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Aos 35 anos, Wandson Lisboa é dono de uma das contas mais criativas e originais do Instagram
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Aos 35 anos, Wandson Lisboa é dono de uma das contas mais criativas e originais do Instagram

IGOR MARTINS / OBSERVADOR

Aos 35 anos, Wandson Lisboa é dono de uma das contas mais criativas e originais do Instagram

IGOR MARTINS / OBSERVADOR

Wandson Lisboa, do Instagram para a televisão. “O meu maior medo é perder a capacidade de criar”

Tem uma das contas de Instagram mais criativas do país, faz direção de arte para marcas e estreia-se agora na representação como protagonista de uma série na RTP Play. Entrevista com Wandson Lisboa.

Não é preciso procurar muito por Wandson Lisboa na sala dos Maus Hábitos, no Porto. Está vestido de amarelo, sentado junto à janela, com vista para o Coliseu, e de iPad, devidamente identificado, na mão. Conversámos com ele dias antes de embarcar para o Brasil e é de sorriso aberto que recorda como tudo começou. Nasceu em São Luís do Maranhão, numa família que o incentivou a estar atento às pequenas coisas, e aterrou no Porto há 12 anos para estudar design gráfico. Recorda as dificuldades na adaptação, as vezes sem conta que já mudou de casa e a coragem ou a “força estranha” que nunca o fizeram desistir.

Partilhava fotografias da cidade com a família e os amigos num blogue privado, mas sentiu necessidade de colocar filtros nas imagens e por isso mesmo instalou uma conta Instagram, em setembro de 2010, longe de imaginar que seria a sexta pessoa em Portugal a fazê-lo. Perdeu a mãe em 2013 e ao rever fotografias suas em criança, mergulhado numa depressão, descobriu os cenários coloridos e originais que a progenitora construía para as suas festas de aniversário. “Comecei a pensar que podia fazer a mesma coisa no Instagram, montar cenários para as minhas próprias fotografias.” A partir daí, a sua galeria passou a ter doses generosas de humor e brincadeira, dando tanto nas vistas que em 2015 o Huffington Post o considerou dono de uma das dez contas mais criativas do mundo.

Com mais visibilidade e mais seguidores – hoje conta 113 mil – vieram também a pressão, a responsabilidade e a vontade de fazer melhor, mas também os convites de marcas nacionais de automóveis, tecnologia ou festivais para fazer direção de arte, numa linguagem própria capaz de juntar o design, a criatividade e o storytelling. “Gosto muito de brincar com a dualidade das coisas, o duplo sentido e significado das formas e das palavras, e fazer isso quase como um quebra cabeças para as pessoas decifrarem.”

Sem filtros, rodeios ou truques na manga, Wandson fala de política, de amor, de haters e dos desejos que tem para o futuro. Nunca se deixou deslumbrar, desenvolveu um vocabulário próprio — com expressões como “Paga finos!” ou “Ídolo acessível” — e tornou-se uma esponja que absorve tudo o que o rodeia, incluindo o lado menos bom dos dias cinzentos. Adora super heróis, tem dezenas de bonecos guardados, e o seu super poder é mesmo comunicar através de produtos e muita cor. A sua criatividade é inata e parece não ter prazo de validade, mas se um dia a internet acabar, garante que continuará a desenhar no seu caderno. Para já, e a partir de dia 28 de junho, podemos vê-lo como Leandro na nova série “iMLOVE” da RTP Play (um trabalho do RTP Lab), naquele que foi o seu maior desafio até agora: representar.

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"A internet não foi feita para pessoas burras, se sou uma coisa na rua e outra na internet, um dia a máscara vai cair."

IGOR MARTINS / OBSERVADOR

Estás prestes a voltar ao Brasil…
Sim, já não vou desde agosto do ano passado e antes disso estive quase dez anos sem ir, a minha mãe morreu em 2013 e nunca mais voltei.

Do que sentes mais falta?
Do sol e da humidade que não são como aqui, mas sinto falta das minhas raízes todos os dias. Da última vez que fui lá, o meu pai deu-me um tupperware com comida para aquecer no micro-ondas, tive uma crise de choro porque nunca tive aquilo no meu dia a dia, então são essas raízes que vou buscando.

Como vês o país hoje?
É engraçado porque ao longo do tempo as estruturas, as construções e as paisagens mudaram, mas as pessoas são as mesmas, com os mesmos defeitos, os mesmos pensamentos e as mesmas angústias, só percebemos que estão as mesmas porque se parecem contigo. Foi meio maluco, estava com expectativa de que todo o mundo estivesse diferente e não estava, parece que houve uma pausa no tempo e quando voltei estava tudo igual. Falei com a minha tia e os meus irmãos e foi como se tivesse estado com eles ontem. O rosto dos meus irmãos cresceu, o meu avô está muito mais velho, o meu pai também, mas a voz é a mesma, é como tocar no play novamente. Foi assustador e reconfortante ao mesmo tempo falar com eles sobre as mesmas coisas e perceber que agora sou eu que estou diferente. Sinto que cresci, posso falar de adulto para adulto, sabe?

O Brasil terá eleições em outubro, mas só mais recentemente é que começaste a partilhar opiniões mais políticas e sociais. É uma estratégia?
Sempre as partilhei muito no Twitter, o meu pai até diz para eu parar e ser mais contido, mas nunca tive receio de falar sobre isso porque sei que o faço de uma forma leve. Nunca me escondi, não tenho medo de falar de política, os meus amigos já estão habituados a isso e dizem para não me apoquentar muito porque às vezes fico nervoso, ansioso e triste. A palavra é mesmo triste, a gente podia estar numa outra situação. O meu grito de desespero é quando vejo coisas absurdas para alguém que acredita no progresso do Brasil. Obviamente que existiu um golpe, o que foi feito ao governo anterior do atual presidente foi das coisas mais sujas a nível político no Brasil nos últimos tempos. Foi escandaloso ver deputados dizendo que aquele voto para o impeachment da Dilma era sobre Deus e sobre a família quando muitos deles estavam envolvidos em escândalos gigantescos e absurdos. Fui atrás do meu visto, consegui votar cá, queria muito fazer isto e foi muito maluco estar numa fila e todo o mundo com roupas e bandeiras do Bolsonaro, pessoas que saíram do Brasil para morar em Portugal afirmarem que tudo funciona bem, não fez sentido nenhum. Votarem num homem que é contra os média, os gays, as mulheres e os indígenas? Para mim foi desesperante, perdi a fé na humanidade com aquele governo, perdi a fé em tudo.

Estando longe, num país diferente, não ajudou a apaziguar?
Não, chocava-me muito porque existiam pessoas próximas de mim, que cresceram comigo e tiveram a mesma educação que eu, votaram nele e hoje ainda votam. Isso choca-me bastante, tentei perceber e conversar, mas elas não conseguem conversar, não têm argumentos, então acabei por me afastar completamente. Gostava muito que voltássemos a ser um país progressista, não acredito numa terceira via, acredito muito no Lula e no seu governo, estou confiante que a gente consiga erguer o país de novo e que as minorias tenham um poder e uma voz como antes.

"Não ter dinheiro para comer é horrível e não dizer isso para os teus pais é muito duro. Só partilhei com eles quando já não aguentava mais, quando só comia chocolate em pó ou ligava para alguém da faculdade a pedir para jantar em casa deles, prometendo que levava os pratos no fim."

O que te fez deixar o Brasil e escolher Portugal para estudar?
Queria fazer um mestrado na Europa, mas não sabia falar inglês, então olhei para o mapa mundo e foi por exclusão de partes [risos]. No Brasil tirei comunicação social, aos 16 anos cheguei a estagiar no jornal O Estado do Maranhão, passei pela rádio, e depois fiz uma pós-graduação em design gráfico. Dentro da comunicação, existem várias ramificações, sempre gostei de comunicar desenhando, criar peças publicitárias, desde criança que fui incentivado a isso. O meu pai é um químico frustrado e me deu todos os códigos para que eu pudesse perceber o que queria realmente fazer na vida. Dava-me livros, cultura, entretenimento, música e despertava em mim a curiosidade a toda a hora, trazia coisas novas lá para casa e basicamente criou um monstrinho. As minhas referências eram a cultura pop e os videojogos, fomos talvez a primeira família do Maranhão a ter internet, em 1995, e foi uma autêntica revolução. Passava horas no Paint a desenhar, depois descobri o site d’A Turma da Mônica e todas essas brincadeiras.

O Porto surge como no mapa?
O plano curricular da Faculdade de Belas Artes era o que tinha mais tipografia e infografia, coisas de que gostava. E depois o preço. O Porto era, e felizmente continua a ser, muito mais barato que Lisboa. Chego em setembro de 2010 e lembro-me que pagava 120 euros por um quarto ao lado da faculdade.

Como foi a adaptação?
Terrível, lembro-me que não sabia o que era o frio, achava que o ar condicionado do mundo estava permanentemente ligado aqui. O meu pai me chamou de maluco, penso que não tinha a consciência do que estava a fazer e se fosse hoje não o faria. Tornei-me mais medroso, na altura era só um jovem de 23 anos que queria o mundo, hoje só quero estar quietinho no sofá.

Mas estás arrependido?
Não, isso nunca, só não sei que força foi aquela que tive, talvez uma força estranha como canta Caetano Veloso. Sinceramente, não faço ideia. Não teria essa coragem hoje porque conheço bem a dificuldade de estar na pele do Wandson de 2010. Ter de comer, ter de pagar a faculdade, ter que aprender palavras novas, tudo isso… Não ter dinheiro para comer é horrível e não dizer isso para os teus pais é muito duro. Só partilhei com eles quando já não aguentava mais, quando só comia chocolate em pó ou ligava para alguém da faculdade a pedir para jantar em casa deles, prometendo que levava os pratos no fim. Comprava muita salsicha enlatada e tinha muita dor de cabeça de ficar tantas horas sem comer, é justamente por isto que não tenho coragem de fazer tudo de novo, mas o que vivi deu-me força e muito crescimento.

Hoje sentes a cidade como a tua, foi algo gradual ou imediato?
Eu me sentia uma planta dentro de um vaso que era transportada de um lado para o outro, até que ganhei raízes. Já vivi em tantas casas que já não me lembro mais, levava sempre os brinquedos comigo, até que assentei, encontrei uma casa para mim e essa talvez tenha sido uma das maiores conquistas nestes 12 anos de Porto. Quando percebi que tinha uma casa minha, que podia transformar e fazer o que quisesse com ela, senti que estava em casa. É muito difícil entrar num círculo de amizades aqui, as pessoas são desconfiadas, mas até é bom porque quando entramos sabemos é para sempre. Adoro a mãe dos meus amigos todos, a minha mãe morreu, então adotei-as um pouco.

Chegaste a terminar o mestrado?
Não, mas ainda vou a tempo [risos]. Quando vim para cá, a minha ideia era terminar o mestrado e voltar para o Brasil para dar aulas, mas a minha vida foi mudando. Fiz todas as cadeiras, escrevi a tese, mas a meio desisti por causa do trabalho. Um dia talvez a entregue.

"Tento fazer o suficiente para sobreviver fora da internet, o convite para esta série e para fazer exposições nos últimos tempos têm ajudado a isso."

IGOR MARTINS / OBSERVADOR

Em 2010 crias uma conta no Instagram e a tua vida mudou. Como é que isso aconteceu?
Antes de vir para Portugal comprei um iPhone em segunda mão a um amigo no Brasil e quando cheguei cá criei um blogue só para a minha família, onde publicava fotografias do Porto. Já tinha conta no Twitter, mas queria partilhar algo fotografado, até que senti necessidade de procurar filtros para as imagens, então fui à Apple Store pesquisar e encontrei o Instagram, que nasceu precisamente no dia em que o instalei. Estava longe de imaginar que tinha sido a sexta pessoa em Portugal a descarregar a aplicação e ainda por cima sem querer. Quando a minha mãe morreu em 2013 fiquei perdido, já não queria terminar o mestrado, não estava feliz e queria fazer outra coisa. Entrei numa depressão e numa crise de ansiedade gigantesca, mas um dia fui ver fotografias minhas de criança e percebi que nos meus aniversários ela fazia sempre cenários para as festas e comecei a pensar que podia fazer a mesma coisa no Instagram, montar cenários para as minhas próprias fotografias. Transportei essa brincadeira para o Instagram, até aí só publicava fotografias do Porto, cheias de filtros.

Qual foi a primeira fotografia pensada?
É um retrato meu dentro de um telemóvel, com mão fora do ecrã e em baixo diz “slide to unlock”, publicada em outubro de 2010. Depois as pessoas começaram a dizer que aquela imagem parecia Magritte, a outra parecia Monet, então pensei: “também quero que os outros vejam algo e associam a mim”. Não sei se já consegui, mas estou trabalhando para isso. Em fevereiro de 2015, dois jornalistas do Huffington Post vieram cá fazer um artigo sobre as dez contas mais criativas do Instagram, cinco eram portuguesas e eu era um deles. Vi aquilo como um reconhecimento, ganhei muitos seguidores e, a partir daí, várias marcas vieram fala comigo perguntando se queria fazer direção de arte, no fundo, ajudava a publicitar com a minha linguagem.

Que linguagem é essa? Mantém-se ou foi mudando com o tempo?
Acho que é a mesma. Gosto muito de brincar com a dualidade das coisas, o duplo sentido e significado das formas e das palavras, e fazer isso quase como um quebra cabeças para as pessoas decifrarem. Uma tempestade num copo de água, por exemplo, posso literalmente fazer uma tempestade dentro de um copo. Depois descobri Bordallo Pinheiro e a brincadeira que ele fazia com os objetos e as formas, me identifiquei. Esse trabalho que fazia com as marcas não sentia que era trabalho, era só eu sendo eu. Não tinha briefing, não havia contagem de likes, davam-me carta branca total, era só um convite para criar e para estar na internet usando o meu olhar sobre as coisas, isso era incrível. Depois de um ano a fazer direção de arte para algumas marcas, percebi que necessitava urgentemente de um processo e de um método. Em primeiro lugar, tinha que admitir que a primeira ideia nunca é a melhor e depois tinha de estar atento ao que já existia, foi nessa altura que comecei a desenhar todas as fotografias em papel para apresentar às marcas, uma espécie de croqui. Hoje dá-me gozo ver o que imaginei sair exatamente como imaginei.

"Bloqueei um pouco quando saiu o artigo no Huffington Post, achei que precisava de melhorar quando na verdade as pessoas só queriam que eu continuasse a fazer exatamente a mesma coisa, do mesmo jeito. Ganhei muitos seguidores, o próprio Instagram começou a seguir-me, mas senti muita pressão."

Quais são os teus pontos de partida? As tuas inspirações?
Basicamente as referências visuais que o meu pai me passou, estou atento na rua, a todos os sons, às cores, ao que se passa na internet, aos timings, mas não tive livros na faculdade que me ensinaram isso. O meu processo criativo vem muito da minha infância, ainda hoje brinco muito com bonecos, vem de uma vontade gigantesca em querer partilhar com o mundo o que se está a passar na minha cabeça através de uma imagem.

E essa cabeça descansa?
Não [risos]. Costumo dizer que tenho psoríase porque as ideias estão querendo sair do meu corpo. As minhas ideias surgem na rua, quando vou dormir, às vezes é apenas uma frase, mas aponto tudo num bloco de notas. O meu maior medo é perder essa capacidade de criar, de estagnar, mas vejo-me a fazer isto durante muitos anos ainda. Bloqueei um pouco quando saiu o artigo no Huffington Post, achei que precisava de melhorar quando na verdade as pessoas só queriam que eu continuasse a fazer exatamente a mesma coisa, do mesmo jeito. Ganhei muitos seguidores, o próprio Instagram me começou a seguir, mas senti muita pressão.

Hoje as pessoas reconhecem-te na rua e muitas vezes abordam-te. Como lidas com isso? É outro tipo pressão?
Sim. No trabalho lido bem, mas na rua não, fico sempre surpreendido quando me abordam, acho que nunca me habituei a essa atenção. A internet não foi feita para pessoas burras, se sou uma coisa na rua e outra na internet, um dia a máscara vai cair. Por vezes as pessoas vêm ter comigo esperando que eu esteja alegre, que faça piadas, que sorria para uma foto, mas também tenho dias maus e aí eu assumo que não estou feliz.

Como é um dia mau na tua vida?
É quando eu acordo com ansiedade e não consigo ligar o computador para criar, é quando eu perco tempo com coisas que não interessam. Às vezes gostava de ser invisível, é que já me tentaram beijar na rua, já me filmaram a dançar numa festa ou a cheirar um detergente no supermercado e colocaram no Twitter. Não sou famoso, fico imaginando a vida das pessoas que realmente o são.

"O povo mais xenófobo que me ataca é uma minoria, não faz nem cócegas em mim."

IGOR MARTINS / OBSERVADOR

Dia 28 de junho estreia a série “iMLOVE – O Hacker do Amor”, na RTP Play, da qual és o protagonista. Como é que isso aconteceu?
Recebi uma mensagem no Instagram a convidarem-me, mas achei que era piada, não acreditei. Deixei o meu contacto e depois um produtor da série ligou-me a explicar tudo. Representar nunca me tinha passado na cabeça, só mesmo quando era criança e fazia as peças do Miguel Falabella no Maranhão de forma muito amadora.

Disseste logo que sim?
Não, telefonei imediatamente para o Nuno Lopes, que é meu amigo e um grande ator, e fui ter com ele a Lisboa para me dar um workshop intensivo. Ele explicou-me o texto, o que era uma personagem, que tipo de emoções poderia colocar nela, me ensinou, numa aula muito curta, a representar e a organizar as falas com post-its coloridos em que cada cor representa uma emoção, pois na hora de gravar há cenas em que estou feliz, chorando, cansado, tudo.

Que personagem é essa?
Chama-se Leandro, é muito diferente de mim, desenvolve uma aplicação que consegue juntar o casal ideal para sempre com 99% de sucesso. É um típico nerd, fez a app porque percebeu que muitos casais não estavam felizes, mas não entendeu que era ele que não estava feliz. Nos cinco episódios acabamos por perceber se ele está ou não apaixonado

Como foi a experiência?
Foi incrível. A série foi toda gravada no Porto, entre maio e junho de 2021, em sítios que me são familiares como os Maus Hábitos, as Virtudes ou a Rua de Santa Catarina. Adorava voltar a repetir, claro que não sou o melhor ator, mas foi tão desafiante, tão desgastante, tão intensivo e tão bom. Adorei descobrir a arte de representar, quero melhorar, já fui pesquisar uns cursos. Agora espero que as pessoas gostem, eu gostei muito de fazer.

A série fala de amor…
Acredito cegamente no amor, como diz João Gilberto, é mesmo impossível ser feliz sozinho.

Tens haters?
Não, o povo mais xenófobo que me ataca é uma minoria, não faz nem cócegas em mim.

Os ciberataques são cada vez mais comuns e mostram que a internet pode ser um terreno poderoso, mas muito frágil ao mesmo. Isso assusta-te?
Sim, completamente. Estamos a ceder tanto ao digital que nos esquecemos do físico e isso pode ser muito perigoso.

Não deves sair de casa sem o telemóvel, nem ficar muito tempo num sítio sem internet. Se isto tudo acabasse, o que farias?
Vou pegar no meu caderno e continuar a desenhar. Tento fazer o suficiente para sobreviver fora da internet, o convite para esta série e para fazer exposições nos últimos tempos tem ajudado a isso.

Com ou sem internet, o que ainda gostavas de fazer?
Mais exposições e criar uma marca com o boneco Paga Finos, uma marca de pins, calendários e outras coisas divertidas.

O teu fígado está bom?
Nem por isso.

Qual é a primeira coisa que farás quando chegares ao Brasil?
Beber uma caipirinha [risos].

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