O cabeça de lista da CDU por Aveiro nas próximas legislativas, Miguel Viegas, criticou os deputados eleitos por aquele círculo eleitoral, “que ninguém vê a não ser em vésperas de eleições” e “preferiram ir para outros sítios”.

O vice-primeiro-ministro, Paulo Portas, presidente do CDS-PP e agora “n.º2” por Lisboa na coligação Portugal à Frente, concorria tradicionalmente naquele distrito onde a coligação que junta PCP e PEV realizou o seu habitual comício noturno, desta feita em Águeda. “A CDU tem um património de intervenção no distrito que devia fazer corar os outros deputados, que ninguém vê a não ser em vésperas de eleições”, afirmou o eurodeputado comunista, sublinhando que houve “os que preferiram ir para outros sítios”.

Lusa

O líder da Coligação Democrática Unitária (CDU) criticou duramente esta sexta-feira a sondagem RTP que dá vantagem à coligação, afirmando tratar-se de mais uma das “manobras” para “manipular o povo” por parte dos “cangalheiros frustrados”. “Nunca aprenderam, nunca tiraram a lição, que nunca resultaram os apressados anúncios da nossa morte, os anúncios repetidos do enfraquecimento da CDU. Enganaram-se sempre. Estamos bem vivos, crescendo, avançando. Pode ser que desta vez metam a mão na consciência e deixem de ser meros cangalheiros frustrados porque o PCP, a CDU, está aqui para lavar e durar para se reforçar nas eleições de 4 de outubro”, contrapôs.

Lusa

“Uma agência de notação financeira reconhece que, se continuarmos em Portugal este caminho, sairemos do lixo em que nos colocaram, reconhecendo os méritos de todo o esforço que os portugueses têm feito”, congratulou-se Pedro Passos Coelho, num jantar comício de pré-campanha para as legislativas da coligação PSD/CDS-PP, no pavilhão da Associação Empresarial da Região de Castelo Branco. Passos referia-se à decisão sobre a melhoria do ‘rating’ da dívida de Portugal, de ‘BB’ para ‘BB+’ segundo a Standard & Poor’s, que ainda faz parte da categoria designada por “lixo”.

“É um sinal dos tempos de que o esforço que fizemos está a ser reconhecido, já não apenas pelos portugueses, mas também por aqueles que lá fora olham para a nossa economia e acreditam em nós e na nossa capacidade de dar a volta aos problemas, de não nos conformarmos com as desgraças e de olharmos em frente”, acrescentou.

Lusa

A porta-voz do Bloco de Esquerda, Catarina Martins, anunciou que a primeira iniciativa parlamentar na próxima legislatura será rasgar “a indecorosa lei do aborto aprovada à pressa pela direita”, que tem uma “visão pequenina e serôdia das mulheres”.

Catarina Martins discursava num jantar-comício da pré-campanha, que hoje decorreu na Cantina Velha da Cidade Universitária de Lisboa, apelando ao voto no Bloco de Esquerda (BE) daqueles que, há quatro anos, ao sentir a pressão para a mudança, perceberam “bem como o seu voto útil foi um voto traído”.

“Pela nossa parte o compromisso é claro: fazer a lei do aborto respeitar o sentido do referendo, rasgando a indecorosa lei aprovada à pressa pela direita. [Esta] será a primeira iniciativa do próximo grupo parlamentar do Bloco de Esquerda”, anunciou a porta-voz bloquista, acusando PSD e CDS-PP de terem uma “visão antiga e serôdia do papel das mulheres”.

Lusa

O dirigente do PCP Jorge Cordeiro acusou hoje, na Madeira, o PS de ter “desertado em combate” nos últimos quatro anos, ficando a assistir à “obra de destruição” do país e apoiando as medidas do Governo liderado pelo PSD/CDS-PP. Jorge Cordeiro disse que o Partido Socialista está agora a servir-se de um “falso discurso de esquerda”, no sentido de colher votos para os “semear e plantar na política de direita”.

O dirigente falava no âmbito da pré-campanha para as eleições legislativas de 4 de outubro, durante um jantar-comício da CDU/Madeira, na Ribeira Brava, zona oeste da ilha, que reuniu cerca de 500 militantes e simpatizantes e onde participou o cabeça de lista pelo círculo da região autónoma, Ricardo Lume.

Jorge Cordeiro, membro do secretariado e da Comissão Política do PCP, salientou que a CDU está a crescer e a progredir, considerando que os dois partidos do Governo, bem como o PS, temem este facto. “É por sentirem que estamos a crescer que eles andam por aí a inventar falsos duelos, a difundir empates técnicos em forjadas sondagens”, disse, acrescentando: “Eles andam por aí a tentar enganar o povo, insinuando que estas eleições são para primeiro-ministro, quando são eleições para eleger deputados.”

Lusa

O Presidente da República, Cavaco Silva, dará posse ao partido ou coligação que tiver mais mandatos no Parlamento, mesmo que tenha menos votos, garante o Expresso na edição deste sábado, cuja primeira página já foi divulgada. Esta possibilidade (mais mandatos, mas menos votos) foi avançada pelos dados da sondagem do Expresso esta sexta-feira, que aponta para que a coligação PSD/CDS possa conquistar 99 a 102 lugares no Parlamento e o PS entre 95 a 101, com uma diferença de 1,5 pontos percentuais.

A coligação Agir levou esta noite à “casa da democracia” em Portugal os “problemas reais” dos portugueses, nomeadamente o desemprego, com a projeção de um vídeo na escadaria exterior do parlamento. “Para a coligação Agir é fundamental trazer os problemas reais, das pessoas reais, ao Parlamento, à Assembleia da República, à casa da democracia”, afirmou a cabeça de lista por Lisboa da coligação, Joana Amaral Dias, destacando “o drama, a tragédia, do desemprego”.

Após a projeção do vídeo com testemunhos de desempregados, recolhidos à porta de vários Centros de Emprego, Joana Amaral Dias recordou, em declarações aos jornalistas, os 20% de portugueses sem trabalho e os 500 mil emigrados, “uma espécie de exilados económicos do país”. Com o vídeo, a coligação tentou “dar um leque representativo das várias dificuldades que as pessoas vão passando”.

“Nesta tragédia que é o desemprego em Portugal, temos que sublinhar os 35% de desemprego jovem e, além disso, todo o trabalho precário, mal pago e subpago que não passa de exploração que é criada em Portugal”, disse. A cabeça de lista por Lisboa defendeu que “o pouco emprego que tem sido criado, e que manifestamente não compensa a destruição assoladora que tem varrido Portugal de Norte a Sul, é sistematicamente emprego precário, mal pago e temporário”. Para Joana Amaral Dias, este género de emprego “não só está a comprometer o presente de Portugal, mas muitas gerações vindouras porque as condena a um futuro muito curto e a um futuro muito pobre”.

Lusa

O líder do CDS-PP, Paulo Portas, considerou hoje “um sintoma de radicalismo” a afirmação do secretário-geral do PS de que não viabilizará o Orçamento do Estado para 2016, caso a coligação PSD/CDS-PP vença as eleições.

“Acho que esta declaração é uma tentativa de distrair atenções – e, por isso, é que é tão radical – relativamente ao que aconteceu no debate das rádios e que coloca um problema sério ao PS na área da política social e das pensões”, afirmou Paulo Portas, logo no arranque do frente-a-frente com a dirigente do partido ecologista Os Verdes Heloísa Apolónia, transmitido esta noite pela TVI24.

Sublinhando que “o desespero nunca é bom conselheiro” e insistindo que depois do debate de quinta-feira nas rádios António Costa decidiu “radicalizar”, o líder do CDS-PP assegurou que nunca dirá que irá votar contra um documento que não conhece e que ainda nem foi apresentado.

Lusa

O presidente do PSD acusou o secretário-geral do PS de ameaçar os eleitores ao anunciar que, se for oposição, não viabilizará o próximo Orçamento, e considerou que a maioria dos socialistas não se revê nessa posição. “Eu não acredito que a maioria dos socialistas se reveja nesta posição”, afirmou Pedro Passos Coelho, num jantar comício de pré-campanha da coligação PSD/CDS-PP para as legislativas de 04 de outubro realizado no pavilhão da Associação Empresarial da Região de Castelo Branco.

O presidente do PSD e primeiro-ministro acusou o secretário-geral do PS de “procurar dividir os portugueses, ameaçar os eleitores e prometer conflitualidade e instabilidade”, acrescentando: “Não é uma maneira madura de tratar civicamente uma democracia que nestes 41 anos merecia mais nestas eleições de outubro”.

Lusa

Nova sondagem: Aximagem dá empate entre coligação PSD/CDS e PS.

O cabeça de lista do Juntos Pelo Povo (JPP) pela Madeira, João Nelson Veríssimo, considera que os madeirenses estão a ser vítimas de um “logro” do PSD, CDS e PS que “escondem” a sua verdadeira face. Para o também historiador e professor universitário, os partidos dominantes do espetro político regional – PSD e CDS – apresentam-se a sufrágio a 04 de outubro separados mas, na Assembleia da República, vão estar coligados e o PS, “que joga com o voto útil”, não revela que votou contra a Lei das Finanças Regionais no tempo de José Sócrates e que “constituiu um autêntico garrote para a Região Autónoma da Madeira”.

“Relativamente às forças dominantes, nós entendemos que há um certo logro da parte do PSD e do CDS que se apresentam, na região, separadamente mas, logo que eleitos, vão estar na Assembleia da República coligados”, referiu. O candidato realçou ainda que “o PS normalmente invoca o auxílio que deu à Madeira, sobretudo por António Guterres [perdão de parte da dívida] e, depois, através da Lei de Meios de José Sócrates nunca invoca a Lei de Finanças Regionais que constituiu um autêntico garrote para a Região Autónoma da Madeira e que levou à demissão do Governo Regional em 2007”.

Lusa

A sondagem do Expresso mostrou que Costa pode ganhar sem ter o maior número de deputados, mas a situação, que é extraordinária em Portugal, é comum na Europa. Bélgica, Letónia, Luxemburgo e Dinamarca já conhecem a realidade de os governos não serem liderados pelos Governos que vencem as eleições. Leia mais aqui.

Fadas do lar, mães que ajudam ao crescimento do país ou meninas magníficas? Os líderes partidários têm tido dificuldade em encontrar maneira de falar com as mulheres sem gerar polémicas. O Observador falou com investigadores que garantem que este discurso afasta as mulheres da política e que estas declarações “subvalorizam” o papel das mulheres.

PS pode ganhar em votos, mas perder em deputados e Costa já disse que não vai apoiar um Orçamento do Estado da maioria, caso Passos e Portas ganhem as eleições. Temas que dominam o podcast de hoje com David Dinis e Helena Pereira.

As sondagens diárias da RTP estrearam esta sexta-feira e mostram que a coligação tem 41% dos votos dos inquiridos, enquanto o PS tem 34%. Segundo esta sondagem, realizada pela Universidade Católica, há 32% de indecisos. Leia mais aqui.

O último debate televisivo vai pôr frente a frente esta sexta-feira Paulo Portas e Heloísa Apolónia. Começa às 21:15, na TVI24.

A campanha ainda não começou oficialmente, mas houve frases que marcaram esta semana. Aqui estão algumas:

“A ‘troika’ só acaba quando este governo acabar, quando a direita for posta na rua do governo.” – António Costa

“Eles [PS, PSD e CDS] pedem, mas sabem que não há maiorias absolutas para ninguém.” – Jerónimo de Sousa

“Se o PS estiver disponível para abandonar esta ideia de cortar 1660 milhões de euros nas pensões, abandonar o corte da TSU e o despedimento conciliatório, no dia 05 de outubro cá estarei para que possamos conversar sobre um Governo que possa salvar o país, que possa pensar como reestruturar a sua dívida.” – Catarina Martins

“Um objetivo essencial para conseguirmos mudar o país num sentido de justiça social e de inclusão é conseguir que a esquerda trabalhe junta.” – Rui Tavares

“Nós não estivemos no Governo com nenhum calculismo. Só tivemos uma preocupação: não falhar. Se tivéssemos andado a ‘syrizar’, como tantos queriam e diziam que seria bom para a Europa e para Portugal, se nós tivéssemos seguido esse caminho, nós teríamos falhado.” – Pedro Passos Coelho

“O PS está no divã, não consegue resolver o problema do passado, nós também não conseguimos resolver o problema do passado deles, o país já sofreu bastante. Vamos em frente.” – Paulo Portas

O secretário-geral do PCP, coligado com o PEV, recusou hoje vir a ter um futuro Governo socialista nas suas mãos, em virtude das sondagens conhecidas, embora reconhecendo e animando-se com a “tendência” de crescimento de intenções de voto.

Após uma “mini-arruada” em Aveiro, Jerónimo de Sousa, líder da Coligação Democrática Unitária (CDU) que concorre às eleições legislativas de 4 de outubro, reiterou querer ser “parte integrante de uma política patriótica e de esquerda”, à qual “o PCP e a CDU não faltarão”, porém “não peçam ao PCP, à CDU, para integrar um Governo, assinando de cruz, que não responda a esta grande questão”, pois “para fazer o mesmo”, não.

“Nas nossas mãos é um exagero. Não pensamos, com o nosso resultado, fazer pressão sobre quem quer que seja, mas esse reforço de votação, a verificar-se, constituirá um sinal claro da exigência de rutura e de mudança com a situação que vivemos”, afirmou.