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Vinho Periquita - O português mais querido do Brasil

Cada vez mais, os brasileiros apreciam vinho e, quando escolhem, sabem que as marcas portuguesas são sempre um sinónimo de qualidade. Vale a pena saber como o Periquita se tornou no mais querido

O vinho chegou ao Brasil com Pedro Álvares Cabral, em 1500. Já nessa altura era uma bebida indispensável à refeição dos portugueses e também não podia faltar nos porões das naus e das caravelas. Passado pouco mais de 30 anos, Martim Afonso de Sousa, nomeado pelo Rei de Portugal para defender a costa brasileira das primeiras invasões francesas, que também tinha uma missão agrícola, plantou uma pequena vinha com casta Vitis Vinisfera. Estas foram as primeiras vinhas a lançar raízes em solo brasileiro, mas a experiência não teve o sucesso desejado. No entanto, Brás Cubas, um dos membros da sua expedição, insistiu no projeto e, a partir das poucas uvas que aquelas mudas geraram, conseguiu fazer o primeiro vinho brasileiro. Mesmo assim, as diferenças do solo e do clima tornaram impossível uma produção de vinho que justificasse a continuidade do investimento.

Foi apenas no início do seculo XVII que o cultivo da vinha começou a ganhar terreno no Brasil, com a chegada dos jesuítas à região das Missões, no sul do País, que necessitavam de vinho para as celebrações e, por isso, não podiam deixar de o produzir. Cerca de cem anos depois, a chegada de muitos portugueses parecia fazer crescer o cultivo, trazendo mudas dos Açores e da Madeira, mas também não deram origem a vinho de qualidade. Assim, em 1789, a corte portuguesa proíbe o cultivo de vinha no Brasil pois a fama dos vinhos portugueses poderia estar em risco. A bebida deixou de ser comercializada e o seu uso restringido a fins domésticos ou religiosos.

Finalmente, bom vinho

Mas o vinho havia de conhecer melhores dias em terras brasileiras. Estes chegaram quando a família real portuguesa se muda para o Brasil, em 1808. Vinha para ficar e uma vez que no Brasil ainda não se produzia vinho digno das suas mesas, levou consigo muitos litros de bom vinho português. Foi então que o néctar dos deuses lusitano se começou, definitivamente, a aproximar dos copos dos brasileiros e a ganhar a preferência dos paladares. Mais tarde, com o pico de emigração italiana ocorrido a partir de 1875, o cultivo da vinha no Brasil conheceu forte impulso e os primeiros registos de produção depressa começaram a surgir. Em 1883 já há notas da produção de 500 mil litros de vinho na cidade de Garibaldi, no Rio Grande do Sul. Ainda hoje, é no Sul do Brasil que se produz mais vinho brasileiro, embora já haja vinhas por todo o país, com produção de vinhos cada vez mais prestigiados. Ainda assim, os importados continuam a ser os mais cobiçados pelo consumidor brasileiro. E o português tem lugares de honra.

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Talvez um luxo… ainda

João Cury, Vice-presidente da Interfood Importações, empresa familiar sediada no Estado de São Paulo, e um dos importadores de vinho mais relevantes do Brasil, reconhece que, para a maioria dos brasileiros, beber vinho português ainda é um luxo. Mas também sabe que aquela população é muito numerosa e que cada vez há mais brasileiros que apreciam vinho, sobretudo para acompanhar boas refeições. “Há muitas oportunidades para o vinho português no mercado brasileiro”, conclui.

“Eu acho que os vinhos portugueses ainda vão ser muito mais conhecidos e reconhecidos pelo consumidor brasileiro. Por razões óbvias: existe essa abertura: a tradição, a proximidade entre os dois países, por exemplo. Mas o Periquita, como digo, é um líder. Aliás, é o vinho português mais antigo à venda no Brasil.”

Periquita, o “querido”

No todo das importações de que a Interfood é responsável, os vinhos portugueses ocupam à volta de 25%. Entre eles, o Periquita ocupa lugar de destaque e é um vinho que os brasileiros apreciam. João Cury não tem dúvidas em afirmar que “o Periquita é percecionado pelos brasileiros como um vinho de altíssima qualidade, uma marca altamente confiável e arrojada. Eu sou suspeito para falar porque sempre gostei muito, mas os vinhos são incríveis. E é, com certeza, uma marca querida para o coração dos brasileiros.”. Justifica esta preferência pela qualidade do vinho português, reconhecida desde sempre pelos seus conterrâneos como um valor seguro. “É um vinho com over delivery, ou seja, tem mais qualidade do que o seu preço pode fazer adivinhar”, explica o importador. E realça o facto de os brasileiros saberem que não existe vinho português de má qualidade, o que facilita a penetração da marca no mercado. “O apreço dos brasileiros pelos vinhos portugueses é enorme devido a sua arrebatadora qualidade, ao excelente trabalho de promoção feito pela indústria e à proximidade entre os dois países”, acrescenta João Cury.

Uma gama completa

A gama Periquita presente no mercado brasileiro compõe-se do Tinto, Branco, Rosé, Reserva e ainda o Red Blend, produzido especial e unicamente para o Brasil. Esta marca sabe manter-se atualizada e sempre a par do que o próprio mercado vai indicando. O seu sabor tende a ajustar-se ao que os brasileiros mais gostam, um pouco mais doce do que o normal dos vinhos tintos.

Com espaço para crescer

Para João Cury, a marca Periquita sempre foi muito bem trabalhada no Brasil. Soube manter-se ativa, próxima dos consumidores que o sabem apreciar e gostam de o encontrar à sua mesa ou nas suas festas. João, que há cerca de 3 anos se tornou membro da Confraria do Periquita, acredita que as vendas de vinhos portugueses têm muito espaço para crescer no Brasil e que o Periquita, obviamente incluído nestas oportunidades de crescimento comercial, estará naquele país por muitos e bons anos.

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