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No Seixal, as aulas de Música transformam-se num concerto solidário, que este ano conseguiu angariar cerca de 5 mil euros para ajudar uma associação
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No Seixal, as aulas de Música transformam-se num concerto solidário, que este ano conseguiu angariar cerca de 5 mil euros para ajudar uma associação

Jorge Velez/Colégio Atlântico

No Seixal, as aulas de Música transformam-se num concerto solidário, que este ano conseguiu angariar cerca de 5 mil euros para ajudar uma associação

Jorge Velez/Colégio Atlântico

Umas Olimpíadas, música que ensina a ser solidário e a TV que ajuda à integração. O que andam a fazer os professores para motivar os alunos

Das artes ao desporto, passando pela escrita, os professores inventam formas para que os alunos sintam que são protagonistas. E um jogo ou um jornal podem refletir-se no resto da vida.

A peça de teatro começa pelo fim e há um jovem deitado no palco. A música é melancólica, a luz desaparece e, finalmente, o corpo levanta-se para dar início à história. Não há voz. De camisola branca e calças pretas, o jovem vai mostrando os cartazes que tem na mão. “Estão a ver este sorriso? Ele esconde uma coisa. Ele esconde uma prisão. Ele esconde a solidão”, vai lendo quem está sentado. A solidão pode assumir várias formas: a violência doméstica que vive em casa, a separação de um amigo, uma relação amorosa que acaba, ou, simplesmente, a solidão de não se encaixar em lado algum. No palco da Escola Secundária Dr. Francisco Fernandes Lopes, em Olhão, a solidão mostrou-se de todas estas maneiras, acabando como começou – com a morte de quem lidou sozinho com este problema. E com mais uma mensagem: “Este foi o final desta história. Escolhe outro para a tua.”

As palmas rapidamente deram lugar a um momento de introspeção, de admiração. Tudo o que foi representado naquele palco durante quase dez minutos foi trabalho dos alunos do último ano do ensino secundário daquela escola. Nenhum professor deu qualquer indicação, ou ajudou sequer a escolher o tema, ou a compor a narrativa. “Foi impressionante, porque misturaram temas diferentes, como a saúde mental, que é uma temática que eles abordam muito”, explicou o professor Bruno Gomes ao Observador.

Além da particularidade de esta peça não ter a intervenção de nenhum professor, há mais um pormenor importante: estes alunos também não estavam a fazer uma peça de teatro no âmbito de uma disciplina obrigatória. Foram eles que se inscreveram e quiseram participar. Como eles, mais turmas seguiram o mesmo caminho e colocaram o seu nome nas Franscisquíadas, uma espécie de olimpíadas criadas pelo professor de Educação Física Bruno Gomes naquela escola – daí o nome do concurso, que juntou o nome da escola à palavra ‘olimpíadas’. Aliás, o nome vai mudando de acordo com a escola onde está: este ano, o professor dá aulas no Liceu de Faro e, por isso, o concurso chama-se Licíadas.

“Esta atividade é muito simples. As turmas têm de fazer cinco provas e cada prova tem uma pontuação de 0 a 10. E ganha, claro, a equipa que tiver mais pontos nas cinco provas. Quatro são obrigatórias: a de desporto, a de cultura geral, a de leitura e a de criatividade”, explicou o professor, que nunca se dedicou apenas à sua disciplina. Quis ir sempre mais além, acabando por juntar as artes, a cidadania, a literatura e a música, num concurso que começa a ser preparado pelos alunos no início do ano e é apresentado nos últimos dias do segundo período.

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“Esta atividade é muito simples. As turmas têm de fazer cinco provas e cada prova tem uma pontuação de 0 a 10. E ganha, claro, a equipa que tiver mais pontos nas cinco provas. Quatro são obrigatórias: a de desporto, a de cultura geral, a de leitura e a de criatividade”.
Bruno Gomes, professor no Liceu de Faro

No fundo, a ideia é colocar os alunos a trabalhar em equipa e, fundamentalmente, perceberem em que atividades se destacam. Se existe naquela turma um aluno que é muito bom a ler, então será ele o indicado para fazer a prova de leitura. E os pais, claro, também participam nestas olimpíadas e são chamados para fazer as provas de desporto e de cultura geral. Depois do concurso, as consequências são notórias: “No terceiro período, a turma está muito mais unida, os laços entre eles são sempre muito mais fortes.”

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O projeto pensado e posto em prática por Bruno Gomes é um dos muitos exemplos que surgem dentro da comunidade escolar e que vão muito além das aulas, dos conteúdos obrigatórios e da preparação para os exames finais. Aliás, as Licíadas, as Francisquíadas, ou mesmo as Pinheiríadas — nome escolhido quando dava aulas no Agrupamento de Escolas Pinheiro e Rosa –, levaram-no, no ano passado, até à final do Global Teacher Prize Portugal, que todos os anos premeia professores pelos seus projetos e formas de ensino, numa espécie de Nobel da educação.

“Esta atividade põem os alunos a empenharem-se muito ou mais do que numa atividade que é obrigatória. Desenvolvem a criatividade, o espírito crítico e coisas que a escola hoje em dia não tem”, explicou o professor, que admite que não sabia da existência do prémio até receber uma chamada da organização. Um dos seus antigos alunos recomendou-o. No texto, agradecia: “Obrigado. Graças às Francisquíadas, muita coisa em mim mudou.”

"As Francisquíadas deram-me o mundo quando tudo aquilo que eu tinha, vivendo numa cidade pequena, era uma linha reta de objetivos que, caso os tivesse seguido, me deixariam altamente frustrada e incompleta".
Testemunho de uma ex-aluna

Este concurso, que ainda hoje se mantém nas duas escolas por onde passou este professor, marcou de tal forma os alunos que quando Bruno Gomes pediu mais testemunhos para concorrer ao prémio, recebeu 97 textos de alunos, antigos alunos e pais. “As Francisquíadas deram-me o mundo quando tudo aquilo que eu tinha, vivendo numa cidade pequena, era uma linha reta de objetivos que, caso os tivesse seguido, me deixariam altamente frustrada e incompleta”, escreveu uma ex-aluna, que atualmente já concluiu a faculdade.

E a música, pode transformar alunos em voluntários?

De Faro para o Seixal, salta-se de um projeto aplicado na escola pública para o ensino privado. Há, no entanto, uma linha que se mantém: incentivar os alunos a ultrapassar medos, aliando a música e a solidariedade. E esta ideia voltou a ganhar forma há uma semana, quando os alunos do Colégio Atlântico subiram ao palco da Academia Almadense para fazer um tributo à música portuguesa. No fim, conseguiram juntar cerca de cinco mil euros, que foram logo entregues à associação de voluntariado “Dá-me a Tua Mão”, uma organização que percorre, todas as noite, as ruas do concelho de Seixal para entregar comida e roupa a quem precisa e a quem não tem um teto.

“Desde 2015, comecei a pensar como é que poderia trabalhar a educação musical de uma forma útil para a cidadania dos meus alunos. Não queria estar só a ensinar uma canção, só para eles perceberem como é que se faz a estrutura de uma música, o que é uma melodia, o ritmo, ou uma letra para mostrar aos pais. Gostava de criar ali uma simbiose entre a disciplina de cidadania e a educação musical”, contou Ângela Morais, professora no Colégio Atlântico.

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E assim foi: há oito anos que as aulas de música do quinto e sexto anos de Ângela Morais são aproveitadas para centrar o estudo num artista, num grupo musical, ou mesmo em vários artistas – como aconteceu no fim de semana passado, com o concerto de tributo à música portuguesa, com temas que foram do fado aos Xutos e Pontapés.

[Ouça aqui o primeiro episódio da série de podcast “O Sargento na Cela 7”.
A história de António Lobato, o português que mais tempo esteve preso na guerra em África.]

Este estudo, que começa logo em setembro, no arranque do ano letivo, dá então origem a um concerto solidário: “O objetivo é, não só mostrar aos pais, mas também ajudar a comunidade em que estão inseridos. E mostrar que na escola ao lado muitos meninos da idade deles, possivelmente, têm dificuldades em tomar um pequeno-almoço digno, porque não têm capacidades financeiras”, explica a professora ao Observador. Aliás, os primeiros concertos começaram por ter como objetivo a recolha de alimentos e, mais tarde, com a venda de bilhetes, passaram a angariar dinheiro para a associação do Seixal. “Muitos pais conheceram a associação e, através deste projeto, tornaram-se voluntários. E meninos mais velhos também começaram a ser voluntários”, contou.

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Ao palco sobem todos os anos cerca de 10 turmas de crianças que acabaram de chegar ao ensino básico. E que descobrem ali uma nova forma de superar os seus medos. O mais comum, conta a professora Ângela Morais, é que a vergonha de cantar à frente de outras pessoas se manifeste durante boa parte das primeiras lições. Mas, garante, os alunos acabam sempre a divertir-se em cima do palco, deixando de lado as inseguranças. Pelo caminho, aprendem que a música vai fazer parte da vida deles, que é uma forma de arte e que dificilmente vão passar um dia sem ela. E aprendem também que nada é impossível, muito pela insistência desta professora, que dá aulas há cerca de 20 anos.

“O objetivo é, não só mostrar aos pais, mas também ajudar a comunidade em que estão inseridos. E mostrar que na escola ao lado muitos meninos da idade deles, possivelmente, têm dificuldades em tomar um pequeno-almoço digno, porque não têm capacidades financeiras”.
Ângela Morais, professora no Colégio Atlântico

Exemplo disso é que, quando Ângela Morais quis fazer um tributo a Michael Jackson, ouviu: “Ele canta muito rápido, tu não vais conseguir pôr miúdos de dez anos a fazer isto. E, quando me dizem que não, é quando eu meto na cabeça que vou fazer.” Este concerto ficou na memória, não só pelo êxito que teve, mas também porque aconteceu cinco dias antes de ser decretado o primeiro confinamento e de o ensino passar a ser feito à distância. Aliás, esta professora ganhou uma menção honrosa do Global Teacher Prize em 2020, na categoria de inovação e adaptação no ensino à distância. Foi a primeira professora de música a dar aulas na telescola.

O sucesso das aulas e dos concertos é tal que os alunos, quando terminam o sexto ano, querem continuar a cantar e a fazer parte daquele espetáculo. E é aqui que entra novamente Ângela Morais. A professora acabou por criar o coro Vozes do Atlântico, que funciona como uma atividade extracurricular, fora do horário letivo, para poder ter alunos do primeiro ano ao nono. Graças a este projeto, os alunos do colégio já cantaram no Coliseu de Lisboa, no Coliseu do Porto, no Casino de Lisboa e no Altice Arena. “Os pais também adoram, porque pensam ‘os meus filhos estão numa aula de música, que é um momento informal, e saem para um palco que só grandes artistas pisam. É muito gratificante também sentir esse reconhecimento.”

Não há alunos invisíveis

Os contextos em que cada aluno vive são diferentes e os professores trabalham todos os dias com o reflexo da casa e da família de cada criança e jovem. O projeto da professora Elsa Mota, na Escola Secundária Eça de Queirós, em Lisboa, mostra que não há alunos invisíveis e faz com que eles se sintam vistos pelos colegas e por quem está fora da escola. Mas mostra também que as ideias dos professores podem transformar-se e adaptar-se à medida que o tempo vai passando.

Há mais de dez anos, em 2012, Elsa Mota foi chamada para dar aulas às turmas dos Percursos Curriculares Alternativos (PCA). Aqui, encontram-se alunos do ensino básico em risco de marginalização e de exclusão social, que repetiram o ano e que já perderam a motivação pela escola. “Na altura, disse logo: se é para ser um currículo alternativo, tem mesmo de ser alternativo, temos de dar visibilidade aos miúdos, temos de os colocar a fazer coisas de que eles gostam”, explicou.

"Na altura, disse logo: se é para ser um currículo alternativo, tem mesmo de ser alternativo, temos de dar visibilidade aos miúdos, temos de os colocar a fazer coisas que eles gostam"
Elsa Mota, professora na Escola Secundária Eça de Queirós

E assim foi. Pouco tempo depois, o plano estava montado. Nascia a EçaTV, um canal no Youtube com conteúdos feitos exclusivamente pelos alunos — desde reportagens sobre as aulas às visitas de estudo que faziam por Lisboa, passando pelas entrevistas aos outros alunos para saber aquilo de que mais gostam e o que queriam ver melhorado na escola.

Os jovens, que até esse momento mostravam sinais de desmotivação em relação às aulas, passaram a ter novos objetivos. Logo no início do projeto, recordou a professora de Multimédia, os professores de ciências e de física e química juntaram-se para explicar o processo de coagulação do leite. Fizeram requeijão na aula e os alunos gravaram todos passos. Resultado: entre filmagens, e quase sem se aperceberem, aprenderam uma parte da matéria. E rapidamente se juntaram ao projeto mais alunos do primeiro ciclo e do ensino secundário, que quiseram sentir como é ser jornalista por uns momentos.

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Mas este canal, tal como era feito, teve os dias contados. Chegou o regulamento da proteção de dados e dos direitos de imagem e a escola deixou de poder publicar vídeos com as caras dos alunos sem a autorização dos encarregados de educação. Um obstáculo que quase matou o projeto. Passou a ser praticamente impossível vestir o colete da EçaTV para entrevistar outros alunos sem que a sua cara ficasse gravada.

[Ouça aqui o segundo episódio da série em podcast “O Sargento na Cela 7”.
Uma história de guerra, de amor e de uma operação secreta.]

É aqui que as soluções da professa Elsa Mota — que foi também uma das finalistas do Global Teacher Prize Portugal no ano passado — entram em cena. A imagem não pode ser utilizada sem autorização, mas ninguém falou sobre a voz. “Vamos criar uma rádio escolar.” Poucos anos depois da imagem, o som chegava aos alunos da Escola Secundária Eça de Queirós. Não acontece todos os dias, porque é preciso um guião, que é inteiramente escrito e gravado pelos alunos, mas pelo menos uma vez por semana, no intervalo de 20 minutos, toda a escola ouve as turmas dos PCA.

Mas em 2020 chegou a pandemia, os alunos foram todos para casa e deixou também de ser possível fazer rádio. “Estávamos todos em casa. O que é que íamos fazer? Um jornal online, explicou a professora. Cada um escreve aquilo que quer e todos podem escrever sem qualquer obrigação de seguir um determinado tema. “Um jornal de alunos para alunos”, acrescentou. Os conteúdos vão desde o dia dos namorados à explicação daquilo que está a acontecer na Ucrânia.

"Sentiam-se orgulhosos. Os PCA são considerados os piores alunos da escola e, de repente, tinham a escola toda a ver o trabalho deles. E foram aprendendo melhor as coisas. Nas aulas de português, houve uma progressão fantástica a nível da leitura, da dicção. Ficaram mais desinibidos a falar em sala de aula. E com muito mais autoestima"
Elsa Mota, professora na Escola Secundária Eça de Queirós

Em pouco mais de 10 anos, esta professora conseguiu criar um canal, uma rádio e um jornal online — que na próxima quarta-feira vai também mudar e passar a ser impresso. Olhando para trás, o impacto que todos estes projetos tiveram e têm nos alunos é bem visível: “Sentiam-se orgulhosos. Os PCA são considerados os piores alunos da escola e, de repente, tinham a escola toda a ver o trabalho deles. E foram aprendendo melhor as coisas. Nas aulas de português, houve uma progressão fantástica a nível da leitura, da dicção. Ficaram mais desinibidos a falar em sala de aula. E têm muito mais autoestima.”

A arte à distância e a arte como desbloqueio

O reconhecimento que os alunos sentem é, talvez, o ponto que está sempre presente quando os professores falam sobre os projetos que implementam nas suas escolas. Depois da música, do desporto, da multimédia e da escrita, há quem queira mostrar esse reconhecimento aos alunos que, desde cedo, mostram a qualidade da arte que criam. “Às vezes, deixamos adormecer aquilo que nos alimenta a alma”, diz a professora Maria Graça Martins.

A dar aulas no Agrupamento de Escolas de Ourém, Maria Graça Martins não baixou os braços e garantiu que, naquele concelho, a arte não ficaria adormecida. E já lá vão quase 10 anos. Em 2014, quando começou a dar aulas em Ourém, quis logo entrar em contacto com o município para perceber se poderia tornar visível o trabalho dos seus alunos, através de exposições fora da escola.

“Foi possível que os alunos saíssem da escola para apresentar os seus trabalhos em galerias, em espaços institucionais”, explica a professora. O reflexo deste projeto viu-se a curto e a longo prazo: “Além do reconhecimento do trabalho, começaram logo o seu currículo profissional e artístico. E deu para a comunidade perceber o trabalho que era feito.”

A exposição das obras feitas ao longo do ano é, no entanto, apenas uma parte do trabalho que esta professora desenvolve. A exposição é apenas o fim. Nas aulas de desenho, de oficina multimédia e de oficina de artes, há todo um processo, que não é fácil para a maioria dos alunos e que assenta, sobretudo, em liberdade.

"Os alunos estão muito dependentes daquilo que o professor tem para lhes dar. E uma parte do meu trabalho é libertá-los dessa dependência. Quero que sejam eles a assumir um papel de responsabilidade".
Maria Graça Martins, professora no Agrupamento de Escolas de Ourém

Os alunos estão muito dependentes daquilo que o professor tem para lhes dar. E uma parte do meu trabalho é libertá-los dessa dependência. Quero que sejam eles a assumir um papel de responsabilidade”, explica. Quando os alunos não conhecem os métodos de Maria Graça Martins, no início do ano, ficam “completamente bloqueados, porque querem avançar e não conseguem”. Mas este bloqueio não é, de todo, um ponto negativo: “É preciso dar tempo para ser visível o drama, para depois podermos subverter esse problema e avançar”.

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O reflexo de todo este processo é então a exposição final, feita num espaço do município. Mas, tal como o projeto da Escola Eça de Queirós, de Elsa Mota, a pandemia e o confinamento colocaram um travão nas iniciativas destes professores. E Maria Graça Martins também não baixou os braços. “Contra factos, criamos argumentos”, dizia na altura aos alunos, numa tentativa de criar condições para que eles não desmoralizassem, depois de ficarem fechados em casa.

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Na altura do primeiro confinamento decretado em Portugal, os alunos estavam praticamente a meio do segundo período e, por isso, já tinham feito muito trabalho. A ideia foi então fotografar os trabalhos que estavam feitos e criar uma exposição virtual. “Com a ajuda dos técnicos do município de Ourém criou-se um vídeo”. Todo este trabalho valeu também a nomeação para o Global Teacher Prize de 2020. E, à semelhança daquilo que aconteceu com o professor de Faro, também foi uma das alunas desta professora que se cruzou com o concurso. “E depois achámos que tínhamos condições para participar”, acrescentou. Com ou sem prémio, uma das frases que Maria Graça Martins guarda na memória é de uma antiga aluna: “Professora, nunca nos tinham ensinado a pensar.”

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