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Woman Soldier Sitting and Applying Lipstick to Her Face
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Gladys Rosenbeck, um membro da American Women's Voluntary Services (A.W.V.S.) durante a Segunda Guerra Mundial a maquilhar-se, no campo aberto nos arredores de Nova Iorque onde estava a aprender a disparar, sob a tutela do exército, em 1942.

Bettmann Archive

Gladys Rosenbeck, um membro da American Women's Voluntary Services (A.W.V.S.) durante a Segunda Guerra Mundial a maquilhar-se, no campo aberto nos arredores de Nova Iorque onde estava a aprender a disparar, sob a tutela do exército, em 1942.

Bettmann Archive

Ritual de beleza, arma de guerra e ferramenta de luta social: a poderosa história do batom vermelho

Isabel I, Churchill, Hitler ou Madonna, todos escreveram linhas na longa e rica história do batom vermelho. E, numa década de mudança que atravessa séculos, ele mantém-se fiel e revolucionário.

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Se a década de 20 tem representado grandes mudanças ao longos dos séculos, podemos confirmar que este não será diferente e desde que começou 2020 que o mundo se tem andado a redefinir. Na cosmética, o ritual de mudança tem reflexo na história do batom. Ora vejamos: no final da década de 1820 a Guerlain lançou um cosmético para c0lorir os lábios. Um século depois, andava Gabrielle Chanel a criar o seu próprio suporte para o batom que usava todos os dias, quando o tubo (semelhante ao que hoje conhecemos) foi patenteado. O mundo da cosmética terá aproveitado esta inovação para dar um novo fôlego à criação de batons, pois se as mulheres não dispensavam o uso deste pequeno, mas poderoso, produto no seu dia a dia, como poderia ele não ter um design adequado à sua necessidade? Hoje, o batom é um acessório comum e um elemento fundamental na máquina da maquilhagem, mas depois de quase dois anos com as bocas tapadas, veremos se a relação das mulheres com esta peça se altera.

Dúvidas houvesse quanto à oportunidade do tema, há ainda uma guerra a acontecer, entre a Ucrânia e a Rússia, na qual o batom vermelho volta a ser usado como arma. Maria Zakharova, diretora do departamento de informação e imprensa do Ministério dos Negócios Estrangeiros e porta-voz do presidente da Rússia será a figura mais destacada daquele que já é conhecido como “o exército de batom vermelho de Putin”. É descrita como “o mais destacado soldado de um exércitos de clones de mulheres russas bem-entendidas em media que assumiram a missão de mentir em nome do regime de Putin”. O jornal britânico sublinha a importância das mulheres no campo russo desta guerra ao escrever que “podem continuar ainda a ser homens quem conduz os tanques e quem salta dos aviões. Mas na nova guerra de propaganda, a elite das tropas de choque de Putin são mulheres”. E sem medo de apostar numa imagem feminina onde os batons são tão vistosos como as roupas.

Procuramos a surpresa das novidades, mas gostamos de manter por perto a segurança dos clássicos. Porque nada se cria, tudo se transforma, podem ser as raízes mais profundas a inspirar as ideias mais revolucionárias. Usar batom vermelho em pleno século XXI em sociedades que se dizem evoluídas e igualitárias, pode ainda ser um ato arrojado. É preciso recuar centenas de anos antes de Cristo para conhecer as origens deste ritual de adornar os lábios com esta cor. A história do batom vermelho revelou-se de tal forma rica e densa que merece ser contada. Poderá um ritual de beleza ter passado a ser um movimento revolucionário? Sim. O batom até teve um papel importante na II Guerra Mundial, e não foi por causa do seu formato de bala. Mas como poderia uma história destas não ter um pouco de glamour? Também várias mulheres icónicas emprestaram o seu carisma a este trajeto de beleza e resistência.

Primeiro que tudo, um ritual de beleza

Hoje, algumas marcas de cosmética brindam as suas clientes com luminosos tons de cremosas texturas, mas um dos primeiros registos do uso de batom vermelho está na Mesopotâmia, onde as sumérias (e alguns sumérios) adotaram o ritual de adornar os lábios com pedras semipreciosas esmagadas, conseguindo assim, certamente, um look brilhante. Para os egípcios pintar os lábios de vermelho era um ritual reservado à realeza e à classe alta e Cleópatra, claro, era a melhor influencer desta tendência na época, como veremos mais à frente. Na antiga Grécia este ritual estava associado a prostitutas e na Idade Média a Igreja baniu mesmo a maquilhagem, porque decidiu que esta era uma espécie de desafio a Deus.

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Armada Portrait Of Elizabeth I Is Reinstalled Following Conservation Work
As rainhas e os seus batons. Isabel I de Inglaterra foi fã de batom vermelho e popularizou-o.
Getty Images
Queen Elizabeth II putting on lipstick
Isabel II não dispensa o seu batom, embora vermelho não seja uma cor que a realeza use hoje em dia.
Getty Images

Nos séculos que se seguiram, Inglaterra e França andaram desencontradas e tiveram diferentes abordagens ao batom vermelho, contribuindo para a forte herança cultural que hoje espelha. No século XVIII, as ilhas britânicas uma quase política anti-cosméticos e, em 1770, o Parlamento chegou mesmo a aprovar uma lei, segundo a qual um casamento poderia ser anulado se a noiva usasse maquilhagem antes de se casar. Estes produtos estavam, mais uma vez, reservados às prostitutas. Em França, por seu lado, por volta de 1780, as mulheres de classe alta eram encorajadas a usar cosméticos, já que por lá eram as classes trabalhadoras e as prostitutas que exibiam looks naturais. Mais tarde, no século XIX, a rainha Vitória considerou a maquilhagem uma falta de educação e no final da era Vitoriana o batom era novamente um tabu. Em França, mais uma vez, seguia-se outra visão graças à atriz Sarah Bernhardt, que usava batom vermelho e se afirmou como ícone da sua geração, assumindo-se este como sinal de independência e audácia.

A cada época a sua diva

Ao longo da História, foram as mulheres-modelo de cada época que impulsionaram a mudança na moda e na beleza. Ao batom vermelho também deram o seu selo de aprovação e emprestaram carisma tornando-o tendência ou simplesmente aceitável.

No antigo Egito, Cleópatra era uma fã de lábios vermelhos. Na época, a pintura labial era conseguida com uma mistura de gordura animal ou óleo vegetal, aos quais eram adicionados besouros e formigas esmagados, como pigmento para conseguir o tom exato. A expressão “beijo da morte” terá ficado famosa nesta altura por causa da perigosa mistura que dava origem ao bálsamo labial, que continha iodo e bromo entre outros compostos que poderia até levar à morte, conta a Elle.

Isabel I de Inglaterra foi uma das mais importantes embaixadoras dos lábios vermelhos e pôs na moda, na sua época (o século XVI), tanto as tintas labiais como os pós faciais brancos. A sua tinta labial era composta por cera de abelha e plantas. Já Clara Bow, estrela do cinema mudo, usava batom no tom mais escuro possível, uma vez que nos filmes a preto e branco o vermelho não se destacava.

Mademoiselle Chanel acreditava que o batom era a primeira arma de sedução de uma mulher e preferia sempre um tom vermelho. Em 1921, concebeu mesmo o seu primeiro batom rubro num tubo de papel areado, para uso pessoal. Depois melhorou a apresentação e criou um tubo em madrepérola, mais tarde a peça foi feita em bronze já com efeito push-up. O batom era tão importante que a clássica carteira 2.55 até tem uma bolsa especial reservada a este item. O primeiro batom vermelho Chanel foi lançado em 1924 e, 50 anos mais tarde, o tom de vermelho preferido da criadora deu origem ao batom Rouge de Chanel.

Madonna também tem um papel nesta história. Durante a sua Blonde Ambition Tour, em 1990, usou o tom Russian Red da M.A.C. e deu o seu Toque de Midas e um valente impulso, não só ao batom vermelho como à própria marca canadiana que era recente na altura.

Madonna

Madonna, num concerto da Blonde Ambition Tour em julho de 1990, no Feyenoord Stadion, na Holanda. Madonna já era um ícone e deu uma nova vida ao batom vermelho

Getty Images

Uma arma de guerra?

No Reino Unido, em plena II Guerra Mundial, a produção de cosmética parou, para reverter recursos para outros fins, contudo o primeiro ministro fez dos batons uma exceção porque, supostamente, estes levantavam o moral da população e foram considerados produtos de primeira necessidade. Reza a lenda que Churchill era fã de batons vermelhos e, em 1941, também a Vogue britânica lançou o slogan “Beauty is your duty” (A beleza é o seu dever) e incentivava o uso de maquilhagem como atitude motivadora em tempos difíceis.

A jornalista e autora do livro “Red Lipstick: An Ode to a Beauty Icon”, Rachel Felder, confirmou em entrevista à revista S Moda que, no Reino Unido, o Ministério do Abastecimento emitiu um memorando onde se lia que a maquilhagem é tão importante para as mulheres como o tabaco para os homens. “O ato de pintar os lábios passa uma mensagem de autoridade e convicção. Para as mulheres que o usam é tanto uma escapada como um escudo, escondendo qualquer insegurança e demonstrando força assertiva”, acrescentou.

Do lado oposto do conflito estava também uma opinião divergente em relação aos lábios vermelhos. Para Hitler, o seu uso era sinal de uma mulher com opinião política e papel social ativo, e nada disto lhe agradava. Na Alemanha, as mulheres que se reuniam com o ditador tinham uma lista de recomendações a seguir, entre as quais constava que não deveriam usar qualquer tipo de maquilhagem: estavam proibidas as unhas pintadas e, claro, os lábios vermelhos.

WAAC In Combat Gear

Uma mulher membro do US Army Women's Auxiliary Army Corps (WAAC, Corpo do Exército Auxiliar Feminino do Exército dos EUA) fardada e com o seu batom vermelho, por volta de 1944.

Getty Images

Ficamos a saber pelos diários do tenente coronel Mervyn Willett Gonin, que, afinal, a proibição só deu ao batom vermelho ainda mais poder de libertação. Segundo o oficial britânico, que foi uma das primeiras pessoas a entrar no campo de concentração Bergen-Belsen, em 1945, para a sua libertação, quando a Cruz Vermelha Britânica chegou ao local, trouxe consigo um carregamento de batons vermelhos (embora não se saiba se de propósito ou devido a algum engano). Parece que a maquilhagem foi como um toque de magia num ambiente de terror, como se “lhes devolvesse a sua humanidade perdida”, segundo cita a Newsweek.

O artista Banksy tem uma obra que se chama “Holocaust Lipstick”, que consiste numa fotografia das mulheres prisioneiras a usar o uniforme de riscas e os lábios pintado de vermelho, e é acompanhada por um texto do diário de Willett Gonin que conta esta história.

Indicador económico, objeto cultural ou ferramenta social

A expressão “Lipstick Index” (Índice de Batom) foi criada por Leonard Lauder durante a recessão de 2001, na sequência do 11 de setembro. O presidente, à época, do império da cosmética Estée Lauder fez do produto de maquilhagem um indicador económico porque as vendas de batons subiram no início desta primeira década do século XXI, como a compra de luxo das mulheres durante um período de recessão. O fenómeno mostrou uma repetição do comportamento que já tinha acontecido na Grande Depressão, depois da queda da bolsa americana em 1929, em que as vendas de batons disparam, em especial os de cor vermelha.

Já no caso de crise causada pela pandemia de Covid-19, o mesmo não se verificou. Depois de dois anos com lábios cobertos pelas máscaras, os batons não se revelaram um investimento atrativo — pelo menos até agora.

Marilyn Monroe And Lauren Bacall In 'How To Marry A Millionaire'
Lauren Bacall observa Marilyn Monroe a pôr batom, numa cena do filme 'Como casar com um milionário', 1953.
Getty Images
Elizabeth Taylor
Elizabeth Taylor, em 1948.
Getty Images

Se concluimos que o batom é uma ferramenta política e social, podemos ainda acrescentar que se pode apresentar também como objeto cultural. Em 2019, pela primeira vez, a galeria Tate Modern, em Londres, colocou batons à venda na sua loja. Em exibição estava uma mostra da artista surrealista Dora Maar. Como esta manteve uma relação com Pablo Picasso e chegou a ser sua musa, constavam também quadros do artista espanhol que a representavam, como por exemplo “The Weeping Woman” (A Mulher que chora, 1937). Sendo Maar uma apreciadora e utilizadora de maquilhagem, o museu encomendou à marca de cosmética Code 8 um batom no tom exato das obras de Picasso e o resultado foi o Jazz Red. Este batom já não está à venda, mas está conquistada a entrada da cosmética no museu, como conta o Telegraph.

A canadiana e defensora dos direitos das mulheres Florence Nightingale Graham deu batons vermelhos às outras sufragistas que, em março de 1912, percorreram a Quinta Avenida de Nova Iorque. A cor de lábios que antes tinha sido uma referência a prostitutas e às classes baixas, estava a tornar-se uma instituição feminista, embora tenha chegado às mãos, e lábios, apenas das sufragistas brancas. À medida que os movimentos dos direitos das mulheres se espalhavam pelo mundo, levavam consigo o batom vermelho como bandeira.

A iniciativa foi, afinal, da empresária e fundadora da marca Elizabeth Arden, que tinha aberto dois anos antes e haveria de criar um dos maiores impérios de beleza do mundo. Em 1943, recebeu uma encomenda do Governo norte-americano para criar um batom que se destinava a ser usado de forma oficial pelas mulheres das forças armadas norte-americanas durante a II Guerra Mundial — deveria combinar com os uniformes, tinha a função de levantar o moral e foi batizado com o nome “Victory Red”. Por esta altura também Helena Rubinstein contribuiu para o movimento do batom vermelho com a criação do seu “Regimental Red”.

Quem diria que, em pleno século XXI, volvidos mais de 100 anos sobre a referida marcha, o batom vermelho ainda dá que falar a uns e que pensar a outros. A Congressista norte-americana Alexandria Ocasio-Cortez, por exemplo, fez do batom vermelho uma imagem de marca. Em 2019, com 29 anos, foi a mulher mais jovem de sempre a assumir o cargo de congressista dos Estados Unidos da América, pelo Partido Democrata. As origens no bairro do Bronx, em Nova Iorque, a herança sul americana da família, o ativismo e uma intensa atividade nas redes sociais ajudaram a convertê-la numa figura de destaque. “Vou usar lábios vermelhos quando quiser confiança, quando preciso de um impulso de confiança”, explicou em entrevista à Vogue. Até se sabe que o seu batom de eleição é o Stay All Day Liquid de Stila no tom Beso.

EV Freedom Act

Alexandria Ocasio-Cortez, congressista norte-americana. Maria Zakharova, diretora do departamento de informação e imprensa do Ministério dos Negócios Estrangeiros e porta-voz do presidente da Rússia.

CQ-Roll Call, Inc via Getty Imag

Por cá, foi na campanha para as mais recentes eleições presidenciais que o batom vermelho deu que falar. Depois de um comentário de André Ventura sobre os lábios vermelhos de Marisa Matias (ambos candidatos presidenciais), arrancou uma onda solidariedade nacional nas redes sociais com o #VermelhoEmBelém.

Uma criação e uma revolução em constante transformação

Em 1828, Pierre-François-Pascal Guerlain abriu as portas da primeira loja Guerlain e, explica a marca, foi criado o primeiro “produto líquido para adicionar cor aos lábios e às bochechas”, chamado Bloom of Rose. A primeira cor foi desenvolvida dois anos mais tarde e consiste num tom de vermelho sob o nome Rouge du Tigre. Só em 1870 é que nasceu o seu primeiro batom em formato stick, sob o nome Ne M’oubliez Pas (Nunca me esqueças), teve uma tonalidade de vermelho criada especialmente (Rouge Impérial) e, a partir daqui, o vermelho passou a ser uma assinatura da marca.

Segundo a Elle, o primeiro anúncio de batom nos Estados Unidos da América data da década de 1890 e teve lugar num catálogo da cadeia de armazéns Sears Roebuck. Nesta altura a cor vermelha era conseguida com um corante em tom carmim extraído das escamas de um inseto chamado cochonilha.

English advertisement for Elizabeth Arden lipstick, june 1943 French advertisement for Helena Rubinstein lipstick, 1952

Publicidades de décadas passadas que convidavam as mulheres a usar e a comprar batons. Guerlain, em 1936; Elizabeth Arden, em 1943 e Helena Rubinstein, em 1952

Em 1915, Maurice Levy criou a embalagem de batom parecida com a que conhecemos hoje, um tubo de metal que permitia tirar e recolocar o batom, e ainda com uma caixa própria. Este modelo tornou o uso mais prático, sem a necessidade de aplicar com o dedo ou com pincel, uma vez que se tratava de uma mistura de gordura de veado, óleo de rícino e cera de abelha embrulhada em papel. A partir de 1923, com o tubo de batom patenteado, começaram a surgir as propostas de inúmeras marcas de beleza e de moda.

Na década de 1940, nos Estados Unidos, as opiniões em relação ao uso de batom dividiam-se. Se por um lado alguma propaganda avisava as raparigas de que esse ritual de beleza era indesejado pelos homens, por outro, as campanhas de marketing de marcas de cosmética dirigidas às raparigas e mulheres a partir dos 16 anos incentivaram ao uso de batom de tal forma que no final desta década estima-se que cerca de 90% das americanas já tinham esse hábito. E com uma ajuda das estrelas de cinema e ícones de beleza da época, como Marilyn Monroe, Elizabeth Taylor ou Ava Garner, nos anos seguintes o uso de batom estendeu-se mesmo aos 98%.

Os movimentos sociais e culturais das décadas de 1960 e 1970 criaram novas tendências de beleza e trouxeram novas cores, como os tons neutros e os rosas. O movimento hippie e o feminismo, fizeram com que o batom fosse rotulado como arcaico e puseram na moda um look natural. Foram as rainhas do Disco que voltaram a popularizar a cor nos lábios, mas por enquanto só os tons rosados. O vermelho voltaria rapidamente à ribalta na poderosa década de 1980.

Hoje, o batom vermelho é uma presença obrigatória nas marcas de maquilhagem e o seu estatuto de clássico coloca-o acima das tendências de beleza e de moda da estação.

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