Momentos-chave
Histórico de atualizações
  • Terminou o período oficial de campanha e começou o dia de reflexão.

    Terminamos também aqui a cobertura do Observador em período oficial de campanha. Obrigado por nos ter acompanhado ao longo das duas últimas semanas.

    Voltamos no domingo bem cedo com a melhor informação sobre a noite eleitoral.

  • Os repórteres do Observador que estiveram no terreno fazem agora um balanço da campanhas Rádio Observador a 15 minutos do fim da campanha.

    Ouça aqui.

  • "Chamem-nos bairristas, não somos provincianos." Rui Moreira diz que Porto anda "há muito tempo a penar" contra centralismo

    Rui Moreira usou o último discurso da campanha eleitoral para falar sobre descentralização e para assegurar que o Porto é uma “voz contra o centralismo” que vai continuar a “exigir mais”.

    Nós vamos continuar a exigir sempre mais e quando nos derem aquilo a que temos direito não vamos dizer ‘obrigado’, vamos dizer ‘muito bem, deram-nos aquilo a que tínhamos direito. Capítulo seguinte: vamos ao próximo direito”, atirou.

    O presidente-recandidato atira ainda: “Andamos há muito tempo a penar e não vamos continuar a penar.”

    “Chamem-nos bairristas, nós podemos ser bairristas, não somos é provincianos”, concluiu Rui Moreira, em que criticou o dia de reflexão e a “lei ridícula” em que “deixa de se poder fazer política” durante algumas horas.

    No Pavilhão Rosa Mota, já depois do discurso, o palco encheu-se de pessoas, as câmaras não paravam de disparar e o DJ Valério animava a festa com a famosa playlist que o movimento de Rui Moreira criou no Spotify.

    O presidente-candidato Rui Moreira fez questão de frisar que “nada está ganho”, mas a festa no local do jantar de encerramento da campanha é praticamente de quem já grita vitória.

  • Fernando Medina, na descida do Chiado, afasta "papão" da maioria absoluta

    Fernando Medina desceu o Chiado com António Costa ao lado e falou pela primeira vez na maioria absoluta.

    [Ouça aqui a reportagem da Rádio Observador]

    No Chiado, Medina afasta papão da maioria absoluta

  • Sérgio Aires: "Vão-se encher de moscas"

    E se a campanha foi morna para Sérgio Aires, quem apenas o ouviu no comício de encerramento terá dificuldade em acreditar nos relatos. Um candidato animado e com tiradas da direita à esquerda, que acredita na eleição no próximo domingo.

    Para a oposição um recado: “Vão-se encher de moscas”. Mas atenção: “com todo o respeito democrático”. Sérgio Aires referia-se à falta de oposição feita ao longo dos dois mandatos de Rui Moreira.

    Uma oposição que nada fez para conter Rui Moreira e agora grita, grita revoltada, cheia de propostas que chumbou”, apontou o candidato bloquista que faz ainda um último apelo ao voto.

    O campo da esquerda socialista sabe que no domingo não precisa de desperdiçar o voto. Os socialistas sabem que o voto no Bloco de Esquerda é a maior garantia tirar a maioria absoluta a Rui Moreira”, afirmou.

  • "Não está ganho, nunca está ganho." Rui Moreira apela à dupla maioria absoluta e diz que "os favoritos são os mais vulneráveis"

    A pouco mais de uma hora antes do fim da campanha, Rui Moreira subiu ao palco do Pavilhão Rosa Mota, no Porto, para se dirigir aos cerca de 400 apoiantes que marcaram presença no jantar de encerramento. O presidente-candidato agradeceu a todos pela campanha e atirou uma farpa aos adversário para dizer que o movimento “não fez queixa de ninguém” durante as eleições.

    Rui Moreira recordou o que foi feito nos últimos anos e a forma como desapareceram alguns dos problemas que existiam quando assumiu a câmara: “Há oito anos lembrem-se do grande desafio que se colocava: as pessoas queriam contas à moda do Porto e nunca mais se falou disso. Da Cultura já não se fala, está conseguida.”

    Contudo, frisou que nem tudo foi conseguido e que é preciso fazer mais em termos de coesão social. Da habitação, aos passes sociais para jovens e à sustentabilidade, Moreira recorda o que foi feito, mas promete que é preciso continuar.

    “Não estamos cá a mando do Governo, para prestar favores a alguém. Estamos cá pelo Porto”, assegurou o presidente e recandidato ao Porto. “Há quem pense que as coisas estão conquistadas e que os incumbentes não têm de ir para a rua (…) nós saímos”, lembrou, justificando que o movimento, mesmo enquanto favorito, fez questão de estar nas ruas durante toda a campanha.

    Na reta final, Rui Moreira frisou que a “abstenção é o maior adversário” e que “os favoritos são os mais vulneráveis à abstenção”. Assim, apelou ao voto no Porto, ao voltar a pedir a dupla maioria no executivo e na câmara. “Não está ganho, nunca está ganho.”

    “Não queremos ter o poder absoluto, nós ouvimos a cidade, mas as maiorias quando têm mandato devem ouvir opiniões, mas decidir. Vou ouvir toda a gente, mas quem votar em mim vota em mim para decidir, portanto não nos falem em democracia”, assegurou, referindo que “não é porque são mais intelectuais, ou porque são da extrema-esquerda ou amanhã da extrema-direita que têm direitos especiais na democracia”.

    Além da maioria na câmara e assembleia municipal, Rui Moreira voltou a pedir a vitória em Paranhos para pôr fim ao “regime russo” que diz lá existir com o PSD ao comando da freguesia.

    Antes do discurso, o presidente-candidato assistiu da primeira fila aos vários vídeos que foram transmitidos com imagens do trabalho feito no Porto e da campanha eleitoral dos últimos 15 dias.

  • Catarina Martins: "Já pensaram no susto do Rui Moreira quando perceber que vai ter mesmo oposição?"

    No último comício da campanha no Porto, Catarina Martins continua apostada na eleição de um vereador no próximo domingo. Na Alfândega do Porto Catarina Martins questiona o público: “Já pensaram no susto do Rui Moreira quando perceber que vai ter mesmo oposição na câmara?”

    A líder bloquista, que subiu ao púlpito antes mesmo do candidato Sérgio Aires, aproveitou para lembrar que no “Bloco de Esquerda não se esquecem compromissos” em jeito de recado para António Costa, o primeiro-ministro: Vamos falar muitas vezes de habitação.”

    No Bloco de Esquerda não esquecemos. Se há milhões para investir investe-se na dignidade de quem trabalha e trabalhou toda uma vida e constrói este país”, disse Catarina Martins alertando para as maiorias absolutas no Porto e em Lisboa e para a necessidade de “ninguém ficar em casa no domingo”.

    Não há partido mais determinado numa mudança na política autárquica. Têm visto como a alternância entre PS e PSD deixou de ter proposta que sirva ao país”, aponta Catarina Martins num apelo ao voto dos abstencionistas.

  • No sprint final, Jerónimo pediu mais vereadores em Lisboa e João disparou contra PS e BE

    No comício final, João Ferreira disse querer participar na “construção” da cidade — sempre mais “exigente” do que BE. Jerónimo elogiou: “via os debates e ouvia os outros dizer: o João explica melhor”

    No sprint final, Jerónimo pediu mais vereadores em Lisboa e João disparou contra PS e BE

  • Costa encerra fecha do Porto a acenar com a regionalização em 2024

    É um dos temas caros ao principal opositor de Tiago Barbosa Ribeiro e atual presidente em exercício na câmara do Porto. Rui Moreira foi contra a regionalização e o candidato socialista não perdeu uma oportunidade ao longo das últimas semanas para o recordar desse momento.

    E Costa aproveitou o último palco no Porto para lembrar a importância dos órgãos locais, da descentralização de competências (no âmbito do PRR, claro) e para voltar à data para o tema da regionalização: “Ainda não fizemos a regionalização, temos um calendário definido e em 2024 o povo será chamado a tomar uma decisão”.

    “Demos um passo da maior importância ao regionalizar a gestão do próximo ciclo de fundos comunitários. Temos falado muito do PRR, mas para além do PRR há o PT2030 que tem o dobro das verbas do PRR, nesse próximo quadro financeiro plurianual a região norte vai ser mais uma vez chamada”, apontou Costa que aproveitou para capitalizar em torno da resposta dada à pandemia.

    Foi um período de enorme dureza, mas foi possível compreender-se bem a diferença entre quem governa. Na crise anterior respondeu-se com austeridade, nesta respondemos com solidariedade“, disse o secretário-geral do Partido Socialista.

    Mais que apelar ao voto em Tiago Barbosa Ribeiro, António Costa esteve no Porto para apelar à “força do PS em todo o país”: “É preciso dar força ao PS. Ao PS em todo o país, naquelas câmaras que já governamos, nas que ainda não governamos. O PS, o maior partido autárquico, não entra em nenhuma eleição que não seja com a ambição de ganhar”.

    Costa ainda se emocionou ao recordar Domingos Ferreira, o homem por trás da máquina do PS, responsável por organizar campanhas e congressos do partido, que morreu em maio deste ano.

  • Barbosa Ribeiro encerra campanha eleitoral recordando uma frase de Matilde, de 7 anos

    Num discurso de encerramento de meia hora, o candidato socialista à autarquia do Porto trouxe o exemplo de uma criança num dos bairros sociais por onde a caravana socialista passou nestas dias. Barbosa Ribeiro perguntou a Matilde o que queria ser quando fosse grande e a resposta foi curta: “Quero ser feliz”.

    Diz Barbosa Ribeiro que é “em nome destas crianças” que o Partido Socialista trabalha, pelos direitos que vêm sendo negados aos que vivem em bairro sociais: “O nosso principal adversário prega muito, mas não vai à missa”, atirou a Moreira antes de lembrar que Rui Moreira “quer as competências, mas não as aceita” e que foi este que votou contra a regionalização quando teve essa oportunidade.

    Barbosa Ribeiro aponta uma cidade “dividida pela conta bancária”. “Isso é algo que nenhum socialista pode aceitar, isso é algo que o PS não aceita”, diz antes de recordar o último socialista na autarquia há 20 anos, Fernando Gomes, que se juntou à campanha na última quarta-feira.

    E como é a última oportunidade que tem para apelar ao voto, fala para os indecisos que as sondagens mostram: “Temos cerca de 20 a 25% de indecisos. Suspeito que já sabem em quem não vão votar. Podem olhar para o Partido Socialista como alternativa que merece a sua confiança”.

    O candidato do PS que teve a visita do secretário-geral apenas neste último sprint recordou a herança de Mário Soares e recusa “derrotas antecipadas”.

  • Jerónimo pede mais vereadores e elogia João Ferreira. "Às vezes via os outros candidatos a dizer: o João é capaz de explicar melhor"

    Jerónimo sobe otimista ao palco da Voz do Operário e, a certa altura, decide fazer um elogio a João Ferreira que lhe vale gargalhadas, além de aplausos, na audiência: “Às vezes via aqueles debates na televisão e ouvia os outros candidatos a dizer: o João é capaz de explicar isto é melhor. Ou seja, camaradas: ainda tínhamos de ensinar os outros!”.

    O candidato elogiado ri-se, a plateia ri-se, e Jerónimo prossegue. Vem trazer uma mensagem otimista. Começa logo por “destacar” um aspeto que, assegura, terá caracterizado esta campanha: muita participação da juventude — um dos perigos muitas vezes apontados ao PCP é o desaparecimento de uma geração mais velha de eleitores fiéis, mas Jerónimo garante que tem visto muitos jovens a ajudar.

    Depois, passa a enumerar as razões pelas quais a CDU é um voto seguro — os tradicionais fatores da “credibilidade, rigor e confiança”, além das “décadas” de trabalho na cidade onde chegou a ter mais vereadores do que o PS — e desvaloriza as “velhas e novas candidaturas que por aí se desdobram, suportados em slogans e promessas recorrentes, divorciados dos interesses da cidade”.

    Conclusão? “Também em Lisboa estamos a crescer e avançar” e Jerónimo até dá o passo seguinte. “Eis o que verdadeiramente conta: eleger mais vereadores, passar a ter mais força para intervir. Se aos dois vereadores a população acrescentar mandatos, é a cidade que fica a ganhar. E ganhará tanto mais quanto mais longe for expresso esse apoio”. É uma fasquia alta, que não é prevista até agora pelas sondagens e que poderia assegurar ao PCP a tão desejada nova “relação de forças” que o torne determinante para a governação da cidade.

    Depois, o reafirmar do mantra destas eleições: a CDU está “preparada para assumir todas as responsabilidades” e “respeitar a palavra dada e os seus compromissos”. Novo tiro ao BE? “Na CDU, o voto é respeitado, não vai para mãos erradas nem para dar força a terceiros”.

    “A força da CDU nunca é demais”, os seus mandatos “são os que realmente contam”, mensagens de força com que Jerónimo encerra o comício final de Lisboa (e dali segue para Setúbal). Na sala ouve-se a Carvalhesa e algumas jovens pedem selfies a João Ferreira. É o fim da campanha lisboeta para os comunistas.

  • João Ferreira não larga PS nem BE e faz último apelo: "No domingo abre-se uma oportunidade que não podemos desaproveitar"

    “Vontade de construção” e “exigência”. Segundo João Ferreira, que entusiama o povo comunista no seu discurso final, na Voz do Operário, são esses os dois atributos que distinguem a sua candidatura. Não são escolhidos ao acaso: a construção implica a vontade de participar no governo da cidade — e a CDU está “mais forte para concretizar as transformações necessárias”, garante; a exigência é o que tem garantido que faltou à atual maioria que governa na cidade, e em particular ao Bloco de Esquerda, seu concorrente.

    “Esta candidatura transporta consigo essa exigência que não esteve presente no governo. Onde faltou vontade, ou capacidade, ou vontade e capacidade”, dispara, decidido a marcar as diferenças em relação ao resto da esquerda e em particular ao papel do Bloco, que apoiou Medina nestes quatro anos.

    “Lisboa não está condenada a uma de duas opções: ou a permanecer incapaz de vencer estes bloqueios” — é o que entende ter acontecido com a maioria PS/BE — “ou a retroceder em todas essas áreas” — cenário que traça para uma vitória da direita. A CDU, por outro lado, será “uma alternativa que recusa andar para trás mas recusa igualmente este repetir de quatro em quatro anos um rol de promessas não concretizadas, como aconteceu com os dois partidos que repartiram entre si as responsabilidades”. Mais um ronda em que faz questão de não perder PS e BE de vista.

    A seguir, puxa do seu argumento de sempre: a experiência. “Dizemo-lo com a confiança de quem conhece a cidade, de quem sempre esteve ao lado do povo, contra os condomínios de luxo, os hotéis de charme, os apartamentos privados, pela habitação acessível”, enumera.

    “Domingo abre-se uma oportunidade que não podemos desaproveitar”, para dar “passos decididos na construção da cidade que temos”, anuncia. E faz a sua declaração de intenções — bem colada às intenções que a maioria PS/BE não concretizou: “Para a CDU, o programa de arrendamento a custos acessíveis é para concretizar. A requalificação dos bairros municipais terá de ser uma realidade, não ficando a marcar passo como aconteceu no governo da cidade das duas forças que tiveram responsabilidades”. Curiosamente, é exatamente esta expressão — as “responsabilidades” — que diz agora querer puxar para si neste novo mandato. “Tudo o que puder ser corrigido é para ser corrigido”, Ferreira dixit. A partir de domingo se verá se consegue fazer essa “construção” mais diretamente, assumindo pelouros na câmara, ou não.

  • Medina "vs" Moedas. Quem encheu mais o Chiado?

    A tradição manda descer a Rua Garrett e virar à esquerda na do Carmo. Medina e Moedas fizeram isso mesmo, com duas horas de intervalo, mas um deles levava mais reforços. Quem juntou a comitiva maior?

    Medina “vs” Moedas. Quem encheu mais o Chiado?

  • Barbosa Ribeiro com arruada participada em Santa Catarina

    Sem falhar o tradicional atraso, Tiago Barbosa Ribeiro concentrou apoiantes na Praça da Batalha e percorreu Santa Catarina de apoiantes.

    Com comício de encerramento marcado para mais depois, Tiago Barbosa Ribeiro teve tempo de cumprimentar os vários comerciantes e cidadãos que o abordaram ou saudaram das janelas ao longo do percurso.

    Numa arruada aproveitada para contactos diretos, os bombos à frente não atrapalharam as curtas conversas do candidato que conseguiu contornar a falta de uma multidão nas costas a cantar e gritar, como habitual nas arruadas de campanha.

  • Medina e Moedas desceram o Chiado na mesma tarde. As arruadas vistas do fim das comitivas

    Fernando Medina teve consigo uma multidão vestida de vermelho e branco. Já Carlos Moedas, duas horas depois, não encheu o mesmo local. As diferenças no “arruadómetro” dos dois principais candidatos a Lisboa.

    Ouça aqui a reportagem.

    Medina e Moedas desceram o Chiado na mesma tarde. As arruadas vistas do fim das comitivas

  • Montenegro pede reflexão no PSD após as eleições "a começar pelo presidente" e não descarta participar

    Luís Montenegro defendeu que o PSD vai a jogo para ganhar nas autárquicas e que, depois de domingo, a direção e Rui Rio terá que fazer uma reflexão, em que admite participar.

    Montenegro pede reflexão no PSD após as eleições “a começar pelo presidente” e não descarta participar

  • António Costa já está no Porto para o comício de encerramento da campanha de Barbosa Ribeiro

    Duas horas depois de ter descido o Chiado, António Costa junta-se ao encerramento da campanha de Tiago Barbosa Ribeiro, no Porto, para o comício de encerramento.

    “O Porto quer mais, nós vamos fazer”, o mote da campanha do socialista ecoa nas colunas antes da subida ao púlpito de Manuel Pizarro, presidente da distrital do Porto do PS que começa por agradecer a Costa “estar no Porto para apoiar o PS”.

  • O último apelo ao voto útil de Moedas. "Mudei tudo na minha vida para estar aqui. Votar Moedas é a única forma de conseguir a mudança"

    Carlos Moedas despediu-se esta sexta-feira da campanha eleitoral com a tradicional descida do Chiado até aos Paços do Concelho, em Lisboa.

    Numa marcha com uma boa moldura humana — longe, ainda assim, de outras arruadas semelhantes –, o social-democrata percorreu todo o percurso ao lado de Manuela Ferreira Leite, embalado pelos gritos de incentivo, os cartazes de apoio (“Charlie Coins, We Love You”) e pelo som da fanfarra, que ia ensaiando várias marchas lisboetas.

    No final, num último comício com os seus apoiantes, Moedas voltou a lembrar o enorme desafio que decidiu enfrentar para abraçar esta candidatura e desafiou os eleitores a seguirem-lhe o exemplo.

    “Mudei tudo na minha vida para estar aqui convosco. Sei que são tempos difíceis, sei que há pessoas que não acreditam nos políticos, mas eu sou diferente, nós somos diferentes. Eu sou daqueles em que basta olharem-me nos olhos e veem o meu coração”, insistiu Moedas.

    Sem deitar a toalha ao chão apesar das sondagens desanimadores, Moedas agradeceu toda aquela manifestação de apoio e prometeu continuar a acreditar até domingo, dia em que serão contados todos os votos.

    “Foi uma enorme honra, o maior privilégio ser candidato. Vai ser um privilégio ainda maior ser presidente da Câmara. Muito obrigado pela oportunidade que vai unir todos os lisboetas. Estamos fartos deste socialismo de fação”, atirou Moedas, sempre muito aplaudido pelos seus apoiantes.

    Já depois do repetido apelo ao voto útil (“Votar Carlos Moedas é a única forma de conseguir a mudança”), com o edifício da Câmara Municipal atrás de sim, Carlos Moedas despediu-se com otimismo. “Agora vou lá dentro buscar as chaves para depois voltar”. A campanha de Carlos Moedas terminou.

  • "Legalizem essa porra", "Lisboa sem... eu!... não é ninguém". Cantorias e encontros improváveis na última arruada do Bloco em Lisboa

    Há uns quantos momentos improváveis com que Beatriz Gomes Dias se depara assim que parte do Jardim Constantino, na Estefânia, para a última arruada da sua campanha. Primeiro, mal dá uns passos, um homem que enrola um cigarro de canábis dirige-se à candidata com um pedido muito específico: “Legalizem essa porra!”.

    Ainda mal a comitiva se refez da surpresa — mas, de facto, o BE defende a legalização para usos recreativos — e lá vem a segunda: um jogador de cartas que não acha graça à interrupção e que agressivamente, com algum vernáculo à mistura, declara não querer conversas: “Política é na Assembleia!”.

    Fora as falsas partidas, a arruada final decorre de forma pacífica, até porque a última grande arruada aconteceu, na verdade, 24 horas, com a descida da Morais Soares de Beatriz Gomes Dias ao lado de Catarina Martins e Mariana Mortágua. Desta vez o passeio é em ambiente quase familiar e animado pela pequena banda que segue com a equipa. “Ele e ela”, clássico de Madalena Iglésias, é claramente a música preferida e a candidata arrisca uma pequena adaptação: “Lisboa sem… eu!… não é ninguém!”.

    Os bloquistas seguem sempre a dançar e, quando estão para acabar e a ouvir a Bella Ciao final, a candidata entusiasma-se e decide dar meia volta e percorrer a rua toda outra vez. Quando acabar, acaba-se a campanha: o Bloco não tem mais iniciativas marcadas e Catarina Martins termina estes quinze dias no Porto.

  • Arruada de Moreira já desce Rua de Santa Catarina após impedimento da CNE

    Minutos depois de a comitiva do Bloco de Esquerda ter passado no local em que Rui Moreira estava, o movimento independente já começou a andar, mas avança muito lentamente.

    A comitiva do BE ainda se vê ao longe e, para evitar cruzamentos,a arruada decorre entre passos lentos e paragens longas.
    Apesar de Moreira estar visivelmente descontente com a situação, há cânticos e gritos de apoios que até agora só se tinham ouvido na Ribeira.

    Desta forma e depois da decisão da CNE, Rui Moreira acabou por salvaguardar o direito do BE que apresentou a intenção do horário anteriormente.

    [Ouça aqui a reportagem da Rádio Observador]

    “Deixa passar”. O (último) dia de campanha em que Moreira deixou a arruada do Bloco avançar primeiro

1 de 3