Histórico de atualizações
  • Mais um dia de campanha fica por aqui. Obrigada por nos ter acompanhado.

  • Santos Silva: "Sei o que Nóvoa pensa à segunda, à terça, à quarta, à quinta..."

    Pela segunda vez na campanha de Sampaio da Nóvoa, um ministro, neste caso dos Negócios Estrangeiros, discursou num comício. A intervenção de Augusto Santos Silva foi curta e grossa — contra Marcelo. “Confio em Sampaio da Nóvoa. Confio porque sei o que ele pensa. Sei o que ele pensa à segunda-feira, sei o que ele pensa à terça-feira, sei o que ele pensa à quarta-feira, sei o que ele pensa à sexta-feira, sei o que ele pensa ao sábado, sei o que ele pensa ao domingo.”

    O ministro socialista destacou ainda o percurso de vida de Sampaio da Nóvoa. “Que mal tem uma pessoa trabalhar, ter participação cívica e também entender que é seu dever candidatar-se à Presidência da República? Que mal tem isso?”, questionou Santos Silva, atirando de seguida que “uma campanha não é para saber quem entra mais à vontade nos cafés e pastelarias”.

  • Maria de Belém: Ao contrário de outros candidatos, "eu não prometo milagres"

    Depois de Alegre, foi a vez de Maria de Belém, cabeça de cartaz deste jantar-comício. E a candidata presidencial não deixou os créditos por mãos alheias. Se aos jornalistas a socialista diz que não fala sobre os candidatos adversários, nas suas intervenções não tem poupado os concorrentes. Sobretudo Sampaio da Nóvoa, o alvo subentendido, mas nunca nomeado.

    Ao contrário dos outros candidatos, diz Belém, ela não promete “redenções”, “milagres” ou “coisas imponderáveis”. Não apresenta “um programa de Governo”, porque compreende o papel do Chefe de Estado, explica. O seu programa é a Constituição e é isso que vai defender se for eleita Presidente da República.

    Maria de Belém mostra o seu currículo e aponta o caminho. Compromete-se a ser uma Presidente influente e vigilante. Um “árbitro” e um “moderador”. Um “construtor de pontes” e um “conciliador”. “Vou fazer aquilo que sempre fiz. Cuidar das pessoas, escutar as pessoas, responder às pessoas e aplicar todas as minhas energias a resolver os seus problemas”. Não mais, não menos.

    A terminar, nova bicada aos adversários, com o mesmo destinatário subentendido – António Sampaio da Nóvoa. Ao contrário dos outros candidatos, que andaram a prometer “aquilo que não podem cumprir”, “eu sei do que falo porque estive lá. Sei do que falo porque fiz. E falo do sei porque estive lá e porque fiz”.

  • Alegre põe as cartas na mesa: As estruturas do PS estão a apoiar Nóvoa e “isso é uma falta de respeito"

    Intervenção dura de Manuel Alegre no jantar-comício de Maria de Belém, em Santo Tirso. Perante uma audiência de 350 pessoas – o maior evento organizado até então, Manuel Alegre pôs as coisas em pratos limpos: as estruturas do PS estão a apoiar António Sampaio da Nóvoa e “isso é uma falta de respeito para o PS e para quem foi presidente do PS”.

    Se na quarta-feira Jorge Coelho tinha escolhido Marcelo como alvo, Manuel Alegre não poupou o ex-reitor da Universidade de Lisboa – e, por arrasto, o próprio PS. Para o socialista, Nóvoa apresenta-se como alguém que sente no direito de “dar lições de cidadania” – e que ataca outros candidatos que têm “filiação partidária” -, mas que, na verdade, “está a ser apoiado por estruturas partidárias, nomeadamente estruturas partidárias Partido Socialista”.

    Alegre disse-o assim mesmo, sem papas na língua. O PS decidiu não apoiar nenhum candidato e fez bem, considera. Decisão tomada, devia mantê-la “com clareza, com transparência e sem batota”. Mas não é o que está a acontecer, diz o poeta. “Não aceito que se decida uma coisa e se faça o seu contrário”, atirou o socialista.

    Lembrando que Maria de Belém “não apareceu agora de repente na política”, Manuel Alegre sublinhou criticou os candidatos que se apresentam como messias. “Não precisamos de candidatos messiânicos, nem de salvadores. Precisamos de alguém que tenha uma interpretação correta da Constituição, que sinta a Constituição e que não crie ilusões sobre qual é o papel do Presidente da República”. E Belém tem-na.

    Várias vezes interrompido pelas palmas dos tirsenses presentes, Alegre continuava. “Eu já vi este filme”. Que filme? Um candidato a nascer como independente, a receber o apoio do PS e depois a criar um partido. Falava de Ramalho Eanes, claro, deixa perfeita para lembrar o general a propósito da rábula do soldado raso que nunca pode chegar a general que tanta tinta tem feito correr durante esta campanha. “Maria de Belém também fez todos os escalões. Hoje é um general” com “40 anos de vida, 40 anos de luta e 40 de militância”.

  • Nóvoa: "Dez anos de direita é muito tempo. Vinte anos seria tempo a mais"

    Foi ideia que já tinha lançado durante o dia de sexta-feira e voltou a repeti-la à noite. Num discurso particularmente duro para Cavaco Silva (que acusou de ter sido “um agente perturbador”), o candidato Sampaio da Nóvoa disse que os dez anos de mandato do atual Presidente já foram mais do que suficientes. “Dez anos de direita na Presidência é muito tempo. Vinte anos seria tempo a mais”, afirmou, numa referência óbvia à candidatura de Marcelo Rebelo de Sousa, que foi mais poupado de críticas nesta intervenção embora não se tenha livrado da comparação com Cavaco.

    Sampaio da Nóvoa disse igualmente que o prestígio da função presidencial saiu abalado pelos anos de Cavaco, que, entre outras coisas, “nem um telegrama, nem uma mensagem, nem um telefonema” fez aos pescadores da Figueira da Foz a manifestar-lhes o seu pesar pelo naufrágio ocorrido há três meses e que matou cinco pessoas. “Comparem o prestígio que tinha o Presidente [no tempo de Eanes, Soares e Sampaio] com o que tem agora”, sublinhou Nóvoa, que, en passant, ainda deu uma bicada nas sondagens que o colocam a enorme distância de Marcelo. Esta campanha tem-se feito, disse, “ouvindo gente de carne e osso e não os números das últimas sondagens”.

  • Sampaio da Nóvoa: "Tenho a certeza absoluta que vai haver segunda volta"

    Sampaio da Nóvoa já comentou a sondagem da SIC/Expresso, que o coloca à frente de Maria de Belém mas largamente atrás de Marcelo Rebelo de Sousa, que venceria à primeira volta. O candidato mostrou-se confiante: “Tenho a certeza absoluta que esta mobilização se vai traduzir em votos, que esta energia que está nas ruas se vai traduzir numa votação muito expressiva. Tenho a certeza absoluta que vai haver segunda volta“, afirmou.

    Menos contundentes – mas igualmente despreocupados – mostraram-se os candidatos apoiados pelo PCP e BE, Edgar Silva e Marisa Matias. O candidato comunista defendeu que “há um conjunto de dados novos que as sondagens dificilmente conseguirão ainda captar”, referindo-se ao impacto dos debates televisivos e das ações de campanha dos últimos dias. Por isso, explicou, “tudo está em aberto, muito está por conquistar, muito voto novo está por garantir“.

    O mesmo afirmou a candidata bloquista à Presidência da República. Marisa Matias afirmou não estar preocupada, quer por recolher apenas 4,8% das intenções de voto, quer por a última sondagem dar a vitória a Marcelo Rebelo de Sousa já a primeira volta: “Não estou preocupada, temos ainda uma semana de campanha, está ainda tudo por decidir” sublinhou a candidata, que afirmou querer cativar a “enorme margem de gente indecisa” e a “muita gente [que está] ainda do lado da abstenção”.

  • Maria de Belém. Sondagens? O que decide as eleições é a "realidade"

    Maria de Belém a reagir à última sondagem da SIC/Expresso que a coloca atrás de Sampaio da Nóvoa. “As sondagens são instrumentos importantes”, mas o que decide as eleições é a “realidade”, atirou a socialista.

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  • Marcelo confiante fala em eleições como "uma viragem" e garante governo estável

    Marcelo Rebelo de Sousa está confiante que tem o resultado no bolso. Esta sexta-feira em Leiria, o candidato social-democrata falou das eleições como “uma viragem” e garante que quando for eleito – neste discurso não houve “ses” – fará uma magistratura “imparcial” e será “moderado”, porque Portugal tem muitos desafios, entre eles o “desafio da governabilidade”. E, diz, os portugueses não querem voltar ao início da democracia com governos minoritários de curta duração.

    Durante toda a campanha eleitoral, Marcelo tem tentado colocar-se como o candidato que quer “unir” o país, mas no dia de hoje vários foram os exemplos do candidato Marcelo para aquilo que quer que seja o Presidente Rebelo de Sousa.

    “Há-de ser uma magistratura de inclusão. Uma magistratura que não divida o país, que não radicalize o país, que unifique o país, que aproxime as portugueses e os portugueses. “O mais difícil em tempos de crise ou a seguir à crise é ser-se moderado. Eu serei moderado porque eu sou um moderado”, afirmou durante o discurso no auditório do Instituto Politécnico de Leiria.

    E nesta “magistratura da inclusão” ou da “união”, Marcelo quer incluir o Governo. Tudo porque um dos desafios do país tem a ver com a “governabilidade”. “É preciso garantir aquilo que é a necessidade de compatibilizar a justiça social e evitar a derrapagem financeira. É preciso garantir que o país é governável. Lembramo-nos da experiência dos governos minoritários do início da democracia. Os portugueses não querem regressar a esse tempo”, disse.

    Primeiro apelo ao voto em dia de vantagem nas sondagens

    Os números, já se sabe, contam-se a favor de Marcelo Rebelo de Sousa e ele usa-os, apesar de garantir que são só números, mas que traduzem o que sente na rua.

    “Estou confiante não tanto por causa dos números, mas por aquilo que tenho sentido no convívio do dia a dia dos portugueses. As sondagens valem o que valem. Eu sinto que há uma progressiva, crescente e mais clara identificação de muitos portugueses e portuguesas com este desejo”, diz.

    E com isto, acabou a apelar pela primeira vez ao voto. “Votem em qualquer dos candidatos, mas votem. Não venham depois dizer que não estão desiludidos com os resultados eleitorais”, avisou.

  • Henrique Neto: "Marcelo nunca governou, nem uma mercearia; Costa que apresente a estratégia para o país"

    O candidato presidencial Henrique Neto convidou António Costa a revelar qual a “estratégia para o país” ao nível do emprego e crescimento económico, considerando que o plano a médio prazo deve ser claro. Ressalvando que concorda com a reposição “daquilo que foi tirado e alterado pelo Governo anterior”, Henrique Neto vincou que “tem que haver uma clarificação e uma estratégia para o país de médio prazo”.

    “O que se esperaria é que ele [António Costa] dissesse o que vai fazer a seguir, quais são as suas ideias para o crescimento económico, quais são as suas ideias para a criação de emprego, qual é a estratégia do país”, afirmou, fazendo o paralelo com um livro da sua autoria — “Uma estratégia para o país”.

    Henrique Neto falava aos jornalistas à margem de um encontro com jovens, que decorreu em Lisboa.

    Relativamente ao Orçamento do Estado, o candidato que já foi deputado do Partido Socialista, considerou que “é evidente que um primeiro orçamento dificilmente um Presidente da República poderá chumbar”, defendendo que o chefe de Estado “deve dar alguma margem de manobra à maioria para governar, até se ver na realidade como é que vai governar”. Neto distanciou-se, porém, dos candidatos que “prometem sempre coexistir com o atual Governo e a atual maioria”, referindo-se a Marcelo Rebelo de Sousa, António Sampaio da Nóvoa e Maria de Belém.

    O empresário referiu também que votar em Marcelo Rebelo de Sousa é ter “uma versão aumentada dos problemas que Cavaco Silva provocou ao país”, dado que, na sua opinião, o antigo presidente do PSD “não faz ideia nenhuma como se governa um país”. “Ele nunca governou coisa nenhuma, nem uma mercearia”, ironizou. “Ele é um falante, é um homem simpático, há dez anos que anda a dar música aos portugueses, mas isto não vai com música, o país está na 25.ª hora, temos de recusar e reconsiderar o que queremos fazer deste país”, sublinhou.

    Lusa

  • Marisa Matias diz esperar que Bruxelas não tenha "dois pesos" em relação Banif

    A candidata presidencial Marisa Matias disse esta sexta-feira que espera que Bruxelas não tenha dois pessoas e duas medidas no que diz respeito à inclusão do Banif no défice orçamental. “O défice, em outros períodos, em outras alturas, foi calculado a partir das instituições de Bruxelas tendo em conta um conjunto de critérios. Se olharmos para o que se passou com o BES verificamos que houve critérios que foram tidos em conta. Se olharmos para o que se está a passar com o Banif já vemos que há uma tentativa de alteração das regras”, afirmou a bloquista, segundo a Lusa.

  • Edgar Silva defende regionalização

    Edgar Silva disse no Algarve que o país precisa de regionalização, mas sem referendo. “O Presidente da República devia ser não só a voz avançada da defesa do Poder local. (…), mas também o paladino da defesa da regionalização, das regiões, da visão que a Constituição de Abril consagrou”, disse Edgar Silva aos jornalistas, segundo relata a Lusa.

  • Novo Banco. Marcelo põe-se ao lado de Costa

    O candidato fala quase como se já tivesse sido eleito. E se o for, 100% de apoio ao que António Costa decidir em matéria de estabilidade financeira. Quando questionado pelos jornalistas sobre se concordava com as críticas do Governo ao Banco de Portugal por causa do processo de separação das obrigações para o BES, Marcelo começou por dizer que precisava de mais dados, mas em teoria, está do lado do primeiro-ministro.

    “Já tive ocasião de dizer que o governo tem um papel fundamental na estabilização do sistema financeiro e portanto que compete ao governo ir acompanhando muito de perto o que se passa no Banco de Portugal neste processo como noutros processos e aquilo que o governo entender que deve ser feito, nessas estabilidade do sistema financeiro, se for eleito, daqui a poucos dias, não deixarei de secundar aquilo que o Governo considerar fundamental fazer”, disse aos jornalistas.

    Mas o apoio ao Governo pode ir mais longe. O candidato fugiu à questão, falando sempre da estabilidade do sistema financeiro, mas quando foi questionado se o Presidente devia intervir na relação entre o Governo e o governador do Banco de Portugal, Carlos Costa, Marcelo responde que “o governo tem poderes legais nessa matéria. Se o Governo entende dever intervir para salvaguardar a estabilidade do sistema financeiro, saberá e se a questão de colocar, é uma matéria com a qual terá de falar com o primeiro-ministro é saber o que que fazer”.

  • A caravana de SNAP está na Universidade do Porto.

  • Maria contra os vendilhões do templo: “Eu não faço falsas promessas”

    Não invocareis o papel do Presidente da República em vão, diz Maria de Belém. A ex-presidente do PS juntou algumas dezenas de apoiantes num almoço na Nazaré para garantir uma coisa: “Eu não faço falsas promessas. Nunca me comprometi a fazer aquilo que não posso fazer”. Mas há quem as faça, diz Maria de Belém.

    Numa época “de grandes promessas em termos de palavras relativamente àquilo que as pessoas tencionam fazer” e numa altura em “que as pessoas estão a ficar progressivamente fora da participação nos atos eleitorais porque deixaram de confiar nos políticos porque fazem falsas promessas”, é preciso recuperar a confiança dos portugueses. E para Belém só há três coisas que trazem confiança: currículo, currículo e currículo.

    Assim tem repetido ao longo de toda a campanha e hoje não foi diferente. “A minha resposta” aos falsos profetas, atirou Belém, “é com aquilo que eu já fiz, como fiz e da maneira que fiz”. A garantia de quem percebe o papel do Presidente. “Não serei uma Presidente interferente nas competências de outros órgãos de soberania, mas serei uma Presidente vigilante, uma Presidente com influência, no sentido de mobilizar a sociedade civil”.

    Se vencer a corrida presidencial a 24 de janeiro, Maria de Belém promete “ser uma trabalhadora incansável ao serviço do prestigio” do país, “na defesa da sua importância e relevância quer no plano europeu e no plano internacional”. “Temos de acreditar em nós. Temos que exigir no plano europeu respeito por nós próprios e igualdade de tratamento. E no plano internacional temos de recuperar muita da importância que já tivemos”. Em homenagem à Nazaré, a socialista resumiu: “Temos de estar na crista da onda”.

  • Sampaio da Póvoa. "A força é cada vez maior"

    Trocadilho fácil, inventado pela comitiva de Nóvoa e aproveitado pelo jornalista. O candidato presidencial tem raízes na Póvoa de Varzim, onde o pai e o avô nasceram, e não podia andar pelo distrito do Porto sem vir a “casa”. Nóvoa na Póvoa, a Póvoa com Nóvoa. Era a mensagem que a caravana SNAP queria transmitir quando alguém começou a gritar “A Póvoa vai votar! E o Nóvoa vai ganhar!”, mas este regresso de Sampaio da Póvoa a uma das terras da sua infância terá tido um certo sabor agridoce.

    A arruada, que começou na Praça do Almada e terminou junto a um dos mais carismáticos restaurantes poveiros, o Guarda Sol — o prego especial da casa é supimpa –, não teve grande mobilização popular. As ruas não tinham muita gente e não fossem as bandeiras de Portugal e os gritos da entourage, talvez os poveiros não tivessem dado pela passagem do filho da terra. Ainda assim, foi um passeio de afetos. “É muito bom recordar estes tempos passados”, admitiu Nóvoa, que estava acompanhado pelo pai, que o trata carinhosamente por Tó Mané. Ao longo da caminhada, o candidato reencontrou conhecidos, cumprimentou lojistas e reviveu alguns episódios da sua vida. “Gosto do mar agitado, com rebentação”, disse a certa altura, lamentando não ter tanto tempo para ir à praia como gostaria.

    Para mar agitado, a Póvoa é o sítio certo. E a política também. “Esta gente não tem olhos na cara!”, gritou-lhe uma mulher que rogava pragas a quem pensa votar em Marcelo.

    Quem não se sente não é filho de boa gente. O “menino sempre bem-comportado” que, quando miúdo, percorria estas ruas poveiras com “paragem obrigatória” em algumas lojas, é hoje um candidato presidencial capaz de provocar as mais histéricas reações. Um grupo de raparigas, ainda sem idade para votar, vieram de Braga passear à Póvoa e deram de caras com Nóvoa. “Daqui a cinco anos podem votar na minha reeleição”, disse-lhes o candidato. Pouco depois, a caravana passou e a menina gritou. Quem não se lembra de semelhantes gritos à porta de concertos de Justin Bieber e afins?

    Na sede de candidatura, paragem rápida só para ver o espaço. Mas os apoiantes querem palavras, querem autógrafos, querem beijinhos. Nóvoa sobe para uma cadeira e agradece o apoio. “A força é cada vez maior. A vitória está aí à porta.” Palavrinhas ditas, desce o candidato da cadeira, recebe logo uma típica camisola poveira com o nome dele tricotado. “Vista a camisola, professor!”. Mas o professor não vestiu.

    Minutos depois, invasão ao Guarda Sol, que, pouca sorte, tem pouquíssima gente a esta hora (era meio-dia). Um grupo de jovens come as francesinhas que dão fama à casa e ficam a olhar incrédulos quando veem a trupe que se aproxima. “Quem é este?”, pergunta uma rapariga. Nóvoa vai lá, apresenta-se, deseja-lhes bom almoço, segue a cumprimentar os restantes clientes e sai. O dia ainda é longo…

  • "Isto é pior que o Sporting, nem passa à segunda volta"

    A caravana de Maria de Belém continua a rolar. A candidata presidencial esteve na Marinha Grande para a inauguração da sede de campanha.

    Cortadas as fitas, a socialista seguiu para a feira da Nazaré, o primeiro grande teste à popularidade da candidata na rua. Numa campanha que Maria de Belém diz ser de “afetos” tudo que encontrou foi uma feira praticamente vazia.

    No final de uma visita que não durou mais de 15 minutos e que foi feita em passo acelerado, ainda houve um feirante a gritar: “Isto é pior que o Sporting, nem passa à segunda volta”.

    Nada que afetasse a candidata, que está agora a conhecer o farol da Nazaré.

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