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  • And that’s it. Ficamos por aqui. Estivemos de olho no que se foi passando durante o Feirense-FC Porto. Os dragões perderam 2-0 e somaram a terceira derrota em três jogos na Taça da Liga. O futebol — e nós, já agora — volta no domingo, dia em que os três grande jogam à mesma hora (16h). Até lá, que tenha um boa resto de semana. Obrigado por nos ter lido aí desse lado.

  • Agora há uma certeza — ou a Madeira ou o Algarve, um deles estará representado na final desta competição. Porque uma das meias-finais da Taça da Liga será entre o Marítimo e o Portimonense, enquanto o Benfica e o Sporting de Braga se defrontarão no outro jogo.

  • Este 2-0 em Santa Maria da Feira juntou-se ao 3-1 com que o FC Porto perde em casa, com o Marítimo, na primeira jornada da fase de grupos, e ao 1-0 com que foi derrotada em Famalicão. Contas feitas, a participação dos dragões nesta edição da Taça da Liga resume-se a três derrotas, dois golos marcados e seis sofridos.

  • O resumo ao final do jogo

    É verdade que nada tinha a perder, mas perdeu na mesma. José Peseiro sabia que tinha em Santa Maria da Feira uma boa oportunidade de vestir a bata de cientista, colocar os óculos de plástico e fazer uma experiência de laboratório. Decidiu montar uma equipa recheado de jogadores com poucos minutos nas perdas e organizá-los com um losango de quatro médios no centro do campo. A primeira parte mostrou-lhe como a opção foi arriscado e, talvez, precipitada. A equipa exigia a José Ángel e Victor Garcia o que eles não estavam habituados a dar e os laterais tiveram que, sozinho, atacar e defender junto às linhas. Sem ajudas. Os dragões jogaram sempre demasiado pelo centro e não se mexiam o suficiente nem punham homens a desmarcar-se para as alas para que o Feirense se desorganizasse a defender.

    Até ao intervalo não houve uma hipótese para o FC Porto marcar um golo, por mais que Silvestre Varela, um extremo outrora veloz e hoje mascarado de número 10, pegasse na bola e tentasse inventar coisas. “Já foi há muito que joguei ali, mas com tempo poderei dar mais. É diferente da minha maneira de jogar”, admitia o internacional português, após o jogo. A equipa da casa mantinha-se tranquila e bem junta à área, quando não tinha à bola, paciente enquanto esperava por bolas recuperadas que a deixasse atacar rápido e abusar da velocidade de Emmanuel, Meza e Kukula. Foi o cabo-verdiano que, aos 38′, deu um passe em Vieirinha que, na área, decidiu fazer uma receção orientada para tirar Rúben Neves da frente. Só o miúdo agarrou o outro miúdo, o árbitro apitou e o penálti foi batido por Hélder Castro.

    Os dragões iam para a segunda parte a perder por 1-0 e, por isso, José Peseiro terá subido o tom nas palavras que espalhou no balneário, ao intervalo. A equipa ouviu-o bem, porque regressou a simplificar os passes e aproximar os jogadores a meio campo, deixando sempre um de frente para outro. As tabelas curtas começaram a sair e um dos avançados percebeu que tinha sempre de pedir a bola no espaço para que o outro tivesse hipótese de a poder receber no pé. A equipa jogava melhor e André Silva (64′), primeiro, e Suk (79′), depois, falharam as duas oportunidades que o FC Porto teve para marcar. “É importante que joguem os que jogadores que têm jogado menos”, dizia José Peseiro. Mas a maioria provava o porquê de não andarem a ter muitos minutos.

    Ficou visto quando Meza, aos 89′, apanhou a bola bem junto à linha lateral direita e, com duas simples simulações de cruzamento e remate, tirou José Ángel e Imbula da frente, enquanto se dirigia para a entrada da área. Ficou com espaço para tirar um remate em arco, tirou-o, com a bola a ir rasteira. Parecia que ia ter com o poste e, pelo sim pelo não, Helton lançou-se para o seu lado direito da baliza. O problema é que, a meio, Porcellis esticou um pé para dominar a bola e conseguiu matá-la ali. O brasileiro ficou com a baliza deserta e o 2-0 apareceu facilmente. Uma equipa de segundas linhas do Feirense ganhava a uma de suplentes do FC Porto e castigava o risco que José Peseiro tomou em por a equipa a jogar com “um fator de perturbação”. Qual era? “Treinámos 20 minutos esta situação e pu-los a jogar aqui”. Para a próxima, talvez dê jeito treinar a nova tática durante mais tempo.

  • Fim do jogo. O Feirense venceu o FC Porto por 3-0 e despede-se da Taça da Liga com zero pontos. Ao segundo jogo, José Peseiro sofre a primeira derrota como treinador portista.

  • Dali já era difícil, mas a correria foi boa de André Silva. Alguém lá atrás bateu uma bola para a frente, o miúdo avançado apanhou-a, correu com ela pela direita e aguentou as cargas de um central do Feirense até decidir rematar já perto da linha de fundo. Tentou colocar a bola no teto das redes da baliza.

  • O que está a acontecer, basicamente, é uma equipa de segundas escolhas do Feirense a vencer por 2-0 um onze repleto de habituais suplentes do FC Porto. Quem diria?

  • O pequenote Meza recebeu a bola à direita e, com duas simulações de remate, tirou José Ángel e Imbula da frente até ficar com a bola ao jeito de um remate com o pé esquerdo. O pontapé fez a bola sair com efeito e rasteira e até parecia que levava a direção do poste mais distante da baliza portista, daí que Helton se tenha atirado para esse lado. O problema (para os dragões) é que, a meio caminho, Porcellis esticou um pé para tentar dominar a bola e matou-a no pé, ficando com a baliza deserta para rematar e fazer o 2-0.

  • Golo do Feirense! Porcellis faz o 2-0 (81')

    Teve alguma sorte, mas o avançado brasileiro aumenta a vantagem do Feirense!

  • Como é possível, Suk? Antes de o sul-coreano, a três metros da baliza, dominar a bola com o pé direito e rematá-la, com o esquerdo, por cima da barra da baliza do Feirense, André Silva desmarcou-se para a direita, onde recebeu um passe de Victor Silva e esperou até que o outro avançado do FC Porto ficasse livre na área.

  • A vida é injusta. Estamos aqui nós de olho numa partida que já não conta para nada enquanto aqui ao lado, em Barcelona, joga-se a segunda mão dos quartos-de-final da Copa del Rey, entre o Barça e o Athletic Bilbao. O dentudo Luis Suárez acabou de empatar (1-1) e, assim, os catalães voltam a estar em vantagem na eliminatória (venceram por 2-1 no País Basco).

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  • Finalmente, uma oportunidade das boas! José Ángel marcou um lançamento lateral à esquerda para Imbula, o francês segurou a bola durante dois segundos e lançou-a depois para um mini-sprint do espanhol, que tirou um cruzamento ao segundo poste. Estava lá André Silva, que deu um pequeno salto para rematar a bola no ar, com a parte interior do pé direito. Em estilo, portanto, mas sem pontaria, porque não acertou com a bola na baliza. O miúdo tapou a cara com a camisola.

  • A bola cruzada por José Ángel até foi boa — tensa, com força e rasteira, a passar entre o guarda-redes e a linha da defesa –, mas Suk e Varela não lhe conseguiram chegar. A jogada aconteceu porque André Silva a levou a passear até à entrada da área, numa ataque rápido, até fixar um dos centrais para libertar a bola no lateral esquerdo espanhol.

  • A conversa de José Peseiro fez bem aos dragões, pelo menos quando é altura de atacarem. A equipa está a fazer mais tabelas e um-dois simples, com passes curtinhos, em que os jogadores se põem a jeito antes de o primeiro passe sair. Continuam a jogar sobretudo pelo centro do relvado, mas a velocidade com que conseguem ligar tabelas tem libertado espaço para que, depois, André Silva ou Suk possam receber a bola — porque os centrais têm que sair à bola quando um dos médios é batido com uma troca de passes.

  • O pormenor do calcanhar de André Silva foi bonito, quando tocou de primeira a bola que Imbula lhe passou para a deixar à frente da corrida de Varela. O português, contudo, demorou muito a decidir rematar e permitiu que um defesa do Feirense de aproximasse e bloqueasse a passagem à bola.

  • Olha, olha, Helton a arriscar. Kukula desmarcou-se do centro para a esquerda da área e o guarda-redes do FC Porto saiu-se logo da baliza. Chegou atrasado à bola e nem sequer caiu à relva, mantendo-se em pé, para fechar o caminho ao cabo-verdiano. O extremo do Feirense tocou a bola de primeira para trás, porque Agostinho Carvalho estava bem perto dele, mas o remate do português acertou na malha lateral das redes da baliza portista.

  • A bola já rola de novo no relvado de Santa Maria da Feira.

  • Os jogadores já estão pisar o relvado de novo e não falta muito para o encontro recomeçar.

  • O resumo ao intervalo

    Quatro médios, um losango e, para já, um golo sofrido. Os dragões não tinham nada a perder antes do jogo porque a Taça da Liga já estava perdida há uma semana e, por isso, José Peseiro resolveu fazer experiências. Quis jogar com quem tem jogado menos esta época e usar essas pernas mais frescas para experimentar um 4-4-2 que tem emperrado a muita bola que o FC Porto tem tido. A equipa não montou uma oportunidade para marcar até ao intervalo e o melhor que fez foi ver Silvestre Varela, extremo mascarado de número 10, fugir com a bola para a direita da área e cruzar ao segundo poste, onde André Silva e Suk se anularam um ao outro para ninguém rematar.

    O Feirense sempre se foi fechando como pode e quis: junto à própria área, com os jogadores bem próximos, dando a bola ao FC Porto e apostando que a confiança alheia conduzisse ao relaxamento. A equipa treinada por Pepa foi apostando na velocidade de Kukula, Meza e Emmanuel e até conseguiu libertar um deles, por duas vezes, e atirar cruzamentos rasteiros para a área que assustaram Helton. Não tanto quando o apito que se ouviu do árbitro aos 38′, quando Rúben Neves foi ingénuo o suficiente para puxar a camisola de Vieirinha na área e não o deixar apanhar a bola após o bater com uma receção orientado. O penálti batido por Hélder Castro confirmou o 1-0 e outra coisa — para já, o losango de José Peseiro está a limitar mais os dragões do que o próprio Feirense.

  • Intervalo em Santa Maria da Feira. A equipa da casa vence o FC Porto por 1-0, golo de penálti marcado por Hélder Castro.

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