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Pastor protestante, músico, punk, provocador, pai de família, Tiago Cavaco é, para muitos, o rosto do cristianismo não-católico em Portugal. Ricardo Araújo Pereira, no prefácio ao livro Milagres no Coração (Quetzal), um conjunto de sermões sobre o Evangelho de Marcos, diz que Tiago Cavaco “é um pregador de combate”.  E aqui, uma vez mais, calça as luvas para subir ao púlpito.

Como é que foi a sua infância?
A minha infância foi feliz. Tendo até a achar que a minha nostalgia, uma característica quase contínua, também tem a ver com isso. Cometo o erro de olhar para trás e ver na infância uma perfeição que ela também não teve. Ainda faço um pouco isso. Ir para o Youtube ver anúncios antigos e pensar que era tão feliz. Como pastor tenho de ser ajuda para pessoas que não tiveram uma infância tão fácil e reparo que essas pessoas fazem uma avaliação mais distante, que não é a que eu faço em relação à minha infância. Isso deve-se ao facto de ter tido uma família estável, de o casamento dos meus pais ser estável e de continuarem juntos até hoje.

Uma família protestante?
Sim. Nunca me conheci sem que a igreja, a fé e a expressão religiosa estivessem presentes. O primeiro momento em que eu reparo que a maneira como vivo é um pouco diferente da dos outros, pela questão da religião, é quando na escola primária os meus colegas falavam sobre o “Rui, o pequeno Cid”, que dava aos domingos de manhã e eu não via. Não via os desenhos animados ao domingo porque estava na igreja.

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