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JOÃO PORFÍRIO/OBSERVADOR

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Rangel com momento "Torres Vedras" dançou o vira sem precisar de "pingaça"

Paulo Rangel dançou o vira no Minho ao terceiro convite para a roda. De manhã disse que António Costa tem uma obsessão com ele e disse que não lhe respondia, respondendo.

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Artigo em atualização ao longo do dia

A roda da concertina estava animada quando Rangel chegou a Arcos de Valdevez para a terceira arruada do dia. Convidaram o candidato a dançar uma vez e ele declinou, tentaram uma segunda vez e já cedeu mais um pouco: “Já se vê, já se vê”. E justificava, com ironia, numa alusão à dança de Pedro Marques no Carnaval de Torres: “Não sou grande dançarino, não tenho os dotes de dançarino que o meu adversário demonstrou ter em Torres Vedras“. A seguir saltou meio envergonhado e um homem sugeriu: “Falta uma pingaça de maduro para o doutor animar.” Não foi preciso. À terceira foi de vez e Rangel dançou o vira na roda da concertina: a prova que faltava de que há um novo Rangel na rua.

Rangel não pode dizer que dança melhor que Pedro Marques. Mas é com Costa que Rangel tem debatido. Na arruada anterior, em Ponte de Lima, o grupo de “jotas” que acompanham a comitiva tinha estreado um cântico novo em homenagem ao ataque que o candidato fez ao primeiro-ministro no sábado, quando lembrou que Costa foi ao programa de Cristina Ferreira com a família cozinhar cataplana. A música claro, era uma adaptação do Mestre da Culinária de Quim Barreiros: “Ele é o mestre de culinária/E cozinha para a Cristina/Cativando na Ferrovia/Levando o país à ruína”.

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Nessa arruada, Paulo Rangel foi abordado por uma jovem que vai votar pela primeira vez no próximo domingo e fez questão de lhe dizer: “É a primeira vez que voto e vou votar em si”. Mais à frente, um adepto do Benfica com uma t-shirt do clube vestida, pediu para tirar uma selfie com o candidato. Há cinco anos, na campanha das Europeias, Rangel criticava Seguro e Assis por andarem de “selfie” em “selfie”, já que Seguro e Costa tinham tirado uma selfie com Martin Schulz e depois num outdoor onde foram acrescentadas pessoas em fotomontagem. Questionado pelos jornalistas se agora já era adepto de selfies, Rangel disse que já tira “há muito tempo” e “nos últimos dias muitas vezes”. Até com benfiquistas? “Sim, com toda a gente. Aqui respeitamos toda a gente”.

Nas duas arruadas da tarde, Rangel não fez declarações aos jornalistas, apenas pequenos apartes às situações. Esses ficaram para a manhã (em mais um ataque a Costa) e para a noite (num grande evento com Rio, na Quinta da Malafaia, em Esposende).

No coração de Rangel cabem todos menos o “obcecado” Costa

Paulo Rangel andou este domingo pelas ruas de Valença e não se retraiu, nem quando se cruzou com turistas. Deu uso ao seu lado poliglota e fez apelos ao voto em espanhol e francês, mantendo o registo dos últimos dias, mais afetuoso. Depois subiu até ao Santuário de Santa Luzia onde cerca de 200 pessoas mobilizadas pela estrutura local, formaram um coração gigante, símbolo do Partido Popular Europeu, com chapéus azuis e amarelos. O candidato do PSD, também com o seu chapéu azul na cabeça, bateu palmas em ritmo do vira, cantou e até saltou, embora longe de uma elevação olímpica. No coração de Rangel cabem todos, menos o primeiro-ministro que o candidato acusa de estar “obcecado” por si e de ter uma linguagem de “blá,blá, blá“.

O candidato do PSD disse que não quer continuar o arrufo do desamor político com respostas “taco a taco”, mas foi isso que fez. Logo pela manhã em Valença, respondeu ao facto de António Costa ter dito que Rangel pediu à Comissão Europeia para pôr Portugal em ordem na questão das sanções. “Vejo que António Costa está muito nervoso e está obcecado não só com o PSD, mas também com o cabeça de lista do PSD“, disse Paulo Rangel.

O candidato diz que tem “o maior gosto em debater com o primeiro-ministro, mas tem que ser com base em pressupostos verdadeiros, não com pressupostos falsos”. Rangel tinha sido corrosivo com o primeiro-ministro pouco tempo antes dos jogos do título e a frase passou meio despercebida, mas o candidato lembrou a ida de António Costa ao programa da Cristina para cozinhar cataplana como resposta às acusações de fazer uma “política-espetáculo.”

JOÃO PORFÍRIO/OBSERVADOR

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Embora seja duro com o primeiro-ministro, é nas palavras de Costa que Rangel encontra um “tom pouco sereno, muito personalizado, na linha justamente do ataque pessoal”. “A nós só nos vê a atacar as políticas do PS, não as pessoas do PS”, diz o candidato, que garante estar a fazer “uma campanha pela positiva, com elevação, com serenidade”. E dá exemplos: as propostas “na luta contra o cancro, por uma estratégia na demografia, a favor de uma força Europeia de Proteção civil ou contra os cortes nos fundos“.

Rangel diz que o PSD não precisa “de vir com coisas infantis de linguagem blá, blá, blá. O manifesto do PS é a coisa mais utópica e romântica, que promete tudo a todos, todos os direitos sociais a todos como se isso fosse possível em termos europeus.”

Já a governação do PS “é uma miragem”, que faz com que “haja insegurança quanto a um bom resultado nas Europeias e faz com que haja ataques todos os dias”. E faz uma queixa:

JOÃO PORFÍRIO/OBSERVADOR

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O coração de Rangel está assim guardado para outras figuras: Rui Rio, este domingo à noite na Quinta da Malafaia, em Esposende e Pedro Passos Coelho ao almoço na segunda-feira. Sobre o porquê de não juntar os dois, Rangel diz que é tudo “uma questão de organização logística” e que tem “o maior gosto em ter os rostos importantes do PSD” na campanha, pois é a prova de que o partido “está altamente envolvido”.

Quanto ao coração do PPE e de Viana — que foi desenhado na escadaria de Santa Luzia –, os dois drones que ali estavam hão-de confirmar se estava perfeito. Visto do chão, pareciam existir algumas anomalias cardíacas.

Rangel esteve a bater palmas de forma animada e a seguir pegou no megafone: destacou que este era um “coração” que é um “símbolo dos afetos, mas também o símbolo do PPE“. Foi aí que Carlos Morais Vieira, presidente da distrital de Viana do Castelo, disse ao ouvido de Paulo Rangel: “É o coração de Viana“. E o candidato retificou e destacou o bom que era ter aquela “coreografia em Viana com o coração que é também um símbolo de Viana. É caso para dizer que Viana está no coração da Europa”.

JOÃO PORFÍRIO/OBSERVADOR

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Depois Rangel convidou os presentes “para um lanche, dizendo que é “aquilo que se chamaria um brunch na União Europeia”, para logo dizer que preferia os termos portugueses. “Um pic-nic à portuguesa e à vianense, é assim que nós dizemos”. Na ação participou um dos deputados mais críticos de Rui Rio e eleito pelo distrito de Viana do Castelo, Carlos Abreu Amorim. O próprio distrito não é dos mais alinhados com Rio, sendo mais uma estrutura liderada por um dos rebeldes de janeiro (do Conselho Nacional Extraordinário) a mobilizar a favor de Rangel.

Rangel cantou com mais força do que até agora se lhe tinha ouvido o cântico: “Já só faltam sete dias para a vitória/Para vitória/Para vitóriaaaaa”.

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