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Andreia Reisinho Costa

Andreia Reisinho Costa

Não quero ser viral

Uma velhinha no jardim que ofereceu comida ao cão, uma fotografia tirada com o telemóvel, um post "inocente" no facebook. Até que tudo ficou fora de controlo, como conta aqui o Hugo Gonçalves.

Primeiro ato: partir a Internet

Devia ser apenas um desabafo e um pedido de ajuda no Facebook. O texto que publiquei no meu perfil dizia: “Era para ser uma foto divertida: a velhinha simpática que ofereceu sopa à minha cadela. Mas depois sentei-me e perguntei-lhe o nome. (Ela disse:) ‘Chamo-me Otília, tenho 81 anos, a minha filha pôs-me na rua e roubou-me 16 mil euros, era o dinheiro que poupei ao longo de toda a vida. Vou buscar comida à Santa Casa e durmo num quarto, mas o dono do apartamento trata-me mal. Tenho de estar o dia todo na rua, só lá vou dormir. Trabalhei 40 anos numa clínica veterinária em Campo de Ourique, gosto muito de animais. Agora não tenho nada’. As lágrimas caíam e caíam. Não me pediu nada, dei-lhe a mão durante toda a conversa, algum dinheiro no fim, talvez para mitigar a súbita impotência, e perguntei se ela podia arranjar outro quarto. ‘Só posso gastar 150 euros por mês’. Estou a pedir ajuda no meu bairro e combinei encontrar-me amanhã com ela, se souberem de algum sítio onde ela possa ficar, um abrigo, um quarto, por favor avisem”.

Em poucas horas este encontro disseminou-se pelas redes sociais. Meio milhão de visualizações do post com a fotografia da dona Otília, dezenas de milhares de partilhas, centenas de mensagens, de pedidos de amizade e de comentários – uma torrente de informação que chegava até do estrangeiro e que, apesar das boas intenções, transformava um encontro entre duas pessoas, num jardim, em algo hiperbolizado, fora de controlo, tão diferente da minha experiência desse dia. Nos comentários havia já quem desconfiasse da história, assegurando uma burla, ou quem desejasse a punição da filha na praça pública – enforcamento foi uma das sugestões. As mensagens não paravam de chegar, ofertas de dinheiro, mobília, roupa, números de telefone de instituições. A confusão e desinformação era tal que várias pessoas se ofereceram para adotar a minha cadela julgando que estava abandonada.

Chegado a casa, foi difícil concentrar-me. Para resolver o mal-estar, coloquei o tal post no Facebook como quem toma um comprimido para a dor de cabeça. Depois, voltei ao trabalho e estive várias horas desligado. Quando regressei, tornara-me viral.

Tudo porque eu cedera ao impulso contemporâneo de documentar mais um momento no meu dia e colocá-lo na rede, invertendo assim as prioridades do real e do virtual – primeiro puxara do telefone para fazer uma foto da dona Otília a dar sopa à cadela, só depois é que me sentei a seu lado e lhe perguntei o nome.

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A dona Otília não chorava um choro transtornado. Era antes como se o desfecho da sua história fosse a ordem natural das coisas que já não têm conserto. Fiz-lhe várias perguntas: onde estava a dormir, se tinha ido à polícia, como a poderia ajudar? Depois de combinarmos um encontro para o dia seguinte, fui falar com algumas pessoas do bairro, donas de estabelecimentos comerciais, de forma a conseguir refeições e um quarto. Chegado a casa, foi difícil concentrar-me. Para resolver o mal-estar, coloquei o tal post no Facebook como quem toma um comprimido para a dor de cabeça. Depois, voltei ao trabalho e estive várias horas desligado. Quando regressei, tornara-me viral.

As inúmeras solicitações via Internet levaram-me a ler e a responder a centenas de mensagens, procurando ali informação que pudesse ser útil, mas começaram também a causar-me uma sensação de asfixia, ansiedade e invasão, que se agravou ao ser contactado para aparecer em programas de TV e artigos de jornal ao lado da dona Otília – uma dessas jornalistas dizia, como se preparasse um safari: “Onde é que ela está, para irmos lá filmá-la?” A determinada altura, nos comentários, alguém tinha oferecido uma casa e dezenas de pessoas celebravam, como um dado adquirido, que a dona Otília já teria onde ficar, ainda que eu não soubesse sequer se, no dia seguinte, iria encontrá-la.

Só por volta da meia-noite larguei as mensagens e os comentários, apaguei todos os aparelhos de casa, tentei desconectar o cérebro. Sem grande efeito. O fluxo da minha consciência parecia uma máquina de pipocas, rebentando balões de ideias e imagens e tarefas a executar. Se era tudo por uma boa causa, afinal, porque me sentia eu tão desconfortável no olho do furacão viral?

Segundo ato: o cão de Pavlov

Tento ter uma relação parcimoniosa e higiénica com as redes sociais e o uso da tecnologia – nem sempre consigo. Já escrevi coisas que não devia no Facebook, já me desejaram morrer de cancro por causa de uma crónica sobre Fátima, já me apeteceu desligar tudo e ficar numa bolha de silêncio, imune a polémicas, trocas de argumentos e fotografias de pratos de comida.

Para alguém que se diz libertário, tenho de reconhecer que me incomodo demasiado se almoço numa mesa em que os comensais estão agarrados aos telefones ou se vejo alguém a fotografar um cappuccino como se fosse uma flor julgada extinta. Desespero com os zumbis nos passeios e a atravessar a rua, de cabeça baixa e com os olhos vidrados nos seus telefones. A lista de pequenos distúrbios é longa. Mas o que mais me impressiona é ver os condutores de carros em andamento a enviar mensagens de texto – por ser algo tão contraintuitivo à nossa programação genética para a sobrevivência. Somos mamíferos cujo cérebro está constantemente a produzir correlações e inferências sobre o mundo em função de nos mantermos intactos – não vás para aquele lado da savana que há leões –, mas hoje parece que não conseguimos perceber que podemos matar-nos e matar alguém, desviando o olhar da estrada, só para informar os amigos no Whatsapp de que vamos comer um temaki.

A experiência já não era minha, nem autêntica, passara a ser algo com vida própria. Eu apenas tinha falado com uma mulher no jardim, uns quantos minutos, dizendo-lhe que voltaria no dia seguinte. No entanto, para muitos que não me conheciam nem do elétrico, eu estava a um passo da beatificação.

Não sou um Velho do Restelo relativamente à tecnologia da comunicação, mas sei que, tal como o anel da trilogia de Tolkien, ela pode ser usada para o bem e para o mal, exatamente como as drogas, que ajudaram os Beatles a fazer o White Album, mas que mataram o meu tio.

Cada vez mais acredito que a necessidade de saber tudo, a toda a hora, sobre qualquer assunto, ou de estar contactável em qualquer momento, é uma forma de subjugação, uma urgência que, tantas vezes, não passa de ansiedade de status e do permanente tagarelar do cérebro sempre insatisfeito: responde ao email, atualiza o perfil, isto dá um bom post, manda a foto, vê quantas estrelas tem o restaurante, abre o Tinder, dispara um super like. Uma cabeça permanentemente ocupada com informação é apenas um processador de dados – é preciso parar, não fazer nada, para que as experiências se possam costurar no tecido emocional, para que haja clarividência em vez de uma enxurrada de factoides, fotografias ou notícias. O tempo que precisamos para entender aquilo que vivemos não está em sintonia com a velocidade do tempo em que vivemos. Há demasiadas coisas – uma amizade, um casamento, escrever um bom livro – que não se compadecem com o imediatismo e a tirania da satisfação imediata que tomou conta de nós com o mesmo poder com que a campainha de Pavlov fazia salivar o cão da experiência.

Foi um comediante que me ajudou a perceber algo mais, que me incomodava, na história viral da dona Otília. Num dos seus espetáculos, Anthony Jeselnik disse que aqueles que, em momentos de catástrofe, escrevem no seu perfil “os meus pensamentos e orações estão com as vítimas”, não estão, de facto, a fazer nada. “Fucking nothing. Less then nothing.” E prossegue: “Não dão o seu tempo, a sua compaixão, o seu dinheiro. Tudo o que estão a dizer é ‘não se esqueçam de mim hoje’”.

Mas não havia maneira de arranjarmos um quarto, a mulher da Santa Casa, que me ligara durante o furor da história na Internet, deixou de atender e responder a mensagens, o dono do apartamento onde estava a dona Otília revelava-se cada vez mais intolerante, gritava com ela, não a deixava cozinhar ou ter comida no frigorífico, tinha estipulado um só duche por semana.

A verdade é que, por causa do meu post, me senti um pouco como essas pessoas – uma fraude. Mais ainda quando gente desconhecida começou a escrever-me mensagens e a deixar comentários do género “beijos no coração”, “és um herói”, “devia haver mais gente como tu”. Dei-me conta da distância que, em tão pouco tempo, se criara entre aquilo que realmente estava a acontecer e o que sucedia no universo distorcido e exagerado da Internet. A experiência já não era minha, nem autêntica, passara a ser algo com vida própria. Eu apenas tinha falado com uma mulher no jardim, uns quantos minutos, dizendo-lhe que voltaria no dia seguinte. No entanto, para muitos que não me conheciam nem do elétrico, eu estava a um passo da beatificação.

Há um risco em fazer das nossas vidas uma espécie de feed contínuo e estilizadamente editado. Porque nessa projeção construímos um reality show de nós mesmos e, confiantes de que somos pessoas informadas, cuja opinião é indispensável e que temos de estar sempre presentes, criamos a ilusão de uma relevância e de um envolvimento com o mundo e com os outros que realmente não temos.

Também eu sou, tenho de admitir, parte fraca da realidade que crítico: fiz a foto, escrevi o post no Facebook, partilhei um momento da minha vida que poderia ser perfeitamente só meu. Mas, mesmo sendo parte fraca, incomoda-me a ideia de ser condicionado e controlado por algo exterior a mim. A tecnologia existe para nos servir e não o contrário. Os smartphones não deveriam criar tantos stupid users. Além disso, expus-me e, mais grave, expus uma pessoa sem autorização (a sua cara, a sua história). Não me agradou receber pedidos de entrevistas e ofertas de dinheiro para a dona Otília, em ser subitamente o porta-voz oficial dos próximos capítulos da novela online. Mas as mensagens continuavam a chegar, e todos queriam saber o que aconteceria depois.

E se, no dia seguinte, ela não aparecesse para o nosso encontro? Não seria eu uma fraude ainda maior?

Terceiro ato: a vida como ela é

Desci a rua em direção ao jardim antes da hora combinada, tentando perceber se alguma das silhuetas era a dona Otília. Passara parte da manhã a fazer telefonemas, conversara com uma funcionária da Santa Casa, convocara amigos para contribuírem para uma conta na farmácia e outra no café que serve refeições. Tentava combater com pragmatismo a suspeita de ser tão artificial como uma pastilha do gelado Epá. E, para meu alívio, lá estava ela, noutro banco de jardim, comendo novamente de uma caixa de plástico, pronta a oferecer fios de esparguete à minha cadela.

No dia seguinte, a dona Otília, que tem um problema de equilíbrio e usa uma bengala, caiu e fomos ao hospital. Como não tenho carro, falei com a Sónia Buisel, da associação Bora Lá, que ajuda sem-abrigo, e que nos levou ao São José. Além de uns hematomas e uma dor no pulso, estava tudo bem. Almocei com a dona Otília no domingo de Páscoa e em outras ocasiões. Contou-me dos seus tempos na Mouraria, quando trabalhava na Sociedade Guilherme Cossoul e se dava com os artistas da época, como o Raúl Solnado ou o Fernando Tordo. Mostrou-me fotos a preto-e-branco de quando era nova, outras, a cores, das viagens a Israel, onde gostou de tudo menos de ver os camelos ao sol, “que tinham de carregar turistas o dia inteiro”. Viajou com uma igreja evangélica, que fazia pacotes turísticos baratos, e perguntei-lhe se era religiosa. Suspendendo os talheres sobre o prato, respondeu: “Quando tinha dezasseis anos fui confessar-me ao padre da aldeia, que me perguntou se eu tinha namorado e se já fazia ‘coisas’. Queria que eu fosse com ele à sacristia para me explicar essas ‘coisas’. Nunca mais quis saber de padres”.

“Pode-se tirar aquilo da Internet?”, disse-me ela, depois de uma amiga lhe ter mostrado o post no Facebook. Como é que eu lhe explicaria que, com dezenas de milhares de partilhas, ela ficaria no ciberespaço para sempre?

Falei muitas vezes com ela ao telefone e encontrámo-nos no jardim com frequência. Esse contacto e descoberta foram colmatando a falha gigante que se criara entre a realidade e o mundo viral. Aquilo que eu sentia era outra vez resultado de estar com uma pessoa frente a frente, ouvindo as modulações na sua voz, abraçando-a na despedida. Tristeza, compaixão, esperança, desalento, cansaço, riso, enfim, ir reiterando a certeza de que a vida não se experimenta nem se resolve com a mesma rapidez e facilidade com que se partilha um post nas redes sociais.

Mas não havia maneira de arranjarmos um quarto, a mulher da Santa Casa, que me ligara durante o furor da história na Internet, deixou de atender e responder a mensagens, o dono do apartamento onde estava a dona Otília revelava-se cada vez mais intolerante, gritava com ela, não a deixava cozinhar ou ter comida no frigorífico, tinha estipulado um só duche por semana. Houve momentos em que ela se mostrou desesperada, que chorou, que fez birras ou se irritou comigo porque não lhe atendi o telefone. Perdeu peso, dormia mal, os calmantes não faziam efeito. Mais do que tudo sentia-se sem ninguém, uma solidão denunciada nos telefonemas a meio do dia para saber como eu estava. Nem sempre havia um botão de like. Nem tudo se alinhava com um emoji sorridente. Houve vezes em que eu não podia atender, ou não me apetecia. Senti a preguiça e o desconforto de ter uma pessoa a entrar na minha vida, mais uma demanda, uma coisa a tratar. Houve vezes que não sabia o lhe que dizer, não tinha uma solução, não me senti à altura.

“Pode-se tirar aquilo da Internet?”, disse-me ela, depois de uma amiga lhe ter mostrado o post no Facebook.

Como é que eu lhe explicaria que, com dezenas de milhares de partilhas, ela ficaria no ciberespaço para sempre?

“Mas quer que eu tire?”

“Não, quero que fique, porque me andam a ligar lá de cima (da parte da filha) a ameaçar-me, querem que tire aquilo, mas eu quero que fique”.

Por várias vezes dei-me conta de que, apesar da resiliência, ela tinha vergonha de receber ajuda, tal como percebi que quem precisa de uma mão não deixa de ter direito às suas vontades. A dona Otília não quis ir para um lar porque perdia a liberdade de entrar e sair quando lhe apetecesse. Não foi para uma casa no Ribatejo, com direito a empregada e muitos cães – cortesia de uma senhora abastada e residente em Paris –, porque há décadas que Lisboa é a sua morada e gosta de passear pela cidade. Por causa dessas escolhas teve de continuar a viver num esconso sem porta, no apartamento de um casal que gritava. Há, nessa necessidade de manter vontades e princípios, mesmo em momentos em que dependemos de outros, uma dignidade essencial para a preservação daquilo que não se pode destruir em nós. E isso só me fez admirá-la.

A dona Otília ia tentando arranjar um quarto, passava as manhãs e as tardes na rua, teve consultas médicas e experimentou feijoada brasileira pela primeira vez – confessou-se desiludida, disse gostar mais da transmontana. Tendo sido viral, a dona Otília não faz a mínima ideia do que é ser viral.

Os fenómenos virais são breves e intensos, um desajustamento temporal, uma histeria, uma sobredose de boas intenções ou de ódio, a emoção reativa, uma espécie de praga de gafanhotos sempre em movimento, a “Psicologia das multidões”, de Gustave Le Bon, versão 4G, em que a multidão nunca está junta, só precisa de um interface pessoal. Mas por mais assombrosas que sejam milhares de partilhas de um post, suspeito que nunca poderão substituir o que senti na primeira conversa que tive com a dona Otília.

Um dos significados da palavra virtual? “Aquilo que não existe”.

Tal como surgiu, o interesse pela dona Otília também desapareceu depressa, não sem que várias pessoas (algumas através das redes sociais) a tenham ajudado. Uma funcionária da Santa Casa procurou um quarto. Um piloto da TAP pagou os medicamentos, uma escritora e uma blogger a conta do café.

Em todos este tempo – quase dois meses – um ministro demitiu-se por ameaçar bofetadas a cronistas no Facebook. Vi amigos brasileiros bloquearem outros durante a polémica do impeachment presidencial. No funeral do Nicolau Breyner havia quem fizesse selfies e as colocasse nas redes sociais. E, entretanto, alheia a tudo isso, a dona Otília ia tentando arranjar um quarto, passava as manhãs e as tardes na rua, teve consultas médicas e experimentou feijoada brasileira pela primeira vez – confessou-se desiludida, disse gostar mais da transmontana. Tendo sido viral, a dona Otília não faz a mínima ideia do que é ser viral.

Durante anos, seguramente armado em esperto, citei Tom Wolfe com o propósito de exaltar a mística em redor dos escritores: “A realidade é um bom sítio para visitar, mas eu não moraria lá”. Hoje, no entanto, entendo que se a ficção é um refúgio onde vamos para fazer sentido das coisas, é na realidade que as vivemos. Não há volta a dar. Ter milhões de seguidores no Twitter pode ser uma carreira ou até uma façanha. Mas sei que não quero ser viral.

Esta manhã ligou-me a dona Otília. Eu não tinha respondido ainda à sua chamada do dia anterior. Comecei a desculpar-me. Ela interrompeu-me.

“Era só para dizer que já estou no novo quarto, foi a doutora da Santa Casa que me arranjou. Só posso ficar vinte dias, mas gostava muito que viesse cá vê-lo, dar-me a sua opinião”.

Não sou ingénuo para decretar um final feliz. A vida só permite interlúdios. Mas esta, ao menos, é a vida real, insuficiente e plena. A vida como ela é.

Hugo Gonçalves é escritor.

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