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Gualter Fatia

Gualter Fatia

Ronaldo em Alvalade é um sonho? Sim, mas possível

"Para o ano joga lá em Alvalade, vou convencê-lo", disse Dolores Aveiro. A mãe quer Ronaldo de volta mas possibilidade, sendo real, não é tão linear. 7 pistas para perceber o futuro a breve prazo.

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“Amanhã [quinta-feira] já falo com ele, amanhã vou para lá [Turim] e já falo com ele”. A frase de Dolores Aveiro à TVI24 não demorou a circular a alta velocidade, até porque, no contexto da festa pelo título do Sporting que levou vários adeptos aos arredores da varanda onde a mãe de Cristiano Ronaldo celebrava os campeões, seguiu-se uma promessa ainda maior: “Para o ano ele joga lá em Alvalade, eu vou convencê-lo”. Será mesmo assim? A possibilidade de haver um regresso do avançado aos leões quase 18 anos depois da saída para o Manchester United a Alvalade existe? Ou foi apenas um desabafo de uma mãe e adepta sportinguista radiante por ter visto o conjunto verde e branco colocar termo ao maior jejum sem Campeonatos de sempre? Ambas as hipóteses são admissíveis, sendo certo que há abertura por parte do jogador para acabar a carreira no clube.

No entanto, a chegada tem vários caminhos possíveis e em aberto. No ano, no contexto, nas ambições. E o ponto de partida passa pela qualificação ou não da Juventus para a Liga dos Campeões na próxima temporada: se os bianconeri ficarem entre os quatro primeiros e se não houver qualquer confirmação de um castigo aplicado pela UEFA por causa da Superliga Europeia, Ronaldo pode ficar e cumprir o último ano de contrato de Turim não havendo propostas que mudem esse cenário; caso a Vecchia Signora falhe o apuramento para a Champions, ambas as parte veem com bons olhos uma saída antes do final do contrato. Opções em aberto? Nesta fase não serão muitas, sendo que o Manchester United surge como principal alternativa para o avançado continuar a jogar na Champions, não baixar muito o nível salarial e manter ambições altas no plano desportivo.

É aqui que entra o Sporting. O clube não faz comentários sobre a possibilidade de haver um regresso de Ronaldo a Alvalade, seja na próxima temporada ou na seguinte, mas já fez ver que receberia o jogador de braços abertos. E conta também com outros fatores como a vontade de Dolores Aveiro, a passagem da maior empresa do jogador para Portugal ou o investimento no imobiliário que tem sido feito nos últimos tempos em Lisboa e em Cascais. No final, a vontade do avançado será sempre determinante – e, com isso, até o grande obstáculo para voltar a Alvalade, que passa pela questão económica, pode ser atenuada (ainda que numa realidade bem mais baixa).

Ronaldo fez uma época nos seniores do Sporting em 2002/03, rumou no ano seguinte ao Manchester United e foi em 2009 para o Real. Ponto comum? A reação "rendida" dos adeptos do Sporting

VI-Images via Getty Images

Como está a situação de Ronaldo na Juventus a um ano de acabar contrato?

Se a última imagem fosse sempre aquela que contasse e ficasse, Ronaldo não poderia estar melhor: após uma jornada em que passou completamente ao lado do jogo frente ao AC Milan, o avançado voltou aos golos diante do Sassuolo no regresso da Juventus às vitórias. E não foi um golo qualquer: numa jogada em cima do intervalo em que foi lançado na profundidade, ultrapassou Marlon com uma finta para dentro e rematou de pé esquerdo sem hipóteses para Consigli, o português chegou ao golo 100 pelos bianconeri e bateu dois recordes: tornou-se o primeiro a marcar 100 ou mais golos em clubes de três países diferentes (450 no Real Madrid, 118 no Manchester United e 100 na Juventus, a que se juntam 103 pela Seleção A) e foi também o primeiro a chegar aos três dígitos pela Vecchia Signora apenas em três temporadas, superando Omar Sivori e Roberto Baggio (quatro).

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Ronaldo volta a marcar, chega ao 100.º golo na Juventus e bate mais um recorde na Europa (e outro no clube)

No entanto, essa imagem está longe de resumir a época do jogador e da equipa, que terá na próxima quarta-feira a possibilidade de ganhar mais um troféu depois da Supertaça, neste caso a Taça de Itália (final com a Atalanta). E está longe mesmo partindo de algo que muito dificilmente deixará de acontecer: pela primeira vez desde que chegou a Itália, Ronaldo será consagrado como melhor marcador da Serie A, garantindo assim o quinto prémio de goleador na terceira liga diferente entre Inglaterra (Manchester United, um) e Espanha (Real Madrid, três). Ainda assim, foi curto. E os 28 golos no Campeonato, 35 no total de todas as provas, não foram suficientes para evitar a eliminação precoce nos oitavos da Champions frente ao FC Porto e para impedir que a equipa entrasse nas duas últimas jornadas num inesperado quinto lugar que pode colocar a Juventus “só” na Liga Europa.

Pepe, o líder que dá a cara na verdadeira equipa portuguesa na Europa (a crónica do Juventus-FC Porto)

Esse poderia ser apenas mais um dos muitos problemas para os bianconeri resolverem nos próximos meses e no seguimento da pior época da década na Serie A: 1) Andrea Agnelli, proprietário da Juventus, está a sofrer uma contestação crescente à qual também não é alheia a rábula da nova Superliga Europeia que no limite poderá até afastar a equipa de Turim um a dois anos da Champions; 2) Andrea Pirlo já tem os dias contados no comando técnico da formação transalpina; 3) o plantel deverá ser alvo de uma reformulação grande para iniciar um novo ciclo. É neste contexto que surge Ronaldo, que tem mais um ano de contrato com um salário de 30 milhões de euros/época. Os dirigentes do clube garantem que o avançado vai ficar mas a opção de estender o contrato não está em cima da mesa; as próprias contas do primeiro semestre, com prejuízos acima dos 100 milhões de euros, obrigam a uma maior racionalidade orçamental; e haveria abertura para uma possível venda do avançado.

Ronaldo será pela primeira vez o melhor marcador da Serie A mas, também pela primeira vez, não será campeão. E voltou a falhar na Juventus uma final da Champions

Jonathan Moscrop

Quais são as possibilidades em termos de futuro (e o que mudou em dois meses)

A seguir à derrota frente ao FC Porto na Liga dos Campeões, houve quase um desfile de clubes como hipóteses para Cristiano Ronaldo dando como confirmanda a saída antecipada neste verão. Mas da mesma maneira que isso foi acontecendo na segunda semana de março, chegamos à segunda semana de maio e o cenário é bem diferente.

Em Espanha, e apesar de terem realmente existido algumas aproximações de pessoas em comum junto do Real Madrid no sentido de aferir sobre um possível regresso ao conjunto espanhol, Florentino Pérez, presidente dos merengues, já fechou a porta a essa hipótese – não esquecendo tudo aquilo que Ronaldo foi ao longo de quase uma década no clube. Em França, falou-se também numa possível aposta do PSG mas a prioridade parece passar pela renovação de Mbappé depois de Neymar e por uma tentativa de desviar Messi de Barcelona (até porque, a acontecer, seria um jogador com passe na mão), mais do que contratar Ronaldo. Em Inglaterra, o Manchester United voltou a ser apontado, mas não parece, pelo menos nesta fase, ter pernas para andar, ainda que seja o único que pode sofrer de forma célere uma viragem de postura, até com um possível regresso de Paul Pogba a Turim.

O gesto “imperdoável”, o registo negativo e a não renovação: o futuro de Ronaldo tornou-se uma incógnita

À parte das possibilidades supracitadas, e assumindo que Ronaldo poderia sair da Juventus já neste verão, que alternativas poderiam existir? A Liga norte-americana, que tem recebido mais jogadores da Europa, não é nem será uma hipótese para o português (a equipa de David Beckham estaria pronta para receber o jogador, mas o processo que a ex-modelo Kathryn Mayorga moveu ao português anula essa possibilidade). A Liga chinesa, outrora pujante e atenta a negócios “impossíveis”, perdeu capacidade financeira e de investimento. Uma possível passagem pelas Arábias, um outro mercado agora em crescendo também à luz da realização do Mundial no Qatar em 2022, não entra nas opções do avançado. Se entre as equipas com capacidade de lutar por títulos nos Big Five não surgir uma alteração de estratégia, o Sporting ganha outra força em termos futuros.

Juventus pode não forçar a permanência de Ronaldo no final da época e aceitar saída por 25 milhões

Quais são as ambições de Ronaldo até ao final da carreira

Ronaldo sempre colocou a grande prioridade nos títulos coletivos e nos recordes pessoais – até porque ambos andaram sempre juntos, com os principais marcos individuais a surgirem nas épocas em que ganhou os maiores troféus por equipas e na Seleção. Ainda hoje a possibilidade de estabelecer novas marcas de golos acaba por ser um fator de motivação para o avançado. No entanto, a não atribuição da Bola de Ouro em 2020 pela pandemia e a eliminação precoce da Juventus na Champions, que diminuiu a possibilidade de alcançar o troféu também em 2021, foram dois golpes na tentativa de ainda igualar Lionel Messi nas seis distinções enquanto Melhor do Ano. Certo é que, havendo uma janela de oportunidade para lutar por mais uma Bola de Ouro, Ronaldo aceita.

Tendo em vista também o Mundial de 2022, o avançado tem em mente jogar pelo menos até aos 38 anos (que fará em fevereiro de 2023), podendo depois prolongar a carreira enquanto sentir condições para isso – sabendo também que o estilo de vida profissional que foi levando ao longo de duas décadas permite gerir a parte final de jogador como entender e que, se chegasse ainda ao Europeu de 2024, iria bater mais uma série de recordes numa carreira definida também pelos sucessivos registos que foi quebrando ao longo das últimas temporadas. Desta forma, os próximos dez dias serão uma peça importante para definir aquilo que será o futuro do jogador.

Portugal's  Cristiano Ronaldo celebrates after scoring a goal against Sweden, during the UEFA Nations League match at Friends Arena, in Stockholm, Sweden, 08 September 2020. MÁRIO CRUZ/LUSA

Ronaldo vai estar no Europeu deste ano e quer chegar ainda ao Mundial de 2022, onde terá 37 anos

MÁRIO CRUZ/LUSA

A Juventus ocupa nesta altura o quinto lugar da Serie A, apenas a um ponto do Nápoles e a três de Atalanta e AC Milan, adversários diretos na luta pelas três vagas ainda existentes de acesso à fase de grupos da Champions em 2021/22. Este sábado, os bianconeri recebem o novo campeão Inter, terminando depois o Campeonato com uma deslocação a Bolonha (tendo a final da Taça de Itália pelo meio, na quarta-feira). Ganhando esses dois jogos, e mesmo havendo um Atalanta-AC Milan na última jornada, o conjunto de Turim precisa que o Nápoles não vença um dos dois últimos encontros (Fiorentina fora, Verona em casa) e/ou que Atalanta e AC Milan não ganhem os seus compromissos da 37.ª jornada, contra Génova (fora) e Cagliari (casa), respetivamente. Se a Vecchia Signora ficar fora da Liga dos Campeões, a saída de Ronaldo é praticamente certa até pelo rombo que esse verba em falta irá provocar. Aqui abrem-se depois as tais hipóteses entre equipas que estejam na Champions.

A ligação entre Ronaldo e o Sporting, a Academia e a atividades nas redes

O novo Estádio José Alvalade estará sempre ligado a Cristiano Ronaldo porque foi ali, na inauguração do recinto a 6 de agosto de 2003, que o avançado fez uma atuação de tal forma diabólica que o Manchester United, equipa convidada para a festa, demorou apenas alguns dias a assegurar a sua contratação. Daí para cá, o português foi adversário dos leões no Manchester United (por quem marcou, pedindo desculpa aos adeptos e ouvindo uma ovação de pé) e no Real Madrid, além dos treinos e jogos realizados ali pela Seleção, e assistiu a algumas partidas dos leões como o dérbi frente ao Benfica em 2019. Foi também numa dessas presenças em Alvalade que recebeu o cartão de sócio número 100.000 do clube, em outubro de 2013, um dos muitos pontos que foram prolongando a relação afetiva entre o jogador formado nos leões e o clube verde e branco ao longo da última década e meia.

Além de ter sido sempre colocado a par de Luís Figo como a coroa de glória da formação leonina, a ligação entre Ronaldo e Sporting ganhou outra forma em 2020, quando a Academia do clube foi batizada com o seu nome.

“É com enorme honra que o Sporting Clube de Portugal informa que a Academia do Clube passará a chamar-se Academia Cristiano Ronaldo. O bom filho a casa torna e a casa que fez crescer Cristiano Ronaldo acolhe agora o seu nome em homenagem àquele que se tornou o melhor jogador português de todos os tempos, melhor jogador do Mundo galardoado com cinco Bolas de Ouro e capitão da Selecção nacional campeã da Europa e da Liga das Nações. Cristiano Ronaldo juntou-se à família leonina em 1997 com 12 anos de idade. A 14 de agosto de 2002, com apenas 17 anos, estreou-se na equipa sénior contra o FC Internazionale Milano.

A Academia imortalizará assim o nome do maior símbolo de sempre que formou e que será inspiração a seguir para todos os mais jovens talentos. Em data a anunciar, e assim que as condições o permitam, o clube fará a inauguração oficial. Esta homenagem enquadra-se num projecto de reconhecimento a várias referências do clube, incluindo alguns dos maiores talentos produzidos pela Academia, cujos campos de treino receberão os seus nomes. A Academia Cristiano Ronaldo representará o ADN Sporting na sua excelência e seguirá os destinos daquele que agora lhe dá o nome: ser a melhor do Mundo. Parabéns ao jogador Cristiano por todo o seu percurso, obrigado ao Leão Ronaldo por todo o seu Esforço, Dedicação, Devoção e Glória. Uma vez Leão, Leão sempre!

Em virtude da pandemia e do calendário competitivo do jogador por Juventus e Seleção, a inauguração oficial da Academia Cristiano Ronaldo com este nome ainda não aconteceu, mas o avançado tem estado particularmente ativo nas interações com o clube, entre os parabéns pela vitória europeia do futsal frente ao Barcelona que valeu a segunda Champions aos leões, o apoio à equipa de futebol antes da receção ao Boavista que poderia dar o título de campeão e os parabéns após a vitória que deu lugar à festa. “Muitos parabéns, campeões!”, escreveu.

A entrada da Nike no Sporting, o aumento do valor variável e a ligação com Ronaldo

Depois da ligação à Puma, que incluia não só a parte dos equipamentos desportivos mas também o naming da Academia, o Sporting assinou em 2014 um contrato com a Macron. E porquê a Macron? Porque era a marca que oferecia melhores condições financeiras, bem acima dos valores a que poderiam chegar (caso tivessem interesse nisso mesmo também) a Adidas, a Nike e a Puma. E se na altura da Puma existia um valor de receitas global que era inferior a 750 mil euros, o mesmo quase duplicou no vínculo assinado até 2017 e chegou aos dois milhões de euros na renovação que estendeu o contrato até 2021, incluindo fornecimento e vendas de camisolas. Agora, como o Observador já tinha referido, segue-se um novo período com a Nike, num acordo global diferente.

Sporting, nova ligação à Nike e o retorno previsto

Os leões acordaram com a marca norte-americana um contrato de três anos, válido até ao final da temporada desportiva de 2023/24, que deverá ser apenas anunciado no final de junho ou mesmo a 1 de julho, altura em que o clube costuma aproveitar a data do seu aniversário para dar a conhecer os novos equipamentos para a época de 2021/22. E qual é a grande diferença em termos de encaixe? O valor variável em causa. Ou seja, se no acordo com a Macron o Sporting tinha conseguido a maior receita de sempre em termos de valor inicial fixo, o vínculo com a Nike, sendo mais baixo nesse particular, consegue uma maior margem de receitas próprias na parte das vendas ao público. Essa sempre foi, aliás, a política seguida pelo fabricantes dos EUA em relação ao futebol: dar menos para patrocinar uma equipa e contrabalançar isso mesmo com uma maior percentagem sobre as vendas.

Cristiano Ronaldo, aqui num treino com Ricardo Quaresma, saiu do Sporting em 2003 para reforçar o Manchester United após a inauguração do novo José Alvalade

VI-Images via Getty Images

Mas esse não era o plano único ponderado pelos responsáveis leoninos – tendo em conta os mercados a que a Nike consegue chegar, tendo em conta que Ronaldo é a grande referência da marca no futebol, tendo em conta que o Sporting pretender continuar a investir na internacionalização da sua marca mantendo como um veículo prioritário as Escolas Academia, existe uma conjugação com potencial para gerar novas receitas no plano não nacional, além da visibilidade que o naming da Academia Cristiano Ronaldo já trará por inerência.

A vontade da família, a penthouse na Castillo e a moradia de luxo em Cascais

Na Madeira, e no rescaldo das celebrações da conquista do Campeonato por parte do Sporting, a TVI24 conseguiu chegar à fala com Dolores Aveiro, mãe de Cristiano Ronaldo, perguntando sobre a possibilidade de ver o filho no clube do coração. “Amanhã [quinta-feira] já falo com ele, amanhã vou para lá [Turim] e já falo com ele”, atirou. E perante a presença de mais adeptos do Sporting junto da varanda de casa cheia de bandeiras do clube leonino, foi ainda mais longe: “Para o ano ele joga lá em Alvalade, eu vou convencê-lo”. Ali falava a mãe, ali falava a sportinguista. Mas existem outros sinais que vão reforçando a possibilidade de, nos próximos tempos, o avançado mudar-se mesmo para Lisboa.

Por um lado, a CRS Holding, que é a principal empresa de Ronaldo e que estava sediada no Luxemburgo, passou a ter sede em Lisboa com o nome CR7 Lifestyle Unipessoal, abrindo com um capital social superior a 16 milhões de euros – o que, em termos práticos, significa que passará a pagar impostos em solo nacional. Em paralelo, o jogador já tinha comprado aquele que se tornou o apartamento mais caro do país, uma penthouse no 13.º andar do edifício Castilho 203, situado em Lisboa, com quase 300 metros quadrados, piscina e garagem privativa, que se juntou a um apartamento na Avenida da Liberdade, que comprara quando estava ainda no Real Madrid. Além disso, Ronaldo investiu também cerca de oito milhões de euros num terreno grande na zona da Quinta da Marinha, em Cascais, onde está a construir uma moradia de luxo de raiz – e que, sempre que pode, vai visitar para acompanhar de perto o evoluir das obras, tendo também pessoas de confiança a seguir o processo.

Cristiano Ronaldo muda sede da sua principal empresa do Luxemburgo para Portugal

Assinando ou não pelo Sporting a breve prazo, o futuro de Ronaldo, enquanto jogador e depois de terminar a carreira, deverá passar por Portugal, tendo em conta os investimentos no imobiliário e a mudança da principal empresa para o país. E o clube tem conhecimento disso mesmo, estando aberto a qualquer possibilidade de parceria ou projeto com o jogador. “O Ronaldo será sempre uma fonte de receita e não de custo”, salientou o diretor financeiro dos leões, André Varela, na conferência Thinking Football, acrescentando que uma possível contratação do avançado “estava ainda na imaginação de alguém”. Em termos oficiais, este é o posicionamento do clube: não fazer comentários e não alimentar expetativas por forma a que, caso não exista negócio, não fique qualquer sentimento de “frustração”. No entanto, o Sporting acompanhou ao pormenor o que se passou nos últimos meses, sabendo que a vontade do jogador será sempre o ponto fundamental de tudo o resto.

Como pode um clube português pagar um jogador como Ronaldo?

Resposta pronta: não pode. Resposta extra: pode sem poder. E existem engenharias financeiras possíveis para assegurar que, caso seja essa a vontade de Ronaldo, o jogador possa regressar a breve prazo a Alvalade.

De acordo com o relatório anual da revista Forbes, o avançado foi o terceiro desportista mais bem pago no ano passado, apenas superado pelo lutador irlandês Connor McGregor e pelo também futebolista Lionel Messi, num total de 99,5 milhões de euros de ganhos dos quais pouco mais de metade vieram de contratos publicitários (admitindo-se que nestas contas estarão incluídos prémios de jogo, na medida em que o salário líquido/época em Turim é de 30 milhões). E esta é apenas mais uma da muitas presenças consecutivas do jogador nos rankings que são feitos, com a particularidade de começar a ser maior o peso fora dos relvados a este nível. Mais: é público que Ronaldo tem gerido o império que foi criando de forma cuidada e projetando os negócios pessoais em vários ramos distintos como uma preparação do momento em que termine a carreira ativa no futebol.

De acordo com informações que o Observador foi recolhendo, e assumindo como ponto de partida que o salário do capitão da Seleção teria sempre de sofrer uma forte queda, existem alternativas que podem ser acionadas caso o jogador pretenda regressar ao Sporting – essa é sempre a questão mais importante, a vontade de Ronaldo. Exemplos? Colocar a Nike ou outros parceiros uma parte substancial do vencimento do avançado, numa ideia que chegou a ser ponderada em Alvalade quando Ricardinho esteve perto de assinar pelos leões (com as devias diferenças nas proporções e no salário em causa); esboçar um acordo que, além de abdicar de grande parte dos valores pelos direitos de imagem, faça reverter uma percentagem das vendas de merchandising para o jogador; e estabelecer outro tipo de parcerias envolvendo também comunicação digital e redes sociais.

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