Um utilizador de Facebook partilha uma lista com vários países da Europa, alegando que se trata de um ranking das nações mais corruptas do continente europeu, com base em dados do Eurobarómetro. “Portugal é o 3º maior corrupto da Europa”, conclui o utilizador. Mas este utilizador está a fazer uma análise errada: o que o Eurobarómetro avalia é a perceção de corrupção e não a corrupção em si.

“O xuxalismo vive desta podridão”, critica o utilizador.

As conclusões do estudo estão disponíveis aqui.

“Este inquérito Eurobarómetro destina-se a explorar o nível de corrupção percebido e experimentado pelos cidadãos europeus”, explica o site do Comissão Europeia.

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Ou seja, é errado retirar daqui a conclusão de que “Portugal é o 3º maior corrupto da Europa”, porque não é isso que está a ser avaliado.

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Ainda assim, no que diz respeito ao índice “perceção de corrupção”, a lista está correta. De acordo com o Eurobarómetro, nove em cada 10 portugueses considera que a corrupção é uma prática comum e que está generalizada, o que faz de Portugal o terceiro país da Europa onde a perceção de corrupção é maior. Fica apenas atrás da Croácia (96%) e Grécia (97%).

Em sentido inverso, os países nórdicos são os que têm valores mais baixos de perceção de corrupção enquanto fenómeno generalizado. A Finlândia apresenta o valor mais baixo (13%), como indica o ranking da publicação.

Conclusão

O Eurobarómetro não conclui que Portugal “é o terceiro maior corrupto da Europa”. Este estudo pretende avaliar a “perceção de corrupção” e não a corrupção em si. Ou seja, o utilizador de Facebook que partilha esta publicação retira uma conclusão errada. Ainda assim, a ordem de países está correta: na lista de países da União Europeia, Portugal é o terceiro onde a perceção de corrupção é maior.

Segundo a classificação do Observador, este conteúdo é:

ERRADO

No sistema de classificação do Facebook este conteúdo é:

FALSO: as principais alegações do conteúdo são factualmente imprecisas. Geralmente, esta opção corresponde às classificações “falso” ou “maioritariamente falso” nos sites de verificadores de factos.

NOTA: este conteúdo foi selecionado pelo Observador no âmbito de uma parceria de fact checking com o Facebook.

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