Momentos-chave
Histórico de atualizações
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Fechamos por aqui este liveblog que acompanhou a tomada de posse de António Costa como presidente do Conselho Europeu.
Obrigada por ter estado connosco.
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Michel passa o sino a Costa
No final, Charles Michel passou o simbólico sino que é tocado no início das reuniões para as mãos de Costa que o tocou.
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Costa quer "renovar" relação "de confiança" entre cidadãos e instituições europeias
António Costa defende ainda que se diluam as diferenças que se têm vincando entre o Norte e o Sul da Europa, dizendo mesmo que esta separação “deve ser posta de lado”. “A ação externa da UE tem de reconhecer que tanto o Sul como o Norte são, na realidade, plurais”, afirmou.
Defendeu também que a UE se concentre em causas mundiais”, apontando três exemplos:
- Atender aos desafios às oportunidades dos oceanos, que nos dão alimentos, energia e transportes e que desempenham um papel fundamental na regulação do clima;
- Reformar a arquitetura financeira mundial, a fim de a tornar mais equitativa, justa e reativa às crises;
- Defender o desenvolvimento sustentável a nível mundial, nomeadamente no «Sul Plural».
E terminou a dizer que a “cola da UE” é “a confiança”: “Temos de renovar essa ligação com os cidadãos. Trabalhando em estreita colaboração com os parceiros sociais, as nossas regiões, as nossas cidades e os representantes da sociedade civil”.
Promete um Conselho “fiel aos valores” europeus, que possa “renovar os projetos europeus de paz e prosperidade e reforçar a confiança dos cidadãos”. Encerra a intervenção com um “mãos à obra”.
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Costa defende mais “autonomia” na “preparação militar” da UE
Na parte da intervenção dedicada à guerra na Ucrânia, o presidente do Conselho Europeu diz que esta “paz não pode ser a paz dos cemitérios. A paz não pode ser capitulação. A paz não pode recompensar o agressor. A paz na Ucrânia tem de ser justa; tem de ser duradoura e tem de assentar no direito internacional”, afirmou.
E sublinha que este não é apenas um problema europeu, ainda que a guerra decorra em solo europeu, já que “em causa estão os princípios universais consagrados na Carta das Nações Unidas: o direito dos povos à autodeterminação, o direito das nações de escolherem o seu próprio futuro, e o respeito pela integridade territorial e pelas fronteiras de um Estado”.
Mas também diz que a UE tem de se tornar “mais forte, eficiente, resiliente e mais autónoma em matéria de segurança e defesa”. Costa defende que a UE assuma “ónus maior no que toca à sua preparação militar. Reforçando simultaneamente os pilares da nossa parceria transatlântica”, disse apontando aos EUA sem os referir.
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Costa compromete-se a “promover a convergência sempre que houver desacordo”
É uma unidade que Costa diz ser “na diversidade de Europa”, comprometendo-se “a consolidar esta unidade e acarinhar a diversidade natural”. Promete ouvir cada Estado-Membro, respeitando e promover “a convergência sempre que houver desacordo”.
Defende os “valores comuns” inscritos nos tratados: “A dignidade humana, a liberdade, a democracia, a igualdade, o Estado de direito e os direitos humanos, incluindo a proteção das minorias.”
Valores, diz, que “têm de ser defendidos. Esta é a principal lição do passado sombrio da Europa, marcado pela ditadura e pela guerra”.
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“A unidade é a força vital da União Europeia”, diz Costa
Fala agora da sua carreira política, como presidente da Câmara de Lisboa, de primeiro ministro e agora sobre o lugar que assume na presidência do Conselho Europeu. “Orgulho-me de servir a União Europeia. Lisboa é a minha cidade. Portugal é o meu país. E a Europa é a nossa casa comum. Não há qualquer contradição entre estes três níveis”, afirmou Costa.
O novo presidente do Conselho Europeu considera que “a única forma de ser verdadeiramente patrióticos, de assegurar a soberania, é construir uma Europa comum”, já que “a unidade é a força vital da União Europeia”. “Só juntos podemos ter estabilidade, segurança e paz”, exemplifica.
“Não devemos tratar as nossas diferenças de opinião como um problema”, diz, no entanto, António Costa que considera que isso “enriquece” a Europa.
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Costa começa por agradecer a Charles Michel: “A Europa está em dívida para contigo”
Discursa agora António Costa que começa, em francês, pelos agradecimentos a Charles Michel pelos “esforços incansáveis” e pelo seu “profundo empenhamento em prol da Europa” sobretudo “em tempos muitíssimo difíceis”.
Enumera os “momentos cruciais”: “Uma pandemia, o choque económico que se seguiu, a agressão militar da Rússia”. Diz que perante estes “desafios” o seu antecessor “orientou” a UE lembrando-a do seu “poder e a necessidade de unidade europeia: A Europa está em divida para contigo”.
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Charles Michel diz a Costa que o Conselho deve ser "o guardião da unidade europeia" e avisa que a unidade "exige muito esforço"
Já começou a cerimónia em Bruxelas. Numa intervenção em inglês e em francês, Charles Michel, o presidente cessante, despede-se dizendo que “está otimista”, apesar de “todas as dificuldade e desafios” que se colocam à União Europeia.
Lembra algumas posições do Conselho no seu mandato, como as sanções à Rússia decididas depois da invasão militar da Ucrânia. E diz que os desafios expuseram “fraquezas” mas também “as forças” da União.
Dirige-se, por fim, a António Costa para lhe dizer que o Conselho deve ser “o guardião da unidade europeia” e avisa que a unidade “exige muito esforço”.
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A cerimónia de posse é sobretudo direcionada para os funcionários do Conselho Europeu e para a nova equipa de Costa que já está no edifício desde o final da manhã.
A assistir à tomada de posse vão estar a presidente da Comissão Europeia, Ursula Von der Leyen.
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A cerimónia de passagem de testemunho terá o tradicional momento em que o presidente que cessa funções (neste caso Charles Michel) passa um sino para as mãos do seu sucessor (o português António Costa).
Imediatamente antes desse momento haverá dois discursos, o de Charles Michel e o primeiro de António Costa como presidente do Conselho Europeu.
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Boa tarde,
Quando for uma da tarde em Lisboa, António Costa toma posse em Bruxelas como presidente do Conselho Europeu. A cerimónia vai decorrer no edifício do Conselho da União Europeia, Justus Lipsius. O Observador vai estar em Bruxelas a acompanhar o momento, fique connosco.