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Catarina Rosa, Beatriz Rodrigues, Ana Dinis e Gonçalo Oliveira foram os primeiros a votar este domingo na Cidade Universitária para o círculo eleitoral dos Açores
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Catarina Rosa, Beatriz Rodrigues, Ana Dinis e Gonçalo Oliveira foram os primeiros a votar este domingo na Cidade Universitária para o círculo eleitoral dos Açores

FRANCISCO ROMÃO PEREIRA/OBSERVA

Catarina Rosa, Beatriz Rodrigues, Ana Dinis e Gonçalo Oliveira foram os primeiros a votar este domingo na Cidade Universitária para o círculo eleitoral dos Açores

FRANCISCO ROMÃO PEREIRA/OBSERVA

Voto antecipado em Lisboa. Beatriz nunca tinha votado e acabou a estrear a urna. Sem filas, como aquela em que os amigos estiveram há um ano

Com medo das filas, várias pessoas chegaram à Cidade Universitária às 8h, para o voto antecipado. Umas por conveniência, outras por causa da Covid: “Hoje não estamos positivos, no dia 30 não sabemos”.

Nunca tinha votado antes, mas como os amigos, mais velhos, lhe contaram que há precisamente um ano tinham passado quatro longas horas na fila para votar antecipadamente na Cantina Velha da Cidade Universitária de Lisboa, dessa vez a contar para as eleições presidenciais, Beatriz Rodrigues, de 18 anos, pôs o despertador para bem cedo este domingo. Às 6h da madrugada estava a pé, quarenta minutos depois batia à porta das amigas, também açorianas a estudar em Lisboa. “Às 7h20 estávamos na rua. Ainda tivemos de esperar uns quinze minutos até abrirem as portas”, conta Beatriz, aluna de Internacional Business Management na Universidade Católica, à porta da Faculdade de Letras, na alameda da Cidade Universitária.

Além de se ter estreado em eleições — a votar antes do tempo porque, para quem vive longe do local onde está recenseado, tem sempre de ser assim —, Beatriz, natural de São Miguel, acabou por estrear também a urna em que depositou o voto, não através da ranhura aberta no topo, mas sob a tampa. “O envelope é demasiado grande, não cabe”, explica ao Observador, ainda com a folha branca que comprova que o seu voto nas legislativas de 2022 já foi entregue nas mãos. “A senhora disse-me que tinha de olhar bem para dentro da urna, para ver se estava vazia. No início nem percebi bem, tive de me por em cima do estrado onde estava a mesa para olhar mesmo lá para dentro. Ainda lhe disse ‘eu confio, senhora’, mas teve de ser assim.”

Para além de não existirem quaisquer filas no exterior, também no interior dos edifícios, ao longo de toda a manhã, não houve esperas superiores a cinco ou dez minutos, e em muito poucas secções de voto. Aquilo que o Observador mais ouviu, durante as horas em que se manteve na zona, foi que tudo tinha sido muito rápido: “chegar, votar e sair”

Segundos antes, ainda na escadaria que dá acesso à Faculdade de Letras, que é um dos seis locais, na Cidade Universitária, que este domingo foram preparados para receber os eleitores do voto antecipado em mobilidade, Beatriz, juntamente com Catarina Rosa, 19 anos, Ana Dinis, 20, e Gonçalo Oliveira, 20, todos faialenses, procuravam o melhor ângulo para registar em selfie o momento, cada um com o seu comprovativo de voto em punho. Há um ano, recordam ao Observador, não houve euforia sequer parecida. Chegaram às 14h, depois de almoço, e só conseguiram votar após as 18h, já a noite tinha caído, tal era a fila que se acumulava no acesso à Cantina Velha, uns metros mais acima, praticamente em frente ao Hospital de Santa Maria. Desta vez, fazem questão de dizer, o processo está muito mais organizado. “Havia muito mais regiões no mesmo sítio, não era só Açores, Madeira e Setúbal, como hoje”, diz Ana Dinis, estudante de Finanças.

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Não é preciso ter estado nas filas — que há um ano chegaram a ultrapassar os 700 metros de comprimento e serpentearam durante horas, ao longo dos jardins da alameda da Cidade Universitária — para perceber que aquilo que este domingo está a acontecer em Lisboa é uma situação completamente diferente. Além de não existirem quaisquer filas no exterior, também no interior dos edifícios, ao longo de toda a manhã, não houve esperas superiores a cinco ou dez minutos, e em muito poucas secções de voto. Aquilo que o Observador mais ouviu, durante as horas em que se manteve na zona, foi que tudo tinha sido muito rápido: “Chegar, votar e sair.”

Para estas eleições, no voto antecipado em mobilidade, inscreveram-se 37.846 eleitores em Lisboa — para as presidenciais do ano passado, também na capital, foram 33.364 as pessoas inscritas, pelo que este domingo até há mais interessados em votar do que no dia 17 de janeiro de 2021. A diferença é que, enquanto há um ano o processo foi todo concentrado na Cidade Universitária, para estas legislativas foram abertas outras secções de voto, em dois lugares diferentes. Além de Reitoria, Aula Magna, Cantina Velha e Faculdades de Direito, Letras, Psicologia e Ciências, também as escolas Básica Lindley Cintra e Secundária do Lumiar, lado a lado, e a Escola Secundária do Restelo estão a receber eleitores.

Votação antecipada em Lisboa está a decorrer na Cidade Universitária, em duas escolas do Lumiar e na Secundária do Restelo

FRANCISCO ROMÃO PEREIRA/OBSERVA

Tendo em conta os problemas registados em 2021, a Câmara Municipal de Lisboa começou a preparar tudo há cerca de um mês para que o voto antecipado pudesse decorrer com maior “normalidade”, já tinha dito este sábado o vereador Diogo Moura à Lusa. “Partimos de uma base das eleições presidenciais do voto antecipado, de 76 secções de voto na cidade universitária. Entretanto, e com os vários apelos públicos para que as pessoas se inscrevessem para votar antecipadamente, a CML respondeu a esse repto e triplicou a resposta”, explicou o responsável, para depois reconhecer que a adesão tinha sido afinal “substancialmente inferior às expectativas”.

Como os 300 funcionários municipais e das juntas de freguesia entretanto mobilizados para trabalhar este domingo não foram dispensados e o número de mesas se manteve inalterado — 152, nestes três polos —, ganharam os eleitores, que ao longo de toda a manhã votaram com celeridade. Como explicaria pelas 10h o vereador Diogo Moura à Rádio Observador, naquele que foi o primeiro ponto de situação do dia, o número médio definido pelo Ministério da Administração Interna para estas eleições era de 500 eleitores por mesa. Com a baixa adesão ao voto em mobilidade na cidade, cada mesa acaba este domingo por não receber mais do que 250 pessoas, ou até 160, em alguns casos.

“Hoje não estamos positivos, mas no dia 30 não sabemos”

Maria Azevedo, 69 anos, nunca tinha votado antes do tempo. Resolveu fazê-lo desta vez porque tinha disponibilidade e achou que, de alguma forma, podia ajudar a “descongestionar” o dia 30. Ainda assim, o receio de uma possível infeção com Covid-19, confessa, também não foi alheio à decisão. “Hoje, não estamos positivos, mas no dia 30 não sabemos”, diz ao Observador, enquanto espera pelo marido, que a deixou à porta da Faculdade de Direito — onde votam, juntamente com a Faculdade de Psicologia, os eleitores de Lisboa — e foi estacionar o carro.

O processo foi tão rápido que, antes mesmo de ele ter conseguido parar, Maria já tinha votado e regressado à rua, de luvas encarnadas a tentar atenuar o frio que se fez sentir ao longo da manhã. Quando finalmente se reencontraram, passava pouco das 8h30, também o marido já tinha conseguido depositar o voto na urna: “Agora ficamos com o resto do dia livre”, congratulam-se, em jeito de despedida.

Cleide Silva e António Júlio votaram este domingo bem cedo, como "medida de cautela".: Temos o voto definido, seja o que for que aconteça somos inabaláveis”

FRANCISCO ROMÃO PEREIRA/OBSERVA

Uns metros mais abaixo, na Faculdade de Psicologia, Cleide Silva, de 53 anos, e António Júlio, de 74, também já estão “despachados”. “Não temos medo da pandemia, mas assim no próximo domingo ficamos mais descansados”, explica Cleide que, tal como grande parte dos eleitores de Lisboa nas primeiras horas da manhã deste domingo, depois de depositar o envelope com o voto na urna chegou à rua e foi chamada a participar numa sondagem — as pessoas vão chegando e saindo de forma tão espaçada que quase todas são interpeladas pelos técnicos de sondagens, estrategicamente colocados à porta dos edifícios onde votam os recenseados na capital.

António Júlio, o marido de Cleide, que chegou entretanto, exibe o comprovativo de voto, garante que o processo é “seguríssimo” e explica que como “medida de cautela”, tendo em conta o aumento sem precedentes do número de casos de Covid-19, esta já é a segunda vez que decidem votar antecipadamente. Questionado sobre se não receia os acontecimentos dos próximos dias de campanha eleitoral — poderia entretanto mudar de ideias e querer alterar o sentido de voto —, responde com um firme e rotundo “nem pensar”. “Temos o voto definido, seja o que for que aconteça somos inabaláveis”, ri-se.

Nada de filas nem de grandes esperas: “Dez minutos, nem tanto”

À medida que as horas vão passando e o meio da manhã se aproxima, vai aumentando a afluência, expressa pelas filas de carros que descem a alameda em marcha lenta e pelas pessoas a pé, que desde a primeira hora podem consultar as listas das secções de voto em vários cartazes espalhados pela Cidade Universitária, às portas dos edifícios e junto a uma tenda verde, instalada em frente à Reitoria, onde a informação foi afixada em grandes cartazes, a fazer lembrar os cartões de Monopólio, cada zona (ou neste caso, faculdade) tem uma cor. A Faculdade de Letras, onde votaram Beatriz Rodrigues e os amigos (que entretanto já regressaram a casa, uns para recuperar as horas de sono perdidas à conta do voto, outros para estudar), é azul; a Reitoria e a Aula Magna são verdes, a Cantina Velha é roxa, a Faculdade de Ciências é castanha; e a Faculdade de Psicologia é amarela. A Faculdade de Direito, aquela que ao longo da manhã apresentou mais movimento, é vermelha.

Por volta das 10h30, no interior do edifício onde de segunda a sexta estudam alguns dos futuros advogados, procuradores ou magistrados portugueses, são detetáveis as primeiras filas da manhã, mas apenas à porta de uma ou duas secções, organizadas por ordem alfabética. É o que acontece na 24ª secção, no piso térreo, reservada para uma série de Joões lisboetas — começa em João Francisco de Madureira Valadas Azevedo e Silva vai até João Paulo da Gama Leite de Barros da Rocha e Castro. À porta, primeiro de uma fila que nunca chegou a ultrapassar os oito pessoas, João Marto, 30 anos, garante que não chegou a esperar 10 minutos sequer. No piso inferior, a eleitora que está prestes a transpor a ombreira da porta que dá acesso à secção 34, esta reservada a Marias, responde o mesmo à mesma pergunta: “Dez minutos, nem tanto”.

À medida que as horas vão passando e o meio da manhã se aproxima, vai aumentando a afluência, expressa pelas filas de carros que descem a alameda em marcha lenta e pelas pessoas a pé, que desde a primeira hora podem consultar as listas das secções de voto em vários cartazes espalhados pela Cidade Universitária, às portas dos edifícios e junto a uma tenda verde, instalada em frente à Reitoria, onde a informação foi afixada em grandes cartazes, a fazer lembrar os cartões de Monopólio, cada zona (ou neste caso, faculdade) tem uma cor

Apesar de o processo no voto antecipado em mobilidade ser diferente — e necessariamente mais moroso —, nem isso faz com que o tempo de espera ultrapasse estes limites.

Além de terem de preencher o boletim de voto, os eleitores têm, este domingo, de guardar o seu voto num envelope branco, em que previamente foi colado um código numérico, que corresponde ao que está também colado no comprovativo de voto, que cada pessoa leva consigo para casa. Depois, é necessário colocar esse envelope dentro de um outro, maior e azul, onde vai ser colada uma outra etiqueta, com o nome do eleitor, explicou ao Observador o presidente de uma das mesas de voto instaladas este domingo na Cidade Universitária. Só daqui a uma semana, dia das eleições legislativas de facto, é que cada um destes votos, já divididos pelo círculo eleitoral a que pertencem, vão juntar-se aos restantes e contar para ajudar a eleger a próxima Assembleia da República.

Quem vota antecipadamente em mobilidade não se limita a dobrar o boletim em quatro, o processo é diferente e mais moroso

FRANCISCO ROMÃO PEREIRA/OBSERVA

Sei o que aconteceu nas eleições passadas: “A certa altura tivemos de fechar as portas para escoar as pessoas e só depois é que voltámos a deixar entrar”

Cerca de uma hora antes, no edifício da Reitoria, já com vista para a Aula Magna, em cujo palco foram dispostas duas secções de voto, ambas para receber eleitores recenseados em Aveiro, Isabel Mendonça, funcionária da Câmara Municipal de Lisboa, este domingo a prestar serviço justamente no local onde há um ano também esteve, já tinha garantido que o facto de haver pouca gente em nada se devia à hora.

“Nas outras eleições logo de manhã foi uma afluência imensa e depois à tarde eram filas enormes que chegavam até ao Horto do Campo Grande. Também estava aqui no átrio, chegámos a ter dificuldades em gerir a situação, porque as próprias filas se misturavam. A certa altura tivemos de fechar as portas para escoar as pessoas e só depois é que voltámos a deixar entrar”, recordou.

Luís e Ana, que também se depararam com “filas enormes” quando, no ano passado, chegaram à Cidade Universitária para votar, desta vez resolveram vir de manhã, para tentar fintar os ajuntamentos. No fim, acabaram por não demorar muito tempo menos do que nas presidenciais, mas apenas pelas circunstâncias especiais em que se apresentam — e apresentavam na altura.

“Nas outras eleições logo de manhã foi uma afluência imensa e depois à tarde eram filas enormes que chegavam até ao Horto do Campo Grande. Também estava aqui no átrio, chegámos a ter dificuldades em gerir a situação, porque as próprias filas se misturavam. A certa altura tivemos de fechar as portas para escoar as pessoas e só depois é que voltámos a deixar entrar”
Isabel Mendonça, funcionária da Câmara Municipal de Lisboa

Há um ano, como tinham a filha, agora com 2 anos, no carrinho, usufruíram de prioridade e só tiveram de esperar 20 minutos; este ano, a menina já veio pela mão mas, como trouxeram no carrinho a bebé que entretanto tiveram, há apenas 3 meses, Luís teve de esperar alguns minutos extra para conseguir subir à secção de voto, no primeiro andar da Faculdade de Direito, onde só há um elevador a funcionar. “No conjunto, devo ter esperado uns 15 minutos, tinha cinco pessoas à minha frente”, conta, já à saída do edifício.

Vieram votar mais cedo porque no próximo fim de semana tencionam ir a Évora, de onde são naturais, mas não só por isso. “Viemos também por causa de uma eventual contaminação por Covid”, explicam, acrescentando logo a seguir que, por muito que as pessoas infetadas tenham permissão para votar no próximo dia 30, em horário recomendado pelo Governo, não querem arriscar. “Votar entre as 18h e as 19h para nós não é solução, portanto decidimos antecipar.”

Maria Fernanda Anjos e a mãe, Maria Emília de Jesus, votaram antecipadamente no Lumiar para "evitar muita confusão". Maria Manuela e a neta Maria Luís Portugal também

FRANCISCO ROMÃO PEREIRA/OBSERVA

A alguns quilómetros de distância, perto das 11h, no Lumiar, o cenário não é muito diferente. As pessoas vão chegando, vão votando e vão respondendo às solicitações das empresas de sondagens, tudo em escassos minutos.

Na Escola Básica Professor Lindley Cintra a única fila visível é para o elevador: só existe um e, praticamente à mesma hora, chegaram duas senhoras para votar, ambas de 91 anos, ambas com dificuldades de locomoção, uma de bengala, outra de canadiana.

Enquanto esperam que Maria Manuela, acompanhada pela neta Maria Luís Portugal, de 29 anos, regressem, para poderem subir ao primeiro andar e votar, Maria Fernanda Anjos, de 72 anos, e a mãe, Maria Emília de Jesus, de 91, aceitam sentar-se. Têm “problemas de brônquios e de asma”, decidiram antecipar o voto “para evitar muita confusão”, por temerem grandes ajuntamentos de pessoas.

Maria Manuela, que entretanto já fez a cruz e apanhou o elevador para o piso térreo da escola, justifica a antecipação da mesma maneira: “Foi por causa dos aglomerados. Eu sou assim, gosto das coisas bem organizadas. Votar é saudável”, diz, já está a filha, que entretanto se lhes juntou, a dar-lhe álcool gel para as mãos, como que para que se certificar de que o ato eleitoral não pode mesmo fazer-lhe mal à saúde. Na próxima semana, se a família quiser, acrescenta ainda, já pode ir à vontade para a casa que tem na Beira. Está cumprido o dever eleitoral. Mais um: “Nunca falhei uma eleição”.

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