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O que é a inteligência artificial?

A inteligência artificial é a ciência que procura estudar e compreender o fenómeno da inteligência e, ao mesmo tempo, um ramo da engenharia, na medida em que procura construir instrumentos para apoiar a inteligência humana. Juntas, a ciência e a engenharia pretendem permitir que máquinas realizem tarefas que, quando são realizadas por seres humanos, precisam do uso da inteligência.

Na prática, a IA investe na procura do modo como os seres humanos pensam com o objectivo de elaborar teorias e modelos da Inteligência como programas de computador. Um sistema IA, além de ser capaz de armazenar e manipular dados, consegue também adquirir, representar e manipular conhecimento. Esta manipulação diz respeito à capacidade de deduzir ou inferir novos conhecimentos a partir do conhecimento existente e de utilizar métodos de representação e manipulação para resolver problemas complexos.

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Quando surgiu a inteligência artificial?

As primeiras pesquisas relativas à inteligência artificial começaram a ser feitas na década de 40, após a criação do primeiro computador digital. No entanto, o termo “inteligência artificial” surgiu mais tarde, em 1956, no famoso encontro de Dartmouth onde estiveram presentes, entre outros, os especialistas em ciências da computação Allen Newell, Herbert Simon, Marvin Minsky, Oliver Selfridge e John McCarthy. Desde então, têm sido estudadas e desenvolvidas formas de estabelecer comportamentos inteligentes nas máquinas. O grande desafio das pesquisas em IA pode ser resumido com a questão deixada por Minsky no livro “Semantic Information Processing” em 1968: “Como fazer as máquinas compreenderem as coisas?”

Atualmente, a inteligência artificial está presente no nosso quotidiano, mesmo sem o percebermos. Num simples smartphone, o corretor ortográfico, a assistente pessoal, a forma como a segurança e o processamento de imagens são geridos e muitas aplicações funcionam com base na IA. O mesmo acontece quando usamos o computador, o GPS, o último modelo de robô de cozinha ou o de limpeza. A verdade é que, quanto mais dependemos da inteligência artificial para algumas tarefas de rotina, mais ela se torna familiar. Essa dependência e familiarização crescentes farão com a que a inteligência “artificial” passe a ser cada vez mais “natural”. Entrar em casa e vermos as luzes acenderem-se automaticamente – porque a casa irá “aprender” a conhecer os nossos hábitos e rotinas – é apenas um dos exemplos mais básicos daquilo que mudará no nosso dia-a-dia.

A IA está a progredir a uma velocidade nunca antes vista, o que promete transformar a sociedade como a conhecemos e as nossas experiências e vivências em todas as áreas, da economia à ciência, passando pela a educação, a agricultura, os transportes, toda a indústria e até o entretenimento.

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Robótica é o mesmo do que inteligência artificial?

Não. Algumas pessoas confundem inteligência artificial e robótica, apesar de serem conceitos diferentes. A robótica é um ramo da tecnologia que lida com robôs e que envolve o projeto, a construção e a programação de robôs físicos, sendo que apenas uma parte deles envolve inteligência artificial.

Os robôs são máquinas programáveis ​​que são capazes de realizar uma série de ações de forma autónoma ou semiautónoma. Em termos gerais, um robô é definido por interagir com o mundo físico através de sensores e atuadores; ser programável; ser autónomo ou semiautónomo. No entanto, não há consenso absoluto em relação à definição de robô. Há quem defenda que um robô deve poder pensar e tomar decisões (o que, nesse caso, sugere que tenha algum nível de inteligência artificial).

Mesmo quando a IA é usada para controlar robôs, os algoritmos são apenas parte do sistema robótico maior, que também inclui sensores, atuadores e programação não-IA.

Concluindo, os robôs artificialmente inteligentes são a ponte entre a robótica e a IA, mas existem muitos robôs que não requerem inteligência artificial, como aqueles que realizam movimentos repetitivos e que existem, há muito, nas fábricas.

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Quais são as 3 leis da robótica?

As chamadas “três leis da robótica” são, basicamente, um conjunto de regras idealizadas pelo autor de ficção científica Isaac Asimov, em 1942, no conto “Runaround”, com a finalidade de poder controlar e ter domínio dos comportamentos dos robôs. No fundo, não são mais do que três conceitos-chave que consistem no seguinte:

1ª Lei: Um robô não pode ferir um ser humano ou, por inação, permitir que um ser humano sofra algum mal.

2ª Lei: Um robô deve obedecer as ordens que lhe sejam dadas por seres humanos, exceto nos casos em que tais ordens entrem em conflito com a primeira lei.

3ª Lei: Um robô deve proteger sua própria existência desde que tal proteção não entre em conflito com a primeira ou a segunda leis.

Mais recentemente, em 2016, investigadores da Google, em colaboração com a OpenAI e Universidades de Stanford e Berkeley, estabeleceram cinco regras para o bom uso da IA, ao estilo adotado por Isaac Asimov na criação da suas três leis da robótica. Partindo de um simples robô de limpeza como exemplo, os investigadores chegaram até 5 questões que devem ser  contempladas no desenvolvimento da inteligência artificial. A saber:

1. Evitar efeitos colaterais negativos. Como evitar que um robô de limpeza derrube um vaso porque consegue limpar mais rápido se o fizer?

2. Evitar a manipulação das recompensas. Como podemos evitar que o robô manipule o sistema de recompensa e, em vez de limpar realmente, varra o lixo para debaixo do tapete?

3. Supervisão escalável. Como garantir que o robô de limpeza aprenda rapidamente e não esteja sempre a perguntar onde estão guardados os objetos, como uma vassoura?

4. Exploração segura. Como garantir que o robô utilize de forma segura as estratégias de limpeza, sem usar um pano molhado na tomada elétrica, provocando um acidente?

5. “Vontade” de mudança. Como ensinar a máquina a reconhecer que suas habilidades não são úteis num ambiente diferente, ou a adaptar as suas habilidades a um ambiente diferente?

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O que é o teste de Turing?

O teste de Turing foi criado nos anos 50 por Alan Turing, um dos pais da ciência da computação e da inteligência artificial, com o objetivo de descobrir se a inteligência artificial é inteligente a ponto de enganar um humano, fazendo-o acreditar que se trata de uma pessoa. Como? Respondendo às suas perguntas, feitas e respondidas com base em texto. Se 30% dos humanos consultados acreditarem que se trata de outro humano, a máquina passa no teste de Turing.

O conceito do teste foi desenvolvido inicialmente para definir se uma máquina era inteligente ou capaz de raciocinar, mas hoje esses conceitos são um pouco mais complexos e o teste de Turing transformou-se numa forma de avaliar a habilidade de uma máquina para imitar um ser humano.

Certamente já foi “testado” também em algum momento, em algum site onde teve de digitar algumas letras ou números distorcidos e depois clicar em “não sou um robô”. Esse teste é conhecido por CAPTCHA, sigla da expressão “Completely Automated Public Turing test to tell Computers and Humans Apart” que, em português, significa “Teste de Turing público completamente automatizado para diferenciação entre computadores e humanos”.

Em 2014, pela primeira vez um programa de computador enganou um número considerável de jurados no Teste de Turing. Ao tentar distinguir uma máquina de um humano, 10 dos 30 avaliadores foram convencidos de que o programa era um menino ucraniano chamado Eugene. Só que não.

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A Inteligência Artificial irá substituir postos de trabalho?

É inevitável que se coloquem questões existenciais sobre a relação entre o Homem e a máquina. A possibilidade dos robôs virem a “roubar” o nosso trabalho é, para alguns, um aspeto muito preocupante. A inteligência artificial vai gerar novos níveis de produtividade, gerar transformações nas indústrias e inevitavelmente substituir alguns trabalhadores, na medida em que torna as tarefas cada vez mais autónomas. Mas a IA também irá levar à criação de novos empregos. Aparecerão novas oportunidades criadas pela robotização de tarefas e é fundamental que todos  estejamos preparados para essa realidade. Tal como aconteceu com a internet, há cerca de duas décadas, a IA vai aperfeiçoar e facilitar os empregos existentes e criar novos. O grande poder do desenvolvimento resultará na possibilidade de complementar e aumentar as capacidades humanas. Ou seja, a IA irá ajudar os seres humanos em algumas tarefas e até mesmo libertá-los de tarefas mais repetitivas para se que foquem nas vertentes mais complexas e criativas do trabalho.

Adaptarmo-nos à mudança é a melhor estratégia para enfrentar o futuro.

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A ética

É um dos temas na ordem do dia, quando falamos de IA, e um dos aspetos que mais preocupam os especialistas na matéria. Se, por um lado, a inteligência artificial pode trazer inúmeras vantagens à nossa vida, por outro há uma série de questões relacionadas com a ética que continuam a precisar de resposta. Há menos de um mês, a notícia de um acidente mortal no estado norte-americano do Arizona, provocado por um carro autónomo da Uber, veio levantar (ainda mais) a polémica.   Um carro da empresa de transporte privado não conseguiu impedir a colisão contra uma mulher que atravessava uma zona da estrada pouco iluminada e fora da passadeira, e a mulher acabou por morrer. A questão que se coloca é: de quem é a responsabilidade?

A questão da responsabilidade em caso de acidentes com veículos autónomos é apenas uma entre muitas outras que estão, por enquanto, em aberto. Poderá um robô ferir um ser humano? Se os robôs conseguirem ser mais evoluídos do que o homem no campo da medicina, nomeadamente no prognóstico de doenças, haverá perda de autoridade humana? Valerá mais o diagnóstico feito por um médico ou o autodiagnóstico feito através do computador? Uma máquina pode mentir se for para um bem maior? Mas como é que a máquina avaliar o que é um “bem maior”? Como evitar situações de envolvimento afetivo com robôs?

Mais do que nunca, são precisas respostas. Daqui para a frente assistiremos, cada vez mais, ao debate as questões éticas no campo da IA, incluindo a níveis governamentais e envolvendo diversos países.

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De que forma a inteligência artificial está a mudar o entretenimento?

Os fãs de jogos eletrónicos já estarão familiarizados com a inteligência artificial. Há algum tempo que, nos jogos de luta, o próprio jogador contribui de forma definitiva para sua vitória ou derrota, sendo que a máquina consegue identificar padrões do jogador para detetar as técnicas mais utilizadas, de forma a dificultar-lhe a vida nos níveis seguintes. E mais, o aparelho consegue captar o posicionamento, a voz e os gestos do jogador e, com isso, tornar-se torna mais preciso e eficiente, capaz de interagir com os gestos realizados e fornecer respostas cada vez mais realistas.

No cinema, as técnicas de inteligência artificial combinadas com as mais recentes técnicas gráficas proporcionam imagens extremamente realistas apesar de totalmente “fabricadas” em computador. Um dos próximos passos, dizem os entendidos, será a possibilidade de detetar as emoções dos espetadores nas salas de cinema, através das suas expressões faciais.

Mas a inteligência artificial também já chegou à televisão e permite hoje uma nova forma de organização de conteúdos televisivos. O foco já não está nos canais, mas sim nos conteúdos, que têm em conta as preferências dos clientes. No futuro, os canais terão a capacidade de perceber quais os tipos de conteúdo mais relevantes para os espetadores, sem precisarem das atuais análises das audiências. E a publicidade em televisão passará a ser gerada pelos interesses dos utilizadores, como acontece quando utilizamos o youtube ou alguns sites. Tudo aponta para conteúdos cada vez mais direcionados e relevantes para o utilizador, melhorando a nossa experiência do utilizador.

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O que é o robô Sophia tem a ver com o novo User Interface do MEO?

Portugal conheceu Sophia, o robô humanoide desenvolvido pela empresa Hanson Robotics, em novembro do ano passado. A robô que se tornou cidadã de um país – Arábia Saudita – e que mantém conversas fluídas com humanos veio a Lisboa para ser uma das estrelas da Web Summit. Voltou recentemente para “dar a cara” pelo MEO, ao lado da maior de todas as estrelas nacionais, Cristiano Ronaldo, numa campanha pioneira sob o mote “humaniza-te”, que visa sensibilizar os consumidores para o potencial da tecnologia para melhorar as suas vidas. Pegando num tema atual, pretende mostrar que os robôs e a inteligência artificial podem servir para mudar para melhor a vida das pessoas. E uma das formas através das quais pode fazê-lo é através do novo user interface, que tira partido da inteligência artificial para tornar a relação dos utilizadores com a televisão cada vez mais humana. Pela primeira vez na televisão em Portugal, a organização é feita por conteúdos, oferecendo a possibilidade de fazer zapping por programas. Procurar os seus programas e canais preferidos ou continuar a ver o que interrompeu é agora muito mais simples e personalizado, até porque o novo menu é mais fácil de utilizar e rápido. Na nova área “Para si”, tem acesso direto aos canais que mais vê, aos programas que deixou a meio e, ainda, sugestões para si, que vão ao encontro dos seus gostos. Nas área de gravações automáticas, pode selecionar os programas que quer ver por temáticas (filmes, séries, entretenimento, lifestyle, documentários) ou por canal.

Esta nova organização, orientada para os conteúdos e preferências dos clientes permite hoje uma nova forma de nos relacionarmos com a televisão. Mais inteligente e mais humana.

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O que é que o MeoBox 4K WiFi tem de especial?

É a primeira MEOBox 4K WiFi em Portugal e oferece várias vantagens, entre as quais a possibilidade de instalação sem fios. Pode esquecer as instalações complicadas, os buracos nas paredes e os cabos que estragam a decoração da sala. Além disso, esta nova box distingue-se por ser portátil e funcionar em qualquer parte da casa, para que tenha internet quando e onde precisar. Mas não é tudo. Uma maior rapidez e uma qualidade de imagem 4 vezes superior ao HD são outras das características desta box inovadora. Chama-se “Sofia”, um nome inspirado no robô Sophia. Em termos de design, é semelhante à anterior mas, claro, como não poderia deixar de ser, está muito mais inteligente. E os utilizadores agradecem. Se a tecnologia existe, não faz sentido não tirarmos partido para tornar a nossa vida mais simples e agradável.