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Theresa May está debaixo de fogo, mas o Brexit (ainda) não morreu

Trabalhistas e tories descontentes com plano Chequers fazem ameaças veladas de derrubar primeira-ministra. Mas a "matemática" do Parlamento não os ajuda — e May é muitas vezes subestimada.

O The Guardian chamou-lhe “um pesadelo”, o Independent “uma farsa” e o Telegraph resumiu o momento como “o mais humilhante” da carreira de Theresa May. Há um ano, no congresso do Partido Conservador, a primeira-ministra britânica protagonizou o discurso mais desastroso da sua história como líder do partido, sendo vítima de uma série de azares: foi interrompida por um comediante que lhe entregou um P-45 — o documento utilizado no Reino Unido para despedir alguém —, teve um ataque de tosse tão grande que o ministro das Finanças lhe foi entregar um rebuçado do palco e, por trás de si, o próprio cenário ia-se desfazendo. A voz, essa, falhou-lhe inúmeras vezes devido aos problemas na garganta.

“Foi inacreditável.” Chris Wilkins, antigo conselheiro e speechwriter de Theresa May, estava presente na sala e assistiu de perto ao “discurso desastroso” da primeira-ministra, como ele próprio o classifica. Wilkins, que escreveu discursos para May até junho de 2017 (altura em que se afastou da equipa governamental) diz ter a certeza que o cenário não se irá repetir no congresso dos conservadores deste ano. “Acho que a equipa dela desta vez tomou todas as precauções possíveis”, afirma ao Observador, em vésperas do discurso de May perante os colegas do partido, esta quarta-feira.

O mais provável por isso é que, desta vez, não haja letras a cair do slogan escrito na parede nem comediantes a fazer das suas. A primeira-ministra poderá até ter um discurso perto da perfeição perante a audiência de 12 mil delegados, em Birmingham. Por trás do pano, contudo, há quem afie as facas e comente entre dentes que May é uma líder a prazo. À cabeça da contestação interna está Boris Johnson, ex-ministro dos Negócios Estrangeiros de May, que se demitiu recentemente por não concordar com o plano de Chequers proposto pela Primeira-ministra. O motivo da divisão interna entre tories é só um e chama-se Brexit, claro está.

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Do outro lado da barricada, Jeremy Corbyn já abafou a contestação interna no seu próprio congresso, na semana passada, colocando a pressão sobre May: ou o Governo consegue um acordo com a União Europeia que cumpra determinados pontos, diz Corbyn, ou os trabalhistas votam contra. Sob pressão vinda da esquerda e debaixo de fogo amigo vindo da direita, a primeira-ministra parece estar, como resume a revista Spectator na sua capa, “completamente sozinha”. Conseguirá, mesmo assim, arranjar solução para um problema que se arrasta há dois anos e que custa ao erário público britânico mais de 500 milhões de euros por semana? Pode uma líder enfraquecida dar a volta por cima e alcançar um acordo com as autoridades europeias que satisfaça o eleitorado britânico — sem ser primeiro atingida pelas facas longas dos inimigos?

Chequers ou não Chequers, eis a questão

Henry Newman faz parte do grupo de analistas que considera que May irá sobreviver a este congresso sem feridas profundas. “A discussão na cimeira de Salzburgo fortaleceu a Primeira-ministra no curto prazo”, resume ao Observador o diretor do think tank britânico especializado nas relações com a UE. Newman considera que a rejeição total dos líderes europeus perante o plano Chequers, proposto pelo Governo britânico, joga neste momento a favor de May, que exigiu “respeito” num discurso de reação. “As palavras desafiadoras que ela proferiu em Downing Street, enrolando-se figurativamente na bandeira nacional, vão permitir-lhe ultrapassar bem este congresso do Partido. O Governo não abandonou o plano de Chequers e tem razão ao dizer que a UE não tem nenhum plano credível para a relação pós-Brexit.”

Theresa May durante o seu discurso em Downing Street onde exigiu "respeito" aos líderes europeus (JACK TAYLOR/AFP/Getty Images)

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Newman deixa, no entanto, avisos: “Ela enfrenta desafios vindos de dentro do próprio Governo e não só. Muitos deputados têm visões diferentes sobre o Brexit e também sobre assuntos da política interna”, resume o analista. O conselho é de quem conhece os corredores por onde se movimentam os tories, ou não tivesse o diretor do Open Europe trabalhado no passado como conselheiro do veterano Michael Gove  — atual ministro do Ambiente, ex-detentor das pastas da Educação e da Justiça e ex-candidato à liderança do partido, que perdeu para May.

O plano de Chequers — que prevê a manutenção de algumas regras comuns para o comércio, mas acaba com a livre circulação de pessoas, por exemplo — teve o condão de não agradar nem a gregos nem a troianos: os líderes europeus acham que os britânicos estão a propor livrar-se apenas dos aspetos que lhes desagradam na relação com a Europa, mantendo as vantagens; os apoiantes da linha mais dura do Brexit acham que a proposta não corta de vez o cordão umbilical com Bruxelas, como desejam.

No domingo, primeiro dia do congresso dos tories, May deu uma entrevista à BBC onde explicitou o que defende: “Eu acredito no Brexit. Acredito que é crucial conseguir um Brexit que respeita o resultado eleitoral do povo britânico e que, ao mesmo tempo, protege a nossa união, os nossos empregos e garante que conseguimos fazer disto um sucesso”, declarou. “É por isso que quero um bom acordo de livre comércio com a UE e é essa a base de Chequers.”

“Ela vai provavelmente manter a mensagem de que exige ‘respeito’, até porque a audiência vai gostar de ouvir isso. E vai afirmar que o país quer andar para a frente e discutir outras coisas. A narrativa será só uma: vamos despachar isto, porque estamos à beira de um acordo.”
Chris Wilkins, antigo conselheiro de May

No discurso desta quarta-feira, May deverá fazer uma repetição da mensagem pós-Salzburgo, fazendo voz grossa aos líderes europeus — o que certamente lhe granjeará muitas palmas da parte dos delegados conservadores. “Ela vai provavelmente manter a mensagem de que exige ‘respeito’, até porque a audiência vai gostar de ouvir isso. E vai afirmar que o país quer andar para a frente e discutir outras coisas. A narrativa será só uma: vamos despachar isto, porque estamos à beira de um acordo”, explica o antigo diretor de estratégia, Wilkins. “May vai argumentar que Chequers é a base para um futuro acordo com a UE e que é o único acordo credível em cima da mesa — até mesmo do ponto de vista do partido, porque resolve o problema da fronteira com a Irlanda.”

O problema está no pós-congresso, quando as negociações com a UE forem retomadas. May mantém-se firme com Chequers: oficialmente diz que a falta de um acordo não a assusta, enquanto que, em privado, espera ser ainda possível alcançar um entendimento com os líderes europeus. O resultado final pode desagradar profundamente a alguns membros, não apenas do seu partido, como até do seu próprio Executivo.

O ex-ministro dos Negócios Estrangeiros de May, Boris Johnson, é o adversário mais declarado da primeira-ministra (Christopher Furlong/Getty Images)

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O franco-atirador mais destacado é Boris Johnson: em vésperas do congresso, classificou, sem papas na língua, Chequers como um plano “tresloucado” e “risível”. Em cima do palco, durante este congresso, o deputado Jacob Rees-Mogg deu o tiro de partida para as críticas ao plano, definindo-o como “morto e enterrado”. Johnson, que discursou esta terça-feira num evento à margem do palco principal, foi ainda mais claro: “Este é o momento. Há tempo para deitarmos Chequers fora”, afirmou perante a multidão de tories. “Se engarrafarmos o Brexit agora, acreditem mim, o povo deste país vai ter dificuldades em perdoar.”

A alternativa defendida por vários deputados, ex-ministros como Johnson ou David Davis e, segundo os media britânicos, até mesmo por alguns membros do Governo, é o chamado modelo “Canadá”. Em causa está a possibilidade de um acordo comercial entre o Reino Unido e a UE semelhante ao que a União tem com o Canadá, eliminando tarifas — mas criando um potencial problema com a fronteira na Irlanda, que teria de ser resolvido, já que o Acordo de Belfast, que selou a paz entre nacionalistas e unionistas, proíbe uma fronteira física. Dentro do Governo, há já quem esteja a discutir como persuadir May a aceitar este modelo: “Eles não irão forçar o assunto antes do congresso, mas todos concordam que ela não pode ir para a cimeira da UE no próximo mês sem um Plano B credível”, escreve a Spectator.

“Uma das razões pelas quais há tantas divisões é porque o Brexit não se refere apenas a uma nova relação com a UE. O Brexit é sobre o tipo de país que o Reino Unido quer ser. Deve o Reino Unido estar mais próximo dos EUA ou da UE? Deve ser uma economia de mercado aberta, desregulada e livre ou deve ser mais protecionista e menos orientada para as necessidades de Londres?” As perguntas retóricas são colocadas por Tim Oliver, professor especialista em relações Reino Unido-UE da Loughborough University London, que partilha com o Observador as suas inquietações sobre esta matéria. “Falar primeiro da relação com a UE, em vez de discutir que país queremos ser, é por o carro à frente dos bois. E o problema é que não temos tido um debate sério sobre isto.”

“Por um lado, um número significativo de eleitores em zonas-chave do Partido Trabalhista votaram a favor da saída. Por outro, as sondagens mostram-nos que 86% dos membros do partido apoiam um novo referendo e 90% deles votariam a favor da manutenção na União.”
Simon Fitzpatrick, consultor especializado no Partido Trabalhista

O desgaste provocado pelos avanços e recuos do Brexit já começa a dar sinais. Uma sondagem recente da Ipsos MORI, publicada na véspera do início deste congresso, dá conta de que seis em cada dez eleitores tories querem que o candidato do partido à próxima eleição seja outro que não a atual Primeira-ministra. Para Oliver, tudo se explica por uma sucessão de erros da própria: “Primeiro, interpretou o resultado do referendo da maneira que bem entendeu e achou que podia apostar apenas nos 52% de eleitores que votaram pela saída. Em segundo lugar, decidiu ativar o Artigo 50 antes de saber o que queria e se tinha meios para atingir o que queria. Por fim, convocou eleições [em junho de 2017] a fim de tentar conseguir um mandato para a sua interpretação do que é o Brexit, mas perdeu a maioria — em parte devido à sua falta de jeito para fazer campanha, mas também porque ignorou os eleitores que votaram ‘Remain’.”

No meio deste cenário, Theresa May enfrenta agora um partido desavindo que pode estar disposto a defenestrá-la antes das próximas eleições, marcadas para 2022. Ou, segunda hipótese, pode enfrentar já uma rebelião interna tal que leve a eleições antecipadas. Mas há quem, como Wilkins — que conviveu de perto com a Primeira-ministra —, avise: May já provou no passado ter muitas vidas. Não era favorita, mas conquistou a liderança dos conservadores no pós-referendo, manteve-se firme no propósito de conseguir o Brexit e conseguiu sobreviver às eleições antecipadas que ela própria convocou em junho de 2017. Irá agora sobreviver a este teste?

O presente envenenado dos trabalhistas

O cenário de eleições antecipadas é um sonho para os trabalhistas, saídos de um congresso onde foi aprovada uma moção a favor de um novo referendo, sobre o qual o líder, Jeremy Corbyn, pouco disse. “É um equilíbrio muito difícil para a liderança do partido”, explica ao Observador Simon Fitzpatrick, antigo conselheiro do deputado trabalhista John McFall e atual consultor especializado no partido do centro-esquerda britânico. “Por um lado, um número significativo de eleitores em zonas-chave do Partido Trabalhista votaram a favor da saída. Por outro, as sondagens mostram-nos que 86% dos membros do partido apoiam um novo referendo e 90% deles votariam a favor da manutenção na União.”

Foi assim que, tentando fazer a quadratura do círculo, Corbyn terminou o congresso dos trabalhistas abordando não a possibilidade de um novo referendo, mas sim colocando a bola no campo de Theresa May. “O Partido Trabalhista votará contra o plano de Chequers da forma que ele está”, anunciou o líder. “Se conseguir um acordo que inclua uma união aduaneira sem uma fronteira rígida na Irlanda, se proteger os empregos, os direitos das pessoas no trabalho e os critérios ambientais e do consumidor, então apoiaremos esse acordo razoável”, prometeu. “Mas se não conseguir negociar esse acordo, então tem de dar lugar a um partido que consiga”, disse, dirigindo-se a May.

No congresso do Partido Trabalhista, Jeremy Corbyn impôs condições a May para aprovar um acordo sobre o Brexit (Leon Neal/Getty Images)

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A proposta é um presente envenenado.“Os seis testes que o partido estabeleceu para o Governo põem a bitola muito alta e é pouco provável que a primeira-ministra consiga um acordo que vá ao encontro de todos estes parâmetros. O Partido Trabalhista vê a rejeição do acordo como o caminho mais fácil para deitar abaixo este Governo e forçar as eleições que tanto quer”, resume Fitzpatrick. Entendimento igual teve a UE. Horas depois do discurso de Corbyn, chegou às mãos dos jornalistas um documento interno de Bruxelas que levantava a possibilidade de uma aliança entre os trabalhistas e tories descontentes para deitar abaixo o Governo.

Os trabalhistas, contudo, têm atualmente apenas 257 dos 650 deputados que existem na Câmara dos Comuns. Mesmo com o apoio de partidos mais pequenos, para derrubarem May necessitariam sempre de convencer alguns dos conservadores mais eurocéticos e descontentes com a primeira-ministra — cenário que, para o professor da Universidade Queen Mary e autor da obra “The Conservative Party from Thatcher to Cameron” (O Partido Conservador desde Thatcher até Cameron), Tim Bale, não irá acontecer. “Os conservadores não irão arriscar ir a eleições. Ponto final”, prevê, sem margem para dúvidas, ao Observador.

Para além disso, alerta Fitzpatrick, nem os votos dos deputados trabalhistas estão todos garantidos, já que há na bancada trabalhista quem apoie o Brexit, seja por razões ideólogicas, seja porque essa é a vontade da maioria nos círculos eleitorais que representam. “Isto dá à Primeira-ministra mais espaço para respirar e pode fazer recuar os rebeldes tories que querem votar contra este acordo”, analisa o consultor. O ex-conselheiro Wilkins concorda: “A matemática na Câmara dos Comuns não chega, até porque o partido trabalhista também está dividido nesta matéria.”

A isto soma-se a imprevisibilidade de ir a eleições num momento tão volátil da política britânica: “Se derem por vocês [neste congresso] a falar sobre ir a novas eleições em breve, provavelmente beberam demais”, declarou o ex-líder conservador aos colegas de partido, num artigo de opinião no Telegraph intitulado “Mantenham-se sóbrios e mintam sobre a vossa ambição — As minhas melhores dicas para sobreviver a este congresso”.

“May foi declarada morta tantas vezes e continua aqui”

O antigo speechwriter de May, conhecedor das tricas internas do Partido Conservador, não tem dúvidas em considerar que as movimentações de Johnson e de outros têm apenas como objetivo o longo-prazo: “Estas pessoas que falam de rebelião, demissão e etc. sabem que não têm os votos para avançar com isto. Portanto estão apenas a criar uma narrativa para que, daqui a alguns meses, quando o Reino Unido já estiver fora da UE, eles se consigam posicionar como futuros líderes, dizendo ‘eu não queria o Brexit desta maneira, portanto votem em mim’.”

Não é por isso de admirar que, contra todos os sinais de divisão e traição dos últimos tempos, May saia deste congresso de cabeça erguida. E também é possível que, ao contrário do que indicam a instabilidade e aparente desnorte que têm conduzido as ações do Executivo britânico, May venha a conseguir assinar um acordo com os líderes europeus, peritos em salvar a face à última cimeira. “Neste momento, acho que o Governo ainda acredita que consegue persuadir a UE a aceitar algo semelhante a Chequers”, arrisca Bale.

O fim político de May pode estar a ser anunciado demasiado cedo. Não é a primeira vez que a líder britânica derrota inimigos políticos quando menos esperado (JUSTIN TALLIS/AFP/Getty Images)

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Se isso falhar, May pode ceder a alguns dos seus ministros mais eurocéticos e propor um modelo semelhante ao canadiano. Para o professor da Queen Mary, tal cenário “pode resultar”, mas seria necessário convencer os aliados unionistas da Irlanda do Norte (o DUP) a aceitar ficarem dentro do mercado comum europeu juntamente com a Irlanda, para evitar a fronteira física. E é precisamente por causa do problema da fronteira na Irlanda que Wilkins acredita que a solução para o Brexit será apenas uma: mais cedências do Governo britânico no plano de Chequers, nomeadamente ao nível da união aduaneira.

Para Wilkins, tal não resultará numa rebelião interna: “Theresa May está numa posição mais forte do que as pessoas pensam, porque ela vai conseguir dar aos Brexiters exatamente aquilo que eles querem, seja numa forma ou noutra”, sentencia Wilkins. “As pessoas subestimam-na. Ela já foi declarada morta tantas vezes e continua sempre aqui”, resume o estratega político, que crê ser possível que May venha ainda a disputar as próximas eleições como líder dos conservadores. “Quando se fazem estudos com grupos de discussão aqui, aquilo que sobressai sempre é como as pessoas dizem ‘pelo menos ela chegou-se à frente para tentar conseguir o Brexit depois de o David Cameron ter atirado a toalha ao chão’. As pessoas não a adoram, ela não tem um grupo muito leal de seguidores, mas a persistência dela é respeitada.”

“Quando se fazem estudos com grupos de discussão aqui, aquilo que sobressai sempre é como as pessoas dizem ‘pelo menos ela chegou-se à frente para tentar conseguir o Brexit depois de o David Cameron ter atirado a toalha ao chão’. As pessoas não a adoram, ela não tem um grupo muito leal de seguidores, mas a persistência dela é respeitada.”
Chris Wilkins, ex-conselheiro de May, sobre a primeira-ministra

Talvez por isso, são muitos aqueles que ainda acreditam que é possível May entender-se com os líderes europeus, respeitando o prazo definido para o Brexit e conseguindo um acordo que deixe os britânicos mais protegidos após a saída. “Se ela não o conseguir fazer, então é o vale tudo”, resume Tim Bale. Ou, como desabafou em julho um dos responsáveis britânicos que está a negociar a saída, à New Yorker, “a sensação permanente é que está tudo fora de controlo”.

“Fora de controlo” foi certamente o que May sentiu há um ano, quando discursou no congresso dos tories e tudo lhe correu mal. Um ano depois, prepara-se para subir ao palco — e, desta vez, tenciona certamente falar muito e bem. Os recados serão para a UE, para os seguidores de Boris Johnson, para os trabalhistas. Resta saber se os adversários, dentro e fora de portas, resistem depois à tentação de unir esforços e utilizar o Brexit como instrumento para a abafar.

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