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Andrew Matthews/WPA Pool/Getty Images

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Um ex-militar, uma sobrevivente de um atentado e um ex-sem-abrigo: os convidados anónimos para o casamento

2.640 pessoas foram convidadas para o casamento do príncipe Harry e Meghan Markle, entre eles um ex-militar, uma sobrevivente de um atentado, um adolescente que foi sem-abrigo e um jovem surdo.

Um ex-militar que perdeu uma perna numa explosão no Afeganistão e que angaria fundos para uma instituição que trabalha com veteranos; uma sobrevivente do atentado de Manchester que irá levar, como sua companhia para o casamento, uma avó que perdeu a neta no ataque; uma criança que nasceu surda e dá aulas de língua gestual na escola: um jovem que, aos 15 anos, se viu sem teto e que agora trabalha para a instituição de caridade que lhe deu uma nova vida.

Estes são apenas alguns exemplos das 2.640 pessoas que foram convidadas para fazerem parte do casamento do príncipe Harry e de Meghan Markle, que se realiza no sábado dia 19 de maio em Windsor.

Os noivos pediram a nove Lord Lieutenant — representantes da Rainha nos vários condados do Reino Unido — para nomearem 1.200 pessoas de todo o Reino Unido, de diversas “origens e idades, incluindo jovens que demonstraram uma forte liderança e aqueles que serviram as suas comunidades”, lê-se no site da família real.

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Além destas mais de mil pessoas, foram convidadas outras 200 pessoas ligadas a instituições de caridade e organizações com uma ligação ao casal, 100 alunos de duas escolas locais, 610 membros da comunidade do Castelo de Windsor e 530 pessoas da Casa Real

Estas pessoas estarão nos jardins do Castelo de Windsor e poderão ver a chegada dos noivos e dos seus convidados à Capela de São Jorge, onde irá decorrer a cerimónia, bem como no início da procissão de carruagem que o casal irá fazer por Windsor.

Em abril, começaram-se a conhecer algumas destas 1.200 pessoas.

Phillip Gillespie

O nome de Phillip Gillespie foi um dos primeiros a ser anunciado pelo Palácio de Kensington, através das redes sociais. “Phillip Gillespie de Ballymena perdeu a perna direita num incidente com uma bomba caseira no Afeganistão e trabalha para angariar fundos e sensibilizar as pessoas para a ABF The Soldiers’ Charity”, lê-se no tweet.

O episódio que tirou a perna ao ex-militar ocorreu em janeiro de 2011, dias depois de ter salvo um outro militar baleado em ambos os tornozelos, numa troca de tiros com um grupo de talibãs. Era a terceira comissão de serviço de Gillespie no país. “Tive de tratar dele e evacuá-lo dali, portanto sabia exatamente o que esperar quando fui atingido”, disse o soldado, numa entrevista de 2011 ao Ballymena & Antrim Times. “Pelo ângulo em que ele foi baleado, a bala deve ter passado entre as minhas pernas e atingiu-o, e tínhamos estado a brincar que aquela bala era, na verdade, para mim e não para ele.”

Phillip Gillespie, na altura com 23 anos, acabou por não ter a mesma sorte quando, dias depois, pisou uma bomba caseira. “Houve um momento em que pisei a bomba — um milésimo de segundo — em que percebi o que tinha feito, e fui projetado para trás. Por um lado, fiquei contente por ter ficado consciente e por saber o que se estava a passar durante todo o tempo. Se tivesse acordado apenas no hospital, o choque provavelmente teria sido muito pior.”

Ainda assim, o incidente, que resultou em seis cirurgias e horas a fio de reabilitação, não tirou o ânimo ao ex-soldado que acabou por ter a perna direita amputada. Desde então, Phillip Gillespie tem estado envolvido em várias iniciativas de apoio a veteranos de guerra, entre elas a ABF The Soldiers’ Charity, a instituição de caridade das forças armadas britânicas, para a qual tem angariado fundos.

O antigo militar, de 30 anos, também participou nos ensaios para as equipas de remo e de tiro ao arco para o próximo Invictus Games, um campeonato paralímpico para militares e veteranos das forças armadas criado pelo príncipe Harry.

Quanto ao convite para o casamento mais aguardado do ano, Gillespie disse à BBC que foi um “enorme privilégio” ter sido convidado para aquilo que será um “grande espetáculo”, acrescentando que irá acompanhado da namorada, Kirsty Crawford.

Pamela Anomneze

Quando Pamela Anomneze recebeu o email a dizer que era uma das convidadas para o casamento do príncipe Harry e de Meghan Markle, ficou na dúvida se não seria uma piada. “Quando recebi o meu convite fiquei chocada e entusiasmada, não fazia ideia. Achei que podia ser uma partida do dia das mentiras.” Mas não era, longe disso. E havia um motivo forte para ter sido convidado: o seu trabalho de cariz social.

Pamela, mãe de três filhos, gere uma empresa social, de nome Studio 306 Collective CIC, que ajuda pessoas com problemas do foro mental a recuperar através da arte, como peças de bijuteria, cerâmica, canecas, cartões feitos à mão, t-shirts, etc. As peças são depois vendidas em mercados locais e o dinheiro é utilizado para financiar aulas para as pessoas que quiserem aprender novas técnicas, refere o site da Câmara de Haringey, no norte de Londres.

Em declarações ao Daily Mail, disse estar “entusiasmada e comovida”com o convite para o casamento do príncipe Harry e Meghan Markle, que descreve como sendo “o casal mais bonito do mundo”. Já recuperada do choque, a grande questão da gerente de 52 anos passou a ser a indumentária: “Não sei o que vou levar vestido: vou representar todo o bairro e o Norte de Londres. É uma decisão importante. Gostaria muito de usar algumas joias de prata que fazemos no Studio 306.”

Mais tarde, pensou em levar uma roupa tradicional cheia de cor e do seu país de origem, a Nigéria. A decisão final, porém, caberá aos seus colegas de trabalho.

Mas já não teve dúvidas sobre quem iria levar consigo para o casamento real: o filho de 15 anos, Jude. “Ele costumava ver ‘Suits’ [série de televisão em que Meghan Markle era uma das protagonistas]. Quando cheguei a casa e lhe contei do convite, pôs-se de joelho a implorar para ir. Ele disse: ‘Oh mãe, só para ter um vislumbre da Meghan Markle.’”

Reuben Litherland

Reuben Litherland anunciou que tinha sido convidado para o casamento real no local que lhe permitiu receber o convite: a aula de língua gestual que dá na sua escola. “Fui convidado para o casamento real do príncipe Harry e Meghan em maio”, disse o adolescente de 14 anos às suas colegas e ‘alunas’.

A reação? Depois de um compasso de choque, os aplausos em língua gestual.

Reuben nasceu surdo e, sendo o único na escola, decidiu começar a dar aulas de língua gestual durante a hora de almoço. “Durante a hora de almoço e durante os intervalos sentia-me sozinho. Então pensei: ‘Porque não fazer algo?’”, conta à BBC. “Estou muito contente porque eles conseguem falar comigo e porque consigo falar com alguém.”

Além desta iniciativa a nível académico, o jovem de Derby é acima de tudo um ativista: faz parte do Youth Deaf Advisory Board, que promove o relacionamento entre jovens surdos, e está a fazer campanha para que os cinemas tenham filmes que as pessoas com surdez possam ver — com legendas, por exemplo.

Foram todas estas iniciativas que fizeram com que fosse convidado, pelo Lord Lieutenant de Derby, para o casamento de dia 19 de maio. “Estou muito feliz, em choque. Não consigo acreditar. Na verdade, comecei a saltar de um lado para o outro na nossa sala”, afirmou à ITV.

A mãe, que o vai acompanhar no grande dia, não podia estar mais orgulhosa. “Ele está a sensibilizar as pessoas para as dificuldades e os problemas que enfrentam as crianças surdas”, disse Jacinta Litherland ao Daily Mail. “Estou muito entusiasmada, ainda em estado de choque, mas estou tão contente pelo Reuben, por ele ter esta oportunidade. Ele fez tudo isto sozinho e eu tenho muito muito orgulho nele”, disse ainda à BBC.

Jacinta até já sabe o que vão fazer, quando estiverem em Windsor. “Vamos fazer sinais gestuais grandes e bem altos para que toda a gente possa ver. Vamos dizer: ‘Parabéns’, ‘Casal feliz’. Vamos garantir que todos consigam ver língua gestual.”

Já Reuben pensa mais alto: “Se o conseguir conhecer [o príncipe Harry], então poderei ensinar-lhe língua gestual.” Resta saber se conseguirá. Por agora, pelo menos, já tem uma certeza: o que vai levar vestido. A Brigdens, uma loja de roupa de luxo, irá oferecer o aluguer de um fato ao adolescente.

Amy Wright

Amy Wright soube que tinha sido convidada para o casamento semanas antes do anúncio oficial. Não foi fácil manter a informação secreta, mas isso isso também lhe deu tempo de absorver que aquilo ia mesmo acontecer: ia fazer parte do grande evento do dia 19 de maio em Windsor.

“Acho que é muito altruísta e maravilhoso o príncipe Harry e Meghan Markle terem decidido ter — como parte da sua celebração — membros do público”, afirmou Amy, citada pela BBC.

A jovem de Annan (Escócia) é a presidente do Conselho de Administração do Usual Place, um café, instalado numa antiga igreja em Dumfries, que dá formação e apoio a jovens entre os 16 e os 25 anos com necessidades especiais. Foi a sua dedicação ao projeto que lhe valeu o convite para o casamento.

Ao Sunday Post, Amy Wright, que é funcionária desta empresa de cariz social desde 2011, confessou seguir os passos dos noivos, essencialmente por serem mais ou menos da mesma idade. “Efetivamente, tento manter-me a par daquilo que os jovens da família real andam a fazer porque não há assim tanta diferença de idades entre nós.”

O convite à jovem de 26 anos, que foi feito pelo Lord Lieutenant  de Dumfries, é também extensível à chefe executiva do café, Heather Hall. “A Heather e eu vamos, mas estamos a representar toda a equipa do Usual Place, todo o trabalho que o nosso staff e diretores fazem enquanto equipa e todo o trabalho que fazemos para criar estas oportunidades de forma a dar aos jovens as oportunidades que eles merecem.”

Kai Fletcher

A vida de Kai Fletcher podia ser o guião de um filme de Hollywood, inicialmente não pelas melhores razões, mas que remata com um final feliz. O jovem, atualmente de 18 anos, teve uma infância difícil, marcada pelo álcool e por violência doméstica, e ficou sem-abrigo com apenas 15 anos.

Depois de uma infância difícil, Kai Fletcher tornou-se sem abrigo aos 15 anos

Andrew Matthews/WPA Pool/Getty Images

No ano passado, contou ao jornal Bath Chronicle um episódio que foi o seu ponto de viragem. Em 2013, na sequência de uma discussão com um professor, fugiu da escola onde estudava até à Southside Family Project, uma instituição de caridade em Bath que ajuda crianças e famílias com problemas. Percorreu quase cinco quilómetros a pé, sob chuva torrencial, até chegar ao local que lhe iria mudar a vida.

“A Southside deu-me uma vida, esperança e encorajou-me”, afirmou ao jornal.

Posteriormente, o adolescente começou a trabalhar na instituição enquanto orientador de jovens problemáticos, tendo ainda passado pelos departamentos de informática e publicidade e pela administração. Atualmente, além de continuar na Southside, trabalha também com jovens noutra instituição, a YMCA Mendip & South Somerset.

Mas a ida ao casamento de Harry e Meghan não será o primeiro ‘contacto’ de Kai com a família real. O jovem, que em 2016 foi distinguido com o prémio do presidente da Câmara de Bath de Jovem Cidadão do Ano (Mayor’s Young Citizen of the Year Award), conheceu Camila, a Duquesa da Cornualha, durante a sua visita a Southside.

“A Duquesa foi realmente adorável e eu gostei bastante dela. Ela realmente ouvia o que tinha para dizer, o que foi bom”, disse Kai ao Daily Mail. ““Estou a dar a Southside o que eles me deram, que foi uma nova oportunidade.”

Ainda assim, não estava à espera do convite para o casamento, ao qual irá acompanhado da irmã: “Foi um bocadinho surpreendente. Estou ansioso por ir, estou muito entusiasmado.”

Amelia Thompson

Foi a mãe de Amelia Thompson que sugeriu o seu nome a um dos Lord Lieutenant incumbidos por Harry e Meghan de escolher as pessoas da comunidade mais merecedoras de um convite para o seu casamento. A jovem de 12 anos, uma das sobreviventes do atentado na Manchester Arena, não queria acreditar no que estava a acontecer quando recebeu a notícia. “Fiquei sem palavras, não sabia o que dizer”, disse Amelia à BBC. “Eu só dizia: ‘Estão a brincar comigo?’”

Amelia Thompson vai levar consigo ao casamento uma avó que perdeu a neta no atentado de Manchester

Peter Byrne/WPA Pool/Getty Images

“Eu dei o nome da Amelia quando estive com a minha irmã há uns meses. Depois recebi um email na noite de quinta-feira, era bastante tarde, não queria acreditar… Depois dei o telefone à Amelia, até aí ela não fazia ideia”, recorda ainda a mãe, Lisa Newton.

Ao Daily Mail, a mãe da jovem de Dronfield Woodhouse, perto de Sheffield, disse tê-la nomeado não só por tudo aquilo que ela conseguiu ultrapassar depois do ataque do ano passado, que fez 22 mortos. Além do trauma, Amelia ficou com as cordas vocais danificadas devido aos gritos que deu ao assistir ao caos. A acrescentar a todo este cenário, ao longo do último ano a adolescente teve ainda de lidar com a morte de um tio e os dois ataques cardíacos do pai.

Desde o ataque, que ocorreu após um concerto da cantora norte-americana Ariana Grande, Amelia e a mãe foram conhecendo outros sobreviventes, em particular através de angariação de fundos. Uma dessas pessoas foi Sharon Goodman, cuja neta de 15 anos, Olivia Campbell-Hardy, morreu no atentado. Foi ela a quem Lisa Newton deu o seu bilhete para o casamento.

“Eu não vou, dei o meu bilhete… era uma coisa que a Amelia queria fazer. Faz sentido e vai fazer uma outra família feliz”, disse Lisa Newton à BBC. “Vamos passar uns dias juntas lá [em Windsor]. Vou com a Amelia até onde der e depois vou ficar na rua, com toda a gente, a acenar”, acrescenta ao Telegraph.

“Escolhi a Sharon porque ela está a passar por um mau bocado por ter perdido a neta Olivia. Só quero pôr-lhe um sorriso na cara porque está a ser difícil para ela”, explica Amelia.

Sharon Goodman assumiu que não tem sido fácil lidar com a morte da neta, mas está ansiosa pelo casamento: “Criei uma ligação com a Amelia tal como outros familiares. Ela é simplesmente uma jovem agradável e bonita. E corajosa. É um privilégio, uma honra.”

Amelia só tem pena de não ter um terceiro bilhete, que daria à amiga Harriet Taylor, cuja mãe foi uma das vítimas mortais do ataque. Ainda assim, a jovem espera levar algo ao casamento que recorde os 22 mortos do ataque a Manchester Arena.

David Gregory

David Gregory soube desde logo o que iria usar para o evento do ano no Reino Unido: o fato que usou no seu casamento. Precisamente a mesma roupa que usou um ano antes. Esta será, aliás, uma maneira original de o professor de 28 anos e a mulher celebrarem o primeiro ano de casados — a cerimónia aconteceu a 20 de maio de 2017.

“Sempre planeamos celebrar o nosso primeiro aniversário, como é de imaginar, mas acho que não podia ter sido mais perfeito”, disse David Gregory à BBC.

O professor David Gregory vai celebrar o primeiro aniversário do seu casamento em Windsor

Scott Heppell/WPA Pool/Getty Images

A atribuição do convite a David foi feita pela Lord Lieutenant de Northumberland. O motivo para esta escolha? O trabalho que tem desenvolvido na comunidade de Blyth, lê-se no Daily Mail.

O professor é a pessoa por trás de um hub que incentiva os alunos a escolherem cadeiras como ciência, tecnologia, engenharia e matemática e pensarem nas suas futuras carreiras. Além de que organizou uma iniciativa de reciclagem com os seus alunos, que lhes valeu o prémio Love Northumberland.

David Gregory, que dá aulas a alunos do quarto ano, já disse que irá fazer um diário em vídeo do dia do casamento para depois poder mostrar às crianças como tudo aconteceu, a par e passo.

E se o professor vai levar o seu fato de casamento, a sua mulher não fará o mesmo:“Claro que pensámos em Hannah levar o seu vestido de noiva, mas não vamos tentar roubar o protagonismo [de Meghan].”

Lily Hey

Uma menina de 11 anos que se tem dedicado a trabalho solidário em homenagem ao irmão, que morreu vítima de cancro, é outra das convidadas do casamento do príncipe Harry e Meghan Markle.

“A Lily está tão entusiasmada. Quando o convite chegou… foi tão inacreditável que ela demorou um bocado a perceber o que aquilo significava. É muito especial e uma grande honra, mas é muito merecido”, disse a mãe, Susan, ao The Sunday Times.

Hamish Hey, o irmão de Lily, morreu em fevereiro do ano passado após dois problemas oncológicos. Tinha apenas oito anos.

O primeiro surgiu em 2011. Aos dois anos, Hamish foi diagnosticado com um tumor raro nos tecidos moles, um rabdomiossarcoma alveolar metastizado. Foi submetido a vários meses de tratamentos, nomeadamente quimioterapia e radioterapia, e a uma cirurgia pioneira que fez com que lhe tivesse sido colocado uma prótese na perna esquerda. Cinco anos depois, foi-lhe diagnosticado um novo cancro — sem qualquer ligação com o anterior –, desta vez no cérebro e inoperável.

Desde a morte de Hamish, a família Hey tem angariado fundos para as instituições que o ajudaram com os tratamentos e, em maio, criaram a campanha Team Hamish para fundar um espaço para famílias na cidade onde vivem, Nair.

“Queríamos agradecer todo o apoio e amor que recebemos ao longo dos anos”, disse a mãe de Hamish, num vídeo promocional, acrescentando que já conseguiram mais de 50 mil libras (cerca de 56 mil euros).

https://vimeo.com/255652939

“Obviamente que estamos e vamos estar devastados e de coração partido com o que aconteceu e nada vai poder remendar isso, mas pelo menos sentimos que, de algo horrível, esperamos conseguir realizar uma coisa incrivelmente positiva”, disse ainda Susan Hey ao The Express.

Os pais de Lily, Susan e Sam, irão acompanhar Lily e a avó, Liz Bow de 68 anos, que também foi convidada para o casamento. A mãe de Lily foi diagnosticada, no ano passado, com um cancro de mama incurável.

“Ela [Lily] já passou por mais na vida do que muitos adultos teriam de passar na vida. Ao mesmo tempo… ela tem idade suficiente para perceber e efetivamente apreciar e recordar tudo isto.”

Alexander Willis

Alexander Willis estava, pela primeira vez, sozinho em Londres quando se deu o atentado de Westminster. Na tarde de 22 de março de 2017, quando o adolescente estava a chegar ao Parlamento, onde iria participar na comissão que dá a oportunidade aos jovens de debaterem sobre temas e questões públicas, já Khalid Masood, o autor do atentado, tinha atropelado vários pedestres na ponte de Westminster e embatido o carro contra as grades do Palácio.

Acabou por ficar várias horas preso numa multidão devido ao caos que se instalou naquela zona de Londres. “Foi uma experiência surreal”, conta o jovem à BBC.

Ainda assim, o ataque fez com que decidisse lutar contra a ameaça do terrorismo. Como é que o fez? Tornando-se embaixador da Polícia do País de Gales: encontra-se com jovens e vai às escolas abordar a questão da radicalização.

Mas, já antes deste acontecimento, Alexander era um jovem empenhado na comunidade. Era o representante de Newport (País de Gales) no Youth Parliament, uma organização com representantes entre os 11 e os 18 anos que transmitem ao Parlamento britânico as questões que afetam os jovens. E até conseguiu reduzir o preço das tarifas dos autocarros para os jovens, refere a ITV.

Resta saber a indumentária que irá levar para o grande dia. Em abril, não descartava a ideia de levar um fato repleto de bandeiras do Reino Unido. “Adoraria, porque é obviamente uma ocasião muito britânica, mas não tenho a certeza que seja apropriado.”

Jorja Furze

O trabalho de Jorja Furze com a comunidade de amputados e no tratamento da ansiedade fizeram com que fosse uma das eleitas para receber um convite para o casamento real. A jovem de 12 anos, que tem a perna direita amputada desde nascença, foi uma das pessoas nomeadas pela Lord Lieutenant de Cambridgeshire. “Estava incrédula. Devo ter gritado”, contou Jorja ao Cambridge News.

Jorja Furze vai com a mãe ao casamento e já escolheu o vestido que vai levar (Joe Giddens/WPA Pool/Getty Images)

Jorja é embaixadora e angariadora de fundos da Steel Bones, uma organização que procura apoiar os amputados. Além disso, é a fundadora de um grupo na escola que dá apoio às pessoas que sofrem de ansiedade e têm problemas de saúde mental. “Eu e uma amiga sofremos de ansiedade e temos problemas de saúde mental. Decidimos que tínhamos de fazer alguma coisa porque sabíamos que muitas pessoas tinham problemas semelhantes e convencemos um professor a deixar-nos criar isto”, disse a jovem ao Belfast Telegraph.

Jorja irá ao casamento com a mãe, Gabrielle, e até já escolheu o vestido que vai levar.

E até sabe o que gostaria de dizer aos noivos. “Se pudesse falar com eles, gostaria de lhes agradecer por quererem convidar pessoas que tentaram fazer a diferença. Gostava muito de ter uma fotografia com eles.”

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