Mais de metade dos 19.135 alunos que se candidataram a uma vaga numa instituição pública de ensino superior conseguiram entrar nesta 2ª fase de acesso. Na prática são 9.831 os jovens estudantes que têm luz verde para avançar para a matrícula, caso queiram fazê-lo. Se te candidataste, podes confirmar na caixa ao lado ou na lista mais abaixo se conseguiste entrar ou então aceder diretamente ao site da Direção Geral do Ensino Superior.

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Consulte aqui a lista dos resultados da 2ª fase de acesso ao ensino superior.

Comparando com o ano anterior, regista-se um crescimento de 2,6% no número de colocados, sendo que dos 9.831 estudantes que conseguiram colocação 4.674 entraram em politécnicos e 5.157 em universidades. E 40% entrou na primeira opção.

Assim, e no conjunto das duas fases de acesso, já ingressaram no Ensino Superior 47.173 alunos, mais 2,9% do que em 2016. Não se pode ignorar que houve também um aumento dos candidatos.

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“A colocação de estudantes nesta 2ª fase confirma as estimativas de ingresso no ensino superior público, que apontam para cerca de 47.000 novos estudantes a ingressar por via do concurso nacional de acesso e para cerca de 73 mil novos estudantes quando consideradas todas as vias de ingresso”, lê-se no comunicado enviado pelo Ministério da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior (MCTES).

Olhando para as notas dos últimos colocados nesta 2ª fase, a conclusão a que se chega é semelhante à do ano passado: as médias mais altas subiram face à primeira fase: há mesmo três cursos em que o último (ou único) aluno a entrar tinha 19 ou mais valores – Medicina no Instituto de Ciências Biomédicas Abel Salazar, da Universidade do Porto; Medicina, na Faculdade de Ciências Médicas, da Universidade Nova de Lisboa e Arquitetura, na Faculdade de Arquitetura da Universidade do Porto.

Em 19 dos 1.062 cursos que abriram vaga, o último aluno a entrar tinha uma nota inferior a 10 valores, embora sempre superior a 9,5 (positiva).

Quatro mil vagas transitam para uma terceira fase

Para a terceira vaga sobram 4.009 vagas, menos 1.157 do que no ano passado transitaram para a terceira e última fase de acesso. Numa análise rápida aos números, facilmente se percebe que essas vagas estão distribuídas por 224 cursos, a grande maioria dos quais ministrada em institutos politécnicos e muitas nas áreas das engenharias. Houve mesmo 45 cursos que não tiveram um único aluno colocado nesta segunda fase.

Mas não é certo que todas as instituições abram a totalidade das vagas sobrantes. O Ministério de Manuel Heitor frisa que “cada instituição de ensino superior decide, para cada um dos seus cursos, sobre a abertura da terceira fase do concurso” e que cabe à instituição fixar o número de vagas, sendo que tem de ser “em valor igual ou inferior às vagas sobrantes da segunda fase acrescidas das vagas não ocupadas pelos estudantes colocados nesta fase que não realizaram a matrícula e inscrição”.

Ao certo, só será possível saber quantas vagas vão abrir na terceira fase no dia 5 de outubro, no site da Direção-Geral do Ensino Superior.

Mais de 3.300 alunos que entraram na faculdade não se matricularam nem tentaram 2ª vez

Os números agora divulgados pela Direção Geral de Ensino Superior (DGES) permitem ainda perceber melhor o que aconteceu aos alunos que ficaram colocados na primeira fase de acesso ao ensino superior.

Aos 44.914 que obtiveram vaga somaram-se outros nove, que reclamaram do resultado e a quem foi dada razão. Acontece que desses 44.923 colocados, só 39.662 (88,3%) acabaram por se matricular efetivamente. Desses ainda houve 6.346 que tentaram nova oportunidade na segunda fase — eventualmente para tentarem mudar de curso ou de instituição.

Mas o mais curioso é um outro número que resulta do cruzamento das duas fases do concurso: dos 5.261 alunos que obtiveram colocação na primeira fase e que não se chegaram a matricular, muito provavelmente por não terem ficado contentes com a vaga obtida, 1.932 tentaram a sua sorte uma segunda vez, mas 3.329 não o fizeram.

Ou seja, há 3.329 jovens que tendo conseguido um lugar numa instituição de ensino público logo à primeira, desistiram. Quanto ao que lhes aconteceu, não se sabe ao certo porque, como explicou ao Observador fonte oficial do Ministério da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior (MCTES), “não há informação sobre o percurso individual dessas pessoas”. Mas podem ter saído do país, ou decidido fazer uma pausa e tentar no próximo ano por não terem conseguido entrar no curso pretendido por falta de média. Ou optaram por tirar o curso numa instituição privada.

“A nossa experiência indica que a generalidade destes tenha acabado por ingressar no ensino superior privado, possivelmente porque a opção em que foram colocados no Concurso Nacional de Acesso não corresponder às suas primeiras preferências”, acrescentou o gabinete de comunicação do MCTES.

A estes 3.329 podem-se ainda somar 2.692 que concorreram à primeira fase e não ficaram colocados e também não se candidataram a esta segunda fase. Desta conta resultam 6.021 alunos que terminaram o 12.º ano, e tentaram prosseguir estudos superiores numa instituição pública, mas acabaram por não entrar.