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WANG ZHAO/AFP/Getty Images

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O Irão quer ser a Coreia do Norte — mas muito para além das fotos e dos apertos de mãos

O ataque a duas refinarias sauditas atrapalhou um eventual entendimento com os EUA, que estavam disponíveis para ceder. O que é que o Irão quer? Ser uma espécie de Coreia do Norte — mas a sério.

Tudo fazia sentido, como 1+1 ser igual a 2.

Depois de um pico de tensão de vários meses, em que o Irão procurou demonstrar a sua força de várias formas, Donald Trump parecia estar disposto a mudar de ideias. Depois da reunião do G7, no final de agosto, o secretário de Estado dos EUA, Mike Pompeo, sublinhava que os EUA estavam disponíveis para uma conversa sem limites com o Irão: “O Presidente deixou bem claro que está preparado para se reunir sem pré-condições”.

Nos corredores da Casa Branca, houve um homem especialmente desagradado com esta mudança de rumo: John Bolton, conselheiro de Segurança Nacional, célebre “falcão neoconservador” e um dos arquitetos da guerra no Iraque de 2003. O desagrado foi tal que acabou por sair — com o próprio a dizer que se demitiu e com Donald Trump a dizer que foi despedido.

Naquele 10 de setembro, tudo fazia sentido: depois de várias provas de força do Irão, Donald Trump ficou sem John Bolton e disponibilizou-se para falar com Teerão sem limitações — algo que, até certo ponto, vai ao encontro daquilo que o regime dos aiatolas quer. Apesar de manter o seu tom cético, até o ministro dos Negócios Estrangeiros do Irão, Javad Zarif, chegou a dizer que, com a saída de John Bolton, “o mundo (…) suspirou de alívio”.

“É fácil acusar alguém sem apresentar quaisquer provas. Essas acusações têm qualquer valor."
Ministro da Defesa do Irão, Amir Hatami

Um alívio que ganharia ainda mais corpo quando começaram a circular rumores de que Donald Trump e o Presidente do Irão, Hassan Rouhani, estavam preparados para um encontro bilateral à margem da reunião geral da 74ª Assembleia Geral das Nações Unidas, marcada para esta terça-feira, 24 de setembro.

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Tudo isto fazia sentido, mas rapidamente deixou de fazer quando, na madrugada de 14 de setembro, duas importantes instalações petrolíferas da Arábia Saudita — maior rival geopolítico do Irão e importante aliado dos EUA na Médio Oriente — foram atingidas com precisão, num ataque feito por drones. O atentado foi reivindicado pelos houthis (rebeldes do Iémen apoiados pelo Irão e que combatem a Arábia Saudita), mas não tardou nada até a Riade e Washington D.C. apontarem o dedo a Teerão.

Donald Trump disse que despediu John Bolton, o seu conselheiro para a Segurança Nacional, por discordar da sua abordagem, particularmente dura para o Irão e Venezuela (Chip Somodevilla/Getty Images)

Chip Somodevilla/Getty Images)

O Irão negou qualquer ligação. “É fácil acusar alguém sem apresentar quaisquer provas. Essas acusações têm qualquer valor”, disse o ministro da Defesa do Irão, Amir Hatami, insistindo que os houthis “disseram claramente que foram eles que lançaram os ataques”. A explicação, porém, convence poucos — ou mesmo ninguém — em Washington D.C.: enquanto a equipa de peritos das Nações Unidas procura traçar os contornos do ataque, são já vários os analistas independentes norte-americanos que apontam para o Irão, sublinhando que os houthis não têm meios nem capacidade para desenvolver, por si só, um ataque com aquele alcance e tamanha precisão. Além disso, mesmo que o ataque tenha partido dos houthis, o Irão já admitiu publicamente que os apoia.

O discurso dos EUA passou a ser ambíguo — uma no cravo, outra na ferradura. Ainda esta terça-feira, no discurso perante a Assembleia Geral da Nações Unidas, Trump garantia, numa referência à China e ao Irão, que “os amigos dos EUA já foram os seu inimigos” — mas apenas depois de lembrar que os norte-americanos têm o exército mais poderoso do mundo. “Os EUA gastaram mais de 3,5 bilhões de dólares desde que eu fui eleito, de maneira a reconstruir o nosso grande exército. Somos, de longe, o país mais poderoso do mundo. Esperemos que nunca tenhamos de usar esse poder”, alertou.

Mais que isso, Trump jogou em dois tabuleiros: criticou o regime “repressivo” de Teerão, acusando-o de ser “o maior patrocinador de terrorismo em todo o mundo” e de ser o autor do ataque às refinarias; prometeu que, “enquanto o comportamento ameaçador do Irão continuar, as sanções não serão levantadas”, mas sim “apertadas”; mas convidou Rouhani a sentar-se à mesa para negociar. “A América está pronta para criar amizades com todos os que genuinamente queiram paz e respeito”, concluiu

Com a China e com o Irão, Trump dá uma no cravo e outra na ferradura: “Os amigos dos EUA já foram os seus maiores inimigos”

Nesta montanha russa, o “suspiro de alívio” do Irão pode ter-se transformado rapidamente numa situação que pode isolar ainda mais a república islâmica e expo-la a mais ameaças financeiras ou até novas. Dito de outra forma, em menos de uma semana, o Irão passou de estar mais perto de uma solução pacífica a estar muito próximo de um novo pico de tensões — e são muitos os fatores que apontam para que esta mudança tenha sido o resultado da sua própria ação, direta ou indireta.

“O Irão não quer uma guerra. Não há qualquer apetite por uma guerra no Irão, seja nos meios políticos ou nos meios sociais. A diplomacia é a única alternativa e por isso o compromisso é com a diplomacia. Todas as estradas na estratégia iraniana levam a negociações com EUA. Neste momento, o que está em causa é escolher o caminho até lá.”
Esfandyar Batmanghelidj, fundador do think-tank Bourse & Bazaar

Faz sentido? A resposta não é óbvia — o que indicia que essa também pode não ser a melhor pergunta a fazer. Em vez disso, talvez seja melhor perguntar: afinal, o que quer o Irão?

“O Irão não quer uma guerra. Não há qualquer apetite por uma guerra no Irão, seja nos meios políticos ou nos meios sociais. A diplomacia é a única alternativa e, por isso, o compromisso é com a diplomacia”, garante ao Observador Esfandyar Batmanghelidj, fundador do think-tank Bourse & Bazaar, que se debruça sobre a economia iraniana. “Todas as estradas na estratégia iraniana levam a negociações com EUA. Neste momento, o que está em causa é escolher o caminho até lá.”

Estará Rouhani a ler do manual de Kim Jong-un?

Não há muito tempo, era de crer que uma catástrofe nuclear podia estar por um fio. Ao longo de 2017, a Coreia do Norte acordava grande parte do Ocidente com notícias de que tinha feito mais um teste com mísseis, alguns deles nucleares. Ao todo, isto aconteceu 17 vezes só naquele ano — chegando a haver mísseis a sobrevoar o território japonês e causando um ambiente de pânico tal que, por engano, os cidadãos do Havai chegaram a receber um alerta no telemóvel gerou pânico. “AMEAÇA DE MÍSSIL BALÍSTICO EM ROTA PARA O HAVAI. PROCUREM ABRIGO DE IMEDIATO. ISTO NÃO É UM SIMULACRO”, lia-se nessa mensagem, que só 38 minutos depois de chegar aos telemóveis dos cidadãos comuns foram desmentidas.

Depois de tudo isto, o regime norte-coreano, mais propriamente o seu líder, Kim Jong-un, teve aquilo que procurava: uma cimeira em Singapura, com pompa e circunstância, com Donald Trump, em que ambos se deixaram fotografar em longos apertos de mão. Ali, cada líder conseguiu, mesmo que de forma vaga e volátil, colocar um travão nas ameaças de parte a parte. E mesmo quando a Coreia do Norte voltou a fazer testes (já depois de uma segunda cimeira, em Hanói, ter terminado sem qualquer acordo assinado entre os dois líderes), a resposta de Donald Trump ficou muito aquém da rispidez de outrora.

Tal como a Coreia do Norte, o Irão pode estar a querer assustar os EUA antes de uma ida à mesa de negociações — mas Teerão não ficará contente só com um aperto de mão (KEVIN LIM / THE STRAITS TIMES

KEVIN LIM / THE STRAITS TIMES / SPH/EPA

Em Teerão, este processo foi seguido com grande atenção — e, à sua escala, o regime iraniano tem procurado dar provas da sua capacidade desestabilizadora, não só da região do Médio Oriente como do comércio mundial, sobretudo o petrolífero.

“Depois de os EUA de Donald Trump terem rasgado o acordo nuclear com o Irão, a liderança iraniana continuou a cumpri-lo, na esperança de que os europeus ajudassem a mantê-lo. Porém, depois de um ano disso, a liderança iraniana entendeu que o melhor a fazer era abandonar a sua política de ‘paciência estratégica’ e começar a responder com medidas simétricas”, diz ao Observador Adlan Margoev, investigador para assuntos iranianos e nucleares do Instituto Estatal de Moscovo para as Relações Internacionais.

“É possível que Teerão olhe para Trump como uma espécie de tigre do Twitter e considere que uma pequena resposta militar dos EUA pode ser uma circunstância gerível e que serviria para aumentar os esforços liderados por França para uma saída diplomática."
Vaez, diretor para estudos iranianos do think-tank Center for Strategic and International Studies

Também Ali Vaez, diretor para estudos iranianos do think-tank norte-americano Center for Strategic and International Studies, vê nas recentes ações iranianas uma maneira de chamar a atenção e até de provocar os EUA. “É possível que Teerão olhe para Trump como uma espécie de tigre do Twitter e considere que uma pequena resposta militar dos EUA pode ser uma circunstância gerível e que serviria para aumentar os esforços liderados por França para uma saída diplomática”, diz, numa entrevista por e-mail, ao Observador.

Tal como a Coreia do Norte de 2017, também o Irão de 2019 já demonstrou que tem força e capacidades para afetar os EUA e os seus aliados, para lá de um mero belisco. No entanto, o que Kim Jong-un fez com isso parece estar longe de ser aquilo que Teerão quer neste momento.

As entrelinhas do aiatola Khamenei

A 17 de setembro, três dias depois do ataque às refinarias sauditas e numa altura em que já vários dedos eram apontados ao Irão, o Líder Supremo, o aiatola Ali Khamenei, fez um discurso no qual mais parecia estar a parafrasear a ideologia de base da Coreia do Norte, “Juche” (autossuficiência, em coreano).

“Não nos podemos inclinar para o estrangeiro, nem devemos depositar esperanças em governos estrangeiros, não devemos contar com as relações com os outros”, disse, num discurso transmitido na televisão, e feito na abertura anual do Hawza, um seminário para clérigos xiitas. “Claro que não quero dizer que devemos cortar relações com o os outros governos de todo o mundo. Somos a favor de relações e conversações. Porém, os assuntos de um país não podem depender das suas relações externas. Beneficiem tanto quanto puderem daquilo que o mundo tem para oferecer, mas a cura está dentro do país e os problemas têm de ser resolvidos pelo povo.”

Nas entrelinhas, o aiatola Khamenei admitiu novas negociações com os EUA — mas em condições difíceis de aceitar para Donald Trump (Kaveh Kazemi/Getty Images)

Kaveh Kazemi/Getty Images

Além disto, não faltaram ao discurso de Khamenei as habituais tiradas anti-americanas. “Graças a Deus, a República Islâmica vai derrotá-los e vai regressar vitoriosa dos campos de batalha a cada vez”, disse. E referindo que negociar com os EUA seria “aceitar os termos que eles querem impingir” ao Irão e também “uma prova de sucesso da política de pressões máxima dos EUA”, o aiatola Khamenei sublinhou que era por essas razões que tanto a liderança como a presidência iranianas anunciaram “de forma unânime” que não vão participar em “conversações, sejam elas bilaterais ou multilaterais, com os EUA”.

Quem ouvisse o discurso até àquele ponto poderia achar que estava ali um homem prestes a levar o seu país ao confronto máximo. Porém, mais à frente, Khamenei deixava o que é a sua chave para aliviar a tensão na região e com os EUA: caso a administração dos EUA “recue e se arrependa e implemente o acordo nuclear do qual se retiraram”, o regime de Teerão estaria disposto a ouvir Washington D.C., como convidado à mesa de negociações entre o Irão e os países que ainda fazem parte do acordo nuclear.

"É evidente que o Irão tem sempre de ter uma mensagem aguerrida, isso faz parte. Mas essa mensagem aguerrida pode coexistir com uma postura que nunca afasta por completo um cenário diplomático."
Adlan Margoev, investigador do Instituto Estatal de Moscovo para as Relações Internacionais.

“Quando o Supremo Líder diz que ele é contra negociações neste momento, há muita gente que ouve aquelas palavras e pensa que ele é ideologicamente contra uma negociação com os EUA. O problema com essa linha de pensamento é que os EUA e o Irão já estiveram na mesa de negociações, portanto essas linhas vermelhas já não existem”, sublinha Esfandyar Batmanghelidj.

Também Adlan Margoev refere que, mais do que o tom de Ali Khamenei, vale a pena ouvir desapaixonadamente o conteúdo do seu discurso. “É evidente que o Irão tem sempre de ter uma mensagem aguerrida, isso faz parte. Mas essa mensagem aguerrida pode coexistir com uma postura que nunca afasta por completo um cenário diplomático”, refere aquele investigador russo.

Naquele discurso e nas suas entrelinhas, o Supremo Líder do Irão deixava, então, subentendido que o Irão está disposto a sentar-se à mesa e negociar com os EUA. Porém, ao contrário da Coreia do Norte de 2017, o Irão de 2019 quer tirar mais disso do que promessas vagas, um aperto de mão e uma série de fotografias icónicas. É aí que o regime iraniano difere, e muito, de Kim Jong-un.

Só um aperto de mão e uma fotografia não vão chegar para sair desta encruzilhada

Ao contrário do que passava com a Coreia do Norte de 2017, o Irão de 2019 já esteve a uma mesa de negociações com os EUA, da qual resultou, em 2015, a assinatura do acordo nuclear para o Irão, ao qual se vincularam também a China, Rússia, Reino Unido, Alemanha, França e a União Europeia como um todo. Esse acordo, porém, passou a ser letra morta quando Donald Trump anunciou a rescisão unilateral por parte dos EUA, em maio de 2018.

A partir de então, a postura de Teerão passou a ser de desconfiança máxima — e o que se viu nas duas cimeiras entre os EUA e a Coreia do Norte apenas serviu para reforçar esse sentimento.

“Nas ocasiões em que Trump demonstrou disponibilidade para negociar, os iranianos notaram que ele tem dado provas de que não é capaz de cumprir aquilo a que se propõe”, escreveu para a revista Foreign Affairs o analista Trita Parsi. “Teerão estudou com atenção as interações de Donald Trump com os norte-coreanos e chegou à conclusão de que o Presidente dos EUA não tem capacidade e concentração para levar a sua equipa a implementar as suas promessas.”

Esfandyar Batmanghelidj partilha essa ideia: “O Irão não está à procura apenas de um aperto de mão para a fotografia. O que eles querem é um regresso ao acordo que já tinha sido assinado antes, em 2015”.

(JEWEL SAMAD/AFP/Getty Images)

JEWEL SAMAD/AFP/Getty Images)

Regressar ao acordo forjado em 2015 é, neste momento, uma espécie de missão impossível na política norte-americana. Mesmo à altura, o então Presidente Barack Obama apenas conseguiu validar o acordo nos EUA ao aprová-lo como um “acordo executivo” e não como um tratado, manobra que chegou para fintar uma votação no Congresso — onde ele decerto chumbaria, com os votos contra da maioria republicana e também de alguns democratas.

Em 2019, já na era de Donald Trump, a mensagem é dispersa, mas, ainda assim, clara num aspeto: o acordo de 2015 está longe de ser ideal. Algumas das exigências anteriormente expostas pela administração norte-americana incluem a implementação de fortes limitações ao programa de mísseis balísticos do Irão e também a retirada de apoio a grupos como o Hezbollah (Líbano), o Hamas (Palestina) e os houthis (Iémen).

Cada um à sua maneira, Hassan Rouhani e Donald Trump estão numa encruzilhada.

O Presidente iraniano investiu muito do seu capital político a vender a ideia de um acordo nuclear com vários países ocidentais e não só, incluindo os EUA, usando como aliciante as promessas de retorno económico para um Irão menos isolado e aberto a empresas estrangeiras. Com o colapso do acordo e a imposição de sanções à economia iraniana, sobretudo às vendas de petróleo, o resultado foi o oposto: o Irão está à beira de uma recessão, com as previsões a apontarem uma contração da economia de 6 a 7% só neste ano. Um novo acordo poderia ajudar a começar a reverter tudo isto, mas tudo o que representar um passo atrás em relação ao acordo de 2015 pode ser encarado com uma derrota. Em alternativa, Hassan Rouhani pode esperar que as eleições presidenciais norte-americanas de novembro de 2020 elejam um Presidente mais aberto ao diálogo com Teerão — mas aguentará até lá o povo iraniano a “pressão máxima” das sanções?

“Teerão estudou com atenção as interações de Donald Trump com os norte-coreanos e chegou à conclusão de que o Presidente dos EUA não tem capacidade e concentração para levar a sua equipa a implementar as suas promessas.”
Trita Parsi

Já o Presidente norte-americano, a pouco mais de um ano das eleições presidenciais, corre em busca de um troféu no campo da política internacional. Perante o impasse com a Coreia do Norte, situação onde a calma se mantém apenas à superfície, Donald Trump lançou ainda os EUA numa guerra comercial com a China que faz tremer a economia mundial — e que pode afetar com gravidade a norte-americana. Um novo acordo com o Irão seria encarado, no plano doméstico, como um feito assinalável — mas apenas se conseguisse ir além daquilo que foi o acordo nuclear de 2015, do qual Donald Trump sempre foi um crítico declarado.

Esta é uma encruzilhada da qual dificilmente ambos podem sair vitoriosos. Se Hassan Rouhani conseguisse um acordo à sua maneira, Donald Trump seria atacado pelos seus aliados e ridicularizado pelos seus adversários, que sempre defenderam o acordo nuclear de 2015. Se Donald Trump levar a sua avante, Hassan Rouhani será visto como um capitulador perante o Presidente dos EUA — abrindo o caminho a que, nas eleições presidenciais de 2021, um candidato menos moderado e adepto da linha dura lhe roube o lugar.

Da parte de Hassan Rouhani, o caminho terá sempre de passar pela mesa de negociações, mais tarde ou mais cedo. “Isso é uma certeza para ele. A única preocupação que existe é o Irão chegar à mesa de negociações numa posição de fraqueza”, acrescenta.

O ataque às refinarias sauditas “pode ter sido um passo da parte de Teerão para chegar a uma posição de força”, diz Esfandyar Batmanghelidj. E, perante as dúvidas de aquele ataque ter ou não dedo do Irão, o analista refere que “isso é uma questão que, paradoxalmente, já não interessa muito”.

Porquê?

“Porque o que mais importa agora é o facto de o mundo inteiro estar, neste momento, a pensar que, seja lá como for, o Irão tem capacidade para fazer aquilo e muito mais.”

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