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Comemos muita ou pouca carne?

Os portugueses gostam de se sentar à mesa para comer e beber bem e a gastronomia portuguesa faz parte do nosso orgulho. No quesito dos paladares, a carne está quase sempre presente em pratos ricos e tradicionais como o cozido à portuguesa, a carne de porco à alentejana ou o rancho à portuguesa.

Vamos a números: um estudo da Federação das Associações de Suinicultores concluiu que 97% dos portugueses consome carne e, de acordo com o Instituto Nacional de Estatística, cada um come, em média, 108 quilos por ano. As preferências recaem em três grandes tipos de carne: aves, suína e bovina, sendo a última aquela que os portugueses preferem e mais comem – várias vezes por semana –, considerada a mais saborosa.

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Onde os Portugueses compram habitualmente a carne?

No que toca à forma de compra, segundo a Federação das Associações de Suinicultores os números mostram que 94% dos portugueses prefere comprar carne fresca ao balcão, sendo que 76% o faz em talhos tradicionais, um hábito cultural enraizado em Portugal. Já víamos os nossos pais e avós fazer o mesmo e é uma rotina que replicamos sem pensar muito a fundo. Vemos a carne ao balcão, temos confiança porque podemos escolher a que queremos e isso basta.

E embora nos preocupemos com a alimentação – queremos saber o que comemos, gostamos de escrutinar os alimentos, os produtos, as marcas, os preços e saber os detalhes daquilo que compramos – a verdade é que, a mesma Federação das Associações de Suinicultores, atesta que 52% dos portugueses não conhece a origem da carne que consome. Comprar ao balcão é uma rotina enraizada, mas não é a única escolha. Ver a peça de carne não embalada ao balcão não a torna melhor ou mais segura do que a que compra já embalada.

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Escolher carne não embalada ao balcão ou comprar embalada na origem?

Desde que o animal é abatido até que a carne chega à nossa mesa, há um processo a cumprir, com várias fases sobre o qual provavelmente não reflete ou até desconhece. Não sabe há quanto tempo uma peça de carne está exposta no balcão, a que processos foi sujeita, quantas vezes foi manuseada (direta ou indiretamente) ou se estará livre de contaminações, e qual a data limite para o seu consumo? Estas são questões que os consumidores devem ter em conta na hora de comprar a carne não embalada ao balcão ou embalada na origem, procurando a opção que mais informação, transparência e segurança lhes dá.

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Quais os benefícios da carne embalada?

Alguma vez se perguntou porque não vê carne não embalada nas lojas do Lidl? Provavelmente pensou sempre nesta opção com alguma desconfiança. Mas a carne está toda embalada para garantir maior segurança entre o produtor e a sua mesa, e mais informação para que saiba sempre o que está a comer. Três benefícios a destacar:

– Menos exposição, manuseamento e riscos de contaminação porque a carne é embalada na origem, logo está mais protegida.

– Maior controlo e segurança porque todo o processo de produção acontece em atmosfera controlada e o manuseamento é feito por profissionais especializados e certificados para o efeito, e sempre com muito rigor.

– Mais informação e transparência porque todas as embalagens trazem rótulo, pelo que pode saber o país de origem do animal, onde foi criado e abatido, bem como a data de validade, garantindo assim que a carne é consumida em ótimas condições.

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Como posso saber mais sobre a carne que compro?

A carne embalada permite ao consumidor saber mais sobre aquilo que come porque os rótulos da carne são explícitos e transparentes na informação. Um rótulo correto deve permitir traçar todo o percurso do animal, desde o seu nascimento, à sua alimentação e abate. No Lidl, os rótulos contêm todas as informações relativas à criação, origem do animal, a que parte do corpo corresponde e validade de consumo, destacando-se a sua visibilidade na frente (ou no verso) da embalagem e a sua fácil leitura e compreensão. Os rótulos devem ser relevantes e informar sobre a data-limite de consumo, refrigeração e conservação, informações que, comprando ao balcão, nem sempre são disponibilizadas ao consumidor, ou estão expostas de uma forma clara.

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Carne portuguesa ou importada. Sabe de onde vem a sua carne?

Metade dos portugueses não pensa muito na origem da carne. Quando inquiridos se é importante a carne ser portuguesa, 60% responde que sim segundo a Federação das Associações de Suinicultores, mas a verdade é que metade não sabe de onde vem a carne que consome. Os motivos podem estar nos rótulos pouco explicativos ou na falta de informação ao balcão. Dando como exemplo a carne do Lidl, é 100% nacional (exceto a Picanha da América do Sul) e provém de zonas específicas do país onde as diversas condições – ambientais, climatéricas ou de pasto – contribuem para a sua maior qualidade.

É o caso da carne dos Açores tão apreciada por ser tenra, suculenta e macia, com destaque para o novilho e vitela. Falamos de uma carne proveniente de bovinos nascidos, criados e abatidos na região, segundo moldes tradicionais. E as chuvas frequentes que ocorrem no arquipélago proporcionam aos animais uma pastagem em melhores condições.

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Quais as mais-valias de comprar carne portuguesa?

Fica com apreensão de comer carne sempre que vê nas notícias as descobertas de carne contaminada vinda de outros países? A carne portuguesa é produzida sob o cumprimento de rigorosas normas que garantem a sua qualidade, segurança e regulam todo o processo de produção, abate, transformação e comercialização. Todo este processo é certificado por entidades independentes e de controlo e certificação.

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A carne vem embalada em plástico. Que tipo de plástico é usado?

O plástico ainda é o material mais adequado e que permite garantir maior segurança no acondicionamento, conservação e segurança alimentar da carne.

O plástico usado nas cuvetes é uma combinação de dois materiais:

– PE (polietileno), um dos tipos de plástico mais comuns e simples que se obtém pela polimerização do etileno, é usado na película protetora da embalagem.

– PET (politereftalato de etileno), um material mais resistente usado no fabrico de embalagens de plástico mais estruturadas, corresponde à base das embalagens de carne.

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Posso reciclar as embalagens de carne?

Sim. A reciclagem destes materiais é possível se nós, consumidores, a fizermos. A entrega do plástico no ecoponto certo – o amarelo – é a única maneira que temos de saber que esse plástico terá uma segunda vida, criando uma economia circular que reduz o desperdício de plástico (valorizando-o energeticamente) e a destruição ambiental. A redução do consumo de plástico é obrigatória, mas também é importante que os portugueses façam a separação do lixo e saibam como reciclar as várias embalagens de alimentos que compram nos supermercados. A educação ambiental é em si mesmo a palavra de ordem nos nossos dias.