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Alegre Casinha, como sei que és perfeita para mim?

Bom, em primeiro lugar importa fazer uma ressalva: a perfeição é um mito. Nem eu própria o sou. O conceito “casa perfeita” serve apenas para trazer ambição a quem compra. Não há casas perfeitas, mas sim casas que, dentro do orçamento disponível, a localização e a tipologia desejada apresentam melhores ou piores condições. Para encontrar a melhor casa possível dentro das suas expectativas e possibilidades é importante pesquisar em todas as plataformas, fazer perguntas, visitar a casa e andar pela vizinhança, se possível a diferentes horas e, se necessário, com amigos ou familiares entendidos em arquitetura ou engenharia. Também é importante ter atenção à exposição e orientação solar, perceber a organização do condomínio e as condições gerais do prédio, para evitar surpresas indesejadas.

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Que requisitos mínimos são necessários para te conquistar?

Bom, hoje em dia não me deixo levar por qualquer um. Os documentos são essenciais à nossa relação. É essencial o documento de identificação do proponente e do fiador (se aplicável), bem como cópias das últimas declarações de rendimentos, notas de liquidação de IRS, os três últimos recibos de vencimento e extractos bancários dos últimos três meses. Depois, caso a relação tenha pernas para andar, a avaliação do imóvel exige mais documentos, como a Caderneta Predial Urbana ou a Certidão de Teor (ou Permanente). No momento da aprovação do crédito, é necessário o relatório da avaliação e o Certificado Energético. Finalmente, no momento da escritura podem ser exigidos outros documentos, como a Ficha Técnica de Habitação ou a Certidão de Direitos de Preferência.

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Como é que podes conceder Crédito a quem te corteja?

Eu até concedo crédito, mas quem concede Crédito – Habitação, isto é – são instituições bancárias como o Banco CTT, que tem das taxas mais competitivas do mercado. Há várias opções disponíveis, entre taxas fixas, variáveis ou mistas. Dependem, sobretudo, do perfil do consumidor; se é mais ou menos conservador, se quer associar, ou não, produtos como seguros e a domiciliação do ordenado, o que pode valer condições mais favoráveis no spread negociado.

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Então qual o melhor Crédito para cada relação?

Para relações mais arrojadas, que gostam de evoluir ao sabor do momento, sugiro uma taxa variável, em que a prestação a pagar está indexada à Euribor com prazos de 3, 6 ou 12 meses. Isto pode resultar numa prestação mais baixa, sempre que a taxa de referência estiver baixa ou em queda, mas também pode, quando as taxas sobem, resultar num valor mensal mais elevado. Para relações mais conservadoras, daquelas em que se gosta de ter tudo calculado e saber, com antecedência, com o que contar, sugiro a taxa fixa. Com uma taxa fixa, o cliente sabe à partida qual a sua prestação mensal durante o período total do empréstimo. O valor nunca oscila, mesmo que isso aconteça com as taxas de referência. Numa altura em que se prevê que a Euribor possa subir pelo menos um ponto percentual até 2023, esta é, talvez, a opção mais precavida e o Banco CTT é um dos poucos que a disponibiliza a 30 anos. É certo que pode resultar numa prestação inicial mais elevada, em comparação com uma taxa variável, mas a longo prazo pode compensar. E, mais uma vez, traz a quem compra uma casa – um período naturalmente de muitos gastos, a segurança de saber exatamente que valor se vai pagar por mês ao longo de todo o empréstimo. Finalmente, e para aqueles que acham que no meio é que está a virtude, existe a opção taxa mista. É uma taxa que é fixa durante um largo período de tempo, 10 ou 20 anos, e variável no restante. Por um lado o cliente fica protegido das oscilações mais imediatas da Euribor e, por outro, mantém alguma flexibilidade no restante prazo para beneficiar de taxas de referência favoráveis.

 

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Quero investir numa relação, mas tenho preocupações sustentáveis. E agora?

Agora é simples: se encontrar uma alegre casinha com certificação energética A/A+ ou B/B-, fique a saber que o Crédito Habitação do Banco CTT propõe uma redução no spread de 0,10%. Ou seja, e reunindo as condições certas, pode conseguir um spread de 0,85%, um valor muitíssimo competitivo no mercado atual. Portanto, é só vantagens em ter preocupações sustentáveis: para o planeta e para a sua carteira. Não necessariamente por esta ordem.