não deu sinal público disso, mas os problemas existiram e o processo esteve mesmo “por um fio”, conta Marcelo na biografia do pai. O Governador tinha presente que, depois do compromisso assumido, o recuo podia ser um sinal fatal para a relação com a colónia.

Marcelo recorda que o pai, enquanto Governador, "à sua maneira, prezava alguma política-espetáculo".

No norte, o território sofria com a guerra contra a Frente de Libertação de Moçambique — a Frelimo, que subiu ao poder depois da descolonização, mantendo-se até hoje. A instabilidade voltou hoje ao país, também a Norte, com a Resistência Nacional Moçambicana (Renamo, o maior partido da oposição) instalada na antiga base da Gorongoza. Marcelo leva na bagagem a intenção de conciliar posições que têm um longo historial de conflito. Em 1969, em circunstâncias radicalmente diferentes, um dos objetivos que o pai Baltazar levava para Moçambique passava por “‘civilizar a guerra’, fazendo-a responsabilidade de todos os moçambicanos e não apenas dos militares, e muito menos só dos militares metropolitanos; ao mesmo tempo circunscrever as suas bolsas”.

Marcelo estranhava que Lourenço Marques, geograficamente distante dos combates, prosseguisse alheada da guerra. Em fevereiro de 1969, em pleno mandato de Baltazar, foi morto o presidente da Frelimo. Eduardo Mondlane foi assassinado ao abrir uma encomenda que lhe chegara pelo correio, que lhe levou um livro-explosivo. O ato terrorista atribuído à DGS (o novo nome da PIDE), provocou um tumulto dentro da organização moçambicana, com uma luta pela sucessão de Mondlane que acabou por aliviar a tensão do conflito no período em que Baltazar foi Governador.

Marcelo em Moçambique quando o pai era Governador

Marcelo com os irmão, António e Pedro, entre amigos onde se conta Malangatana (o quarto a contar da direita)

Os genes dos Rebelo de Sousa

A tentativa de estabilizar politicamente a colónia exigia uma agenda intensa de deslocações, num território imenso e com acessos limitados. Baltazar fez questão de pisar a maior parte da província que conseguiu. A marca que quis deixar não parece muito diferente da que Marcelo tentará em curtos cinco dias, se bem que apenas por Maputo. Este era o tempo de duração médio das numerosas visitas que Baltazar fez pelo país enquanto Governador, que Marcelo contabilizou no livro: “165 dias, num só ano, fora da capital da província”. No Centro de Documentação da Biblioteca de Celorico de Basto, Marcelo tem arquivados dezenas de álbuns com milhares de fotografias das visitas do pai, trazidos de Moçambique.

“Era um estilo novo, extenuante, mas mobilizador”, admite no livro sobre Baltazar. Mais adiante, descreve a ação do governador-geral como “frenética atividade popular, para não dizer populista”. O Presidente da República terá apenas cinco dias — só na capital do país –, mas o seu programa oficial ultrapassa as duas dezenas de encontros.

"Era um estilo novo, extenuante, mas mobilizador", diz Marcelo do pai Baltazar enquanto Governador, dono de um "frenética atividade popular, para não dizer populista".

Mais uma semelhança entre os dois? O sentido mediático que os une. Em 1968, Baltazar Rebelo de Sousa introduziu uma “novidade da política de charme e descompressão”: um encontro trimestral do Governador com os órgãos de informação. Outra coincidência de estratégias? Em Moçambique, Baltazar promoveu a abertura a comunidades religiosas, a mais “revolucionária” foi aos muçulmanos.

Numa das datas mais importante do calendário religioso muçulmano, a “noite do destino”, Baltazar escreveu uma carta alusiva ao Ramadão que o filho diz que “revelava um reconhecimento e uma fraternidade a que os destinatários não estavam habituados”. Dias depois, esteve na festa que assinalava o fim do Ramadão, onde teve uma saudação feita por Abdool Karim Vakil.

Lembra-se da primeira iniciativa de Marcelo como Presidente, logo no dia da tomada de posse? Uma celebração inter-religiosa na Mesquita de Lisboa, com um discurso conciliador entre religiões. A ideia foi exatamente do mesmo Abdool Karim Vakil — que hoje é o presidente da comunidade islâmica em Portugal –, explicou o próprio Marcelo nessa ocasião. Os objetivos imediatos eram diferentes. Mas o caminho acaba por ser semelhante: envolver toda a comunidade, com as suas diferenças, num trabalho de integração e recuperação social que desse um sinal de estabilização.

Malangatana chamava-lhe irmão. Foi dele o primeiro quadro que Marcelo comprou, com as poupanças que tinha no segundo anos da faculdade.

Numa reportagem sobre os tempos coloniais emitida pela RTP, o jornalista Rui Cartaxana contava a tendência de Baltazar para “romper o protocolo para entrar numa multidão de negros a cumprimentar e abraçar pessoas e isso dava ao negro uma imagem diferente do poder”. Aquela proximidade não era comum e constituía uma arma do governador-geral que começou também a chamar o meio cultural a estar representado nas receções oficiais.

O pintor Malangantana tornou-se amigo da família. “O meu irmão”, como descreveu Marcelo quando o moçambicano morreu, em 2011. Foi dele o primeiro quadro que o jovem estudante universitário comprou, juntando a mesada que recebia. Marcelo ainda o tem em casa. A amizade manteve-se até à morte do artista plástico. “As suas mensagens e os seus quadros foram-se somando na minha casa como na minha vida. Como se somavam os minutos, as horas passadas num ápice a ouvi-lo e a ouvir as suas aventuras sem fim”, chegou a dizer Marcelo.

Marcelo com Malangatana

Marcelo com “o irmão” Malangatana, em Portugal.

A ideia de autonomia e o criado espião

As semelhanças de estratégia têm pontos comuns, mas Baltazar acabava por passar um espírito mais austero. As relações e festas sociais que até ali faziam parte da agenda de um governador eram muito reduzidas. Houve, no entanto, um evento que não falhou: o casamento da filha de Jorge Jardim, Patuxa. Amigo íntimo, Jorge Jardim era gestor industrial e comercial e cônsul do Malawi em Moçambique, vivia na Beira com a família, e era um conhecedor profundo da terra.

Marcelo descreve a “colaboração fraterna” mas discreta entre os dois amigos quando se reencontraram em Moçambique. Jardim colaborara sempre com Salazar e Baltazar era o representante da metrópole, ambos contrários a qualquer ideia de autonomia. Marcelo justifica a linha do pai com a apetência mais pelos temas sociais e económicos do que políticos. A autonomia social e económica apareceria primeiro nos seus discursos e não se conhece qualquer posição conclusiva sobre o que imaginava para o futuro de Moçambique, ou sobre sua eventual auto-determinação.

Marcello Caetano foi o primeiro presidente do Conselho a visitar Moçambique. Ficou entusiasmado com a viagem que, escreveu a Baltazar, considera ter servido para a "consciencialização maior da metrópole quanto ao ultramar". A carta datava de 25 de abril de 1969. Cinco anos depois, era afastado do poder.

Os movimentos de libertação moçambicanos tentavam fazer o seu caminho. Um dia, durante umas férias de Natal em que Marcelo estava em Lourenço Marques — depois de Mondlane ter sido assassinado — a família foi avisada por Jardim que um dos criados da residência oficial que fugira era afinal um informador desses movimentos. Tinha o apelido do líder morto, Mondlane, e era seu familiar. Passou informações de conversas que ia ouvindo na Ponta Vermelha.

Nesse mesmo ano, Marcello Caetano tinha efetuado uma visita a Moçambique, a primeira de um chefe do Governo português. Caetano havia de recordar, com grande entusiasmo, o sucesso da viagem, que via como fundamental para a “consciencialização maior da metrópole quanto ao ultramar”. Escreveu-o numa carta enviada a Baltazar, datada de 25 de abril… de 1969. Cinco anos depois, era afastado do poder.

O regime vivia os dias do fim. Meses depois da visita, Caetano enfrentava a crise académica em Coimbra. Nos meses seguintes, o presidente do Conselho ia demonstrando desalento nas cartas enviadas para Moçambique, dirigidas ao amigo Baltazar. Na colónia, este acompanhava as eleições de novembro de 1969. Em dezembro, viajou até a Lisboa para falar com Marcello Caetano sobre a remodelação no Governo. Os três filhos ficaram em Lourenço Marques e passaram o Natal em casa de Veiga Simão — futuro ministro da Educação Nacional de Caetano e ministro da Defesa de um Governo do PS de António Guterres, nos anos 90 –, que era nessa época o reitor dos Estudos Gerais em Moçambique.

O Ano Novo de 1970, o último em Moçambique, foi passado pela família Rebelo de Sousa no Norte, numa zona de conflito, junto das tropas que combatiam os movimentos de libertação. Baltazar já sabia que seria chamado para o Governo em Lisboa. Tinha 48 anos quando deixou Lourenço Marques, triste e resignado por não ter ficado o tempo que esperaria em Moçambique. Ainda voltaria ao território como ministro do Ultramar, antes do 25 de abril de 1974. Esta semana, quando o ambiente interno do país está tão conturbado, há de novo um Rebelo de Sousa a fazer visitas oficiais, mas desta vez num país independente, a República de Moçambique.

Assine a partir de 0,10€/ dia

Nesta Páscoa, torne-se assinante e poupe 42€.

Não é só para chegar ao fim deste artigo:

  • Leitura sem limites, em qualquer dispositivo
  • Menos publicidade
  • Desconto na Academia Observador
  • Desconto na revista best-of
  • Newsletter exclusiva
  • Conversas com jornalistas exclusivas
  • Oferta de artigos
  • Participação nos comentários

Apoie agora o jornalismo independente

Ver oferta

Oferta limitada

Apoio ao cliente | Já é assinante? Faça logout e inicie sessão na conta com a qual tem uma assinatura

Ofereça este artigo a um amigo

Enquanto assinante, tem para partilhar este mês.

A enviar artigo...

Artigo oferecido com sucesso

Ainda tem para partilhar este mês.

O seu amigo vai receber, nos próximos minutos, um e-mail com uma ligação para ler este artigo gratuitamente.

Ofereça artigos por mês ao ser assinante do Observador

Partilhe os seus artigos preferidos com os seus amigos.
Quem recebe só precisa de iniciar a sessão na conta Observador e poderá ler o artigo, mesmo que não seja assinante.

Este artigo foi-lhe oferecido pelo nosso assinante . Assine o Observador hoje, e tenha acesso ilimitado a todo o nosso conteúdo. Veja aqui as suas opções.

Atingiu o limite de artigos que pode oferecer

Já ofereceu artigos este mês.
A partir de 1 de poderá oferecer mais artigos aos seus amigos.

Aconteceu um erro

Por favor tente mais tarde.

Atenção

Para ler este artigo grátis, registe-se gratuitamente no Observador com o mesmo email com o qual recebeu esta oferta.

Caso já tenha uma conta, faça login aqui.

Assine a partir
de 0,10€ /dia

Nesta Páscoa, torne-se
assinante e poupe 42€.

Assinar agora