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Sofia Benjuema é uma das principais responsáveis da Google pela chegada do Startup School
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Sofia Benjuema é uma das principais responsáveis da Google pela chegada do Startup School

ANA MARTINGO/OBSERVADOR

Sofia Benjuema é uma das principais responsáveis da Google pela chegada do Startup School

ANA MARTINGO/OBSERVADOR

Sofia Benjumea, da Google: "O que pode salvar a vida de uma startup é parar"

A crise criada pela pandemia da Covid-19 criou "oportunidades" para as startups, defende em entrevista Sofia Benjuema, da Google. "Provaram que conseguem enfrentar a crise e algumas cresceram", diz.

“É a peça que faltava.” Há duas semanas, a Google anunciou a chegada do Startup School a Portugal, o programa da gigante tecnológica para empreendedores que acabaram de criar uma empresa. Em entrevista ao Observador, Sofia Benjumea, diretora da Google for Startups para a Europa, Médio Oriente e África (EMEA), o departamento da empresa por detrás do programa, salienta isso mesmo: depois do Growth Academy [apelidado anteriormente como Growth Lab], e do Residency, este projeto é a “peça que faltava” em Portugal para quem quer ser empreendedor e está no início. E refere que este pode ser o momento certo para se lançar uma empresa: mesmo com adversidades, a crise provocada pela pandemia da Covid-19 criou muitas “oportunidades”, diz a responsável.

Sofia Benjumea está na Google desde 2015 e tornou-se responsável pelo mercado EMEA em janeiro de 2020, poucos meses antes de a pandemia mudar o mundo. Na mesma empresa, a mulher que foi cofundadora e líder da sua própria empresa, a Spain Startup The South Summit, foi cara da Google Espanha para startups durante cinco anos. Mas não é por isso que esquece Portugal. Em entrevista, além de falar do panorama europeu de empreendedorismo, refere que entre Portugal e Espanha há uma diferença clara: “As startups de Portugal começam a ver os mercados internacionais desde o primeiro dia”.

Sofia Benjuema está à frente do departamento da Google para startups na Europa, Médio Oriente e África desde janeiro de 2020

Quais é que são os principais desafios para um empreendedor num mundo pós-covid?
Acho que depende muito de cada mercado. Basta ver Espanha ou algumas das startups dos nossos programas, como a Doinn, que participou num dos programas de aceleração e o fundador é português. Esta startup focava-se em viagens e no setor do turismo [agora alargou o negócio a mais áreas]. O que é cativante é que as startups, por exemplo, em Espanha, tiveram de se reinventar. E tiveram de fazer lay-offs, rever os seus modelos de negócios — 2020 foi um ano muito difícil.

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Quanto aos desafios, creio que conseguir financiamento tem sido mais desafiante. Contudo, há muito dinheiro no ecossistema. Tem sido provado que o financiamento continua, se calhar com rondas mais pequenas. Mas em termos de acordos, pelos menos em Espanha, o número aumentou em 20-25%. Em alguns mercados subiu mesmo até ao nível do valor de financiamento.

É muito importante olhar para estas oportunidades. Nós, que acreditamos mesmo no ecossistema das startups, vemos que estas provaram ser bem mais resilientes do que a maioria das empresas. Os negócios provaram ser muito resilientes e as startups acho que mais ainda. A Doinn, por exemplo, cresceu. A Barkyn, outra startup portuguesa, aumentou a equipa em 50%. A YData, que estava numa fase muito inicial, cresceu de ter apenas os fundadores para 11 pessoas na equipa. Tudo isto num ano em que toda a gente estava a falar de lay-offs e crise.

As startups têm provado que não só conseguem suportar e enfrentar a crise, como algumas até cresceram. Sofreram muito, mas também pegaram nesta oportunidade para se tornarem melhores no produto, ficarem melhores neste processo, para repensar os seus modelos de negócio. Por agora, os desafios que têm são os mesmo que têm tido sempre. E ainda estamos numa época de muita incerteza. Mas penso que as startups estão numa posição única. Aquelas que mantiveram e foram capazes de se manter vivas estão numa condição única para crescer e provar que são o motor de alavancagem não só para uma retoma económica, como para um crescimento económico. Penso que isto é muito único.

"Por agora, os desafios que têm são os mesmo que têm tido sempre. E ainda estamos numa época de muita incerteza. Porém, penso que as startups estão numa posição única"

Quais é que são os tipos de negócios que pensa que vão desaparecer do mundo?
Não quero dizer desaparecer. Vou dar a volta [à pergunta]. Tem sido provado que esta crise mostrou até que ponto as empresas digitais sabem como chegar às pessoas. Sabem alterar-se e fazer um pivot [alterar estratégia de negócio] com ferramentas digitais e recursos. Ou mudar os modos. Isso mostra que são mais resilientes quanto à crise. É mais ou menos isso. Até porque — não queria ir por aí, sobre haver setores que estão a sofrer — mas estamos a começar a ver a luz ao fim do túnel.

Nesta crise, o digital e a tecnologia provavam que não só sobrevivem, como também crescem. Acho também que esta crise acelerou a digitalização em cinco ou dez anos, dependendo dos mercados e até das economias onde estes ramos eram os pontos de partida [antes da pandemia]. Isto é muito eficaz e estas são as ferramentas que têm permitido às startups ultrapassar a crise. Agora, penso que que ficaram fortalecidas com isso. Tendo a ser muito otimista. Vejo muitas oportunidades que vêm das crises se aprendermos com elas e analisarmos o que aconteceu no passado.

O que pensa sobre o novo Startup Nations Standard?
De novo, [sou] otimista! (risos) Como referi, isto do pré- e pós-Covid pode criar um ponto de viragem para todas as economias e, claro, para a Europa. O timing não podia ser o melhor. Num momento em que provámos mais uma vez que as empresas que são digitais, as startups têm sofrido. Também têm conseguido continuar a lutar, ser resilientes, flexíveis. Temos muitas startups que se alteraram e responderam às necessidades da crise. Agora, continuam a crescer, a trazer empregos e empregos de qualidade. Acho que isso é algo muito bom.

União Europeia cria tratado e aliança para as startups serem mais competitivas

É o tempo certo para trazer isto não só para Portugal, mas também para a Europa. É extremamente positivo. Devo dizer, li o documento, e acho que toca em três pontos muito importantes. Primeiro, a regulação, que só a Comissão Europeia pode fazer e é muito, muito importante. Segundo, financiamento, que é crucial para a sobrevivência das startups. E, terceiro, fiquei muito entusiasmada por também ver que a diversidade é um dos pilares deste padrão.

[A diversidade] É algo que é muito o cerne daquilo que fazemos na Google for Startups. A nossa missão é nivelar o campo para fundadores serem bem sucedidos. É assim que avançamos. A diversidade tem muitos significados. Contudo, todos os nossos programas tentam ter 50% de fundadoras, membros de equipa mulheres e oradoras. Todas as nossas aceleradoras incluem sessões de inclusão e diversidade para garantir que os fundadores do futuro têm bastante consciência da importância de contratar equipas diversas. Temos muitas iniciativas para ajudar as fundadoras a serem bem sucedidas, como outros tipos de grupos sub-representados. Está 100% alinhado com a forma como vemos o futuro do ecossistema de startups e também me sinto muito otimista por ter sido incluída como um dos pilares chave dos standards.

Ainda quanto ao Startup Nations Standard e o Europe Startup Nations Alliance, qual é a melhor forma para melhorar a competitividade das startups europeias?
Penso que há muitas áreas. Uma das primeiras metas cumpridas foi garantir que sabemos o que é uma startup e que nos foquemos em perceber o que é em comparação com outros tipo de negócios e empresas para nos focarmos nas suas necessidades específicas. Obviamente que há áreas de regulação nas quais é preciso serem competitivas. Isso é desafiante porque, no final do dia, a Europa é um conjunto de diferentes países com diferentes regras. Às vezes, é mais desafiante para uma startup crescer na Europa do que noutro mercado. Tirando isso, isto está mesmo a pôr as startups no meio do discurso público em termos de inovação, crescimento e criação de empregos.

"O sucesso das startups é o sucesso do ecossistema. É preciso garantir que todos os ingredientes do ecossistema estão alinhados porque isso é muito importante para o sucesso do futuro"

Acho que a regulação é chave, o financiamento é crucial. Também é preciso garantir que estamos a fazer as ligações de ideias para tirar o melhor da riqueza e variedade europeia. Todas as partes interessadas têm de estar envolvidas, mas também as grandes empresas para que possam apoiar e pensar nas startups. O sucesso das startups é o sucesso do ecossistema. É preciso garantir que todos os ingredientes estão alinhados, porque isso é muito importante para o sucesso do futuro.

Quais são os conselhos que dá às startups que não são bem sucedidas?
Penso que há uma dicotomia constante com startups: a persistência é absolutamente crucial, mas falhar rápido também é importante para a compreensão. É importante analisar qual é o problema que se está a criar. Acho que esta crise deu muitas informações a fundadores dizendo-lhes que têm de parar.

Atualmente, para as startups, o recurso que mais lhes falta é tempo. Estão sempre a correr e não dedicam tempo a pensar realmente numa estratégia, num produto ou num pivot. Creio que é muito importante isto. Vimos casos fantásticos de startups que estavam a ter dificuldades e, depois, fizeram um pivot e foram bem sucedidas. No entanto, também é bom ter noção que, às vezes, as coisas não estão a funcionar e que pode ser necessário, simplesmente, parar, reinventar-se ou tentar outro ângulo. É também importante reconhecer a importância do tempo, pensar estrategicamente e perceber o que está a funcionar e o que não está. Muitas vezes, os fundadores dão por eles simplesmente a correr, a correr e a correr, e a apagar fogos, e o que pode salvar a vida de uma startup é parar e pensar profundamente sobre o que é mesmo preciso ou não.

“Especialmente nestes tempos difíceis, acreditamos que as startups são veículos de crescimento, de criação de emprego e são quem está a promover a digitalização e a inovação da economia”

O que podem esperar os participantes portugueses do primeiro do Google Startup School em Portugal?
O Startup School é uma forma de tentar trazer o melhor da Google para os fundadores de startups. Acreditamos mesmo no ecossistema de startups em Portugal e temos tentado, a pouco e pouco, plantar a nossa semente. O que podem esperar é uma perceção abrangente no treino virtual em produtos e tecnologias da Google para ajudá-los a crescer e a encontrar novos clientes. Nestas áreas, os nosso produtos são muito bons para startups em early stage [fase inicial das startups] e para as pessoas que trabalham nestas empresas.

Também é uma forma pela qual as startups podem aceder às nossas metodologias. O que fazemos na Google for Startups [o departamento da Google responsável pelo programa] é ajudar estas empresas a crescer com o melhor da Google em termos de produtos, metodologias, práticas e com a comunidade. A Startup School é uma mistura de acesso a treinos nos nossos produtos, a conferências em algumas metodologias — “como é que se cria produtos” ou “como é que se define objetivos com OKR’s”, que é uma metodologia com a qual trabalhamos com startups –, e também ter acesso a uma comunidade. Estamos a trazer quatro dos nossos alumni, a YData, a Student Finance e a Barkyn, que são startups que fizeram parte de alguns dos nossos programas de aceleração, e também parceiros, incluindo a Indico. Estão todos aqui para partilhar os seus pontos de vista, conhecimento e as melhores práticas com a comunidade de startups em Portugal.

O que é que a Google espera das empresas portuguesas que se vão candidatar a este programa?
Especialmente nestes tempos difíceis, acreditamos que as startups são veículos de crescimento, de criação de emprego e são quem está a promover a digitalização e a inovação da economia. Nestes tempos estão todas a trabalhar e é mais importante do que nunca apoiá-las. Se forem bem sucedidas, vamos todos ser bem-sucedidos. Isto é a razão pela qual a Google se foca muito em ajudar não só as starups que estão em fases mais avançadas, e que tem sido um grande foco nosso, mas, especialmente, olhamos para as empresas que estão a começar e a batalhar com este primeiro ano em que lançam uma empresa. Têm este potencial único para criar tantos empregos, e tantos empregos de qualidade. [Com esta ajuda] vão alavancar a nossa economia em termos de inovação e em termos de digitalização.

Antes de trabalhar na Google, Benjuema foi co-fundadora e presidente executiva da Spain Startup The South Summit

Foi a cara da Google Startups Espanha. Agora tem a cargo muitos mais países. Olhando apenas para a Península Ibérica, quais são, para si, as principais diferenças entre os ecossistemas de startups em Portugal e Espanha?
Penso que o maior ponto forte do ecossistema português, comparado com o espanhol, é o tamanho do vosso mercado. Os portugueses, com algo que podia ser visto como um desafio — porque são, talvez, um mercado mais pequeno, — tornaram isso numa grande vantagem e oportunidade. As startups em Portugal nascem globais. As startups de Portugal começam a ver os mercados internacionais desde o primeiro dia. E isso é algo que está a fazê-las ser bem mais competitivas, crescer mais rapidamente, e, do início, a ver todo o potencial e ambição que podem ter como uma empresa global.

O segundo ponto forte de todo o ecossistema é que Portugal tem apostado em startups há já algum tempo e isso tem sido um apoio contínuo. Isso é também algo muito notável. Foi visionário no início. Agora, estamos todos a apoiar startups, mas acho que Portugal esteve entre os países que começaram isso, com a Startup Lisboa e outras dessas iniciativas que, numa fase muito inicial, pôs a falar-se e focar-se em startups.

Duas startups portuguesas entram pela primeira vez no programa de aceleração da Google

Este programa do Google Startup School é focado em “Analytics, Ads, YouTube, Cloud, etc.”, como anunciaram [tudo ferramentas da Google]. Não estão apenas a criar futuros clientes ao não mostrarem ferramentas da concorrência?
Focámo-nos mais nos nossos produtos no início da agenda [do programa]. Isto é um programa que começámos a fazer no início do ano passado. Tentámos tornar esta crise em oportunidades que, principalmente, criem grande contacto e aceleração. [Por causa da pandemia] Fizemos alterações bruscas nos programas de aceleração e forçaram os nosso campus [de startups em Madrid] a fechar. Com isto, vimos uma oportunidade de chegar a mais fundadores e startups. É esta a razão de pegarmos neste programa. Criámos um currículo para startups que estão a tentar ter mais escala e chegar a mais pessoas.

Começámos com aquilo com que estamos mais próximos e com que trabalhamos. Só pegámos nos programas que faziam sentido para startups e com as quais temos vindo — em programas de aceleração prévios — a trabalhar afincadamente e que têm fundadores que fazem mesmo diferença. Por isso, não estamos a medir se isto está a criar [clientes]. Estamos focados apenas em: isto é bastante valioso para os fundadores com os quais temos trabalhado no passado, como os programas Growth Academy ou o Residency.

Segundo, como é possível ver na agenda, das 10 sessões que temos, especialmente para Portugal, trouxemos também oradores externos alumni para falar em diferentes sessões sobre como criar produtos, estabelecer objetivos, desenhar produtos globais. Isto, não é, de todo, baseado em produtos da Google. Metade dos conteúdos desta startup School não é baseado em produtos da Google. E, mais importante, não é a Google a falar. São fundadores a falar com fundadores sobre o que funcionou, o que não funcionou e a partilhar as melhores práticas.

Em que é que este programa é diferente de outras iniciativas da Google para startups em Portugal?
A principal diferença quanto ao da Indico e à Growth Academy é que ambos são programas de aceleração em que selecionamos entre oito a 12 startups para um foco mais profundo durante um a dois meses. Já o Startup School é feito para chegar a mais pessoas e dar esse valor a fundadores, mas não chega ao nível de profundidade que um desses programas de aceleração pode ir.

Estas startups vão ser aceleradas pela Google em Lisboa

Isto é apenas uma parte das coisas que a Google for Startups faz e tem feito em Portugal. Isto é uma nova iniciativa que trazemos para o ecossistema das startups. Penso que é importante dizer que, agora, com a Startup School, temos a peça que faltava.

Portuguesa Indico e Google lançam programa para acelerar startups. São 100 mil euros por empresa

Com a Startup School, que é uma iniciativa focada em treinar e chegar a uma amostra maior de startups, podemos começar a treinar tanto fundadores como pessoas das suas equipas em metodologias e produtos e juntar tudo a uma comunidade de fundadores que vieram do ecossistema português. A fase que temos a seguir é uma parceria com a Indico para fazer um programa seed de aceleração com o apoio da Google for Startups. Nessa fase, que é a seed, já podemos dizer: “Ok, estamos estabelecidos, estamos prontos para o passo seguinte”.

Por fim, o último passo seria a Growth Academy, que é um programa de aceleração feito para ajudar startups que têm algum financiamento e já são ou consideram-se globais. O objetivo é ajudar a focar-se nesse crescimento: como é que ajudo a encontrar o mercado certo, como é que ajudo a tornarem-se globais, como é que ajudo-as mesmo a ir para essas áreas em que só a Google pode ser super prestável. Penso que isto é muito importante e, por isso, temos vários programas para cada fase.

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