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  • Muito obrigado por ter estado desse lado connosco. O LiveBlog do FC Porto – Paços de Ferreira fica por aqui, mas há outro aqui ao lado: o do Marítimo-Sporting. É cortesia do Diogo Pombo. Tenho um bom fim-de-semana e até mais.

  • O resumo do jogo

    Jorge Simão, o treinador do Paços de Ferreira, confidenciou na flash interview da SportTV, logo após o fim do jogo, que o penálti do empate foi antecedido de uma falta e que o FC Porto não precisaria dele para vencer esta noite. Melhor resumo que o que Jorge Simão fez é impossível de fazer-lhe.

    O Paços de Ferreira não subiu ao relvado do Estádio do Dragão, no começo do jogo, a ser muito melhor do que o FC Porto. Mas foi tão bom quanto o FC Porto. E surpreendeu os azuis-e-brancos na sua própria casa. Não só pelo golo, que o Paços fez por procurar, mas pela pressão alta, com tanto de destemida como de tresloucada (pois as costas da defesa ficava vezes sem conta a descoberto e o meio-campo em contra-pé) que evitou que o FC Porto fizesse o que faz melhor: ter a bola no pé e circulá-la de lá para cá e de cá para lá, ad aeternum – ou só durante 90′ e mais uns pozinhos; todos os jogos.

    O FC Porto sentiu o golo, mas isso não foi mau. A partir daí, muitos dos jogadores que estavam meio aburguesados, pensando que seria pêra doce vencer o Paços de Ferreira e que o Chelsea era já a seguir e não convinha por o pé neste jogo, desaburguesaram-se e os dragões passaram a ter ocasiões sobre ocasiões. Valeu Marafona a defender tudo e o que mais viesse. E valeu o desacerto de Aboubakar, que falhou como não é hábito falhar.

    O golo surgiu para lá do meio da primeira parte, num lance em que Brahimi e Corona, os extremos de serviço esta noite (e talvez os mais desiquilbradores e ziguezagueantes dos extremos que Loptegui tem) se entenderam às mil maravilhas, o argelino desmarcou Corona na área, e o mexicano fez o 1-0 (o seu sexto golo na Liga; é o melhor marcador dos dragões) com classe.

    Na segunda parte o Paços de Ferreira chegou tarde para o recomeço e, às pressas, deve ter esquecido do espírito destemido da primeira parte no balneário. É que o FC Porto não só voltou às estatísticas do costume, com um posse de bola que chegou a ser de mais de 70%, como teve ocasiões em barda – que Aboubakar tratou de falhar também em barda.

    O jogo ficou resolvido com um penálti que foi penálti, sim, mas que foi antecedido de falta. Herrera entrou com violência (o amarelo seria alaranjado) sobre Marafona na área. Na sobra da bola, Baixinho derrubou Corona. E aí é mesmo falta. Layún é um marcador de livres, penálti, cantos e tudo o que mais que lhe pedir que bata, e fez o 2-1.

    O Paços ainda voltou ao jogo nos últimos 10′, Lopetegui foi rodando a pensar no Chelsea e Jorge Simão foi rodando a pensar no empate. Golos não houve, nem de um nem de outro lado, mas a emoção e a incerteza este sempre lá.

    O FC Porto é líder e espera agora por uma escorregadela do Sporting na Madeira.

  • Por fim, Jorge Simão, o treinador do Paços de Ferreira: “Não há vitórias morais. O Porto acabou o jogo a queimar tempo, a retardar o reinicio do jogo. E isso são sinais de que fizemos uma exibição que colocou em sentido o FC Porto. Eles tiveram um domínio na gestão de posse de bola, mas não nos criaram dificuldades. O penalti? É um lance que é precedido de falta clara. O FC Porto não precisava disto se quisesse vencer.”

  • Segue-se Julen Lopetegui: “É sempre bom dar a volta a um resultado negativo. Isso é o cenário mais difícil e pede-nos energia, reação. Não está em causa a justiça dos três pontos. Mas podia ter sido uma vitória mais contundente, mas não acertámos nos golos. A bola não queria entrar hoje. Mas o mais importante é criar as oportunidades de golo. Imbula? Temos muitos jogadores para aquela posição. Vai ter que esperar pela sua oportunidade. E vai tê-la, porque tem muita qualidade.”

  • Agora o herói do Paços de Ferreira esta noite, Marafona: “Há que dar os parabéns ao Paços Ferreira, que veio aqui ao Dragão de peito aberto para discutir o jogo. O FC Porto teve uma situação de golo, mas nós controlámos. Penalti? Falta sobre mim no penalti? Não quero falar sobre a arbitragem. A exibição deixa-nos perspectivas muito boas para o futuro.”

  • Fala primeiro Corona, que tem seis golos na Liga: “Hoje em dia todos os jogos são difíceis. E é assim que se vencem: com paixão. Estou feliz por ser o melhor marcador, mas o importante é a vitória.”

  • Nem mais um segundo de joga no Dragão. Trago-lhe já, já a flash interview. E depois virá o resumo do jogo.

  • Carlos Xistra deu 4′ de compensação.

  • Este não é o Aboubakar do costume. O Aboubakar do costume já teria feito (no mínimo) um hat-trick neste jogo. Agora, depois de cruzamento, rasteiro e a rasgar, de Tello para a área, mesmo sozinho ao segundo-posto, o camaronês rematou por cima. A ideia que nos fica é que o difícil ali era fazer a bola subir tanto.

  • Sai Herrera e entra Evandro. O mexicano fez um jogo de desgaste (veremos se será titular na quarta-feira) e contribuiu, ainda que em falta, no lance do 2-1. Evandro não é fazer muitos minutos, mas Lopetegui confia nele no final dos jogos, quando é preciso refrescar e ter bola.

  • MA-RA-FO-NA! Que defesa sobre-humana. O Paços está defender muito, muito alto, pressionando em busca de uma bola perdida que lhe permita chegar ao 1-1. Mas com isso fica espaço de sobra nas costas da sua defesa. Aboubakar desmarcou-se na esquerda, cruzou para a área, onde Tello, vindo do flanco oposto, estava sozinho para rematar. Marafona, em contra-pé, ainda se conseguiu esticar e defender para canto. Que defesa incrível.

  • Sai Bruno Santos, o lateral-esquerdo, e entra João Silva (o tal de que lhe falámos à instantes) para a frente do ataque. Jorge Simão quer o empate. Pode perder por mais ao desequilibrar assim a defesa, mas uma derrota por muito vale tantos pontos quanto uma por 2-1: zero pontos. Um empate vale um ponto mais.

  • Sai Brahimi e entra Tello. Não é pela falta de qualidade do espanhol (que é mais do que muita e só se estranha como é que é mais suplente do que titular com Lopetegui) que se vai sentir falta da qualidade do argelino.

  • O jogo tem sido disputado sobretudo a meio-campo — e sobretudo no meio-campo ofensivo do FC Porto. Ocasiões de golo do Paços de Ferreira? Zero. Os azuis-e-brancos têm poucas, mas têm-nas (e não fosse o desperdício de Aboubakar e a noite “sim” de Marafona, até podiar estar a vencer por mais). A ideia que dá é que mais facilmente o FC Porto amplia do que o Paços de Ferreira chega ao empate. Mas se Lopetegui recuar a pensar no Chelsea, talvez Jorge Simão faça entrar o ponta-de-lança João Silva (que não é pequenino, não senhor) para os instantes finais.

  • Já me começam a faltar os adjetivos para a exibição de Marafona! Aboubakar foi isolado para cima dele, teve tempo para tudo, para escolher o lado, chutar, e foi o que fez. Escolheu o lado direito, chutou, mas Marafona adivinhou e defendeu com a perna, à guarda-redes de andebol. Na continuação do lance, com a bola ainda a pulular sem que Marafona a conseguisse segurar, Aboubakar tocou com a mão e viu o cartão amarelo.

  • Sai André André e entra Danilo Pereira. Lopetegui vai segurar o jogo com um duplo-pivô no meio-campo defensivo. E entretanto dá descanso ao incansável André André, que tão útil será em Londres, no mata-mata com o Chelsea.

  • Esqueçamos a marcação do penalti. Layún é um especialista e fez o que melhor sabe fazer: bateu colocado e forte. Mas o penalti em si, o lance do penalti, tem muito que se lhe diga. A bola foi ter com Marafona, que rececionou a bola no pé, e Herrera entrou sobre ele “a matar”, derrubando-o. Foi falta. Aqui, na Polinésia Francesa ou no Myanmar. Mas Carlos Xistra não marcou, e não continuação do lance Marco Baixinho derrubou Corona na área. E aí sim, é penalti. Layún fez o resto e virou o jogo.

  • GOLO! 2-1 para o FC Porto de penalti

    Marcou Layún. Bola para a esquerda, Marafona também para lá foi, mas foi batido com tanta força que não teve defesa possível.

  • No Paços de Ferreira saiu Romeu lesionado e entrou Christian (que é mais um médio-interior esquerdo do que um “6” como Romeu Rocha o era).

  • O Paços de Ferreira, tão digno de elogios na primeira parte, porque defendia alto, com pressão, porque atacou e pôs em sentido o FC Porto (o 1-0 não foi o acaso que o fez), nesta segunda parte, e até ver, têm-se retraído demais. E isso costuma ser fatal. Mérito também do FC Porto, claro, que não mexendo no onze, foi “remexendo” na atitude (no começou sentiu-se nalguns jogadores azuis-e-brancos que era pêra doce o jogo e não era) e nas marcações.

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