Momentos-chave
- Jerónimo: "Ser diferente é o segredo da longevidade do PCP. Aqui continuamos de pé"
- Jerónimo: "Desenganem-se os que pensam ser possível levar o PCP a dissimular os seus princípios e fraquejar"
- Jerónimo de Sousa: "Este partido nunca teve uma vida fácil, mas nunca desistiu, sem vacilar"
- João Oliveira: "Queriam-nos derrotados, em debandada e isolados, mas encontraram-nos firmes e inconformados"
- Armindo Miranda recorda alerta de Cunhal sobre partido "fechado" e diz que há "bloqueios" na organização interna
- Paula Santos: "PCP não alinha no compadrio do PS ao PSD, CDS, Chega e IL"
- Jorge Pires denuncia "campanha contra o ensino público" e diz que Governo "adia" solução para falta de professores
- PCP aponta para a necessidade de uma "política alternativa" para fixar população no interior
- João Oliveira: "Pedro Nuno? Só pode ficar desiludido com o PS quem alimenta essas ilusões"
- Bernardino Soares: "Pedro Nuno disse umas coisas interessantes no passado, mas é a prática que conta"
- A denúncia do cerco, a crítica a Pedro Nuno e a rejeição de "falsas saídas" à esquerda. O discurso de Raimundo nas entrelinhas
Atualizações em direto
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Jerónimo: "Ser diferente é o segredo da longevidade do PCP. Aqui continuamos de pé"
Jerónimo de Sousa prossegue dizendo que o PCP tem de se reforçar, e reforçar o seu papel de protagonista na transformação da sociedade. Tem de “mostrar quanta ilusão e falácia” está presente na “ideologia das classes dominantes”.
Os tempos são “inquietantes” e deve-se priorizar “a paz contra a guerra”, frisa.
“Precisamos de um PCP mais forte”, para “intervir e tomar iniciativa onde residem as causas”, apela. Acrescenta que é preciso “dinamizar a resistência” dos trabalhadores, contra a política de direita.
“São grandes as exigências que se colocam ao nosso partido”, reconhece. Mas garante que o projeto do PCP continua a ser moderno e “válido”, mesmo que a situação seja “dura”. E confia “nas suas próprias forças”.
“É diferente e diferente quer continuar a ser”, atira, dizendo ser este o “segredo da longevidade” do partido. “Aqui continuamos de pé, para lutar de pé e enfrentar a ofensiva contra Abril”.
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Jerónimo: "Desenganem-se os que pensam ser possível levar o PCP a dissimular os seus princípios e fraquejar"
Jerónimo de Sousa diz que se impõe hoje ao PCP contribuir para a organização da luta dos trabalhadores. É preciso trabalhar por uma “democracia avançada” e por uma política alternativa.
“Sucedem-se gerações de combatentes e direções partidárias, mas o que a História nos diz é que o PCP nunca falhou ao compromisso com os trabalhadores e o povo”.
O ex-líder lembra que o PCP, nas “maiores dificuldades e adversidades”, “encontrou sempre força para se erguer e avançar”. “Onde não iria já o processo contra-revolucionário?”, sem o PCP, pergunta. E acusa o Governo de ter as “costas quentes” graças ao alinhamento com IL e Chega.
Jerónimo prossegue insistindo que nos vários planos, incluindo o Parlamento, se constata o compromisso do PCP com os trabalhadores. “Sim, este é um partido de uma só cara”, e com “adversários poderosos”.
“Mas desiludam-se todos os que utilizam as mais graves mentiras, falsificações e deturpações sobre o nosso partido, mas também o silenciamento das nossas posições, e acham que nos desencorajam e desanimam”, avisa. “Desenganem-se os que pensam ser possível levar o PCP a dissimular os seus princípios e fraquejar”.
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Jerónimo de Sousa: "Este partido nunca teve uma vida fácil, mas nunca desistiu, sem vacilar"
Jerónimo de Sousa sobe agora ao palanque e é desde logo aplaudido de pé, com o congresso inteiro de punho no ar e a gritar PCP.
“Vivemos um tempo exigente, de resistência e acumulação de forças”, começa por dizer. Por isso mesmo, o tempo é também de “grandes desafios”.
Jerónimo olha para a fundação do PCP e a sua história: “Este partido nunca teve uma vida fácil, mas nunca desistiu”. Nunca “aceitou a sentença da sua liquidação”, mesmo quando estava ilegalizado, e “correu os maiores riscos, para fazer História e construir futuro”.
“Sem vacilar nem se deixar intimidar”, atira.
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João Oliveira: "Queriam-nos derrotados, em debandada e isolados, mas encontraram-nos firmes e inconformados"
João Oliveira, eurodeputado e membro do Comité Central, começa por dizer que período desde último congresso foi “exigente” e realça a existência de uma “violenta ofensiva contra o partido com o objetivo de condicionar ou impedir a ação” ao PCP.
“Queriam-nos derrotados e em debandada, mas encontraram-nos firmes e unidos, queriam-nos calados, encolhidos, isolados mas encontraram-nos inconformados, determinados, a apontar o caminho ao encontro das massas”, atirou.
Fala agora no trabalho no Parlamento Europeu, para dizer que o PCP “recusou e combateu as imposições, constrangimentos e chantagens que a UE impõe em Portugal”. E sobre a guerra, apontou: “Se hoje mais consciências vão despertando para a recusa da guerra, é porque também no Parlamento Europeu houve um coletivo de comunistas que soube resistir às campanhas negras, calúnias e falsificações e se manteve firme na defesa da paz.”
João Oliveira diz agora que o PCP continua a intervir com uma “voz alternativa” à “política da direita e social democracia e dar combate à extrema-direita que também é suporte dessa política”.
“A ideia da UE como garante de paz, prosperidade e bem-estar social é uma ilusão cada vez mais evidente. A solução não é alimentar a ilusão, mas sim apontar o caminho da alternativa”, sublinha, recusando a ideia de caminho de “competição com China e EUA”.
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Armindo Miranda recorda alerta de Cunhal sobre partido "fechado" e diz que há "bloqueios" na organização interna
Armindo Miranda, dirigente que sai agora do Comité Central, vem deixar um aviso ao partido retirado do livro de Álvaro Cunhal “O partido com paredes de vidro”: um partido que se “fecha em si próprio” ou não “estabelece ligação às massas” está “condenado a envelhecer e morrer sem deixar nada atrás de si”.
Não é esse o risco que corre o PCP, diz, identificando “avanços” na organização do partido; mas também regista que “ainda há organizações onde se mantêm bloqueios que impedem a ligação do partido às massas, o que coloca a necessidade e urgência de os resolver”.
O que é preciso, insiste, é garantir a “participação dos trabalhadores” e um “necessário reforço das organizações de base”.
Ainda assim, sai satisfeito com o trabalho do PCP nestes anos: “Os avanços foram muito grandes e devem ser motivo de grande satisfação e elevação da autoestima do nosso coletivo”.
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Paula Santos: "PCP não alinha no compadrio do PS ao PSD, CDS, Chega e IL"
Fala agora Paula Santos, líder parlamentar do PCP e Comité Central, começa por dizer que o partido “não esconde dificuldades”, realçando que o importante é perceber como é que se superam, designadamente através do trabalho dos deputados.
“Todos os dias a vida comprova como é negativa a redução de deputados comunistas”, diz, prometendo que o partido vai trabalhar para ter uma representação maior na Assembleia da República.
Tal como comunistas fizeram anteriormente, Paula Santos também sublinhou a “ofensiva contra o partido”, que diz ser alvo de “mentiras”.
Além de realçar a existência de “projetos reacionários” dos quais se afastam, Paula Santos diz que o “compromisso” do PCP “é de classe”. “Não alinhamos no compadrio do PS ao PSD, CDS, Chega e IL para favorecer grupos económicos”, referiu, sublinhando que “é possível uma política alternativa que rompa com a política de direita”.
A líder parlamentar do PCP diz que o “partido mostrou a diferença” pelas propostas apresentadas no âmbito do Orçamento do Estado e garante que se trata de uma “intervenção ligada à vida e à luta dos trabalhadores e do povo”.
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Jorge Pires denuncia "campanha contra o ensino público" e diz que Governo "adia" solução para falta de professores
O dirigente Jorge Pires faz agora uma intervenção sobre o ensino público. E volta a fazer uma referência à “ofensiva ideológica” que também detecta nesta matéria, com critérios “economicistas” a prejudicarem a escola pública e a levarem à desvalorização dos trabalhadores da escola pública.
Destaca a situação dos professores e educadores, principais alvos da “campanha contra o ensino” público que o PCP garante existir. O futuro do ensino público será para “pobres diabos”, resume, dizendo que o Estado não pode limitar-se a reconhecer a escola pública e a igualdade de oportunidades, mas tem de assegurar-se de que isso acontece na prática.
O comunista critica as opções que o Governo tem tomado para resolver a falta de professores, que convencem “poucos” professores. “Apenas adiam a resolução do problema”, atira.
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PCP aponta para a necessidade de uma "política alternativa" para fixar população no interior
Patrícia Machado, do Comité Central, fala agora sobre a necessidade de uma “visão estratégica para o desenvolvimento territorial”, com a necessidade de “criar condições” para que haja uma “efetiva” permanência das populações no interior para contrariar a “concentração nas cidades de média dimensão” e a “tendência é decréscimo” no restante território.
A comunista criticou que “a intensificação de despovoamento”, que considera ser uma consequência de vários factores, entre eles o “estrangulamento das atividades profissionais”, alertando para a necessidade de oportunidades que permitam fixar população nos territórios.
Da ferrovia ao “caminho de destruição dos serviços públicos”, a dirigente do PCP nota que é necessária uma “política alternativa” que “rompa” com o caminho atual, que, diz, não só prejudica interior como também “condena o litoral a estrangulamentos”. Desta forma, insiste na necessidade de que se abra caminho à regionalização.
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João Oliveira: "Pedro Nuno? Só pode ficar desiludido com o PS quem alimenta essas ilusões"
Em entrevista ao Observador, João Oliveira, eurodeputado comunista, acusa o PS de ter revelado, mais uma vez, o “critério oportunista” com que se vai posicionando, ora à esquerda, ora à direita.
“Pedro Nuno? Só pode ficar desiludido com o PS quem alimenta essas ilusões”
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Bernardino Soares: "Pedro Nuno disse umas coisas interessantes no passado, mas é a prática que conta"
“Tenho estima por Pedro Nuno, mas o PS viabilizou o OE da baixa do IRC e permitiu que a IL e Chega ficassem como opositores, em vez desse campo ficar para os partidos à esquerda”, lamentou Bernardino.
“Pedro Nuno disse umas coisas interessantes no passado, mas é a prática que conta”
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A denúncia do cerco, a crítica a Pedro Nuno e a rejeição de "falsas saídas" à esquerda. O discurso de Raimundo nas entrelinhas
Secretário-geral do PCP disse estar em curso uma “ofensiva ideológica” contra os comunistas, apontou o dedo a Pedro Nuno, “cúmplice” da direita, e fechou porta a “soluções inconsequentes” à esquerda.
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Os ataques ao PS de Pedro Nuno Santos no primeiro dia de congresso
No primeiro dia de congresso, foram vários os dirigentes — incluindo o secretário-geral do PCP, Paulo Raimundo — que lançaram duras farpas ao PS de Pedro Nuno Santos, a quem os comunistas consideram que “caiu a máscara” relativamente aos tempos em que se apresentava como o representante da ala esquerda do PS.
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Bom dia,
Neste liveblog vamos continuar a acompanhar os trabalhos do XXII Congresso do PCP, que decorrem em Almada.
Neste link pode recordar os momentos mais relevantes do primeiro dia de congresso, que incluiu o discurso de Paulo Raimundo.
João Oliveira acusa PS de ter “critério oportunístico” e compara Pedro Nuno a Seguro