Momentos-chave
Atualizações em direto
  • Bernardino Soares acusa PS e PSD de "enfraquecerem SNS" para "arranjar negócio aos privados"

    Bernardino Soares, que continua a integrar o Comité Central e é o responsável pela área da Saúde no PCP, fala agora no congresso. Depois de criticar as políticas “neoliberais” da UE, que fazem com que o direito à Saúde seja “transformado num negócio” através de uma “fortíssima batalha ideológica”, passa ao plano nacional, acusando os Governos de PS e PSD de tomarem medidas para “enfraquecer o SNS” e assim promoverem o privado.

    Além disso, o dirigente comunista diz que o “único programa” deste Governo passa por “arranjar negócios aos privados”, e que por isso não responde às reivindicações dos médicos. E acusa os grupos privados de só quererem tratar a doença — e não tratar da prevenção — “quem querem, quando querem e pelo preço que decidem”, escolhendo os métodos e casos mais “lucrativos”, além de cobrarem “tudo”, incluindo exames desnecessários.

    “Precisamos de que todos sejam tratados, no tempo certo, com qualidade e humanidade”, remata. A solução, defende, será um SNS forte e modernizado. E para isso, acrescenta, é preciso também um PCP “forte”.

    DIOGO VENTURA/OBSERVADOR

  • Dirigente Belmiro Magalhães incentiva PCP a fazer contacto direto com eleitorado. "A bolha mediática não determina tudo"

    Fala agora Belmiro Magalhães, membro da Comissão Política do Comité Central, para uma intervenção sobre as condições de vida dos trabalhadores. “O país não aguenta mais baixos salários e a falta de resposta aos problemas das pessoas. Estamos numa emergência nacional”, alerta.

    Gera-se um “profundo sentimento de injustiça”, diz, retratando o PCP como a “força da alternativa”. Garante que o congresso foi preparado com uma grande ligação à realidade, dado que o partido fez cerca de uma centena de “ações de contacto” com a população desde setembro. “A bolha mediática não determina tudo”, sentencia.

    Diz também que há muitas pessoas que começam por rejeitar falar com elementos do PCP na rua, mas que quando percebem que o assunto são salários ou creches “voltam atrás”.

    O quadro é “muito exigente”, reconhece, mas diz que é preciso aprofundar o trabalho partidário que privilegia o contacto direto e na rua. “As nossas bandeiras acrescentam impacto à nossa presença”, aconselha.

    “Vamos continuar por todo o lado na recolha de assinaturas, no esclarecimento e mobilização”, diz numa referência à ação “Aumentar salários e pensões, para uma vida melhor” garantindo estar confiante em que o objetivo de 100 mil assinaturas em março será ultrapassado. Cada conversa com alguém é uma “pedrada no charco do pensamento único”. E diz que no Parlamento o PCP é acusado de só falar salários, um elogio, garante: “Só mesmo o nosso partido pode ser acusado disso”.

  • Alexandra Pinto: "EFACEC tem se ser pública, é a única garantia que salvaguarda o interesse nacional"

    Alexandra Pinto, do Comité Central, foca-se agora na EFACEC para dizer que era uma “empresa prestigiada”, que foi “privatizada várias vezes com enorme consequências” e colocando “em causa o interesse nacional”.

    “A EFACEC tem se ser pública, é a única garantia que salvaguarda o interesse nacional e os trabalhadores”, avisa, garantindo que “o PCP não vai desistir da EFACEC e de denunciar o crime económico”.

    A empresa, aponta, “só sobreviveu porque os trabalhadores lutaram e exigiram matéria-prima” e porque “foram para a frente da empresa dizer que queriam trabalhar”.

    “A nossa coragem é o grande medo do capital”, remata.

  • Tânia Mateus acusa política de direita pela "exploração" das mulheres no mercado de trabalho

    Tânia Mateus, do Movimento das Mulheres Comunistas, fala agora sobre a luta das mulheres, frisando que a igualdade existe na lei, mas que a política de direita não o tem permitido Culpa a existência de “formas de exploração” no mercado, frisando que “não haverá emancipação do povo sem a emancipação da mulher”.

  • PCP recrutou 3500 novos militantes desde o último congresso e Raimundo diz que "imprensa do partido tem um papel essencial"

    Paulo Raimundo recorda que o PCP olha para a sociedade “a partir dos interesses de classe dos trabalhadores” e que “não desiste do país”. “Enfrentamos, de olhos nos olhos, a política de direita, seja ela levada a cabo por quem for, tenha ela a forma que tiver”, remata.

    “Por muito que custe, e custa, ao grande capital e às forças políticas ao seu serviço, aqui está o PCP, ancorado na sua natureza, na experiência de luta acumulada durante mais de um século e na profunda ligação à realidade do país”, garante o líder comunista.

    O PCP, diz, está “consciente das dificuldades” e procura “medidas para superar as suas próprias insuficiências” — enquanto enumera algumas das ações dos últimos tempos.

    Segue para revelar que entraram no partido “3500 novos militantes” desde o último congresso do PCP, enquanto avisa: “Precisamos de recrutar mais, recebendo e integrando quem se dirige ao partido mas tomando a iniciativa junto de outros para o seu recrutamento”, frisando que é necessário desenvolver um “trabalho de informação e propaganda utilizando os meios mais diversos” e sublinhando que a “imprensa do partido tem um papel essencial”.

    E prossegue para apontar as necessidades de o partido encontrar formas de “levar a mensagem do partido” mais longe, mas também para dizer que é preciso que “mais militantes e amigos” comprem o Avante porque “não podem prescindir da voz da verdade, da resistência, da informação”.

    O PCP, sublinha, tem de estar “melhor preparado para responder à ofensiva em curso”, pelo que alerta que “é necessário um partido ainda mais ativo e capaz de tomar a iniciativa”.

    “É partindo da realidade partidária que temos e não da que gostaríamos de ter, que tomamos as medidas que se impõem para ultrapassar insuficiências e avançar”, explica, sublinhando por diversas vezes a necessidade de “tomar a iniciativa”.

    E salvaguarda que é importante “tomar a iniciativa no alargamento da CDU a muitos homens e mulheres sem filiação partidária, a começar já pelas próximas eleições autárquicas”, mas também em “todas as frentes”.

    DIOGO VENTURA/OBSERVADOR

  • Raimundo diz que PCP resistiu a quadro "muito exigente", mesmo sendo "apagado" das televisões

    Raimundo prossegue dizendo que a rutura com a política de direita e a construção de uma alternativa implica que todas as forças que queiram participar sejam “bem vindas”. “Mas o que determina e determinará a sua concretização é o movimento e a força social capaz de empurrar forças políticas, de alterar a atual relação de forças”, avisa. “É com o alargamento e convergência de democratas e patriotas” que a alternativa se constrói e se “agregam forças e energias”.

    “Uma construção que exige o envolvimento de amplos sectores, respeitando a diversidade de pontos de vista e posicionamentos, unidos nesse objectivo comum”, estabelece. “A alternativa patriótica e de esquerda, a grande batalha para a qual estamos todos convocados. Demore o tempo que demorar, daqui reafirmamos, o PCP empenhará todas as suas forças”, promete.

    “É preciso dar mais força ao PCP”, pede. Este partido cuja identidade constitui a força organizada, a força de vanguarda, ao serviço dos trabalhadores”. Acusa depois as televisões de quererem “apagar” as iniciativas dos comunistas — “mas não conseguem apagar-nos da vida concreta do país”.

    “Podem pintar todos os cenários, inventar todas as frentes e elaborar todas as proclamações que sem a clareza, a coerência, a coragem e o projeto do PCP, a vida melhor que justamente anseiam os que cá vivem e trabalham, não se concretizará”.

    Nos últimos anos, recorda, o PCP celebrou o seu centenário, esteve em oito atos eleitorais no tal “quadro muito exigente, sob permanente menorização e preconceito”, fortaleceu a presença nos locais de trabalho e fez uma campanha de recrutamento (embora as novas entradas não tenham compensado as saídas e mortes).

    Só um partido como o PCP, remata, poderia “resistir à dimensão da ofensiva anticomunista que contra si prosseguiu e se intensificou desde o último congresso”.

    DIOGO VENTURA/OBSERVADOR

  • Paulo Raimundo incentiva trabalhadores a "forte envolvimento" em greve e paralisações

    O líder comunista assume que este é “o desafio” que o PCP tem em mãos e sublinha que é preciso “valorizar” o trabalho, “assegurar uma Administração Pública e serviços públicos ao serviço do povo”.

    “A dificuldade não está no conteúdo da alternativa, o desafio está na apreensão do como se constrói, com quem contamos e na confiança quanto à real possibilidade da sua concretização”, alerta, frisando que “não há nenhum golpe de asa nem uma solução mágica” para chegar a uma “alternativa patriótica e de esquerda”.

    Raimundo assume que é preciso “resistir”, mas também “tomar a iniciativa e lutar”, designadamente reforçando as organizações dos trabalhadores e das massas populares” e “reforçar o PCP” — algo que admite ser “uma intervenção diária, paciente e audaciosa”.

    Nas diversas lutas que faz questão de destacar, Raimundo destaca a “capacidade de intervenção, a ção, mobilização e luta do movimento sindical unitário e da CGTP-IN”, mas também a partir de empresas e locais de trabalho através de um “forte envolvimento e participação dos trabalhadores, em greves, paralisações, plenários, concentrações, abaixo-assinados, desfiles, manifestações”.

    Descreve agora algumas das lutas comunista contra a “política de direita e a ofensiva patronal”, frisando que é “uma luta da classe operária e dos trabalhadores que se desenvolve todos os dias” e realçando que a contribuição dos comunistas “é o grande motor do processo mais geral de resistência”.

    Raimundo apelou ainda a uma luta que de estende a “a muitos outros sectores da juventude e dos estudantes pelo Ensino Público”, mas também pela Cultura, Desporto, direito ao trabalho com direitos, habitação e emancipação. E a luta dos reformados e idosos “pelo aumento das pensões e da dignidade” e das mulheres “contra as desigualdades e discriminações, no trabalho e na vida”.

    Agora o SNS, a escola pública, os transportes, serviço postal e o acesso à Justiça, mas também a habitação e “contra a especulação”, e a luta dos “micro, pequenos e médios empresários pela redução dos custos de contexto” e dos imigrantes por “condições de trabalho dignas, pela concretização de direitos sem discriminações”.

    “A luta do povo pelas conquistas e pelo projeto de Abril, pela paz, contra o fascismo e a guerra, em defesa do ambiente, contra o racismo e a xenofobia e todas as formas de violência, opressão, preconceito e discriminação, a luta por uma vida justa, por uma vida melhor a que têm direito”, aponta.

    DIOGO VENTURA/OBSERVADOR

  • PCP avisa resto da esquerda: "Não pode ficar em cima do muro" e apoiar política de direita. Reforço do partido é "determinante"

    O “combate” à direita, avisa agora Raimundo, obriga a que se faça uma “rutura” assumida. “Não se dá combate às forças reacionárias alimentando as suas conceções e aplicando, a pretexto do seu combate, a política que as faz crescer”, avisa.

    “A evolução do país nos tempos mais próximos dependerá do desfecho do confronto entre os que ambicionam concluir o processo contra-revolucionário e as forças que, ancoradas em Abril e na Constituição, lhe resistem. Um embate e um confronto que não admite que se fique em cima do muro”. Mais uma vez, ataque a outras forças de esquerda: não se admite “que se fale de esquerda e se apoie a política de direita. Que se fale nos direitos dos trabalhadores e se promovam mais benefícios para o grande capital”.

    “A situação nacional reclama iniciativa política com propósitos e objetivos claros e sem hesitações para dar combate decidido à política de direita”, conclui.

    Para isto, acredita, é preciso que o PCP seja “mais forte e mais influente”. Diz estar convicto de que há cada vez mais pessoas que se identificam com o PCP, “um partido que não se rende perante as dificuldades”. Por isso, a responsabilidade do PCP é “apontar soluções e saídas” em “tempos de resistência”.

    Novo aviso à esquerda: “O que a gravidade da situação exige é a afirmação clara do PCP e do seu papel, e não a sua diluição em falsas saídas e soluções inconsequentes”. “É o PCP a força mais consequente e determinante na luta pela rutura com a política de direita, a barreira mais sólida na defesa do regime democrático e na exigência do cumprimento da Constituição”, garante.

    Para isso há cinco “questões” a resolver: o reforço do PCP é “condição determinante”; é preciso o “reforço da luta de massas e o alargamento da frente social de luta”; a “ampliação da convergência de todos os democratas e patriotas” na rutura com a política de direita; a afirmação da “soberania nacional” e rejeição da guerra; e o alargamento da convergência para derrotar “projetos reacionários” e defender a Constituição.

    DIOGO VENTURA/OBSERVADOR

  • Raimundo acusa Governo de agir em "sintonia" com "forças reacionárias" como Chega e IL e PS de ser "cúmplice"

    Paulo Raimundo afirma que, “perante demissionismos e cumplicidades de outros, é no PCP que reside a força e a determinação para dar combate a projetos que dão lastro às desigualdades e injustiças”.

    “As marcas da política de direita estão espelhadas nas dificuldades na vida dos trabalhadores”, mas também “no ataque aos direitos laborais, na precariedade, na manutenção dos baixos salários”. Aponta que há dificuldades para “centenas de milhar de reformados confrontados com pensões baixas e desvalorizadas” e também nas dificuldades que se expressam numa “juventude que não encontra no país as condições para cá trabalhar e viver”.

    As dificuldades da maioria, sublinha, “contrastam com os escandalosos lucros dos grupos económicos com peso crescente do capital estrangeiro”, frisando que a economia está “sequestrada por esses grandes interesses”.

    “Uma política de classe levada por diante, pela mão do PS em particular nos seus dois anos de maioria absoluta, e agora acentuada pelo Governo de turno do PSD e do CDS, que age em sintonia com os projetos das forças mais reacionárias, Chega e IL.

    Paulo Raimundo diz que o Orçamento do Estado é uma “peça para o cumprimento” desses objetivos e que “empobrece a vida aos pobres e enriquece a vida aos ricos”. Foca-se no IRC e atira: “Não surpreende que PSD e CDS, com Chega e IL, assumam por inteiro os interesses dos que se acham donos disto tudo.”

    Mas, apesar de não ver como uma surpresa, diz que “não se pode deixar de registar a opção cúmplice do PS”, frisando que “por
    maiores que sejam agora as proclamações oposicionistas ou as abstenções violentas, não
    pode ser disfarçada”.

    “O PSD e o CDS tiveram o Orçamento aprovado, o PS criou-lhes as condições para isso, libertando o Chega e a IL de ter de votar a favor”, realça, apontando que o PCP é “a verdadeira força de oposição”.

    DIOGO VENTURA/OBSERVADOR

  • Raimundo critica "militarismo insaciável e desumano" na UE. "É cúmplice de genocídio e apologista da guerra"

    “Ao contrário do que alguns gostariam, a História não acabou e o capitalismo não é o fim da História”, atira agora o líder do PCP.

    Tenta deixar uma mensagem de esperança aos comunistas: diz que neste início de século os trabalhadores e os povos “resistem” e registam “vitórias”, apesar de o mundo estar mais “perigoso, instável, injusto e desigual”. Mesmo com “avanços e recuos”, o PCP mantém-se convicto de que a História será “empurrada pela luta dos trabalhadores”.

    Depois fala concretamente de Portugal, dizendo que o país é hoje marcado pelo “aprofundamento da política de direita” e pelo “processo de integração capitalista da UE”.

    O quadro atual, diz Raimundo, é de “acrescida exigência”, “com uma correlação de forças mais desfavorável e uma brutal ofensiva contra o partido”. “Crescem e são promovidas conceções e práticas reacionárias alimentadas pela política antipopular do Governo PSD/CDS, tal como durante a maioria absoluta PS”. E o país é cada vez mais “comandado” pelos interesses dos grupos económicos, frisa.

    “Portugal é hoje um país em que sucessivos governos têm assumido como orientação estratégica a cedência da soberania do país e a submissão às imposições da UE e aos interesses estrangeiros”, aponta depois, classificando a UE como um “instrumento” de monopólios, onde o que acontece é decidido por grandes potências alinhadas com os Estados Unidos.

    “Se dúvidas houvesse, aí está a promoção do aumento das despesas militares e da indústria do armamento à custa da Paz, dos direitos e das condições de vida dos trabalhadores e dos povos. Um militarismo insaciável e desumano”, sentencia.

    E critica a UE, apresentada como “farol das virtudes ocidentais” mas com 95 milhões de pessoas em risco de pobreza, tendo “deixado cair a máscara” durante a troika, “que o povo português” não esquece. A UE é ainda acusada de ser “cúmplice do genocídio na Palestina”, “apologista da guerra e da NATO, e palco para o crescimento da extrema-direita”.

    DIOGO VENTURA/OBSERVADOR

  • Raimundo acusa NATO de ser "braço armado do imperialismo" e considera que "supremacia dos interesses dos EUA não se alterará com Trump"

    Paulo Raimundo dedica agora algumas palavras a conflitos armados, que considera “reveladores da violenta ofensiva do imperialismo” e que, diz, são um “caminho de fomento do militarismo, de crescentes ameaças à paz, com o perigo de um
    conflito mundial”.

    A expressão concreta desta escala é em si mesmo a NATO, com a sua ação belicista, o seu sucessivo alargamento, a sua intervenção de âmbito global”, acusou, apontando a NATO como o “braço armado do imperialismo e o seu mais perigoso instrumento na ofensiva em curso”.

    Raimundo defende que esta “ofensiva” é “liderada pelo imperialismo norte-americano”, com o “objetivo de
    imposição da supremacia dos interesses dos EUA não se alterará com a nova administração Trump”.

    Continua a somar críticas, agora à União Europeia, que diz seguir “o caminho militarista e pilar europeu da NATO”. E destaca um “processo de rearrumação de forças” em que a “China assume um papel destacado e
    onde participam outros países em desenvolvimento com um crescente peso económico e político, que procuram convergir”.

    A luta, diz, “exige o fortalecimento dos partidos comunistas” e a “convergência de diversificadas forças numa ampla frente anti-imperialista”, certo de que a realidade dará razão aos comunistas.

    “Parem a guerra, parem a morte, parem o sofrimento, parem de empurrar a Humanidade para o abismo”, diz, para logo dedicar umas palavras à Palestina, sublinhando que “não está sozinha” — o que leva o congresso a levantar-se e a aplaudir e cantar que a “Palestina vencerá”.

    Deixou ainda um “um abraço solidário a Cuba, ao povo cubano e à sua revolução, à Venezuela bolivariana e ao povo venezuelano”, apontando que “ao contrário do que alguns gostariam, a História não acabou e o capitalismo não é o fim da História”

  • Raimundo diz que capitalismo "promove guerra" e alimenta "forças de extrema-direita e fascistas"

    Paulo Raimundo continua a falar da “ofensiva”, que diz acontecer num mundo em que o capitalismo se mostra predador e explorador: “Permite que as cinco pessoas mais ricas do mundo tenham duplicado a sua riqueza desde 2020 e é o mesmo que condena centenas de milhões de seres humanos à miséria mais absoluta, à fome, à doença evitável ou à falta de água potável”.

    O sistema atual, prossegue, não só agrava a exploração como ataca direitos, “soberania e democracia”.

    E ataca de novo: “Um sistema que promove a guerra, que fomenta forças reacionárias, de extrema-direita e fascistas para alcançar os seus objetivos”.

  • Raimundo fala em "ofensiva" anticomunista e "manipulação à escala global". "Ignorar esta ofensiva seria ingénuo e perigoso"

    O secretário-geral do PCP passa agora a falar daquilo que, para o partido, é um “aspeto incontornável”: a “intensa luta ideológica” que marca a atualidade, tal como a ofensiva de que diz ser alvo. Tudo isto é uma “expressão da luta de classes que atravessa a nossa época”, assegura.

    “É um facto que ofensiva ideológica sempre houve, a grande diferença nos dias de hoje é a sua dimensão, meios e instrumentos ao seu serviço”, frisa. Depois começa a identificar os níveis onde detecta essa “ofensiva”: os mecanismos de “controlo ideológico” encontram-se em grupos económicos “gigantescos” que controlam os meios de comunicação e as redes sociais; o objetivo é esconder a “exploração dos trabalhadores” ou a “brutalidade da guerra”: “Querem legitimar a escalada do militarismo, as sanções, os bombardeamentos, as ingerências, os golpes e calar quem luta pela paz”.

    “Querem reescrever a história, incluindo a história da revolução portuguesa. Querem promover o anticomunismo, o racismo, o ódio e concepções reacionárias e fascizantes, a quem dão cada vez mais espaço e projeção. Estes são tempos de desinformação, de notícias falsas e mentiras, de manipulação e censura promovidas à escala global. Ignorar esta ofensiva, seria não apenas ingénuo, mas perigoso para a luta que travamos”, dispara.

  • Raimundo alerta que PCP foi "chamado a identificar questões, problemas e caminhos" para responder à realidade

    Paulo Raimundo, secretário-geral do PCP, fala agora ao XXII Congresso do PCP. É a primeira vez que discursa como secretário-geral numa reunião magna. Começa pelos cumprimentos e agradecimentos a quem ajudou a prepara o congresso. “É um momento de grande significado para o nosso partido”, disse, frisando que é um “congresso com características únicas”.

    “Cada um tem o direito e dever de dar a contribuição da reflexão coletiva”, alerta, sublinhando que o partido “foi chamado a identificar questões, problemas, e caminhos, para
    compreender e intervir na realidade que enfrentamos”.

    Paulo Raimundo sublinha que o PCP olha para “a vida e para a evolução da situação a partir dos interesses de classe
    dos trabalhadores e dos povos, dos explorados e oprimidos” — e que dá “combate aos interesses, à ideologia e aos objetivos do capital”.

    “Aqui queremos transformar a sociedade, queremos romper com injustiças e desigualdades, queremos abrir caminho a uma alternativa para o país, queremos a paz, a democracia,
    queremos os valores de Abril no futuro de Portugal”, frisou.

    DIOGO VENTURA/OBSERVADOR

  • Congresso do PCP arranca com mensagem de "confiança", contra "vaticínios negativos"

    Os delegados comunistas já aprovaram o regulamento do congresso por unanimidade, assim como a composição da mesa do congresso.

    A primeira mensagem transmitida pela dirigente Antónia Lopes, em nome do Comité Central, é de “confiança”, “contrariando os vaticínios negativos” sobre o partido. “Sabemos que os trabalhadores e o povo confiam no nosso partido e esperam que saia daqui mais forte”.

  • Já arrancou o congresso do PCP. Ouve-se a Internacional em Almada

    Está agora a começar o congresso do PCP, em Almada. Depois de ter sido transmitido um vídeo a recapitular a ação do partido nos últimos quatro anos, ouve-se, como é habitual, a Internacional, além dos gritos de “assim se vê a força do PC!”. Os principais dirigentes do partido já tomaram os seus lugares na mesa do congresso.

  • Quem é quem no primeiro congresso de Paulo Raimundo como líder do PCP

    No primeiro congresso de Paulo Raimundo no papel de líder, as figuras cimeiras do PCP são conhecidas, mas estão distribuídas por várias frentes, de Lisboa a Bruxelas. Jerónimo fica no Comité Central.

    Quem é quem no primeiro congresso de Paulo Raimundo como líder do PCP

  • Bom dia.

    Neste liveblog vamos acompanhar o XXII Congresso do PCP, que se realiza no Complexo Municipal dos Desportos da Cidade de Almada. É o primeiro de Paulo Raimundo como secretário-geral comunista.

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