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Profissão: ativista contra a presidência Trump

Reúnem-se em grupo e querem fazer frente ao novo Presidente. Organizam manifestações, juntam-se para debater e interrogam congressistas. O mais difícil, contudo, é chegar aos eleitores do outro lado.

Reportagem na Pensilvânia

“- Eu estava a citá-lo.
– Não, eu estava a dar exemplos de…
– Você disse que eles vêm para cá e não têm os nossos valores americanos, trazem os seus próprios valores, para poderem bater nas suas mulheres.”

O diálogo aconteceu numa sessão pública de perguntas e respostas com dois congressistas da Pensilvânia e ficou registado em vídeo. Michelle Hines, cara a cara com o senador Scott Martin, aponta-lhe o dedo e afirma olhos nos olhos que foi isso que o senador disse numa reunião privada, referindo-se a imigrantes nos EUA. À volta dos dois, algumas pessoas filmam a discussão, de smartphones em punho.

“Se pensa mesmo que foi isso que aconteceu… Você é uma mentirosa”, acaba por dizer Martin, afastando-se de seguida. O grupo que está à volta do senador e da jovem de 25 anos reage de imediato com um som de espanto. Ouvem-se vozes que dizem “ó meu Deus!”. Todos ali têm noção de que aquela frase pode ser viral, simbolizando o momento em que o político perde o controlo. Todos ali o sabem, porque a maior parte deles, tal como a rapariga do vídeo, não são simples eleitores — são ativistas, na sua maioria membros do grupo Lancaster Stands Up.

Michelle Hines nunca se tinha envolvido em questões políticas até esta eleição. “Votei nos democratas, mas não estava muito entusiasmada. Gostava muito do Bernie [Sanders] mas não me envolvi na campanha dele porque pensei que ele não tinha hipóteses. Daí para a frente, achei sempre que a Hillary Clinton ia ganhar. Eu ia votar nela, toda a gente ia votar nela…” É quase estranho para Michelle recordar agora, mais de um ano depois, o ambiente antes das eleições. Naquela noite de 8 de novembro, foi deitar-se certa de que acordaria no dia seguinte com Hillary Clinton Presidente. Por volta da uma da manhã, acordou só para confirmar e ficou chocada a olhar para as notícias. “Desatei a chorar”, recorda ao Observador.

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No dia seguinte, obrigou-se a ir com a mãe a uma vigília que se realizou em Lancaster, cidade tradicionalmente democrata no meio de um condado profundamente republicano, onde Donald Trump venceu com 57% dos votos. Ali, conheceu algumas pessoas que a convidaram para outras reuniões. Quando deu por si, Michelle Hines, cientista de profissão, estava profundamente envolvida num grupo político de cidadãos, criado nos meses seguintes à eleição, chamado Lancaster Stands Up (LSU).

Hoje em dia, Michelle assina algumas das newsletters enviadas pelo grupo à sua mailing list. “É difícil de acreditar que está quase a fazer um ano que Trump foi eleito. No último ano, fizemos tanto para tentar mudar as coisas e organizarmo-nos para derrotar Trump e o representante Smucker — desde as 2000 pessoas que protestaram contra a ‘Muslim ban’ até ao primeiro protesto sentado na história de Lancaster”, pode ler-se no email enviado há cerca de uma semana aos subscritores.

Michelle Hines numa das ações do grupo, em frente ao escritório do representante Smucker

O grupo tem realizado uma série de encontros com os representantes de Lancaster e da Pensilvânia — como o encontro com o senador Martin ou uma invasão a uma sessão de perguntas do representante Lloyd Smucker — para os confrontar com as suas ações políticas. Para além disso, Michelle é coordenadora da equipa porta-a-porta, que tenta abordar eleitores para discutir ideias e motivá-los a registarem-se para votar e a envolverem-se na atividade do grupo, como explicam Michelle e a sua colega, Nelly Torres.

“Nós perguntamos: ‘está feliz com o sistema político?’. E não há uma única alma que esteja”, conta Michelle, recordando as várias sessões de porta a porta que tem feito no último ano em Lancaster. “E isso é parte da razão pela qual Trump foi eleito. Algumas pessoas dizem ‘não gosto dele, mas votei nele porque não é um político.’ O Bernie e o Trump foram bem sucedidos porque reconheceram a dor e a raiva que existem e validaram-nas.”

O grupo assume-se como não sendo partidário — “o problema são os políticos profissionais”, diz Nelly — mas é composto sobretudo por pessoas que se situam claramente à esquerda, com muitos apoiantes de Bernie Sanders a comporem grande parte da organização. Não será por acaso que a própria revista The Nation, conhecida pelo seu posicionamento bastante à esquerda no espectro político americano, considerou o LSU um “exemplo de envolvimento democrático”.

"Algumas pessoas dizem ‘não gosto de Trump, mas votei nele porque não é um político.’ O Bernie e o Trump foram bem sucedidos porque reconheceram a dor e a raiva que existem e validaram-nas."
Michelle Hines, membro do grupo Lancaster Stands Up

A organização insere-se num movimento mais lato que tem crescido ao longo deste ano, um pouco por todos os Estados Unidos: grupos geralmente compostos pelos chamados millennials, muitos deles antigos apoiantes de Bernie Sanders, que se juntam para fazer algum tipo de participação política à margem dos partidos tradicionais. Os seus métodos inspiram-se muitas vezes nos propagados pelo grupo Indivisible, que criou um guia com conselhos. Exemplos? Como confrontar um político numa reunião pública, como escrever cartas a um congressista ou como formar um grupo de cidadãos. Ironicamente, o Indivisible inspira-se em algumas das táticas usadas pelo movimento conservador do Tea Party.

Em Lancaster, as ações do LSU têm sido um sucesso — em janeiro, o protesto contra a ‘travel ban’ mencionado por Michelle na newsletter, reuniu mais de duas mil pessoas na praça principal da cidade, a Penn Square. Em agosto, uma notícia da filial local do grupo Fox dava conta de que as autoridades do condado estavam a dar treino a polícias, bombeiros e paramédicos em caso de manifestações violentas. “O condado de Lancaster gosta de pensar que é um local bucólico com quintas e cidades pequenas, mas não estamos imunes. Não estamos protegidos do mundo exterior”, dizia o comissário Dennis Stuckey.

“A política está tóxica”

A norte, no condado de Luzerne, também há ativistas recém-nascidos no rescaldo da eleição de Donald Trump. Collyn Hinchey é uma delas. Aos 35 anos, esta habitante da cidade de Wilkes-Barres entrou pela primeira vez no escritório de um senador: era Pat Toomey, senador republicano da Pensilvânia, que enfrenta protestos semanais em várias cidades da Pensilvânia, organizados pelo grupo “Tuesdays with Toomey”. “Comecei a ver no Twitter que havia estes protestos e pensei que aqui em Wilkes-Barre também há um escritório que representa o Toomey… Como é um lugar pequeno, eu podia ajudar”, explica a designer.

Aprendeu a escrever cartas a congressistas, a falar com os assistentes de Toomey, a organizar pequenas multidões. Collyn diz-se assustada com a falta de propostas do senador num condado tão assolado por problemas como a crise de opiáceos: “A nossa biblioteca também está a pensar dar formação aos bibliotecários sobre como dar injeções de Narcan, porque as pessoas vão injetar-se para a casa de banho”, ilustra Collyn. A medida é semelhante à anunciada pela biblioteca pública de Filadélfia, que tomou a decisão de ensinar a administrar este fármaco que reverte overdoses. No ano passado, 137 morreram de overdose no condado de Luzerne, onde vivem cerca de 300 mil pessoas — é uma taxa de mortalidade por overdose quatro vezes superior à da cidade de Nova Iorque.

"Os republicanos estão entrincheirados numa mentalidade à Trump de ‘vai-te foder’. Não consigo ter grande contacto com eles."
Collyn Hinchey, ativista do grupo "Tuesdays with Toomey"

O clima económico em baixa, os receios de que aumentem os preços dos seguros de saúde com o Obamacare, a imigração na cidade vizinha de Hazleton, tudo isto contribuiu para uma vitória decisiva de Donald Trump neste condado tradicionalmente democrata. “Aqui a cidade de Wilkes-Barre sempre foi uma mistura entre republicanos e democratas”, explica Collyn. “Mas, desde a eleição, isto tem sido muito duro. Os republicanos estão entrincheirados numa mentalidade à Trump de ‘vai-te foder’. Não consigo ter grande contacto com eles. Ainda no outro dia, no clube de leitura da minha mãe, envolveram-se numa discussão super intensa. E o tema era ‘terá Barack Obama nascido neste país?’ É este tipo de superficialidade”, queixa-se a ativista.

A designer concede que pode haver algum enviesamento em protestar apenas contra o senador Toomey (o outro senador da Pensilvânia, Bob Casey, é democrata). “Para mim esta é uma questão relacionada com o facto de eles trabalharem para um estado púrpura [que não pende para nenhum dos partidos] como a Pensilvânia. O Casey não é o homem mais à esquerda no Senado, por exemplo”, diz. E considera que a postura do senador republicano merece mais reparos: “O Toomey só aceita fazer reuniões com os constituintes por telefone ou então com um grupo pré-selecionado. Pessoalmente sempre o tentei contactar e nunca recebi nenhuma resposta pessoal, só formulários genéricos. Ele não quer encontrar-se com as pessoas.”

Collyn Hinchey no centro da cidade de Wilkes-Barre

Cátia Bruno / Observador

Apesar de estar desiludida com o sistema, Collyn está certa de uma coisa: não quer envolver-se em cargos públicos. Depois de vários anos a viver em Nova Iorque, regressou à sua pequena cidade com o namorado há sete anos, procurando dedicar-se apenas à sua profissão. Arranjou um cão, que foi buscar a um abrigo para animais, e que a acompanha para todo o lado — “não lhe dê festinhas”, avisa com simpatia aos transeuntes que arriscam, explicando que ele é um cão resgatado e que gosta de morder.

O ambiente em Wilkes-Barre é, como se vê, familiar. Mas no último ano e meio, Collyn ficou chocada com a agressividade que encontrou na cidade e que, garante, não existia antes. “A política está muito tóxica atualmente. O rei vai nu, ele não sabe fazer aquele trabalho”, diz sobre Trump, elevando o tom de voz num grito que termina em gargalhada, à medida que se apercebe da raiva com que falou. Collyn pára de falar. Acende um cigarro, as mãos tremendo-lhe ligeiramente, e depois de dar o primeiro bafo faz uma confissão sobre o seu envolvimento no “Tuesdays with Toomey”: “Às vezes pergunto-me: é esta a nova normalidade? Devo fazer isto para sempre? Devia ter feito isto antes? Não sei. Hoje em dia concentro-me apenas em fazer uma tarefa de cada vez.”

Psicanálise de grupo sobre Trump

Perguntas, perguntas, perguntas. É também isso que mais se ouve numa reunião com outros ativistas, desta vez no condado de Lycoming, tradicionalmente republicano. Estamos num encontro da Pennsylvania NOW, um grupo de mulheres cuja célula na cidade de Williamsport foi recentemente reativada a seguir à eleição de Trump. O pedido veio de dois dos membros mais jovens, Gwendolyn Rosado e Melissa Stocum. “Durante a administração Obama ficámos complacentes. Como tantas outras mulheres, aliás… E agora achámos que tínhamos de regressar”, explicam.

Os encontros servem sobretudo para medir a temperatura à situação na sua região. O condado de Lycoming, onde Trump venceu com uns impressionantes 70%, está de alma e coração com o Presidente. Aqui, os tópicos que mais preocupam os eleitores são geralmente questões como as leis das armas ou o aborto. Mas há outros elementos a considerar, como uma taxa de pobreza de 27%, quando a média nacional nos Estados Unidos se fica pelos 13,5%.

Membros do grupo Pennsylvania NOW. Gwedonlyn à direita (em cima), Kathy e Mary em baixo, à esquerda

Cátia Bruno / Observador

A cidade saltou para os noticiários recentemente graças ao escândalo que rodeou Tom Marino, congressista de Williamsport que foi nomeado em setembro por Donald Trump para o cargo de “czar da droga”, ou seja, de diretor do Gabinete Nacional do Controlo das Drogas. A nomeação foi retirada cerca de um mês depois, na sequência de uma investigação do programa 60 Minutos e do jornal Washington Post que revelava a responsabilidade de Marino num projeto de lei que terá prejudicado o combate às drogas opióides, uma epidemia que tem assolado o país, como o próprio Presidente já reconheceu. “Eu quase que queria que ele tivesse ficado como ‘czar da droga’ para não afetar mais as nossas vidas aqui”, diz Gwendolyn entre risos.

O grupo está desmoralizado e a reunião assemelha-se mais a uma sessão de psicanálise conjunta sobre o condado. “Há muito sexismo e racismo nesta área rural. A oito anos de um Presidente negro seguir-se uma Presidente mulher… Era demasiado para a maior parte das pessoas. Cheguei a ouvir um senhor numa loja dizer ‘se o Obama tivesse cá vindo, eu disparava sobre ele’.” Quem conta esta história é Mary Sieminski, residente em Williamsport há mais de 60 anos. “A minha filha e a mulher dela, que vivem no Massachussetts, estão assustadas com esta presidência”, admite.

“Não acho que seja boa ideia chamarmos estúpidos aos apoiantes de Trump. Precisamos, isso sim, de compreender porque é que isto aconteceu.”
Mary Sieminski, membro do grupo Pennsylvania NOW

“Com os colegas no trabalho é preciso estar com paninhos quentes”, lamenta-se também Kathy Ryan. “No outro dia, cheguei a casa e estava tão farta que liguei a televisão na MSNBC”, conta, referindo-se ao canal conhecido pelos seus posicionamentos à esquerda. “Pensei ‘será que é assim que era para eles? Ligavam a Fox News para fugir às notícias porque estavam assustados?’ É difícil penetrar aquele muro de estupidez”, atira, o rosto contorcido com rugas de incompreensão. “Muro de medo”, acrescenta Gwendolyn.

Durante o encontro ainda se referem medidas concretas levadas a cabo pela administração Trump que o grupo considera estarem a prejudicar as mulheres, como a decisão de deixar de exigir às grandes empresas que tornem públicos os seus ordenados, a fim de analisar a desigualdade salarial entre géneros. Mas o ambiente é sobretudo de incredulidade e lamento. À saída, Mary, que ouviu mais do que falou, aproxima-se para deixar uma última mensagem à jornalista antes de se despedir: “Não acho que seja boa ideia chamarmos estúpidos aos apoiantes de Trump. Precisamos, isso sim, de compreender porque é que isto aconteceu”.

“A maior parte das pessoas sente-se infeliz com o seu voto”

Enquanto em Wilkes-Barre Collyn procura manter-se longe de cargos políticos e em Williamsport ainda se tenta juntar as peças do puzzle, em Lancaster há quem esteja mais envolvido do que nunca na política local. É o caso de Nelly Torres, que marcou o local do encontro com o Observador, onde também participou Michelle. “Nunca na minha vida imaginei que ocuparia um lugar no comité democrata da cidade, mas ocupo. Há um ano, a minha vida era totalmente diferente: já tive três tumores, hoje em dia vivo com dores crónicas. E ter dado este passo de me tornar voluntária e de me juntar a este grupo tornou a minha vida tão recheada”, conta esta filha de um imigrante cubano que cresceu no Southeast, a zona mais pobre de Lancaster, e que aos 34 anos não exclui concorrer à assembleia municipal. “Às vezes emociono-me, porque fico surpreendida com o que consigo fazer. As horas, o trabalho, o suor, as lágrimas… Vale tudo a pena, porque estamos a mudar a comunidade.”

Aos 34 anos, Nelly Torres está pela primeira vez envolvida na política local

O assalto ao poder na política local tornou-se uma componente importante do LSU, que percebeu desde cedo que essa era a área onde podia ter mais impacto. “A quantidade de corrupção que já vi a nível local é incrível. Estamos a tentar mudar o foco para as eleições locais, porque achamos que podemos fazer mais diferença aí”, explica Michelle.

A certa altura, depois de ter olhado repetidamente para o lado, a ativista interrompe o discurso para sussurrar: “Estás a ver o senhor aqui na mesa ao lado? É um dos assessores do representante Smucker, conhecemo-lo muito bem. Já tivemos muuuuuiiitas reuniões com ele”, conta. Na mesa vizinha deste café na Prince Street, um homem de auscultadores nos ouvidos olha teimosamente para o ecrã do seu computador portátil. Ou está muito concentrado ou muito decidido em não fazer contacto visual com ninguém. Não é certo se terá ouvido alguma coisa da conversa que decorria ali ao lado. “Lancaster é um sítio mesmo pequeno”, acrescenta Michelle com um sorriso.

“Nunca na minha vida imaginei que ocuparia um lugar no comité democrata da cidade, mas ocupo. Há um ano, a minha vida era totalmente diferente: já tive três tumores, hoje em dia vivo com dores crónicas.”
Nelly Torres, ativista do Lancaster Stands Up

Michelle e Nelly sabem que o seu grupo tem sido bem sucedido em unir democratas, jovens e alguns eleitores desiludidos com a política. Mas, quando confrontadas com a pergunta sobre se conseguiram atrair eleitores de Donald Trump para o LSU, têm de admitir uma derrota parcial. “Quando eles dizem que Trump é o máximo, é difícil”, admitem, explicando que preferem focar-se nos eleitores indecisos ou nos que estão desiludidos com a presidência. “A maior parte das pessoas aqui sente-se infeliz com o seu voto — foi assim connosco, por exemplo”, diz Nelly.

Michelle, que no último ano de vida falou com dezenas de apoiantes de Donald Trump nas suas sessões porta-a-porta, suspira. “A política não está escrita na pedra, tem espaço para a nuance. São estes partidos, que funcionam como equipas desportivas, que tornam tudo mais difícil. É claro que já ouvi coisas de que não gostei, mas… A maior parte das vezes as pessoas ficam simplesmente felizes por alguém lhes bater à porta, não é habitual.”

O grupo, tão reivindicativo nas reuniões com políticos republicanos, tão rápido a conseguir organizar ações de rua e tão contundente nos debates da política local, esbarra na dificuldade de alargar a sua base e “chegar ao outro lado”. Esse é um trabalho lento e demorado, que não encaixa em táticas revolucionárias. Até agora, os membros do LSU conseguiram que alguns apoiantes de Trump aparecessem em algumas reuniões. Mas o mais habitual, explica Nelly, é conseguirem apenas convencê-los a assinar a newsletter do grupo e a lerem as palavras de Michelle e de outros. “Não é grande coisa, mas são os primeiros passos. Isto tem de ser passo a passo.”

*O Observador viajou com o apoio da bolsa Transatlantic Media Fellowship, da Fundação Heinrich Böll

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