Uma publicação no Facebook afirma que o Partido dos Trabalhadores, no Brasil, vai criar lugares de estacionamento direcionados para a comunidade LGBTQIA+ até 2024. A informação é falsa.
O boato espalhou-se rápido na internet e tornou-se viral em várias redes sociais. A origem está numa captura de ecrã a uma suposta notícia do jornal brasileiro g1, que pertence à Globo.
“Vaga de estacionamento prioritárias LGBT serão obrigatórias até 2024”, lê-se no título do alegado artigo da Globo, que acrescenta logo depois que a medida será aplicada em supermercados e centros comerciais.
Através de uma pesquisa no site em causa com a palavra “estacionamento” ou com a sigla “LGBT”, não é possível encontrar a notícia referida nas publicações.
A própria Globo desmentiu o boato em causa, dizendo que não foi publicada no site tal informação. E que a imagem que está nas partilhas é manipulada e fraudulenta.
Tal como acontece em Portugal, no Brasil existem lugares de estacionamento destinados obrigatoriamente a grávidas e pessoas com necessidades especiais ou mobilidade reduzida, e ainda lugares para idosos.
A Associação Brasileira de Supermercados (ABRAS) confirmou ao Observador que “não tem conhecimento sobre propostas a respeito de instituição de vagas de estacionamento prioritárias obrigatórias para a população LGBTQIA+ em supermercados no Brasil”.
Através de uma pesquisa num motor de busca comum, com as mesmas palavras que utilizamos no site da Globo, não existem resultados que verifiquem a afirmação da publicação.
Conclusão
Várias partilhas nas redes sociais afirmam que, até 2024, o Brasil terá lugares de estacionamento destinados aos membros da comunidade LGBTQIA+. A origem do boato está numa captura de ecrã a uma alegada notícia da Globo. O jornal brasileiro já desmentiu a publicação, afirmando que se trata de uma imagem manipulada.
ERRADO
No sistema de classificação do Facebook este conteúdo é:
FALSO: as principais alegações do conteúdo são factualmente imprecisas. Geralmente, esta opção corresponde às classificações “falso” ou “maioritariamente falso” nos sites de verificadores de factos.
NOTA: este conteúdo foi selecionado pelo Observador no âmbito de uma parceria de fact checking com o Facebook.