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DIOGO VENTURA/OBSERVADOR

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Ribau Esteves: "É claramente mais fácil PS viabilizar governo minoritário de Rio do que de Rangel"

O antigo secretário-geral do PSD defende que, caso nem PSD nem PS consigam maioria sozinhos, devem viabilizar o Governo minoritário do adversário ou mesmo coligarem-se num Governo.

Ribau Esteves, que apoia o atual presidente do PSD, acredita que mais facilmente o PS viabiliza um governo minoritário se o PSD for liderado por Rui Rio do que se o partido for liderado por Paulo Rangel. Em entrevista ao programa Vichyssoise, da Rádio Observador, o antigo secretário-geral do PSD — ao contrário do atual líder do PSD — admite a hipótese de um “Bloco Central”, já que, caso não haja o Governo maioritário de um dos partidos. deve existir uma “coligação entre PS e PSD, parlamentar ou de Governo, para que se cuide de Portugal“.

O autarca de Aveiro lamenta que Paulo Rangel — que apoiou em 2010 contra Passos Coelho —  “tenha assumido a sucessão do dr. Luís Montenegro para ser o líder de uma fação que, sempre que não está no poder no partido, faz trinta por uma linha.”

Ribau Esteves rejeita acordos com o Chega em qualquer circunstância, mas diz que “a extrema-esquerda é tão má quanto a extrema-direita” e acrescenta que “o Chega não é pior que o PCP ou que o BE.”

[Ouça aqui o programa Vichyssoise em podcast:]

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No último Conselho Nacional do PSD voltou a fazer uma intervenção que de certa forma defendia o mesmo que os apoiantes de Rui Rio, houve algo muito forte que saiu desse Conselho Nacional, a ideia — que acabou chumbada — de que as eleições deviam ser abertas a todos os militantes ativos, mesmo que não tivessem quotas pagas. Concorda com esta ideia?
Há dois aspetos importantes a destacar nesta matéria. Em primeiro, sou contra esta loucura em que o PSD se meteu que é não fazer as eleições diretas e o Congresso no tempo normal que seria janeiro ou fevereiro. Esse seria o tempo normal, mas o presidente Rui Rio propôs antecipar. Quando percebeu que corríamos o risco de ter eleições antecipadas procurou que a decisão não fosse tomada a aguardar a confirmação dessa circunstância, mas no Conselho Nacional de Lisboa perdeu essa proposta e entrámos neste processo eleitoral. É pena que o PSD nesta fase da sua vida em vez de estar em campanha eleitoral, a construir e apresentar aos portugueses uma solução política alternativa à liderada pelo Partido Socialista está numa guerra interna que é fratricida para a credibilidade do partido na oferta dessa proposta alternativa ao PS. Na segunda componente, no Conselho Nacional de Aveiro surgiu essa proposta que me pareceu muito feliz. Dado que nos metemos neste processo de disputa interna, o PSD só tinha a ganhar num envolvimento o mais alargado possível dos seus militantes. Estando nós nesta discussão interna sobre qual o mais indicado para liderar o PSD e ser o nosso candidato a primeiro-ministro na eleição de 30 de janeiro obviamente que era importante para uma mobilização do partido, para uma representatividade mais alargada dos próprios cidadãos portugueses que tivesse havido a possibilidade de toda a gente poder votar. Não são absolutamente todos, são uma percentagem muito grande com o critério de que só pertenceriam os militantes com a quota paga nos últimos dois anos.

Isso não soa um bocadinho a desespero, como dizem os apoiantes de Paulo Rangel?
Esta guerra do PSD é tão absurda que as pessoas só dizem coisas absurdas. Qual é o desespero? Alguém sabe em quem vai votar cada um dos nossos militantes? Alguém controla a consciência e livre arbítrio de cada um? O problema quando se entra nestas disputas, que são fora de tempo e não têm em conta aquilo que deviam ter: o interesse de Portugal, dos portugueses, de termos uma proposta alternativa do PSD, porque não pode ser outro partido em Portugal a ter essa responsabilidade, dizem-se coisas como essa. Ninguém sabe em quem vota o militante A ou o militante B e, portanto, teria sido um ganho neste processo.

"Fixadas as eleições para o dia 30 de janeiro o PSD só tinha que decidir que as eleições diretas e o Congresso seriam para data posterior ao 30 de janeiro."

Diz que a disputa é absurda, o calendário normal seria janeiro/fevereiro. Não pode ser, há eleições antecipadas. Mesmo assim continua a achar que esta disputa da liderança não devia existir?
A partir do momento que tivemos o espetro de uma crise política, do chumbo do Orçamento para termos eleições, a partir do momento que as eleições ficaram confirmadas que iam acontecer no dia em que o Parlamento chumbou a proposta de Orçamento do Governo obviamente que a única questão que faltava tratar era a fixação pelo Presidente da República da data das eleições. Fixadas as eleições para o dia 30 de janeiro o PSD só tinha que decidir que as eleições diretas e o Congresso seriam para data posterior ao 30 de janeiro.

Mas isso não era suspender a democracia interna do partido?
Era o que mais faltava. Estas coisas desta tipologia de nós no PSD, e noutros partidos, ajeitarmos o cronograma das eleições internas a atos eleitorais nacionais são uma banalidade que tem tantos anos quantos tem o PSD. Essas teses da suspensão da democracia interna são teses absolutamente absurdas daqueles que dão primazia à vida dos partidos em relação à vida dos portugueses e do país. Sou um militante antigo, mas sempre coloco em primeiro lugar os interesses de Portugal e dos portugueses. Por exemplo, ganhei uma eleição pela terceira vez à câmara de Aveiro, uma coligação do PSD com o CDS e o PPM. O meu principal adversário, o pior adversário e o único que me levou para tribunal em sete processos foi a concelhia de Aveiro do PSD. Estas coisas da relação dos partidos com o serviço público nem sempre está justaposta no melhor dos sentidos.

"O meu principal adversário, o pior adversário e o único que me levou para tribunal em sete processos foi a concelhia de Aveiro do PSD"

Seguindo essa lógica de raciocínio do interesse maior, uma vez que estão a existir eleições internas não faz sentido e Rui Rio não está a pensar apenas em si quando quer fazer as listas seja ou não o vencedor das eleições?
Este processo, do facto de o PSD estar numa disputa interna e ter uma eleição direta dia 27 de novembro e no fim de semana antes do Natal ter um Congresso perturba. Tem uma relação difícil com o cronograma da eleição legislativa, com o tempo de fazer listas e de as apresentar em Tribunal. Vivemos um momento em que há muito trabalho que tem de ser feito pelos órgãos que estão em atividade até ao Congresso e outra parte pelos outros, por quem for eleito. O que Rui Rio disse, e bem, é que ele vai fazer o seu trabalho, obviamente tem que fazer o trabalho, era o que mais faltava o PSD demitir-se de fazer listas para deputados.

Mas se não vencer as eleições deve deixar que seja Paulo Rangel a gerir esse processo de elaboração das listas?
O problema de gerir esse processo ficará sempre na competência dos órgãos do partido. Há muito trabalho preparatório, há auscultações às distritais e concelhias. A estrutura do partido participa formalmente desse processo.

Mas os órgãos de direção do partido mudam no próximo Congresso.
Claro. Vamos ter uma situação em que há uma parte do trabalho que é feita pelos órgãos nacionais atualmente em funções e uma outra parte do trabalho, já na reta final, que é feita pelos novos. O Partido Social Democrata só tem que cuidar de fazer isso bem. É delicado.

Imaginemos que quem vence as eleições internas no PSD é Paulo Rangel. Pode ir a eleições com listas que não foram aprovadas pelos seus órgãos de direção?
Com certeza que sim, mas não é nada de novo. Já tivemos líderes no partido que foram eleitos líderes pouco depois de eleito o Parlamento e tiveram grupo parlamentar, inclusivamente, hostil.

Mas não é antes das eleições. Rui Rio teve essa situação que está a descrever agora, foi benéfico?
O grande problema desta disputa é o facto de esta ter muito luta de fação. Se a disputa fosse numa outra ambiência estas perguntas que me está a fazer nem sequer seriam feitas. Apenas o PSD tem uma guerra interna que expõe fraturas muito profundas e que torna, de facto, delicada a gestão de um processo eleitoral em que o cronograma da eleição do líder e órgãos nacionais do PSD se mistura de forma difícil com o cronograma da eleição legislativa.

"Paulo Rangel, não tem esse percurso de vida. É um homem da universidade, um deputado, nunca governou"

Mas ter uma bancada parlamentar diferente da direção é ou não prejudicial para o líder?
Todos somos sociais-democratas e militantes, temos de cooperar e trabalhar uns com os outros. É esse o princípio, a norma dos estatutos que enquadram a nossa militância. Depois sabemos que, na prática, há diferenças de opinião, mas isso é normal na vida democrática. O novo líder trabalhará com os órgãos distritais ou deputados que o apoiaram ou não, mas isso é normal na vida democrática de um partido.

Porque é que considera que Rui Rio é um melhor primeiro-ministro que Paulo Rangel?
Claramente que Rui Rio é um homem com trabalho feito, com serviço feito na governação de uma câmara municipal, neste percurso muito difícil que vem fazendo de afirmação do PSD como partido alternativo. Hoje neste país governado de forma relaxada, de um governo que sistematicamente não decide coisas importantes para a vida das pessoas, que comunica imenso e faz muito pouco. É a tipologia da atitude política de Rui Rio, o percurso de vida, que interessam para o PSD conseguir ter o tal contraponto à proposta de António Costa e do Partido Socialista. No que respeita a Paulo Rangel, não tem esse percurso de vida. É um homem da universidade, um deputado, nunca governou.

Se Paulo Rangel for eleito não vai fazer campanha pelo PSD nas legislativas?
Eu farei campanha pelo meu partido enquanto for militante do PSD.

E acredita que pode ganhar mesmo que seja Paulo Rangel?
Todos os indicadores que temos apontam que o PSD está em segundo lugar, não em primeiro. Aquilo que entendo é que o PSD tem que colocar, de uma forma muito clara, muito determinada, uma proposta alternativa muito clara para os muitos portugueses que ainda não decidiram em quem vão votar e os que apreciam com uma análise desprendida da militância partidária. Nesse quadro o PSD pode ganhar as eleições, objetivamente.

Seria mais válida, essa proposta, se fosse com Rui Rio?
Para mim, a minha análise política e a análise dos dois candidatos, da sua personalidade e do seu do percurso de vida, claramente Rui Rio tem muito mais probabilidade de liderar um processo que tem hipótese de ganhar que Paulo Rangel.

Voltando a 2008, quando era secretário-geral, Rui Rio chegou a criticá-lo pelas alterações que fez ao regulamento interno, que classificou de “graves e perigosas” por “abrirem a porta à lavagem de dinheiro”. Acha que Rui Rio conseguiu fazer alguma coisa para evitar o caciquismo e o pagamento de quotas em massa?
Alguma pouca. Isto quando lideramos os partidos ou somos secretários-gerais as coisas são bem mais difíceis e diferentes do que quando estamos fora a dizer umas coisas. Rui Rio foi secretário-geral de Marcelo Rebelo de Sousa, foi muito criticado na altura fez essa refiliação que deixou muitas marcas negativas no partido, mas procurou fazer o seu melhor. Eu próprio quando fui secretário-geral, embora com vida útil pequena.

Na altura pediu uma sanção ética para Rui Rio por ter ido longe demais nas críticas que fazia à direção, inclusivamente aos regulamentos que aprovou no Conselho Nacional.
Terminando o meu pensamento, mas vou responder à questão. Na altura, fui secretário-geral apenas oito meses. Tomara eu ter sido secretário-geral tanto tempo quanto foi Rui Rio e tinha conseguido terminar uma reforma regulamentar no PSD, que obviamente era arrojada, mas era séria, transparente e ia ajudar o partido a reconquistar militantes que tinha perdido na refiliação feita por Marcelo Rebelo de Sousa e por Rui Rio. Dar nota que no PSD, e nunca pertenci a nenhuma fação: apoiei Paulo Rangel contra Pedro Passos Coelho, apoiei Rui Rio contra Luís Montenegro e hoje apoio Rui Rio contra Paulo Rangel no quadro político que vivemos hoje.

E apoiou Santana Lopes contra Rui Rio.
E apoiei Santana Lopes contra Rui Rio. Exatamente. Portanto, eu não sou de fação. É uma das coisas que eu cultivo muito no partido, que é: temos de acabar com as fações no PSD. E hoje eu lamento muito que o dr. Paulo Rangel tenha assumido a sucessão do dr. Luís Montenegro para ser o líder de uma fação que, sempre que não está no poder no partido, faz trinta por uma linha.

Só para fechar a questão do caciquismo: há pouco criticava a concelhia de Aveiro. Vítor Martins, o líder concelhio, é apontado como um caso de caciquismo. Quando há dois anos Vítor Martins estava do lado de Salvador Malheiro e os votos de Vítor Martins foram para Rui Rio não era igualmente condenável?
Não. Vai ter de perguntar isso ao Vítor Martins e ao Salvador Malheiro. Como candidato a presidente da câmara de Aveiro, e já o fiz por três vezes, tive sempre o Vítor Martins como adversário. E porquê? Porque quer ser meu vereador, porque quer ser meu chefe de gabinete, porque quer remontar os mecanismos marginais à lei com que viveu na câmara de Aveiro e comigo não há esquemas. Comigo cumpre-se a lei: há seriedade, há rigor. E, por isso, é que Vítor Martins é meu adversário mesmo sendo presidente da concelhia do PSD. As outras ações do Vítor Martins com o Salvador Malheiro vai ter de perguntar aos dois porque eu não sou porta-voz de nenhum deles, como é evidente.

"Lamento muito que o dr. Paulo Rangel tenha assumido a sucessão do dr. Luís Montenegro para ser o líder de uma fação"

Após as eleições legislativas, o PSD deve admitir coligar-se com qualquer partido à sua direita para formar uma maioria parlamentar ou o Chega está excluído dessa equação?
Para mim, excluo o Chega de uma coligação de centro-direita para governar Portugal, como excluo o Bloco de Esquerda e o PCP. Portugal não pode ser governado numa situação tão difícil como aquela em que vive, numa situação em que precisamos de reformas profundas. Precisamos de trabalhar muito pela positiva e não ser aquela tipologia de partido que, ora governa, ora faz oposição.

Mas nem que disso dependa que o PSD tenha o apoio de uma maioria parlamentar? O PSD deve excluir mesmo nessa circunstância?
Claramente: sim. Assim como acho que o PS deve excluir essa hipótese no que respeita à extrema-esquerda. Pertenço a um grupo de cidadãos que entende que a extrema-esquerda é tão má quanto a extrema-direita. Para mim, o Chega não é pior que o PCP ou que o BE.

A direção de Rui Rio excluiu o CDS de uma coligação pré-eleitoral. Em Aveiro, foi pré-coligado com o CDS. É um erro excluir o CDS ou, neste contexto, é importante o PSD ir a votos sozinho?
Entendo que o PSD tem de ir a votos sozinho. O CDS está no estado em que todos verificamos e, portanto, não há condições para fazer uma coligação pré-eleitoral com o CDS. Acho que esta é a eleição do voto útil, ou no PS ou no PSD. Esta é a eleição do voto útil e que, se qualquer um dos dois partidos ficar longe da maioria absoluta, nós devemos criar o espaço político nesta disputa até ao dia 30 de janeiro para que haja um entendimento de Governo em Portugal entre o PS e o PSD, com a liderança daquele partido que ganhar as eleições.

Rui Rio disse precisamente esta sexta-feira que era “positivo o PS estar aberto para negociar com o PSD” caso vença, mas tenha uma posição minoritária. Acredita que o PS de António Costa viabilizaria um programa de Governo de um Governo minoritário de Rui Rio? Não é um bocadinho naïf este desejo?
É um desejo que se condiciona à importância de haver estabilidade para governar Portugal nos próximos quatro anos. Das duas uma: ou vamos andar a geringonçar à esquerda e à direita e isso vai ser muito mau para Portugal ou vamos conseguir ter um Governo estável, de maioria absoluta do PSD, de maioria absoluta do PS ou de coligação entre PS e PSD, parlamentar ou de Governo, para que se cuide de Portugal. Aquilo que interessa nos próximos quatro anos é governar bem Portugal, é aproveitar bem os fundos comunitários que temos na nossa mão.

E é mais fácil o PS viabilizar um programa de Governo de Rui Rio do que de Paulo Rangel?
Claramente. Tenho isso como muito claro. Agora, não é essa a luta do PSD. A luta do PSD é ganhar a eleição de 30 de janeiro e, aí, de nós todos, aquele que tem melhor condição para o fazer é o presidente Rui Rio.

Vamos avançar para o segmento Carne ou Peixe, em que tem de escolher uma de duas opções. Ribau Esteves preferia ser ministro num Governo que tivesse como primeiro-ministro Paulo Rangel ou Luís Montenegro?
Nenhum. Não aceitava o convite.

A quem ofereceria uma caixa de ovos moles: António Costa ou Pedro Nuno Santos?
António Costa.

Quem convidaria para um passeio na ria de Aveiro: Marques Mendes ou Luís Filipe Menezes?Marques Mendes.

Com quem é que assistiria a um jogo do Beira-Mar? Marcelo Rebelo de Sousa ou Cavaco Silva?
Marcelo Rebelo de Sousa.

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