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Por Dany, a Argentina merece ser campeã. Por tudo o resto, é improvável que isso venha a acontecer

Dany vendeu o carro e juntou dinheiro dois anos para vir ao Mundial como jornalista, sem acreditação nem acesso aos estádios. Uma história num mundo onde se sabe a equipa cá fora em treinos fechados.

Enviado especial do Observador à Rússia (em Bronnitsky, Moscovo)

Parados, de pé, ao sol, 15 minutos. A fila de jornalistas para entrar no treino da Argentina era enorme mas, mais do que parecer não ter fim, continuava quase parada no início. Um olho para aqui, um olho para ali e aparentemente não há por ali sinal de mais uma alminha portuguesa, que mais não fosse para meter a conversa em dia para uma espera que parecia longa (e infelizmente até superou esse prognóstico). À nossa frente está um repórter da Cadena Ser que está ali pela terceira vez desde que arrancou este Mundial na Rússia. E está Daniel Dalessio, ou Dany, que por cada vez que fala mais consegue prender a nossa atenção. Por casos como o dele, e por tudo aquilo que o imaginário futebolístico deste país nos preenche, a Argentina merecia voltar a ser campeã mundial. Depois, tropeçamos na realidade e o que encontramos são razões para que isso não aconteça a breve prazo.

Na véspera, o treino do conjunto de Sampaoli, o excêntrico treinador de 56 anos com o coração ao pé da boca que dá nas vistas pelos braços todos tatuados e pela postura como se fosse quase um jogador (e que se destacou com um fantástico trabalho no Chile, antes de passar pelo Sevilha e chegar à Argentina), estava marcado para as 8h da manhã, com os últimos 15 minutos abertos à comunicação social e um jogador a falar no final. Entretanto, durante a noite, passou para o final da tarde (18 horas) com os mesmos 15 minutos reservados à imprensa e dois atletas em conferência. Pelo meio, num apontamento que também só soubemos quando chegámos ao local da sessão, ainda chegou a estar agendado para as 11h. Tudo em menos de 12 horas. Como aqui referimos no texto sobre a invasão dos mexicanos (e dos sombreros) na Praça Vermelha, e por experiência própria, nunca é bom sinal numa grande competição quando se tem este tipo de confusões. Mas esta era apenas a ponta de um icerberg como aquele contra Messi e companhia chocaram na primeira jornada do grupo D, frente à Islândia (1-1).

Numa preparação rápida para a viagem, há um nome incontornável associado a tudo isto: Diego Armando Maradona. Ele, Diós. Aquele 10 que, com muitos quilos a mais, consegue captar mais atenção com uma entrevista pequena de cinco minutos do que Messi, o legítimo herdeiro de número, braçadeira e posição, em dez entrevistas grandes de 50 minutos. Mas El Pibe também faz por isso: a imagem do campeão mundial em 1986 a fumar um charuto no jogo do conjunto das Pampas tornou-se viral, mas há um vídeo hilariante a circular do agora técnico do Al-Fujairah num avião que em nada fica atrás, onde consegue beber um shot de vodka apoiando o pequeno copo no braço sem apoio até virar o seu conteúdo para dentro (e ser muito aplaudido por isso).

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Nesse encontro entre Argentina e Islândia estiveram em Moscovo gigantes da história do futebol mundial como Iker Casillas, Drogba, Matthäus, David Trezeguet ou Javier Zanetti, mas com Diego tudo resto passa para um plano secundário. Ainda mais depois do que disse após o encontro ao seu programa televisivo “Da mão do Dez”: “Acho que a jogar desta forma Sampaoli não vai sequer puder regressar à Argentina e é uma pena. Preparou muito mal a equipa. Por exemplo, sabendo que os islandeses tinham todos 1,90m, marcámos todos os cantos por alto e não houve um único canto curto”, criticou, antes de ilibar Leo Messi pela grande penalidade falhada, dizendo que também ele tinha falhado em alguns momentos chave mas conseguiu dar a volta.

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Como a diferença de qualidade técnica é tão grande e visível, essa parte da preparação acabou por ser o ponto fundamental da partida. Com muito demérito da Argentina, com tanto ou mais mérito da Islândia. Exemplo? Uma frase de Heimir Hallgrímsson, um dentista de profissão que é treinador, no final do jogo: “Quando a falta foi marcada, não sabíamos que o nosso guarda-redes ia defender, mas tínhamos a certeza de que estava na nossa posse toda a informação para isso”. E toda a informação vem das ilhas Vestman, onde o selecionador, um apaixonado estudioso pelo jogo, esteve reunido com Gudmundur Hreidarsson, técnico dos guarda-redes, para estudar todos os especialistas em bolas paradas de Argentina, Croácia e Nigéria. “O mérito é do Halldorsson por travar o remate, mas o nosso técnico esteve horas e horas a ver todas as possibilidades para passar depois a informação”, acrescentou Hallgrímsson. E na Argentina, também terá sido assim? Nada como ir ver e explorar.

Depois de uma paragem no Luzhniki para dar uma espreitadela na primeira parte do Suécia-Coreia do Sul (a missão de ir vendo as outras equipas é das mais complicadas quando se anda sempre de um lado para o outro), começamos por volta das 16 horas uma jornada de sete horas e meia até à casa de partida. Um bocadinho de metro, um bocadinho de comboio e chegamos à última estação da linha 7 (Tagansko-Krasnopresnenskaya), Kotelniki. Dali existe depois acesso por outros meios ao aeroporto de Zhukovsky, mas é também a partir dali que encontramos o pontos mais próximo para rumarmos ao Stadium of Syroyezhkin Sports School, em Bronnitsy, muito perto do local onde está concentrada a seleção argentina. Há inúmeras seleções concentradas em Moscovo (Alemanha) ou na região de Moscovo (Rússia, Portugal, Irão, França, Peru, México, Bélgica e Tunísia), sendo que os sul-americanos são os que estão mais longe. Muito mais ainda do que nos tinham pintado nos pontos oficiais da FIFA.

Os 20 a 30 minutos que nos tinham informado são afinal uma hora e meia. Não, afinal uma hora e dez minutos. Aplicação Yandex, morada para o local, carro a chegar. Por gestos, tentamos explicar que temos de fazer aquele caminho em 45 ou 50 minutos (para dar alguma margem, se bem que estávamos mesmo a queimar o tempo). Através de uma aplicação mais evoluída do que o Google Translate, fala para o telefone em russo e a senhora da tradução diz-nos a frase em inglês. E depois somos nós, e depois é ele outra vez, e depois somos nós, e depois acaba porque a coisa estava a ir para a brincadeira e isso só nos fazia perder tempo. “Não, nada de telefone agora. Olha para aqui”, dizemos em inglês enquanto apontamos um relógio no telefone com 18h30. Mais uma frase em russo, mais uma tradução. “Well, let’s try”. Assim mesmo: “Bem, vamos tentar”. E passado uns minutos já estávamos a cortar caminho com um caminho de terra batida paralelo à via rápida que provavelmente não fazemos esquecer tão cedo, não que tivesse animais ou algo do género mas porque as costas farão com que nos lembremos aquela parte do trajeto.

“Posso fumar?”, pergunta mais tarde, já de volta à estrada normal. “Claro, força”. Mais um desbloqueador de conversa para ficarmos ainda mais à vontade mesmo não percebendo nada do que cada um diz a não ser que o telefone ajude. “Sou da Arménia”, diz. “Sou de Portugal”, respondemos. “Aaaaahhhh, Ronaldo”. “Aaaaahhhh, Mkhitaryan”. Um aperto de mão que nos esmaga metade dos ossinhos dos dedos e já temos ali uma amizade a nascer, que gera uma atenção tal que, enquanto vamos seguindo na estrada, aponta para o limite de velocidade que aparece no GPS para explicar que vai sempre no máximo possível. Como já vamos de janela aberta, o bombo dá o mote: estamos mesmo a chegar (ou seja, conseguimos ir dar com o sítio…).

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À entrada do local de treinos concentram-se alguns argentinos, em especial um, mais velho, com a camisola “Pibe, 74”, que vai tocando o bombo quando há intervenções em direto das duas estações televisivas no local. Não são muitos, talvez uns 20, mas fazem o barulho de 200. E chegaram ali cedo apenas e só para verem o autocarro passar. Mais nada. “É amor por esta seleção, paixão por este país. E vamos ganhar a taça”, vão explicando. Passagem pelo detetor de metais e lá vamos nós para uma longa reta até ao campo onde os jogadores estão a trabalhar. Ali ao lado, há um lago onde, em duas zonas, um bocado com alguma pedra e terra batida permite estender toalhas e aproveitar o sol de fim de tarde. Há alguns miúdos na água (esverdeada), mas o som dos gritos enquanto brincam com a supervisão dos pais vai dando lugar ao barulho de rãs que devem estar na margem de cá. Mais bucólico do que isto é complicado. Mal sabíamos o tempo que estaríamos a olhar para esse cenário no vazio.

Estavam cerca de 100 jornalistas na fila, sendo que existia apenas um detetor de metais e dois polícias (que cumprem todos os requisitos e mais alguns de inspeção). Alguns, começámos a reparar, têm uma acreditação diferente da nossa. Por exemplo, não tem números, os números que dão acesso a várias zonas do estádio, desde o centro de imprensa à sala de conferências, passando pela zona mista ou pela tribuna da comunicação social (para a qual é necessário sempre bilhete, dependendo dos pedidos que existem para cada jogo e as ordens de prioridade para o mesmo). Depois, têm a cor da seleção azul. Mais uma olhadela à volta e ali está Messi, Mascherano, Di María, Kun Agüero, Higuaín. Todas as instalações usadas pelos argentinos estão forradas por fora com uma enorme lona que tem os principais craques da seleção. 15 minutos depois, a explicação para essas acreditações.

Devido ao elevado número de pedidos, a AFA (Associação de Futebol da Argentina) criou acreditações personalizadas para os jornalistas que vieram à Rússia mas não têm o passe da FIFA. Um deles é Dany, que continua de óculos escuros mas não disfarça o semblante de orgulho quando explica o porquê de estar ali. “Sou jornalista mas não trabalho para nenhum órgão, tento apenas ir fazendo algumas coisas para rádios locais”, diz este adepto confesso do Club Almagro. “Meti na cabeça que tinha de vir à Rússia e como jornalista, que é a minha paixão. Adoro escrever, estar aqui, ver os jogadores, assistir às conferências”, acrescenta. Mas o seu caminho até Moscovo foi tudo menos fácil. Entre outras medidas, vendeu o carro depois de uns meses a ganhar mais umas coroas como taxista. Foram dois anos nisto, mesmo sabendo que não tem bilhetes ou entradas para os jogos e que nem sequer pode ir à conferência de Sampaoli antes dos encontros. Com ele está Damian Ramírez, que vai fazendo trabalhos para duas rádios. “O meu estilo é mais de ir contando nas minhas redes sociais e em textos as coisas que se vão passando aqui, de uma forma mais descontraída, ele tem um estilo mais sério”, comenta. Com isto, já estamos há mais de meia hora à espera.

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Provavelmente, ninguém estava à espera que fosse assim e por isso entra em cena uma coisa muito típica dos argentinos: fazer diretos uns com os outros. Ou seja, jornalista A fala para uma rádio e, para compor a intervenção, entrevista jornalista B. Depois, jornalista B tem o telefone a tocar, faz uma introdução e pede uma opinião a jornalista C. Jornalista C quer gravar um vivo, olha para o lado e pergunta a jornalista D quais serão as alterações na equipa. E assim se vai passando o tempo, numa inimaginável hora de espera que ainda está longe de acabar. Há outro problema lá mais à frente: quem vai passando o detetor de metais fica num espaço pequeno, com barreiras, enquanto não chegam os últimos 15 minutos. Tão pequeno que, a certa altura, já se estão todos a apertar e não há mais revistas. Quase como se fossem hinchas, começam a cantar primeiro e a assobiar depois. E um jornalista do Olé vai lá à frente ver o que se passa e vem de lá com a informação de que apenas poderá entrar um jornalista por meio na sala de imprensa porque dizem haver uma enchente. “Mas como tío? Como? Então e no domingo?”.

Domingo foi dia de treino aberto e estiveram centenas de adeptos e jornalistas no recinto, ainda antes do encontro com a Islândia. Segundo nos explicam, não houve um décimo desta confusão. Entretanto, perguntam-nos se nos outros sítios também é assim. “No estágio de Portugal podem não estar tantas pessoas mas era impossível isto acontecer e as revistas se calhar ainda são um pouco mais apertadas. No Irão, a mesma coisa”, respondemos. E os espanhóis, que têm lá alguns companheiros, confirmam. Já se começa a falar também de bola, de Croácia e de mexidas de Sampaoli na equipa. “Vai jogar com três atrás, acredita”, diz um. “Não, não pode ser. Então esteve três semanas a treinar com uma linha de quatro e agora mudava tudo?”, refere outro. O facto de Mercado, defesa do Sevilha, ser um dos escolhidos para falar parece ser um passaporte para a titularidade. De repente, através do Whatsapp, chega uma equipa possível e que será a ser testada. Que, de facto, tem uma linha de três, com Mercado como defesa a cair mais à direita, Salvio a fazer todo o corredor, Meza mais por dentro e Tagliafico na esquerda (falava-se na possibilidade de Acuña poder entrar no onze). Ao que parece, bate mesmo certo. Pormenor: tudo se sabe de um treino à porta fechada…

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Os jornalistas “tratados como gado”, como chegou a ser enviado numa reclamação para a FIFA, conseguem entretanto entrar para sacar as imagens de um treino que está no fim. Ou melhor, já acabou mas ainda andam ali a dar uns toques na bola. Mais de uma hora depois, lá conseguimos entrar. E com a destreza ziguezaguente de Messi, damos uma vista de olhos e fintamos logo para dentro da sala de conferência, que entretanto se transformou numa sauna e tem apenas quatro cadeiras não reservadas. Uma é nossa e, passado uns minutos, percebemos que existem dezenas de jornalistas que ou ficam de pé quase sem ver a mesa (lá atrás, os tripés de dezenas de câmaras ocupam todo o espaço). Uma mini vitória depois da derrota de quase duas horas de pé ao sol sem poder entrar. Mas também seria uma glória vã, como se perceberia durante a conferência de menos de meia hora.

Logo a abrir, uma pergunta que nos faz levantar os olhos do computador. “Olá, boa tarde. Sabemos que durante o treino estiveram a testar uma linha de três e que também ia haver mexidas na frente. Vai ser mesmo assim com a Croácia?”. Relembramos: o treino foi à porta fechada e há jogadores que tanto podem fazer uma posição como outra, casos de Salvio (lateral ou ala) ou Meza (ala ou interior). Mais aberto do que isto não podia existir, sendo que o próprio defesa já fala também a certa altura da resposta numa defesa a cinco, quando a equipa estiver sem bola. Mais um bocado, até as bolas paradas que Maradona tanto criticou com a Islândia já estavam a ser dissecadas antes do jogo. Mas calma, esta terça-feira há novo treino à porta fechada.

Gabriel Mercado, defesa de 31 anos do Sevilha onde chegou a ser treinador por Sampaoli e é companheiro de Daniel Carriço, é um daqueles jogadores respeitados pela comunicação social, até pela forma aberta e franca como fala com eles. Chegou a ter o Mundial em risco por causa de uma lesão nas costas, mas recuperou e ultrapassou aquilo que descreveu como “uma experiência traumática”, quando foi riscado dos pré-convocados antes do Campeonato do Mundo de 2014. “Fizemos algum trabalho com variação de sistemas, para irmos preparando a possibilidade de mudar em qualquer momento do jogo. Contra a Islândia tivemos um adversário muito fechado, agora vai ser diferente porque a Croácia tem outra qualidade sobretudo no meio-campo, com dois jogadores como Modric ou Rakitic que gostam de ter posse e distribuem com qualidade. Nunca há tempo suficiente numa prova como estas de trabalhar de forma perfeita nenhum sistemas mas acreditamos que, como eles jogam com linhas mais subidas, podemos beneficiar disso na frente. Estaremos preparados para tudo”, vai respondendo ao longo de várias intervenções.

A seu lado está Cristian Pavón, um dos mais novos da equipa e o “Pibe da moda”, que conseguiu superar o hype que Dybala vinha a ganhar com as exibições na Juventus. O jogador do Boca Juniors nascido em Córdoba, também conhecido por Kichán, é um dos mais acarinhados e já esteve na lista de Benfica, Sporting e FC Porto no último ano, na linha de contratações como Salvio ou Acuña (ou Di María), aqueles extremos que chegam a Portugal por cinco ou dez milhões de euros e são vendidos pouco depois por muito mais. De acordo com as últimas notícias, que davam conta do interesse do Arsenal e até do Barcelona no extremo, a Liga portuguesa parece ser uma utopia, mas é no Mundial e na possibilidade de jogar ao lado do ídolo Messi que estavam focadas todas as atenções deste puro talento que nasceu do River Plate e foi recusado por Passarella antes de rumar ao rival Boca.

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“Estar na seleção é um momento único e posso jogar em qualquer posição, à direita ou à esquerda. Estou bem, os companheiros passam muita confiança e estou a viver um momento único, a cumprir um sonho de miúdo não só de estar no Mundial mas também de jogar ao lado de Messi. O que me pede Sampaoli? Que seja forte, que comece na ala mas também explore o espaço entre lateral e central, que desça também para ajudar atrás como no Boca e que dê profundidade ao ataque. No Boca, os meus companheiros dão-me a bola e acreditam que posso resolver encarando os adversários e é isso que vou tentar fazer aqui, embora seja um tipo de jogo mais intenso e com maior pressão. O facto de jogarmos agora com uma equipa como a Croácia, que tem as linhas mais subidas do que a Islândia, também pode ser benéfico para nós”, destaca.

Enquanto tudo isto vai sucedendo, os dedos no ar multiplicam-se sobretudo nas filas que não tinham lugares marcados. E lá estamos nós, de braço no ar, a fazer sinal para o responsável da imprensa que se encontro na mesa ao lado de Mercado e Pavón. Parece olhar, desvia depois a cara, escreve qualquer coisa, ficamos sem perceber o que se passa. Com o passar das perguntas, lá percebemos onde a coisa estava a ir: apesar de haver jornalistas de mais países, como por exemplo um croata mesmo atrás de nós que nos pede ajuda na tradução após a conferência, só os argentinos fizeram questões para ser mais fácil de “controlar” aquilo que chamam de “coletiva”. E o tempo esgota-se, sem possibilidade de fazer sequer uma pergunta depois daquela espera…

A pressão sobre a Argentina é sempre grande, mas percebe-se que está cada vez maior. Sobre a Argentina e sobre Sampaoli, que será sempre o culpado número 1 caso a equipa não alcance os seus objetivos. Como explicou de forma perfeita Manuel Jabois num artigo assinado no El País, “Messi na Argentina é como dar uma lanterna a um cego porque, na albiceleste, ao contrário do que acontece no Barcelona, querem que Messi seja a causa do jogo e não a sua consequência”. Mas há mais críticas sobre a equipa, a falta de ritmo de alguns jogadores, o menor rendimento das principais muletas do número 10 na frente, nas visíveis fragilidades defensivas (tudo aqui resumido num artigo do Globoesporte). Por todas estas e meias algumas razões, as hipóteses de ver a Argentina ganhar o Campeonato do Mundo são improváveis. Mas haverá sempre Dany. E esse merece isso e muito mais. Está na hora de arrumar a mala, segue-se mais uma hora e meia de viagem. Também fora de campo, a Argentina é uma aventura.

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