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Saiu da “bolha” depois de “quatro anos de grande cansaço” e isso, revela, deu-lhe “saúde mental”. Daí a resistência em comentar o que se vai passando na vida política nacional, seja no seu PSD, seja no Governo. Ainda assim, não resiste em denunciar a pulsão do Governo para o “foguetório” e a incapacidade de “encontrar soluções”. Nem tão pouco de criticar, ainda que indiretamente, a atual liderança social-democrata. “Se apostamos numa oposição de chamar o ministro A e B, mais uma comissão de inquérito a isto e àquilo, nunca mais saímos daqui. Só estamos a afundar o próprio sistema político”, diz.

Em entrevista ao Observador, na semana em que deu a sua última lição na Universidade Nova de Lisboa, David Justino, vice-presidente do PSD durante a era Rui Rio, ministro da Educação de Durão Barroso e antigo assessor de Aníbal Cavaco Silva na Presidência, reconhece que guarda “alguma frustração” pelo que não conseguiu fazer nos últimos quatro anos. “Muito daquilo que ambicionávamos não conseguimos concretizar”, assume.

Sobre a derrota nas eleições legislativas, há cerca de um ano, David Justino assume que o PS foi mais eficaz em controlar a narrativa e reconhece que o partido cometeu erros e que não foi capaz de recuperar a confiança dos mais velhos e dos mais pobres. Perante isso, faz a sua avaliação de Rui Rio. “Os bons líderes são os que ganham eleições. E, nesse sentido, ele não conseguiu ser um bom líder.”

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