Marcelo Rebelo de Sousa é o candidato que melhor saberá “defender o interesse nacional acima da ideologia”, na opinião de 53% dos inquiridos pela Pitagórica, numa sondagem para o Observador/TVI. Ana Gomes e André Ventura surgem a uma enorme distância neste capítulo (ambos com 10%) e os restantes candidatos ainda mais (entre 2% e 3%). Em 10 perguntas sobre o perfil dos candidatos, o atual presidente da República leva a melhor em sete. Mas é ultrapassado por André Ventura na pergunta sobre o candidato que mais se empenharia no combate contra a corrupção e por Marisa Matias no alerta para os problemas ambientais

Mas Marcelo é a primeira escolha em quase toda a linha. É o que acontece quando se trata de “melhorar a minha vida” — o dia-a-dia dos portugueses. Marcelo Rebelo de Sousa é o candidato que mais confiança recebe (30%) e, embora sem garantir maioria nesta pergunta, deixa mais uma vez todos os outros a larga distância: André Ventura (8%), Ana Gomes (6%), Tiago Mayan Gonçalves e Marisa Matias (3%), bem como Vitorino Silva e João Ferreira (2%). Entre todas as perguntas feitas pela Pitagórica, esta é aquela em que mais inquiridos não sabem ou não querem responder (39%).

E numa altura de pandemia, em que o sistema de Saúde está sob ameaça de rutura, Marcelo Rebelo de Sousa é encarado como o candidato mais capaz (39%) para “defender o SNS”, seguido de Marisa Matias (16%) e Ana Gomes (12%). Mais abaixo ficam João Ferreira (6%), André Ventura (5%) e os restantes candidatos, que não chegam a 3%.

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Marcelo Rebelo de Sousa é ainda visto como o mais preocupado em “chamar a atenção para os temas sociais” (39%), seguido de Marisa Matias (16%), Ana Gomes e André Ventura (ambos com 11%). Abaixo de dois dígitos nesta pergunta ficam João Ferreira (6%), Tiago Mayan Gonçalves e Vitorino Silva (ambos com 2%).

Para 31% dos inquiridos, o presidente da República será também o candidato que mais irá “defender o papel das empresas e do setor privado”. Nos lugares seguintes surgem André Ventura (21%) e Tiago Mayan Gonçalves (13%). Esta é, de longe, a melhor votação para o candidato apoiado pela Iniciativa Liberal. Ana Gomes fica em quarto lugar (6%) e os restantes candidatos não têm mais do que 1% a 3%.

No entanto, se estiver em causa “afrontar os grandes poderes económicos e políticos”, Marcelo Rebelo de Sousa (22%) tem apenas uma vantagem ligeira face a André Ventura (21%). Ana Gomes surge em terceiro lugar nesta pergunta (16%), seguida de Marisa Matias (9%) e João Ferreira (6%). Também aqui os outros dois candidatos ficam empatados (2%). Todos os restantes candidatos têm entre 2% e 3%.

Além de “defender o interesse nacional acima da ideologia”, Marcelo Rebelo de Sousa apenas tem a maioria numa outra questão — “proteger o Governo”. Para 71% dos inquiridos, Marcelo Rebelo de Sousa resguardaria mais do que qualquer outro o executivo de António Costa num novo mandato, com uma gigante diferença face a Ana Gomes (7%) e aos restantes candidatos (com 3% ou menos).

Em contrapartida, André Ventura é o que tem mais perfil para “fazer oposição ao Governo” (59%). Todos os restantes candidatos, incluindo Ana Gomes (8%), Marcelo Rebelo de Sousa (7%), Marisa Matias (5%) e João Ferreira (4%) não teriam essa atitude enquanto presidente da República, na opinião dos inquiridos.

André Ventura é ainda o candidato que mais inquiridos acreditam que se empenharia a “combater a corrupção” (23%), mas seguido de muito perto por Marcelo Rebelo de Sousa (21%) e Ana Gomes (20%). A partir daí abre-se um fosso para Marisa Matias (5%), João Ferreira (4%), Tiago Mayan Gonçalves e Vitorino Silva (ambos com 3%). Um total de 18% dos inquiridos não sabe ou não responde.

Marcelo Rebelo de Sousa perde também quando se trata de “chamar a atenção para os temas ambientais”. Marisa Matias é a favorita neste capítulo (25%), ultrapassando por muito pouco o presidente candidato (24%). Ana Gomes é a terceira (9%), João Ferreira o quarto (5%) e os restantes candidatos não chegam sequer a este último valor. Um total de 26% dos inquiridos não sabe ou não quer responder à pergunta.

Ficha técnica

Durante 6 semanas (10 Dezembro 2020 a 22 de Janeiro 2020 ) vão ser publicadas pela TVI e pelo Observador uma sondagem em cada semana com uma amostra mínima de 626 entrevistas. Em cada semana a amostra corresponderá a 2 sub-amostras de 313 entrevistas.

Uma das sub-amostras será recolhida na semana da publicação e a outra na semana anterior à da publicação. Cada sub-amostra será representativa do universo eleitoral português (não probabilístico) tendo por base os critérios de género, idade e região.

Semana 6 Publicação: O trabalho de campo decorreu entre os dias 7 a 10 e 14 a 18 de Janeiro 2021. Foi recolhida uma amostra total de 629 entrevistas que para um grau de confiança de 95,5% corresponde a uma margem de erro máxima de ±4,0%. A seleção dos entrevistados foi realizada através de geração aleatória de números de “telemóvel” mantendo a proporção dos 3 principais operadores identificados pelo relatório da ANACOM, sempre que necessário são selecionados aleatoriamente números fixos para apoiar o cumprimento do plano amostral. As entrevistas são recolhidas através de entrevista telefónica (CATI – Computer Assisted Telephone Interviewing).

A distribuição geográfica foi: Norte 23%; Grande Porto 11%; Centro 26%; Lisboa 24%; Sul 11% e Ilhas 5%

O estudo tem como objetivo avaliar a opinião dos eleitores Portugueses, sobre temas relacionados com as eleições, nomeadamente os principais protagonistas, os momentos da campanha.

A taxa de resposta foi de 50,28% . A direção técnica do estudo é da responsabilidade de Rita Marques da Silva.

A ficha técnica completa bem como todos os resultados foram disponibilizados junto da Entidade Reguladora da Comunicação Social que os disponibilizara oportunamente para consulta online.