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À chegada a França, Sophie Pétronin foi recebida pelo presidente francês, Emmanuel Macron
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À chegada a França, Sophie Pétronin foi recebida pelo presidente francês, Emmanuel Macron

POOL/AFP via Getty Images

À chegada a França, Sophie Pétronin foi recebida pelo presidente francês, Emmanuel Macron

POOL/AFP via Getty Images

Sophie Pétronin, a última refém francesa no mundo está livre. Diz que agora é muçulmana e chama-se Mariam

Sophie Pétronin foi sequestrada no Mali, onde esteve quase 20 anos a cuidar de crianças órfãs e subnutridas. Após 1.381 dias em cativeiro, era a última refém francesa do mundo. Até outubro.

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Foi graças a um disfarce que Sophie Pétronin conseguiu escapar aos jihadistas em 2012. Já estava há mais de uma década no Mali, a ajudar crianças órfãs e subnutridas, quando o país que já via como seu foi alvo de um golpe de Estado. Aproveitando a onda de instabilidade, algumas cidades estratégicas do país africano foram tomadas pelos rebeldes tuaregues do Movimento Nacional pela Libertação de Azauade — que se acredita terem ligações à Al-Qaeda. Gao, a cidade onde Sophie vivia e desenvolvida as suas atividades humanitárias, foi uma delas, conta o jornal Le Monde.

A francesa, então com 66 anos, escapou e refugiou-se no consulado da Argélia no Mali de Gao. A 5 de abril de 2012, o edifício do consultado foi tomado por jihadistas que capturaram sete diplomatas argelinos mesmo diante dos seus olhos. Escondendo-se debaixo de longos roupões, Sophie conseguiu fugir pela porta das traseiras. Encontrou refúgio na casa de uma família local — de quem tinha em tempos ajudado a cuidar de uma criança — que a auxiliou, por sua vez, a fugir do país, através do deserto até a fronteira com a Argélia. De lá, voou até França onde ficou com a sua família durante algumas semanas. Mas Sophie Pétronin tinha uma missão para continuar a cumprir no Mali e acabou por regressar por vontade própria.

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Sophie chegou a França, sexta-feira, no passado dia 9 de outubro

POOL/AFP via Getty Images

Quatro anos depois, na véspera de Natal de 2016, a francesa não teve tanta sorte. Em frente às instalações da Organização Não-Governamental (ONG) que entretanto criara, foi levada por três homens armados e nunca mais foi vista. Durante os quase quatro anos que se seguiram, Sophie não voltou a aparecer: ninguém sabia onde estava, com quem estava ou sequer se estava viva. Esteve exatamente 1.381 dias em cativeiro e tornou-se a a última refém francesa do mundo. Até à semana passada, quando Sophie foi libertada e regressou a França.

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[Veja no vídeo o momento em que Pétronin chegou à capital do país, Bamako]

À chegada, anunciou que se tornou muçulmana e mudou de nome. Prefere encarar os últimos quatro anos de cativeiro como um “retiro espiritual” e recusa olhar para os homens que a levaram como sequestradores — um discurso que já levou alguns especialistas a colocar a hipótese de Sophie estar a sofrer de Síndrome de Estocolmo — quando a vítima cria laços com o criminoso e chega até a colaborar com ele. Ainda não tinha chegado a França e até já pensava no regresso ao Mali: “Comprometi-me com as crianças. Há quatro anos que não sei como os programas estão a funcionar”.

Francesa teve “um clique para ajudar” durante uma viagem ao Mali e “mexeu o céu e a terra” para o fazer

Sophie Pétronin conhecia bem a região e os seus perigos. Natural da zona de Ardèche, em França, vivia desde o início dos anos 2000 em Gao, cidade no norte do Mali. Em 1996, teve “um clique para ajudar” populações desfavorecidas, nas palavras do filho ao Le Monde, durante uma viagem de uma semana a Gao.

Durante a estadia, Sophie percebeu “como as pessoas do norte estavam desamparadas”, é contado no site da associação que viria a criar e que dedica uma parte a falar sobre ela. “Sem experiência, mas perante tanta miséria, dedicou os seus dias ao cuidado da saúde das crianças, dos idosos e também dos mais saudáveis”, lê-se ainda. No fundo, Sophie tentou “aliviar o sofrimento deles com os meios disponíveis“. “Um sorriso e uma palavra de amor são tão importantes quanto um comprimido de aspirina ou uma dose de nivaquina”, explica-se também.

"Um sorriso e uma palavra de amor são tão importantes quanto um comprimido de aspirina ou uma dose de nivaquina"
Site da associação Aide à Gao

No final dessa semana, Sophie regressou a França, deixando para trás uma população “chateada” por vê-la partir, numa “situação difícil e precária”. A francesa ainda viajou três ou quatro vezes entre França e Mali até decidir mudar-se definitivamente. Num desses regressos, em 1998, criou a Association d’Entraide Nord Gao (AENG) em França e, dois anos depois, criou uma filial na Suíça. Formada em assistente de laboratório e medicina e especializada em nutrição, tirou também naquele ano uma formação em medicina tropical. “Decidiu investir dando toda a ajuda possível: recolhendo medicamentos, equipamentos médicos, roupas, doações em dinheiro. Sophie mexeu com o céu e terra pelo bem daqueles que ficaram para trás“, lê-se no site.

Em 2001, junto às margens do rio Níger, construiu a sua própria casa. No livro “Le Fil de lumière” que escreveu em 2013, revelou o que a atraiu e os motivos para se ter fixado em Gao: “O que vou fazer no vosso oceano de misérias não é grande coisa, mas uma vida salva é uma vida que vive. As crianças são inocentes, têm direito a crescer para se tornarem homens e mulheres capazes de se inserirem numa sociedade em que não é fácil viver”, reproduz o Le Monde.

Sophie decidiu criar a sua própria associação e ajudou centenas de crianças. ONG era conhecida pela “casa de Sophie”

Foi principalmente a situação das crianças que “a preocupou: muitos são órfãos e subnutridos”. Começou por criar um programa de nutrição, com o apoio de fundos europeus. Mas as necessidades da população de Gao iam além disso. Em 2003, Sophie pensou e chegou a planear construir um centro de acolhimento para bebés órfãos, “mas devido à falta de recursos, teve de desistir temporariamente”, segundo é relatado no mesmo site. As dificuldades eram cada vez mais: a “falta de comunicação com a estrutura europeia obrigou-a a demitir-se da AENG”, relata. Ainda assim, continuou a fazer o seu trabalho com a ajuda financeira da sua família e de alguns amigos.

Sophie cuidou de centenas de crianças órfãs e subnutridas (Imagem retirada do site da associação)

Foi então que, em dezembro de 2004, determinada a ajudar a população, decidiu fundar a sua própria Organização Não-Governamental, a Aide à Gao, com o objetivo de retomar a construção do centro de acolhimento. Cuidava de crianças órfãs e recém-nascidos e acabou mesmo por adotar uma menina que, à data do sequestro, já tinha 15 anos. No arranque, a associação cuidava de quase 150 bebés órfãos — um número que, quatro meses depois, já subira uma centena, para 253.

O desafio era difícil: as crianças a precisar de ajuda eram muitas e arranjar leite, cobertores, roupa e medicamentos para todas era, por si só, um desafio. O site da associação relata as viagens de Sophie à capital Bamako para estabelecer contactos com o Governo e com várias Fundações. Numa delas, em 2005, durante a sua ausência, três crianças de Gao morreram: o site explica que uma das pessoas responsável pela monitorização da distribuição de comida ficou com os pacotes de leite que deveriam ser entregues a treze órfãos — três deles acabaram por morrer e as restantes 10 ficaram doentes. “Infelizmente, estas práticas são comuns em África e precisamos estar mais atentos”, lê-se.

Abalada pela situação, Sophie alertou os responsáveis de diferentes serviços e escreveu até uma carta à Néstle, na Suíça, para tentar obter leite suficiente para 2006 — o que viria a concretizar-se. Os esforços foram dando resultados. Ainda assim, a necessidade era cada vez maior e a associação continuava a receber cada vez mais crianças órfãs cujas mães tinham morrido no parto: nos últimos meses do ano 2005, a associação tratava de mais de 300 crianças. Em março de 2006, Sophie recebeu um convite oficial do Procurador-Geral do Tribunal de Mopti, para participar em julgamentos de casos que têm crianças como vítimas: abuso sexual, infanticídio e pedofilia.

Nos anos que se seguiram, a associação foi ajudando cada vez mais crianças apesar do aumento do preço do leite e da instabilidade que se vivia no país: entre 2007 e 2009, Mali foi um dos palcos da rebelião tuaregue e os ataques a nordeste do país começaram a crescer em número e intensidade em agosto de 2007. No final de 2009, após ataques e ameaças de sequestro, as ONGs foram aconselhadas a mudar-se para a capital o mais rapidamente possível. Mas Sophie recusou abandonar as suas crianças. “O ano termina com uma cascata de violência, homicídios, confrontos mortais, tomada de reféns, tráfico de armas e drogas”, escreveu Sophie no relatório de atividades da associação de 2009.

"O ano termina com uma cascata de violência, homicídios, confrontos mortais, tomada de reféns, tráfico de armas e drogas"
Sophie Pétronin, no relatório de atividades da associação de 2009

Em fevereiro de 2011, a Aide à Gao relatava no seu site que Sophie iria começar a ser “acompanhada por um motorista e dois guarda-costas” quando fosse visitar crianças nos arredores de Gao. Os anos que se seguiram — especialmente o de 2012 em que houve um golpe de estado no Mali — foram de grande instabilidade, com ataques terroristas. E Sophie viveu na pele o risco de ali viver ao escapar ao tal sequestro no consulado da Argélia onde entretanto se refugiara.

Mas a francesa não desistiu e continuou a ajudar as crianças de Gao. Só em abril de 2016 — oito meses antes de ser sequestrada — é que o centro ficou finalmente pronto para receber crianças, depois de anos em construção: Soumeylou, um bebé subnutrido de quatro meses, foi o primeiro residente. No centro, Sophie deu emprego a cerca de uma dezena de pessoas. Para os habitantes, a associação era a “casa da Sophie”.

Duas semanas antes do rapto, salvou dois bebés do lixo. “Era arriscado. Ela sabia”

Era véspera de Natal do ano 2016. De França, Jean-Pierre Pétronin, marido de Sophie, tinha-lhe enviado um e-mail para lhe desejar boas festas e pedir-lhe que tivesse cuidado. “Ela não me respondeu”, contou ao jornal Le Dauphiné, três dias depois de ter percebido o porquê. Pelas 16h30 da tarde de 24 de dezembro, em frente à ONG, três homens armados tinham saído de uma 4×4 creme com vidros esfumados e levado com eles Sophie Pétronin, relatou na altura uma fonte policial ao Libération. A família ficou em choque.

Ela estava muito ciente do risco, mas tinha estabelecido uma relação de total confiança com a população. No entanto, nunca se pode ter 100% de certeza. Um indivíduo pode ser suficiente para estragar tudo”, disse ao jornal francês Yacouba Sangaré, da direção-regional de Saúde e sócia da associação ao Libération. Ainda assim, apesar do risco, a família não queria acreditar. “É uma loucura isto chegar a este ponto, depois de tudo o que ela fez nos últimos anos em Gao pelas crianças, dos zero aos quatro anos”, disse o marido ao Le Monde.

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O filho de Sophie Pétronin, Sébastien Chadaud-Pétronin, ao lado de uma fotografia de mãe em 2018

MEHDI FEDOUACH/AFP via Getty Images

Duas semanas antes de ser sequestrada, Sophie salvou dois bebés que encontrou no lixo. “Era arriscado. Ela sabia, eu sabia”, disse o filho Sébastien Pétronin ao Journal du Mali, adiantando que se a mãe “tivesse de o fazer novamente, o faria de novo”.

Soldados franceses e malineses foram imediatamente mobilizados para as buscas. As primeiras horas eram cruciais: as principais estradas da cidade eram facilmente controláveis ​​já que só havia uma estrada alcatroada naquela zona, e Gao era também uma das portas de entrada para o deserto do Saara, onde um carro sozinho podia rapidamente desaparecer.

Sébastien, o seu irmão, e o pai criaram um comité de apoio para a libertação de Sophie Pétronin, o “Libérons Sophie” — que durante os quase quatro anos em que esteve em cativeiro juntou mais de 1.600 pessoas, que apoiaram a família e criaram iniciativas para que Sophie não fosse esquecida.

Mais de meio ano depois, Sophie apareceu num vídeo — a única prova de que estava viva

Durante os meses que se seguiram, não havia simplesmente sinais da francesa: ninguém sabia onde estava, em que condições estava ou sequer se estava viva, ninguém reivindicava o sequestro. Até 1 de julho do ano seguinte. Nesse dia, o Jama’at Nasr al-Islam wal Muslimin (Grupo de Apoio ao Islão e aos Muçulmanos) — uma aliança anunciada três meses antes, formada pelas principais organizações terroristas jihadistas na região do Sahel — divulgou um vídeo que mostrava seis reféns ocidentais. Sophie Pétronin era um deles.

Para justificar o sequestro, os envolvidos acusavam todos os seus reféns de “proselitismo religioso” — o que, para o filho não fazia sentido: “Ela é crente. Mas ela nunca tentou converter ninguém. Ela tanto diz ‘Deus o abençoe’ como diz ‘inch Allah’ (uma expressão árabe para ‘se Alá quiser’)”, explicou ao Le Monde.

No final do vídeo, era deixada uma garantia às famílias dos reféns: não iam negociar para já a sua libertação. E, referindo-se especificamente à francesa, um dos sequestradores dizia que Pétronin estava a contar que o presidente francês, Emmanuel Macron, a ajudasse a voltar para a sua família.

"Ela é crente. Mas ela nunca tentou converter ninguém. Ela tanto diz 'Deus o abençoe' como diz 'inch Allah' (uma expressão árabe para 'se Alá quiser')"
Sébastien Chadaud-Pétronin, filho de Sophie, ao Le Monde

Na sua casa na pequena aldeia de Esery, em França, o marido de Sophie Pétronin assistiu à transmissão do vídeo. Apesar de “aliviado” pela “prova” de que a mulher estava viva mais de meio ano após o sequestro. No entanto, o vídeo deixou também a família preocupada já que, nele, Sophie revelava que tinha cancro da mama e precisava de uma cirurgia.

Jean-Pierre Pétronin sentia-se também “incomodado pelo silêncio do Estado” francês, desabafou em declarações ao Le Dauphiné. A família foi fazendo apelos ao Governo que acusava de ter abandonado Sophie. “Nenhuma tentativa de reconciliação ou de diálogo com os sequestradores foi feita. Eles [os governantes] tomaram a decisão de não intervir. O Governo abandonou minha mãe”, acusou o filho à France Blue quando fez um ano do sequestro.

Sophie é muçulmana e passou a chamar-se Mariam. Compara o cativeiro a um “retiro espiritual” e diz que quer voltar ao Mali

No início deste mês de outubro começaram a surgir os primeiro rumores, vindos da família, de que a francesa, agora com 75 anos, poderia ter sido libertada. Na última terça-feira, o filho de Sophie, Sébastien Chadaud-Pétronin, já estava em Bamako pronto para receber a sua mãe. “Honestamente, vim porque tenho medo de que ela não consiga chegar a Paris, então estou a tentar chegar o mais perto possível dela”, disse em declarações à France 24 ainda nesse dia, adiantando que receava pelo estado de saúde dela: “Espero encontrar alguém doente, muito fraco”.

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No início de outubro começaram a surgir os primeiro rumores, vindos da família, de que a francesa agora com 75 anos poderia ter sido libertada

POOL/AFP via Getty Images

Na noite de quinta-feira, 8 de outubro, veio a confirmação oficial. “A presidência do Mali confirma a libertação de Soumila Cissé e Sophie Petrónin. Os ex-reféns estão a caminho de Bamako”, lia-se num tweet. Nenhum detalhe foi ainda divulgado sobre as circunstâncias da sua libertação. Sabe-se que, com ela, foram libertados dois italianos: um missionário católico raptado em 2018 no Níger e o político maliano Soumaila Cissé, sequestrado em março quando fazia campanha das eleições legislativas do Mali. Sabe-se também que esta libertação coincidiu com outra, a de cerca de 200 jihadistas condenados ou suspeitos, pelas autoridades do Mali. Portanto, pode ter havido uma troca.

Com uma máscara no rosto e um véu branco na cabeça, assim que saiu do avião em Bamako, Sophie foi abraçada pelo filho — que a levantou no ar. O avião que a transportava a ela, o seu filho, um médico e diplomatas pousou pouco depois do meio-dia da última sexta-feira na base aérea de Villacoublay, a sul de Paris. Lá, foi recebida pelos restantes membros da família. E também pelo presidente francês, Emmanuel Macron, que a aguardava na pista do aeroporto e com quem conversou durante vários minutos.

Aos jornalistas, anunciou que agora é muçulmana e mudou de nome: “Vocês dizem Sophie, mas é a Mariam que têm à vossa frente“. Revelou também que durante o cativeiro — que prefere chamar de “retiro espiritual” — foi autorizada pelos seus sequestradores — que também recusa ver como tal — a ouvir rádio e a ver vídeos, incluindo um do seu filho. “Se aceitares o que está a acontecer não será tão mau. Se resistires, só te vais magoar”, disse ainda, num discurso que já levou alguns especialistas a colocar a hipótese de Sophie estar a sofrer de Síndrome de Estocolmo.

Tal como aconteceu em 2012, também agora Sophie não parece querer desistir. Ainda não tinha chegado a França e já pensava no regresso ao Mali: “Comprometi-me com as crianças. Há quatro anos que não sei como os programas estão a funcionar. Vou a França, à Suíça, e depois voltarei para ver o que está a acontecer lá”.

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