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O contexto

A relação do humor com a política complica-se quando, conforme sucede com frequência, os políticos se encarregam de fazer humor e os humoristas de fazer política. Qualquer programa que inclua dirigentes partidários, deputados, “senadores”, comentadores ou “personalidades” similares é potencial fonte de risota. Qualquer programa que, em 2018, inclua comediantes a denunciar a “troika”, os flagelos climáticos e o salazarismo dos anos 1930 diverte tanto quanto uma cólica renal – e entretém menos.

Em Portugal, sucedem-se exemplos de ambos os casos, que não só seria fastidioso enumerar como, no que me diz respeito, seria igualmente impossível: à semelhança da vasta maioria da população ocidental abaixo dos 76 anos, vejo pouquíssima televisão, e nunca de origem nacional. Também não ouço rádio, não decifro búzios ou sinais de fumo e circunscrevo o consumo de jornais ao estritamente necessário para alimentar as crónicas regulares. Em suma, o Observador acertou em cheio ao pedir-me para abordar o assunto. E eu acertei em cheio ao aceitar.

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